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02– O trecho que inicia a história principal da narrativa é:
“Porque sinto como ficarei de coração escuro ao constatar que, mesmo me agregando tão pouco à alegria, eu era de tal modo sedenta que um quase nada já me tornava uma menina feliz.”
“Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar.”
“Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância…”
“Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco.”
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01 – Os “restos do carnaval” a que se refere a autora, no título do texto, pode ser entendido como um(a)?
referência à festa simples e pouco alegre que era destinada à narradora em épocas carnavalescas.
Encantamento pela atmosfera que tomava toda a cidade após as festividades carnavalescas.
Referência às migalhas de felicidades às quais ela se agarrava para viver diante da crueldade mundana.
Referência à fantasia feita para ela com as sobras de papel crepom da fantasia da amiga.
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03 – “… Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e ainda sem batom e ruge – minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa – mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil – fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de carnaval. A alegria dos outros me espantava.” Todo esse segmento é uma exemplificação do período anterior, através do termo
jogo de dados.
orgulho
Irracional
impiedoso.
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04) No trecho “… economizava-as com avareza para durarem…”, o pronome destacado retoma o termo:
Duas coisas preciosas.
Máscaras de rosa escarlate.
Várias fantasias.
Altas horas da noite.
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05– No excerto “Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.”, predomina a linguagem:
Denotativa.
Coloquial.
Conotativa.
Pejorativa.
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06 – No segundo parágrafo, a autora diz: "Ah, está se tornando difícil escrever." Qual é a razão para esse desabafo da autora neste ponto do texto?
Ela estava em um momento de grande melancólica, por isso se tornava difícil o processo de escrita.
A autora já estava cansada, pois já havia escrito muito.
As lembranças de que tão pouco era suficiente para deixá-la feliz na infância deixam seu coração escuro ('apertado') e ela sente dificuldades de pôr estes sentimentos no papel.
A exposição dos sentimentos é uma maneira dos escritores criarem uma intimidade com o leitor, o envolvendo na história
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07) No último parágrafo, a autora nos diz: "Só horas depois é que veio a salvação". Por que o gesto do menino acabou sendo tão importante para a menina?
Ela se considerou reconhecida com o gesto do menino quando nada mais restava da festa que quase tinha acontecido.
Porque era a primeira vez na vida dela que ela era notada por um menino.
Porque era a primeira vez na vida dela que ela era notada por um menino.
Porque ele foi o único a se comover com a aflição dela.
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08 – O último carnaval traz à memória da autora os carnavais de sua infância. Na primeira parte do texto, ela nos fala daqueles carnavais em geral. Na segunda parte, de "um carnaval diferente dos outros". O que fez a diferença?
Porque ela teve a oportunidade de está,aos menos que de passagem, entre os que estavam se divertindo.
Desta vez sua mãe se encontrava enferma, o que a deixou desanimada para a folia.
O carnaval foi diferente porque, pela primeira vez, ela poderia se fantasiar e participar da festa.
Pela primeira vez ela na vida ela teria o que sempre quisera: ia ser outra que não ela mesma.