Altitude 🍑RPG - Episódio 12🍑
Barbara é uma garota de 16 anos que se muda com sua mãe recém divorciada para a Califórnia. A garota ainda sofria com a separação repentina dos pais, e ainda mais porque sua mãe recusava-se a lhe contar o real motivo do término. Barbie (chamada assim pelos amigos e pelos pais) tem medo da cidade grande, mas ela finalmente tem uma chance de recomeçar, causar uma nova e boa impressão nos outros. Talvez tenha sido uma boa ideia ter se mudado para uma cidade nova, onde absolutamente ninguém a conhecia. Finalmente era sua chance de ser a popular, o qual sempre fora seu sonho.
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Olá anjos, tudo bem? O novo personagem - o do bar - está corretamente apresentado no Elenco de Altitude, que está no meu perfil. Se quiser ir lá apenas depois este episódio irei entender, então direi o nome dele pra facilitar na compreensão conforme o enredo corre. Ele se chama Miguel, um homem carinhoso que luta pelo direito de igualdade entre as mulheres e os homens. Espero que gostem deste episódio, pois vejo cada vez menos comentários abaixo dele. Entendo que muitos leem sim Altitude mas não sentem vontade de comentar... sei que não é obrigação suas, mas me deixaria extrema e completamente feliz. Pra uma escritora amadora como eu, ver os comentários, textos carinhosos e todo o apoio de vocês é muito importante. Vocês não devem nem fazer ideia do quanto me deixam feliz e realizada ao ver que o público de Altitude aumenta todo santo dia. Meu sonho desde que aprendi a ler e escrever é ser escritora, eu simplesmente amo essa arte, a arte de abrir meu coração pra fazer algo que as pessoas admiram, que as pessoas gostam. Surgem tantas ideias novas na minha cabecinha, e poucas delas vão pro papel, mas aqui no Quizur eu vi uma chance desse sonho finalmente se tornar realidade. Os comentários e textos de vocês não me deixam apenas motivada a atualizar Altitude, mas também a terminar os diversos livros que estão presos e inacabados em uma pasta. Eu realmente não tenho palavras suficientes pra dizer-lhes o que sinto quando acordo pela manhã, ou de tardezinha termino de lanchar, e vejo as mensagens carinhosas de vocês no meu direct. Simplesmente obrigada, obrigada por me darem forças pra continuar persistindo nesse sonho, que se Deus quiser, eu realizarei. E pra quem pergunta sobre meus perfis do Wattpad, aqui está o nome de usuário dos três: @DirtyName (Michael Jack? Jackson!) - Dedicado à fanfics do rei do pop. @MarcellaGVM (Lady?) - Dedicado à fanfics de desenhos animados, séries e filmes de sucesso no mundo da televisão. @GatinhaDoMJ (Gatinha do MJ) - Dedicado à romances autorais. Agora fiquem com o episódio:
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Barbara se movimentou na enorme cama, e sentiu um corpo gelado e grande abracar-lhe por trás. Um medo a dominou, fazendo-na levantar-se quase que instantaneamente, e ao observar o rosto do homem loiro deitado preguiçosamente embrulhado no lençol a garota sentiu um alívio extremo. Sim, ela havia perdido a virgindade com um completo desconhecido, ela se culpava por isso. Como toda adolescente sonhadora ela esperava ter sua primeira vez com o amor de sua vida, e é claro que Miguel não chegava nem a ser um conhecido pra ela. Barbie se martirizou por um tempo, pensando no que iria fazer. Era certo que deveria ir embora, mas pelo quarto não via se quer seus sapatos, quem dirá sua roupa. — Hum. Barbara virou-se imediatamente para certificar-se de que o homem não havia acordado, e pra sua sorte não. Certo, ela teria de pegar uma roupa emprestada de Miguel para ir para casa, isso não seria difícil. Barbie caminhou em passos lentos até o guarda-roupa de madeira escura ao lado da cama, abrindo a porta de correr e procurando por qualquer coisa que parecesse largada e pouca usada. [Que roupa Barbara vestiu?]
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Barbie ao terminar de se vestir colocou um boné preto em sua cabeça, encontrado no fundo do armário, e então fechou a porta do guarda-roupa. A garota saiu do quarto um tanto apressada, descendo as poucas escadas para chegar a porta de entrada, onde pra sua infelicidade viu o morro que teria de descer para chegar na estrada e pedir por um táxi. Suspirou profundamente, e mordendo os lábios em nervosismo, sentiu algo tocar-lhe o ombro. Barbara virou-se de supetão e encarou os olhos da cor do oceano do homem a sua frente. Deus, ele era tão grande... e tão musculoso. Seu peito ainda desnudo era a visão mais admirável pra Barbie naquele momento, e a mesma não retirava seus olhares dele. Miguel soltou uma risada divertida, trazendo a atenção da mais nova para seu sorriso branco e perfeitamente alinhado. — Vai mesmo embora agora? — ele questionou, apoiando-se na porta de vidro que dava entrada a sua casa, olhando profundamente para Barbara, ansiando por um "não" da parte da garota. — Sim, eu vou. — Barbara cruzou os braços autoritária, focando seu olhar em qualquer coisa que não fosse seu peito definido. — Vai mesmo descer quilômetros de morro sozinha? A pé? Barbie ficou pensativa por um instante. Já tinha passado por sua cabeça pedir carona pra ele, mas seria de extrema humilhação, e ele já havia estragado sua vida o suficiente por aquele dia... ou aquela noite. — Vamos, eu te levo. Miguel puxou-lhe pelo braço sem se quer fazer um esforço, destravando o carro e colocando-na como se fosse um travesseiro no banco do passageiro, sorrindo desafiador pra si. Barbie nem se quer pôde falar algo, ainda mais depois de ver no banco de trás sua bolsa descansando. — Minhas roupas... — sussurrou a mais nova, abaixando a cabeça um tanto quanto envergonhada. — Levo pra ti na escola mais tarde. Sua irmã me mandou leva-la pro colégio.
"O quê?!"
"Só pode estar brincando com a minha cara!"
"A Angel é impossível!"
"Ir pra escola desse jeito? Com esse cara? O que irão pensar?!... o que Pablo irá pensar?..."
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— Eu não vou pra escola! Não desse jeito! — Barbara disse em um tom de ameaça, abrindo a porta do conversível para sair, mas sendo segurada pelas fortes mãos de Miguel. — Fica quietinha ai. Eu vou pegar uma roupa mais adequada pra você... na verdade era apenas ter pedido pra mim que eu pegava algo da minha prima pra ti. — contou o homem, saindo do carro, e sem nem esperar uma resposta o mesmo desapareceu dentro da enorme casa. Em minutos viu o loiro sair da casa, desta vez com uma camiseta e uma calça adequada (antes apenas de short jeans e chinelos). O mesmo segurava uma sacola transparente, e assim que adentrou novamente o veículo estendeu-lhe o pacote de roupas, que ainda em hesitação a pegou. — Eu tenho que me trocar. — Barbara pediu, olhando encarecidamente para Miguel, que apontou uma porta na casa, sem ser a da entrada. — Aquilo é um banheiro. Ele está aberto. Pode ir lá e se trocar. — mandou, virando as chaves na ignição do veículo, fazendo o mesmo roncar. — Anda logo. Barbara assentiu e saiu apressadamente do carro, correndo desajeitadamente até a porta, a qual ela abriu e adentrou, fechando-na em seguida. Barbie vestiu-se, e com a escova dentro a sacola penteou seus cabelos, os prendendo num rabo de cavalo. Vestiu a roupa, que era até mesmo bonitinha, e calçou os tênis que dentro da sacola também estavam. [Como Barbara estava?]
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Barbie saiu lentamente do banheiro, segurando em mãos a sacola. A garota se direcionou até o automóvel e logo adentrou o mesmo, prendendo o cinto em seu corpo, nervosamente despejando o saco de roupas no banco de trás. Sem uma palavra a mais o carro deu partida, e em menos de uma hora o mesmo se estacionava na frente de seu colégio, o qual praticamente parou para olha-la sair daquele conversível aparentemente caro com um dos homens mais bonitos e cobiçados da cidade. Miguel trancou o veículo e pegou em sua mão simplesmente, sem deixa-la se quer repreende-lo. — Não tente se soltar. — o homem de cabelos loiros continuou andando ao seu lado de mãos dadas contigo, levando-na dentro do colégio. Mais olhares se direcionaram ao "casal", a maioria de ciúmes e inveja das garotas. Barbie certamente estava desconfortável com a situação, afinal os sussurros que administravam-na eram de pura maldade. Miguel não largava sua mão por nada, e isso chegava a preocupa-la. O que ele faria? — Miguelzinho! Uma garota de olhos claros e estranhamente parecida com Miguel apareceu, pulando no pescoço do mesmo, mal parecendo perceber Barbara de mãos dadas com o mesmo. — Oi, Rayane. — o loiro disse secamente, desprendendo as mãos da menina de seu pescoço. — Quem é essa vadia? —a garota ousou, apontando seu indicador no peito de Barbara, a qual confusa observava o surto da menina desconhecida. — Olha quem você chama de vadia, sua biscate de quinta. — Hazel apareceu pra sua surpresa, entregando a Barbara sua mochila, — Rayane... agora não, por favor. — o mais velho pediu, agora soltando-se das mãos de Barbie para pegar no pulso da tal Rayane. — E que roupas são essas? Outra puta que meu priminho enganou pra levar pra cama não é? — a loira dizia sem parar, aproximando-se cada vez mais de Barbie, que se quer arredou um passo. — Incrível que cada noite diferente uma roupa minha some do meu guarda-roupa, e agora sei porque... — Rayane, chega... — Miguel pedia, parecendo estar prestes a perder a paciência. — Vagabunda, não se iluda. O Miguel é apenas meu, e assim como aquelas vadiazinhas que ele come você é apenas mais uma na lista dele que vai sofrer. Se toca sua puta! Barbara sentia seu sangue ferver com cada palavra que aquela loira oxigenada lhe dirigia. Nem percebera quando ao redor deles alunos curiosos se amontoavam, e até mesmo o trio de vadias estava ali, apenas observando. — Rayane, cala a boca! — Miguel simplesmente gritou, assustando tanto Barbie quanto os outros ao redor. — O que foi, Miguel? Nunca surtou desse jeito quando contei a verdade pra suas peguetes. — ela debochava, cruzando os braços enquanto não tirava os olhos de Barbie. — Eu não sou a p@rra de uma peguete! — Barbara gritou impaciente, trazendo surpresa a todos que observavam a briga como se fosse um ringue. [O que Barbara respondeu?]
"Repense as suas palavras, Rayane. Eu sou a herdeira de Altitude e não hesitarei caso tenha que mandar alguém te dar uma lição."
"Você não é nada, nada além de uma mosquinha barulhenta no meu caminho. Tome cuidado, pois Barbara Ezcobar, neta e herdeira legítima de Mirton Ezcobar não brinca em serviço."
"Seus dias estão contados, Rayane. Altitude vai dar um jeito em você, quer dizer, eu vou."
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Ao olharem pra Barbara todos os alunos começaram a sussurrar entre si novamente, coisas do tipo: "Ela é mesmo a herdeira?", "É mentira, a Angel é a única neta da Mirton", "Ela está viva?!", "A herdeira legítima de Altitude não tinha morrido no parto?". Barbara nem se quer prestou atenção nos comentários, estava concentrada em acabar com a loira oxigenada, mas pareceu que nem precisaria fazer mais nada. — Impossível... — a menina resmungou baixo, olhando-na incrédula para logo sair empurrando o monte que estava formado ao redor de Barbara e Miguel. — Amiga, você está bem? — Hazel abraçou-a, e em seguida Alejandra. — Ela é só uma desamada qualquer, nem te conto... — Ale comentou, fazendo-na rir levemente. Barbara virou-se e viu Miguel atravessando a porta da escola, sumindo de suas vistas. Ele nem se quer se despediu, quer dizer, Barbie merecia uma explicação plausível pro showzinho que a "prima" dele causou. Ellen caminhava na direção de Barbara, mas a mesma não estava afim de brigar mais, portanto apenas puxou suas amigas pro corredor oposto, onde estavam livres de todos os olhares e comentários maldosos e confusos das pessoas. — Caramba, garota, arrasou! — Hazel comentou, abraçando mais uma vez a amiga. — Você... — Sim, Hazel, eu transei com ele. — respondeu, impaciente para responder todas as perguntas. — Eu nem o conhecia... como me deixei levar daquela forma... — Não se culpe, amiga. — Ale então a confortou, tocando no ombro de Barbie. — Ele é traficante, mas não é um cara mau, acredite. Barbara simplesmente suspirou, cansada de tantas discussões, tantas brigas e decisões erradas. Por um segundo queria escapar daquilo, fugir de toda aquela baboseira de gangues em que sua irmã a meteu. Só estava cansada, mesmo fazendo tão poucos dias que a mesma chegara. — Eu vou pra casa, não estou em condições de ter aula hoje. — comunicou, soltando um longo suspiro de exaustão, recebendo a confirmação de suas amigas. — Quer que liguemos pra Angel ou alguém vir te buscar? — Hazel ofereceu, procurando em sua mochila um telefone. — Não precisa.
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Pablo encarava Barbara ali, um olhar sério tomando conta de sua expressão. — Vamos, Barbara. — ele mandou novamente, puxando seu pulso enquanto via os olhares, novamente curiosos, dos outros alunos. Sem mais nem menos o homem puxou Barbara a força até a parte de trás da escola. A mesma apenas o seguia, encarando o caminho um tanto nervosa. Pablo parou por um instante e olhando no fundo dos olhos de Barbara ele a pressionou contra a parede. Um medo constante a tomou, uma aflição agoniante. — Pablo... — Porque transou com o Miguel, Barbara?! — Pablo parecia extremamente alterado, seus olhos estavam avermelhados e um hálito de álcool atravessava as narinas sensíveis de Barbie. — Pablo... me solta... está machucando... — pedia a mais nova, cerrando os olhos enquanto tentava se soltar das fortes mãos do homem, o qual não pretendia o fazer tão cedo. — C@ralho! Não era pra tu ter se enfiado nessa merda, Barbara?! Ele é perigoso! — gritava, cada vez mais apertando os pulsos de Barbara contra a parede, os quais cada vez mais ficavam avermelhados. Barbie sentiu uma lágrima inundar seu olho, logo escorregando por sua pálpebra e desenhando suas bochechas rubras. Um medo insuportável a atingiu, um medo de ser abusada por Pablo, de ser usada... ela queria correr, mas estava presa e nada podia fazer. — Pablo, eu vou gritar! — ameaçou ela, cuspindo as palavras no rosto do mais velho, o qual sem qualquer hesitação enroscou seus lábios no dele. Pablo beijava-a a força, mordendo com certa força seus lábios e deixando-na dolorida. A menina não conseguia gritar ou se quer se soltar, ela estava desesperada. Barbara sentiu o gosto metálico do líquido vermelho escorrer de seus lábios e tocar-lhe a língua. O homem estava incontrolável, e aquilo não se tornara mais um beijo, e sim algo forçado, algo perigoso. — Solta ela, seu merda! Puxando Pablo e o jogando no chão, Miguel dava socos disparadamente no rosto de Pablo, que com uma risada debochava do loiro. Barbara caiu no chão, limpando com a blusa o sangue que dos seus lábios escorria. Já não era apenas uma lágrima que caia de seus olhos, mas sim várias, tornando seu medo incalculável em um choro fino e desesperado. A menina via o rosto de seu cunhado ser espancado, mas ela não queria fazer nada, porque sentia uma sede de vingança extrema. Minutos depois Miguel parou simplesmente, vendo que Pablo não iria revidar e continuaria com aquele sorriso idiota no rosto. O loiro apenas pegou Pablo no colo, e olhando para Barbara apenas assentiu, como se dissesse um "De nada" silenciosamente. O homem atravessou a rua e destravou o carro, colocando Pablo na parte de trás, logo sentando no bando do motorista para dar partida e seguir seu caminho. Barbie por outro lado conseguia apenas sentir seus olhos se inundarem cada vez mais, aquele medo causado pela pessoa que ela tinha um sentimento explícito não estava indo embora, apenas se aprofundava mais em seu coração, tomando conta para que ela desabasse. — Barbara? Francisca tocou-lhe o ombro, e com sua ajuda Barbie levantou-se, sem nem conseguir olhar no olho da mulher de cabelos curtos. Barbara se quer conseguia pronuncia uma palavra. Alguns podem chama-la de fraca, pois certamente isso não foi um estupro pra ela ficar dessa forma psicologicamente, mas uma adolescente que teve sua vida completamente desmoronada por um segredo tão pesado quanto o que assolava sua família a anos, que teve sua primeira vez com um desconhecido, que perdera seu pai, e que agora tinha que lidar com várias pessoas a culpando por tantas mortes... Barbara precisava descansar, e seu descanso era conversar com Pablo, que a confortava sempre que precisava, que parecia dar-lhe um sentimento recíproco... aparentemente era só mais um idiota que abusou dela, abusou dela em seu momento mais frágil. — Barbara, me escuta. Vou te levar pra Altitude, está bem? — Francisca disse como uma pergunta retórica, e logo começou a andar com Barbara até seu carro, colocando a mais nova no banco de trás deitada confortavelmente. [Como era o carro de Francisca?]
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Francisca cumpriu o que disse e logo o carro estacionava-se na entrada da mansão. Angelline e Amber correram na direção de Barbie, a qual estava apoiada em Francisca. As duas mulheres pegaram a mais nova nos braços, sem se quer agradecer a ajuda a Francisca, que adentrou o veículo novamente e deu partida para ir embora. — Deus, o que aconteceu com você? — Amber questionou, mesmo sabendo que Barbara não estava em condições de responder. — O que o Miguel fez contigo, irmã? Este foi a última pergunta que Barbie conseguiu ouvir antes de sentir o peso em suas pálpebras e o calar de seus sentidos.
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