AULA 04 - Política, cotidiano e democracia no Brasil - Material Extra

AULA 04 - Política, cotidiano e democracia no Brasil - Material Extra

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA 12ª COORDENADORIA REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CEJA JOÃO RICARDO DA SILVEIRA SOCIOLOGIA

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A política é o nome que se dá para a capacidade do ser humano de criar diretrizes com o objetivo de organizar seu modo de vida. Essa palavra também faz menção a tudo que está vinculado ao Estado, ao governo e à administração pública com o objetivo final de administrar o patrimônio público e promover o bem público, isto é, o bem de todos. Sobre o sistema político brasileiro atual é correto afirmar que

os eleitores escolhem representantes pelo critério do mandato imperativo.
referendo e plebiscito são possibilidades constitucionais de participação direta.
o descumprimento de promessas de campanha implica a perda do mandato político.
entre os crimes de responsabilidade que podem produzir a perda de mandato, está a ruptura com itens do programa partidário.
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O termo “cidadania” foi consagrado pelo sociólogo inglês Thomas Humphrey Marshall (1893-1981), o qual, segundo esse autor, implica um sentimento de pertencimento e lealdade a uma civilização. Sobre esse assunto, analise as proposições abaixo. I. A noção de cidadania se estabelece a partir dos deveres de cada indivíduo para com o Estado, mas também pelos direitos que esse Estado lhe garante. II. Cidadania é exercer a liberdade individual em todas as circunstâncias da vida social, sem nenhum empecilho jurídico. III. Cidadania é também acesso a uma renda adequada, que permita ao cidadão desfrutar de um padrão de vida comum a seus concidadãos. IV. Cidadania implica reconhecer as particularidades de gênero, cultura, raça e sexualidade. Estão CORRETAS as afirmativas

I, II e III, apenas.
II, III e IV, apenas
IV, II e I, apenas.
I, III e IV, apenas.
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A questão da corrupção está em evidência e aumenta o desencanto com a política. Considerada como um dos maiores males da democracia, suas consequências são nefastas. Shakespeare, em “Medida por medida”, destacou essa problemática, conforme o fragmento abaixo: Uma coisa é ser tentado e outra coisa é cair em tentação. Não posso negar que não se encontre num júri, examinando a vida de um prisioneiro, um ou dois ladrões, entre os jurados, mais culpados do que o próprio homem que estão julgando. A Justiça só se apodera daquilo que descobre. Que importa as leis que ladrões condenem ladrões? SHAKESPEARE, W. Comédias e sonetos. São Paulo: Círculo do Livro, 1994. Assinale a alternativa que expressa o sentido da corrupção política.

b) Utilização da violência nua para impor autoridade e auferir benefícios particulares. As vantagens obtidas se apoiam no poder dos dominantes e no uso da arbitrariedade.
Fenômeno que coloca todos em nível de igualdade – vendedores e compradores – com a finalidade de promover a troca de bens serve de elemento regulador das relações entre os indivíduos.
Fenômeno político baseado na capacidade simbólica de exercer ascendência sobre os outros, utilizando expressivamente a coação.
Uso do poder público para proveito, promoção ou prestígio particular, ou em benefício de um grupo ou classe, constituindo violação da lei ou de padrões de elevada conduta moral.
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A Sociologia de Max Weber é considerada uma ciência compreensiva e explicativa. Na sua concepção, compete ao sociólogo compreender e interpretar a ação dos indivíduos, assim como os valores pelos quais os indivíduos compreendem suas próprias intenções pela introspecção ou pela interpretação da conduta de outros indivíduos.

para Max Weber, a sociologia está voltada unicamente para a compreensão dos fenômenos sociais. Na sociologia compreensiva, o homem não consegue compreender as intenções dos outros em termos de suas intenções professadas
para Max Weber, constitui um instrumento de dominação de classe legítimo que não necessita de qualquer justificativa para o exercício de sua autoridade.
para Max Weber, a conduta individual tem base exclusivamente racional e é orientada para o interesse de transformação social, com vistas ao progresso da sociedade e à autonomia do indivíduo.
Max Weber entende por sociologia compreensiva uma ciência que se propõe a compreender a atividade social e, deste modo, explicar causalmente seu desenrolar e seus efeitos. Para explicar o mundo social, importa compreender também a ação dos seres humanos do ponto de vista do sentido e dos valores.
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O Estado, objeto de estudo da Sociologia e da Ciência Política, constitui um mecanismo de controle social existente na sociedade. É CORRETO afirmar que

somente o Governo expressa a autoridade legítima do Estado, com os demais Poderes assumindo uma atuação alheia a esse aparato institucional.
só o Estado possui autoridade - poder legitimo - para regulamentar o uso da força.
o Estado democrático tem o poder pleno para determinar a vida de todos os indivíduos em sociedade, a partir do exercício de uma autoridade pessoal
o Estado constitui a totalidade da estrutura social.
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Nas Ciências Sociais, particularmente na Ciência Política, definir o Estado sempre foi uma tarefa prioritária. As tentativas nesta direção fizeram com que vários intelectuais vissem o Estado de formas diferentes, com naturezas diferentes. Numa palestra intitulada Política como vocação, Max Weber nos adverte, por exemplo, que o Estado pode ser entendido como uma relação de homens dominando homens. No trecho da canção d´O Rappa, Tribunal de Rua, dominação é o que se percebe, também, na relação entre cidadãos e policiais (braço armado do Estado). A viatura foi chegando devagar E de repente, de repente resolveu me parar Um dos caras saiu de lá de dentro Já dizendo, aí compadre, você perdeu Se eu tiver que procurar você tá fodido Acho melhor você ir deixando esse flagrante comigo [...]. O Rappa. Lado A Lado B. Warner, 1999. A partir da perspectiva weberiana, relacionada ao trecho da canção acima, evidencia-se que a dominação do Estado

é exercida pela autoridade legal reconhecida, daí caracterizar-se fundamentalmente como dominação racional legal.
a exemplo da dominação de outras instituições, opera de forma genérica, exterior e coercitiva.
é estabelecida por meio da violência prioritariamente exercida contra grupos e classes excluídos social e economicamente.
ocorre a partir da imposição da razão de Estado, ainda que contra as vontades dos cidadãos que, normalmente, àquela resistem.
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“A ação social (incluindo tolerância ou omissão) orienta-se pela ação de outros, que podem ser passadas, presentes ou esperadas como futuras (vingança por ataques anteriores, réplica a ataques presentes, medidas de defesa diante de ataques futuros). Os ´outros` podem ser individualizados e conhecidos ou uma pluralidade de indivíduos indeterminados e completamente desconhecidos” (Max Weber. Ação social e relação social. In M.M. Foracchi e J.S Martins. Sociologia e Sociedade. Rio de Janeiro, LTC, 1977, p.139). Max Weber, um dos clássicos da sociologia, autor dessa definição de ação social, que para ele constitui o objeto de estudo da sociologia, apontou a existência de quatro tipos de ação social. Quais são elas?

Ação tradicional, ação afetiva, ação racional com relação a fins, ação racional com relação a valores.
Ação tradicional, ação afetiva, ação racional e ação carismática.
Ação tradicional, ação afetiva, ação racional com relação a fins, ação racional com relação a valores.
Ação tradicional, ação emotiva, ação racional com relação a fins e ação política não esperada.
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Como Max Weber conceituou a ideia de “ação social”?

Uma ação social é toda ação tomada de forma coordenada e com outros sujeitos.
Uma ação social é toda ação voltada para a remediação de problemas sociais.
Uma ação social é toda ação que se configura em meio coletivo e sempre com um sentido político.
Uma ação social é qualquer ação realizada por um sujeito em um meio social que possua um sentido determinado por seu autor.
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Uma noção contida no pensamento de Max Weber, é que

a ação social se orienta pelas ações dos outros, que podem ser passadas, presentes ou esperadas como futuras.
o simples fato de alguém aceitar para si determinada atitude apreendida em outros e que parece conveniente para seus fins configura uma ação social.
os outros cujas ações orientam a ação social são individualizados e conhecidos, não podendo ser indeterminados nem desconhecidos.
toda espécie de ação entre pessoas é de caráter social, pois toda ação de alguém influencia a conduta de outros.
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“Na visão de Max Weber, a função do sociólogo é compreender o sentido das chamadas ‘ações sociais’, e fazê-lo é encontrar os nexos causais que as determinam. Entende-se que ações imitativas, nas quais não se confere um sentido para o agir, não são ditas ações sociais. Mas o objeto da Sociologia é uma realidade infinita e, para analisá-la, é preciso construir tipos ideais, que não existem de fato, mas que norteiam a análise.” (Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-definicao-acao-social-max-weber.htm.) Os tipos ideais servem como modelos e, a partir deles, podemos citar quatro ações fundamentais; assinale a correta.

Ação social afetiva, na qual a ação é estritamente irracional. Toma-se um fim e este é, então, buscado a qualquer custo. Nesse caso, qualquer atitude é justificada.
Ação social racional com relação a valores, em que a conduta é movida por sentimentos valorosos, tais como orgulho racial, vingança, loucura, paixão, inveja, medo etc.
Ação social racional com relação a fins, na qual é o fim que orienta a ação, e o valor econômico a ser desenvolvido, em detrimento de valores éticos, religiosos, políticos ou estéticos. Os fins justificariam os meios.
Ação social tradicional, que tem como uma das fontes motivadoras, ou seja, como impulso, os costumes ou hábitos arraigados, ou seja, ligados à cultura consuetudinária.
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“Toda a atividade orientada segundo a ética pode ser subordinada a duas máximas inteiramente diversas e irredutivelmente opostas”. Esta afirmação precede as análises de Max Weber, no ensaio “A Política como Vocação”, acerca da oposição entre, de um lado, a atitude daquele que, convencido da justeza intrínseca de seus atos, é indiferente aos efeitos que estes atos podem acarretar e, de outro lado, a atitude daquele que leva em conta as consequências previsíveis de seus atos. Segundo a terminologia empregada por Weber no ensaio mencionado, estas duas atitudes referem-se, respectivamente, àquilo a que o autor denomina

ética de convicção e ética de responsabilidade.
ética de convicção e ética de consequência.
ética de justeza e ética de responsabilidade.
ética de justeza e ética de consequência.
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Um exemplo clássico da relação entre ética e política é a teoria weberiana sobre a “ética de convicção” e a “ética de responsabilidade”. Assinale a opção que representa a forma como Max Weber definia essas duas éticas.

A “ética de convicção” está relacionada ao nosso sistema de crenças e valores; a “ética de responsabilidade”, ao dever de respondermos pelas previsíveis conseqüências de nossos atos
A “ética de convicção” diz respeito àqueles que vivem “da” política; a “ética de responsabilidade”, àqueles que vivem “para” a política.
“A ética de convicção” está vinculada à idéia de revolução, e a “ética de responsabilidade”, à idéia de bom senso.
A “ética de convicção” equivale ao compromisso com a sociedade; a “ética de responsabilidade”, ao compromisso com o governo.
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De acordo com a tipologia weberiana, há três tipos de dominação: racional (baseada na crença na legalidade da ordem e dos títulos dos que exercem a dominação), tradicional (fundamentada na crença na legitimidade das tradições) e carismática (baseada no devotamento fora do cotidiano e justificado pelo caráter sagrado ou pela força heroica de uma pessoa).

Errado
Certo
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É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder. (MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 – adaptado). A característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito

ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores pessoais.
ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade às leis.
ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as decisões por si mesmo.
à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre da submissão às leis.
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Montesquieu (1689 – 1755), na obra O espírito das Leis, afirma: “Quando os poderes legislativo e executivo ficam reunidos numa mesma pessoa ou instituição do Estado, a liberdade desaparece […] Não haveria também liberdade se o poder judiciário se unisse ao executivo, o juiz poderia ter a força de um opressor. E tudo estaria perdido se uma mesma pessoa ou instituição do Estado exercesse os três poderes: o de fazer leis, o de ordenar a sua execução e o de julgar os conflitos entre os cidadãos.” A partir dessas informações sobre a filosofia política de Montesquieu e a divisão que propõe do poder, é correto afirmar:

O poder executivo cria as leis; o poder judiciário sanciona as leis; o poder legislativo efetiva as leis na administração do Estado.
O poder judiciário tem força para administrar o executivo; o poder executivo tem força para conduzir o judiciário; o poder legislativo tem força para tutelar o judiciário.
O poder legislativo aplica as leis; o poder executivo gerencia as normatizações e deliberações relacionadas à administração do Estado; o poder judiciário aprova as leis.
O poder judiciário aplica as leis; o poder legislativo cria e aprova as leis; o poder executivo executa normatizações e deliberações referentes à administração do Estado.
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