A escravidão nas Américas

A escravidão nas Américas

No transcorrer do século XV, a expansão de Portugal, ao longo da costa africana, favoreceu, com o aval de bulas papais, o tráfico negreiro. Totalizando 1.552.000 escravizados, trazidos nos tumbeiros ou navios negreiros, a América espanhola perde em índice numérico para o Brasil que, segundo estudos recentes na Universidade de Emory, em Atlanta, atingiu o total de 4,8 milhões de escravizados.

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A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil, foi progressivamente abandonada e substituída pela africana, devido aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à coroa.
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Analisando as estruturas econômicas coloniais, o historiador Caio Prado Jr., assim se referiu ao tema da escravidão: “É aliás esta exigência da colonização que explica o renascimento, na civilização ocidental, da escravidão em declínio desde os fins do Império Romano e já quase extinta de todo neste século XVI em que se inicia aquela colonização”.
O auto se refere a exigência da colonização que diz respeito à definição de uma colonização baseada na plantation, dentro dos padrões mercantilistas da época moderna.
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No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da população escrava. Sobre os quilombos no Brasil, podemos dizer que a população dos quilombos também era formada por indígenas ameaçados pelos europeus, brancos pobres e outros aventureiros e desertores, embora predominassem africanos e seus descendentes.
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“O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma má­quina de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores – e, mais do que tudo, os cofres dos traficantes de homens.”

(Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112).
De acordo com o texto, a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram transportados da África para o Brasil, nos porões dos navios negreiros, como forma de diminuição de custos. Com isso, muitos cativos morriam antes de chegarem ao destino.
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A escravidão negra no Brasil teve várias facetas. Dentre elas podemos destacar: A vida nos engenhos era dura e penosa. Por isso, a expectativa de vida dos escravos era muito pequena; O processo de derrocada da escravidão foi lento e gradual, durando, legalmente falando, quase quarenta anos (1850-1888); Era relativamente comum ao “preto forro”, caso tivesse algum pecúlio, adquirir um escravo; Os escravos que conseguiam, ao longo de muito anos de trabalho duro, juntar algum cabedal compravam a sua liberdade.
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Em 4 de setembro de 1850, foi sancionada no Brasil a Lei Eusébio de Queirós (ministro da Justiça), que abolia o tráfico negreiro em nosso país. Em decorrência dessa lei, o governo imperial brasileiro aprovou outra, "a Lei de Terras", que visava a aumentar o valor das terras e obrigar os imigrantes a vender sua força de trabalho para os cafeicultores.
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Além da política que estimulava a imigração de europeus para o Brasil, um dos efeitos do fim do tráfico negreiro transatlântico foi a intensificação do tráfico negreiro interprovincial em solo brasileiro.
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Pode-se dizer que o tráfico negreiro transatlântico contou, em grande parte, com a participação decisiva dos poderosos reinos africanos, que já praticavam a escravidão há séculos.
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