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Como tema central, o filme aborda:
novas pedagogias trabalhadas em sala de aula por uma professora recém-formada
como uma professora recém-formada, devido exclusivamente a motivações pessoais, alterou os procedimentos psicossociais de uma escola para crianças em situação de vulnerabilidade social
o descaso dos órgãos públicos com a educação de crianças em situação de vulnerabilidade social
as dificuldades de uma professora conseguir seu primeiro emprego
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A produção cinematográfica apresenta uma abordagem majoritariamente:
romantizada sobre a docência em situações impróprias de trabalho
politizada sobre como as péssimas condições de trabalho afetam a docência
pessimista, pois demonstra o descaso com a educação de crianças em situações de vulnerabilidade social
otimista, pois a união das pessoas e dos escopos público sociais pode superar todas as dificuldades
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Ao chegar na escola Stacey encontra um cenário desolador que envolvia:
violência por parte dos alunos e pais, uso constante de drogas e descaso do poder público
descaso de vários estratos sociais, desde os públicos aos familiares, em relação as condições próprias para as crianças se educarem
péssimas condições materiais de trabalho, apesar do apoio dos moradores locais
falta de materiais didáticos e pedagógicos, ambiente impróprio, crianças desinteressadas, familiares contrários à escola, ausência de apoio dos órgãos públicos e descaso de docentes anteriores em relação à aprendizagem dos alunos e alunas
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Em relação à situação-problema inicial enfrentada por Stacey seria uma solução completamente adequada:
mobilizar familiares, entidades comunitárias, voluntários, imprensa, redes sociais e órgãos públicos cabíveis para que o poder público assumisse a responsabilidade pela manutenção de boas condições de trabalho na escola
criar uma campanha de apoio popular para a escola
usar recursos e esforços pessoais para suprir as necessidades locais
envolver os familiares para que contribuíssem regularmente com a manutenção das boas condições de trabalho na escola
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Um problema persistente na educação das crianças era o desinteresse dos familiares. A forma como Stacey resolveu esse problema foi apropriada, pois ela:
denunciou o descaso dos familiares
compreendeu que os familiares não tinham condições de acompanhar a vida escolar das crianças
pressionou os familiares para que asumissem as responsabilidades pelo acompanhamento escolar das crianças
demonstrou com atitudes éticas a relevância da educação das crianças
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Para resolver os problemas da escola Stacey demonstrou uma postura:
prudente por ter cautela na forma de abordar familiares, órgãos públicos e a associação de moradores do bairro
passiva ao evitar os confrontos com as famílias e órgãos públicos
amorosa com o mundo por não se limitar a atuar nas péssimas condições de trabalho e se mobilizar para a mudança
altiva por exigir que todos envolvidos na educação das crianças assumissem suas responsabilidades
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Stacey demonstrou uma atitude amorosa para com o mundo porque:
demonstrou atitudes éticas, respeitosas, compreensivas, proativas e solidárias com seu papel profissional e com as condições de vida daquelas pessoas
teve uma postura de solidariedade e doação para as crianças
abdicou de seus interesses pessoais para se dedicar à escola
tinha como missão de vida mudar a realidade dos seus alunos e alunas
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Fazendo uma leitura do filme a partir de nossa epistemologia de trabalho, pautada em uma educação para as relações, podemos dizer que Stacey:
tinha um grande cuidado com a forma como seus alunos e alunas aprendiam a se relacionar com os outros, consigo mesmo e com o mundo
tinha uma metodologia de trabalho pedagógico que envolvia a forma como as crianças se relacionavam com os conhecimentos
focava mais a sua atuação para despertar a curiosidade e o desejo de aprender dos alunos e alunas
trabalhava com os alunos a problematização das condições que viviam, o pertencimento social para impulsionar a mudança de vida e a ética como potência do viver em comunidade
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Situações-problema enfrentadas por Stacey são comuns em nossa realidade social. Para enfrentá-las é preciso como docente:
ser solidária/o com as péssimas condições de vida das crianças, lutar por melhores condições de trabalho, focar nas metas de aprendizagem, desenvolver um trabalho pedagógico que generalize as diferentes etapas de construção do conhecimento já que são crianças de diferentes idades e anos escolares
reconhecer-se como agente político, possuir conhecimento do universo infantil em condições de vulnerabilidade social, possuir uma visão de mundo, de educação e de ser humano complexa em relação à realidade, acionar metodologias de trabalho atraentes para as crianças, ser sensível e solidária/o com as adversidades enfrentadas pela comunidade, ser proativa/o em relação à busca de soluções e ter um comportamento ético
possuir um comportamento ético e amoroso com o mundo, ser proativa/o para enfrentar as adversidades, desenvolver um ensino preocupado em demonstrar que todos possuem exatamente as mesmas capacidades, possuir uma boa relação com a comunidade, reconhecer-se como agente político
não aceitar as injustiças sociais, promover protestos, envolver a comunidade com os problemas que enfrentam, desenvolver um ensino que compreenda as limitações dos alunos e não exija mais do que é possível para eles, ser criativa/o na busca de soluções dos problemas, agregar pessoas interessadas na luta