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A conquista e a colonização europeia na América, entre os séculos XVI e XVII, condicionaram a formação de sociedades coloniais diversas e particulares. Sobre tais sociedades podemos afirmar que: Nas áreas de colonização espanhola, explorou-se exclusivamente a força de trabalho das populações ameríndias, sob a forma de relações servis, como a mita e a encomenda; II – Nas áreas de colonização portuguesa, particularmente nas áreas destinadas ao fabrico do açúcar, foi empregada, em larga escala, a mão de obra de negros africanos e/ou de indígenas locais; III – Ao norte do litoral atlântico norte-americano, área de colonização inglesa, houve o estabelecimento de pequenas e médias propriedades, nas quais se utilizou tanto o trabalho livre quanto a servidão por contrato; IV – Na região do Caribe, em áreas de colonização inglesa e francesa, assistiu-se à implantação da grande lavoura, voltada para a exportação e assentada no uso predominante de mão de obra de escravos africanos.
Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
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Leia o texto a seguir: Um dos períodos [da história do México] mais riscados, apagados e emendados com maior fúria tem sido o da Nova Espanha. […] A Nova Espanha não se parece com o México pré-colombiano nem com ao atual. E muito menos com a Espanha, embora tenha sido um território submetido à coroa espanhola. PAZ. O. Sóror Juana Inés de la Cruz: As artimanhas da fé. São Paulo: Mandarin, 1998. Sobre a sociedade colonial construída em Nova Espanha, é correto afirmar:
se constituía em uma sociedade com uma estrutura hierárquica bem clara, em cuja base se encontravam os grupos desprovidos de quaisquer direitos sociais: índios e negros africanos, ambos trabalhando como escravos e sendo tratados exclusivamente como mercadoria, vendidos e comprados em grandes mercados nas principais cidades mexicanas.
recaíam, exclusivamente, os privilégios da sociedade colonial sobre a minoria branca que apresentava, contudo uma divisão interna entre aqueles brancos nascidos na Europa, ocupantes dos cargos de nível superior, e aqueles nascidos na América, ocupantes de posições claramente secundárias na hierarquia social.
se distinguia de outras sociedades coloniais, pois as diferenças sociais presentes nela eram de classe e não de cunho étnico: não importava a cor da pele para a determinação de um lugar social, mas as posses de um indivíduo.
se tratava, como em outras sociedades coloniais, de uma sociedade de superiores e de inferiores que, entretanto, reconhecia os mestiços, filhos de senhores brancos com mulheres indígenas, como fazendo parte da elite política local, sendo chamados criollos.
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Leia: É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um único vínculo que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem, uma só língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão de se formar; mas tal não é possível, porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e caracteres dessemelhantes dividem a América. (Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. In: Simón Bolívar: política, 1983.) O texto foi escrito durante as lutas de independência na América Hispânica. Podemos dizer que:
ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e, em sua ação política e militar, reagiu à iniciativa autonomista do Brasil.
conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou para que a América Hispânica se associasse ao Brasil na luta contra a hegemonia norte-americana no continente.
conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do continente, mas tentou submeter o Brasil à força militar hispano-americana.
conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade americana, mas, em sua ação política e militar, reconheceu que as diferenças internas eram insuperáveis.
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América Hispânica e América Portuguesa, futuro Brasil, viveram processos históricos parecidos, mas não idênticos, do final do século XV até a primeira metade do XIX. A(s) questão(ões) a seguir discutem essas semelhanças e diferenças. Quanto à conquista da América por espanhóis e portugueses, na passagem do século XV ao XVI, pode-se dizer que:
no caso português foi precedida por conquistas no norte e no litoral da África, que resultaram em colônias portuguesas nesse continente, e no caso espanhol iniciou a constituição de seu império ultramarino.
nos dois casos foi violenta, porém na América Portuguesa o extrativismo dos dois primeiros séculos de colonização restringiu os contatos com os nativos e na América Hispânica a implantação precoce da agricultura provocou maior aproximação.
no caso português foi casual, pois os navegadores buscavam novas rotas de navegação para as Índias e desconheciam a América e no caso espanhol foi intencional, porque o conhecimento de instrumentos de navegação lhes permitiu prever a descoberta.
no caso português o objetivo principal era buscar minérios e produtos agrícolas para abastecer o mercado europeu e no caso espanhol pretendia-se apenas povoar os novos territórios e ampliar os limites do mundo conhecido.
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Sobre as universidades na América colonial, é possível afirmar que:
enquanto no Brasil não foram criadas universidades no período colonial, na América Espanhola, já no século XVI, foram fundadas a universidade de São Marcos de Lima e a do México.
assim como Salamanca serviu de modelo para a organização das universidades da América Espanhola, Coimbra foi modelo no Brasil e em Goa, na Índia.
as Coroas portuguesa e espanhola, envolvidas com a implantação de um sistema de exploração, não cuidaram da criação de universidades em suas colônias.
no Brasil não foram criadas universidades no período colonial, e na América Espanhola elas tiveram apenas existência efêmera, não havendo real interesse em sua manutenção.
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Leia o trecho abaixo. O propósito de muitos, se não da maioria, dos conflitos políticos da América espanhola, no período posterior à independência, foi simplesmente determinar quem deveria controlar o Estado e seus recursos. Não obstante, surgiram outras importantes questões políticas que variaram de país para país em caráter e importância. Entre 1810 e 1845, a discussão sobre estrutura centralista e federalista do Estado foi fonte de violento conflito no México, na América Central e na região do Prata. SAFFORD, Frank. Política, ideologia e sociedade na América espanhola do pósindependência. In: BETHELL, Leslie. História da América Latina, vol. III: da Independência até 1870. São Paulo: Edusp, 2001. p. 369. O segmento faz menção aos conflitos que se seguiram às independências na América Espanhola. Assinale a alternativa que indica algumas das consequências desses confrontos.
O conflito entre federalistas e centralistas resultou em governos constitucionalmente frágeis e politicamente instáveis em quase toda a região, durante parte do século XIX.
A estruturação de monarquias centralizadas por toda a região, após o fracasso político das repúblicas independentes.
O surgimento de governos democráticos e com ampla participação popular, ainda no século XIX, como uma das formas de resolução desses conflitos políticos.
A recolonização da região pela Espanha, dada a fragilidade institucional das novas repúblicas independentes.
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Acerca do processo de independência da América espanhola e suas consequências, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
No Congresso do Panamá, em 1826, Simon Bolívar propôs uma integração entre as nações do continente. Os poderes locais não abriram mão de sua autonomia e a ideia fracassou.
Ao propor a Doutrina Monroe “a América para os Americanos”, os Estados Unidos eram contrários a interferência europeia na América, porém, tal doutrina expressava uma política imperialista estadunidense no continente.
As estruturas políticas após a independência e o surgimento de vários países, não efetivou uma grande mudança no poder; as camadas populares foram alijadas do poder e os caudilhos garantiram um poder absoluto em seus domínios.
O início da luta pela ruptura com a Espanha foi comandada pelos chapetones e articulada nos moldes da Independência dos Estados Unidos da América, unificandose todas as juntas governamentais num governo unitário.
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Entre os anos de 1780-1781 Tupac-Amaru liderou a maior rebelião indígena da América. Hoje ele é considerado o herói nacional e precursor da independência do
Peru.
Chile.
Haiti.
México.
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Em 1822, Simon Bolivar e José de San Martim reuniram-se em Guaiaquil, atual Equador. Os dois “libertadores da américa” tinham planos diferentes para o futuro do continente, daí que, após esse encontro,
San Martim retornou para a Argentina e Bolívar continuou as lutas de independência contra as forças espanholas.
Bolívar planejava a fragmentação da América espanhola em diversos pequenos países independentes, o que enfraqueceu a luta de ambos, sendo, finalmente, derrotados pelos exércitos espanhóis.
San Martim continuou as lutas de independência e Bolívar retornou para a Venezuela.
eles uniram os exércitos e, juntos, venceram definitivamente as forças espanholas na América.
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No mundo luso-brasileiro, a Ilustração forneceu contornos peculiares a antigas formas de motins e revoltas, e movimentos sediciosos, como a Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração dos Alfaiates (1798), tiraram o sossego das autoridades metropolitanas. (Nívia Pombo. “Luzes, mas só para a elite”. n: Revista de História da Biblioteca Nacional, maio de 2014. Adaptado.) A respeito dos “contornos peculiares”, fornecidos pela Ilustração ou Iluminismo às rebeliões na América portuguesa em 1789 e 1798, pode-se afirmar que
os colonos rebelados defendiam a supressão do tráfico de africanos escravizados para o Brasil.
os insurgentes queriam a extinção do absolutismo monárquico e a formação de uma monarquia constitucional.
os rebeldes exigiram a elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves.
os líderes contestaram o estatuto colonial e defenderam o rompimento definitivo com a metrópole.