Quiz com descritores 5º ano RS
AULA TESTE: O USO CELULAR COMO FERRAMENTA PEDAGÓGIA EM SALA DE AULA.
0
0
0
1
(D3 – SUPER ENSINO) Leia o texto abaixo e responda: A terra dos meninos pelados Havia um menino diferente dos outros meninos. Tinha o olho direito preto, o esquerdo azul e a cabeça pelada. Os vizinhos mangavam dele e gritavam: - Ó pelado! Tanto gritaram que ele se acostumou, achou o apelido certo, deu para se assinar a carvão, nas paredes: Dr. Raimundo Pelado. Era de bom gênio e não se zangava; mas os garotos dos arredores fugiam ao vêlo, escondiam-se por detrás das árvores da rua, mudavam a voz e perguntavam que fim tinham levado os cabelos dele. Raimundo entristecia e fechava o olho direito. Quando o aperreavam demais, aborrecia-se, fechava o olho esquerdo. E a cara ficava toda escura. Não tendo com quem entender-se, Raimundo Pelado falava só, e os outros pensavam que ele estava malucando. Estava nada! Conversava sozinho e desenhava na calçada coisas maravilhosas do país de Tatipirun, onde não há cabelos e as pessoas têm um olho preto e outro azul. A terra dos meninos pelados, de Graciliano Ramos. 20. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 7-8. QUESTÃO: 01 As palavras “mangavam” e “aperreavam”, extraídas do texto de Graciliano Ramos, representam expressões derivadas da variação regional da fala. Com relação a estas palavras, identifique seus sentidos.
c) Mangar reflete o ato de enganar alguém,
enquanto aperrear significa intimidá-la
numa determinada situação.
b) Mangar tem significado semelhante a
debochar de alguém, enquanto aperrear
refere-se a apelidar uma pessoa.
a) Mangar diz respeito ao comportamento
de zombar de alguém, enquanto aperrear
significa incomodar uma pessoa.
d) Mangar tem sentido de constranger uma
pessoa, enquanto aperrear se assemelha a
pressioná-la.
2
. (D1 – SUPER ENSINO) Leia um trecho da obra “O mistério do coelho pensante”, primeiro livro destinado ao público infantil escrito por Clarice Lispector. Pois olhe, Paulo, você não pode imaginar o que aconteceu com aquele coelho. Se você pensa que ele falava, está enganado. Nunca disse uma só palavra na vida. Se pensa que era diferente dos outros coelhos, está enganado. Para dizer a verdade, não passava de um coelho. O máximo que se pode dizer é que se tratava de um coelho muito branco. Por isso tudo é que ninguém nunca imaginou que ele pudesse ter algumas ideias. Veja bem: eu nem disse “muitas ideias”, só disse “algumas”. Pois olhe, nem de algumas achavam ele capaz. A coisa especial que acontecia com aquele coelho era também especial com todos os coelhos do mundo. É que ele pensava essas algumas ideias com o nariz dele. O jeito de pensar as ideias dele era mexendo bem depressa o nariz. Tanto franzia e desfranzia o nariz que o nariz vivia cor-de-rosa. Quem olhasse podia achar que pensava sem parar. Não é verdade. Só o nariz dele é que era rápido, a cabeça não. E para conseguir cheirar uma só ideia, precisava franzir quinze mil vezes o nariz. LISPECTOR, Clarice. O mistério do coelho pensante e outros contos. 1ª Ed. Rio e Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2010. QUESTÃO:02 A partir da leitura, identifique a quem a autora se dirige ao enunciar “Pois olhe, nem de algumas achavam ele capaz”, localizado no fim do terceiro parágrafo.
d) A si mesma.
b) A Paulo.
a) Ao leitor da narração
c) Ao coelho pensante.
3
. (D4 - SUPER ENSINO) Leia o clássico poema da literatura infantil brasileira escrito por Cecília Meireles e, em seguida, responda. Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não fica no chão, Quem fica no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo em dois lugares! Ou guardo dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e não guardo o dinheiro. Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranquilo. Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo. MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. Edição digital. São Paulo: Global Editora, 2014. QUESTÃO: 03 Com relação ao tema explorado pela autora nos versos acima, a reflexão presente no texto busca:
a) abordar sobre a presença de inúmeras
dúvidas na rotina de todas as pessoas.
c) retratar a ideia de que é possível fugir
das escolhas no decorrer da vida.
d) fazer com que o leitor perceba que,
ao longo do caminho, é preciso realizar
escolhas.
b) levantar exemplos comuns do dia a dia
com a intenção de aproximar o leitor do
texto.
4
(D3 - SUPER ENSINO) Leia o trecho abaixo retirado do romance “Dois irmãos”, do autor amazonense Milton Hatoum. [...] No caminho do aeroporto para casa, Yaqub reconheceu um pedaço da infância vivida em Manaus, se emocionou com a visão dos barcos coloridos, atracados às margens dos igarapés por onde ele, o irmão e o pai haviam navegado numa canoa coberta de palha. Yaqub olhou para o pai e apenas balbuciou sons embaralhados. “O que aconteceu?”, perguntou Zana. “Arrancaram a tua língua?” “La, não, mama”, disse ele, sem tirar os olhos da paisagem da infância, de alguma coisa interrompida antes do tempo, bruscamente. HATOUM, Milton. Dois Irmãos. Companhia das Letras: São Paulo, 2000. 272 p QUESTÃO 04 A expressão destacada “Arrancaram a tua língua” proferida pela personagem Zana, possui sentido de:
b) reclamar que Yaqub estava falando
demais.
c) preocupar-se com a possibilidade de
Yaqub ter queimado a língua.
a) perguntar o porquê de Yaqub estar em silêncio.
d) demonstrar a raiva de Zana em relação
a Yaqub.
5
(D10 – SUPER ENSINO) Observe o diálogo abaixo e responda o que se pede. QUESTÃO:05 A partir da compreensão sobre variações linguísticas, indique por que a linguagem utilizada no contexto acima é empregada:
c) Situações comunicativas com pessoas próximas não exigem uso da linguagem formal.
d) O contexto cultural que o falante está
inserido determina seu nível de linguagem.
a) O uso da linguagem formal é obrigatório
em todas as situações comunicativas.
b) A língua é constantemente atualizada
por meio de seus falantes.