A escravidão nas Américas
No transcorrer do século XV, a expansão de Portugal, ao longo da costa africana, favoreceu, com o aval de bulas papais, o tráfico negreiro. Totalizando 1.552.000 escravizados, trazidos nos tumbeiros ou navios negreiros, a América espanhola perde em índice numérico para o Brasil que, segundo estudos recentes na Universidade de Emory, em Atlanta, atingiu o total de 4,8 milhões de escravizados.
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1) A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil, foi progressivamente abandonada e substituída pela africana, entre outros motivos, devido:
ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o Brasil em busca de trabalho.
à completa incapacidade dos índios para o trabalho.
à bem sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios.
ao constante empenho do Papado na defesa dos índios contra os colonos.
aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à coroa.
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Analisando as estruturas econômicas coloniais, o historiador Caio Prado Jr., assim se referiu ao tema da escravidão: “É aliás esta exigência da colonização que explica o renascimento, na civilização ocidental, da escravidão em declínio desde os fins do Império Romano e já quase extinta de todo neste século XVI em que se inicia aquela colonização” A qual exigência da colonização o autor está se referindo?
À definição de uma colonização baseada na plantation, dentro dos padrões mercantilistas da época moderna.
À impossibilidade de se utilizar o trabalho escravo dos indígenas, visto que não se adaptaram de forma conveniente ao trabalho compulsório.
Ao fato de o litoral brasileiro apresentar imenso potencial mineral e somente os escravos africanos terem a necessária técnica de extração.
À especialidade própria das regiões americanas, que estavam a exigir a implantação de um amplo sistema de feitorias destinadas ao comércio dos produtos tropicais.
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No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da população escrava. Sobre os quilombos no Brasil, é correto afirmar que o(a):
existência de poucos quilombos na região Norte pode ser explicada pela administração diferenciada, já que, no Estado do Grão-Pará e Maranhão, a Coroa Portuguesa havia proibido a escravidão negra.
quase inexistência de quilombos no Sul do Brasil se relaciona à pequena porcentagem de negros na região, o que também permitiu que lá não ocorressem questões ligadas à segregação racial
maior número de quilombos se concentrou na região nordeste do Brasil, em função da decadência da lavoura cafeeira, já que os fazendeiros, impossibilitados de sustentar os escravos, incentivavam-lhes a fuga.
população dos quilombos também era formada por indígenas ameaçados pelos europeus, brancos pobres e outros aventureiros e desertores, embora predominassem africanos e seus descendentes.
maior dos quilombos brasileiros, Palmares, foi extinto a partir de um acordo entre Zumbi e o governador de Pernambuco, que se comprometeu a não punir os escravos que desejassem retornar às fazendas.
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O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do Brasil: a escravidão. “O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma máquina de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores – e, mais do que tudo, os cofres dos traficantes de homens.” (Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112). Sobre a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, é correto afirmar:
Os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram transportados da África para o Brasil, nos porões dos navios negreiros, como forma de diminuição de custos. Com isso, muitos cativos morriam antes de chegarem ao destino.
A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de outros lugares, não era permitida em atividades econômicas complementares. Por isso, destinaram-se escravos exclusivamente às plantações de cana-de-açúcar, às minas e à produção do café.
Muitos cativos, no início da escravidão, conseguiam a liberdade, após adquirirem a carta de alforria. Isso explica o grande número de ex-escravos que, na Paraíba, conseguiram tornar-se grandes proprietários de terras.
A compra e posse de escravos, durante todo o período em que perdurou a escravidão, só foi permitida para quem pudesse manter um número de, pelo menos, 30 cativos. Essa proibição justificava-se, devido aos altos custos para se ter escravos.
As pressões inglesas, para que o tráfico de escravos continuasse, aumentaram após 1850. Porém, no Brasil, com a Lei Eusébio de Queiróz, ocorreu o fim do tráfico intercontinental e, praticamente, desapareceu o tráfico interno entre as regiões.
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A escravidão negra no Brasil teve várias facetas. Dentre as assertivas a seguir, qual não pode ser considerada uma marca do escravismo brasileiro?
Era relativamente comum ao “preto forro”, caso tivesse algum pecúlio, adquirir um escravo.
O processo de derrocada da escravidão foi lento e gradual, durando, legalmente falando, quase quarenta anos (1850-1888).
Os escravos que conseguiam, ao longo de muitos anos de trabalho duro, juntar algum cabedal compravam a sua liberdade.
A vida nos engenhos era dura e penosa. Por isso, a expectativa de vida dos escravos era muito pequena.
Todos os escravos se reconheciam como iguais e lutaram juntos pelo fim da infame escravidão.
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Em 4 de setembro de 1850, foi sancionada no Brasil a Lei Eusébio de Queirós (ministro da Justiça), que abolia o tráfico negreiro em nosso país. Em decorrência dessa lei, o governo imperial brasileiro aprovou outra, "a Lei de Terras". Dentre as alternativas a seguir, assinale a correta.
O governo imperial, temendo o controle das terras pelos coronéis, inspirou-se no "Act Homesteade" americano, para realizar uma distribuição de terras aos camponeses mais pobres.
A Lei de Terras dificultou a posse das terras pelos imigrantes, mas facilitou aos negros libertos o acesso a elas.
A Lei de Terras facilitava a ocupação de propriedades pelos imigrantes que passaram a chegar ao Brasil.
O objetivo do governo imperial, com esta lei, era proteger e regularizar a situação das dezenas de quilombos que existiam no Brasil.
A Lei de Terras visava a aumentar o valor das terras e obrigar os imigrantes a vender sua força de trabalho para os cafeicultores.
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É correto dizer que o tráfico negreiro transatlântico contou, em grande parte, com a participação decisiva:
dos chineses, que também tinham interesse no uso da mão de obra escrava negra em suas plantações de soja.
dos poderosos reinos pré-colombianos, que já haviam dado início à escravização de africanos antes mesmo do descobrimento da América.
dos nativos africanos que, voluntariamente, ofereciam-se ao processo de escravidão.
dos poderosos reinos africanos, que já praticavam a escravidão há séculos.
dos japoneses, que também tinham interesse no uso da mão de obra escrava negra em suas plantações de arroz.
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Além da política que estimulava a imigração de europeus para o Brasil, um dos efeitos do fim do tráfico negreiro transatlântico foi:
a intensificação do tráfico negreiro interprovincial em solo brasileiro.
a intensificação do processo de alforria em massa dos escravos negros nascidos no Brasil.
o início da negociação de escravos entre o Brasil e o Sul dos Estados Unidos.
a intensificação da atividade da Ku Klux Klan em solo brasileiro.
a ação de traficantes clandestinos (piratas) que vendiam os negros em um mercado paralelo.