Quiz sobre a peça As Confrarias de Jorge Andrade
Trabalho para a aula do professor Guilherme Santana
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Marta e seu marido, Sebastião, pequenos agricultores, após a saída do filho tiveram que empreender solitária luta de resistência contra a ameaça de perda de suas terras em decorrência da descoberta nelas, de veios auríferos. José disse uma vez a mãe: “Mãe, o mundo não é somente nós! A fala de José demonstra:
Sua garra em defender as pessoas.
A vontade em ir para a cidade desvendar a vida.
2
“Síndico: Seu marido tinha cor de terra, você, de trigo... e ele? Marta: Tinha do homem... que nasce diariamente no corpo dele. (...) Foi demônio e Cristo. Não são dois rostos diferentes? Ministro: Você diz Deus e o demônio no mesmo corpo? Marta: Deus e o Demônio, brancos e negro, crentes e ateus, mulheres e homens. PROVEDOR: Seu filho foi ator? Marta: De muitos personagens... no palco e fora dele! Prior: Afinal... apenas um ímpio, uma face do demônio. Síndico: Mais uma boca de mulato que estropia verso.” José como personagem transparece uma identidade que serve para dar andamento à peça. Por quê?
Pois representou várias identidades através do teatro, induzido por Marta até a metáfora maior da peça quando personagem e ator se confundem em dilemas e anseios.
Pois toda a peça é tecida através do caminho que José percorre mesmo quando morto e carregado por Marta e Quitéria.
3
“Já esteve acorrentado numa senzala? Então o que sabe do inferno?” Perguntou a ex escrava Quitéria ao Cura. Qual o período em que se passou a peça?
Um período atemporal.
Brasil colônia, final do século XVIII.
4
“MARTA: Pra que servem essas imagens cobertas de ouro... se vivem nus como escravos!” Como no trecho acima, durante toda a peça facilmente nos deparamos com alguma crítica. Assinale as que mais marcam o texto:
O desprezo social pelo ator - execrado pelas instituições religiosas- e a dificuldade do público em compreender o objetivo da peça.
A exploração da plebe pelo rei, a hipocrisia das instituições religiosas e a desigualdade racial e social.
5
O objetivo principal de Marta ao carregar o corpo de José a quatro confrarias:
Suscitar as incoerências da igreja e do estado para suplantar a dor de sua perda.
Conseguir que alguma enterrasse o filho, pois não possuía propriedade particular e não haviam cemitérios municipais.
6
De que maneira Jorge Andrade teceu a peça?
Em ordem cronológica desde a infância de José até seu enterro.
Através de alternância entre ordem cronológica e flashbacks
7
“Que importa saber de quem descende, se não enxerga nem os que vivem a sua volta?” Mais a frente na peça, Marta suscita novamente a questão: “Não posso pôr fim em suas dúvidas: não sei quem foram meus pais. Mas, filho, o que há de melhor, é que tudo é produto da soma e todas a partes são igualmente importantes.” Os trechos revelam:
O pensamento crítico de Marta a exaltar sua defesa pela igualdade social e racial frente à vontade de José em saber sua descendência.
A impossibilidade de Marta em ter o filho aceito em alguma irmandade por não saber sua origem.
8
“Foi com ele que aprendi até que ponto um homem é capaz de ir. Mas foi comigo que aprendeu a representar na vida, certa personagem do palco. E foi ela que o levou pra dentro da rede.” Nesta frase Marta se refere:
A seu filho José, a quem incitou a usar o teatro como instrumento para inflamar os ideais inconfidentes.
Ao marido Sebastião enforcado por ter cortado as mãos dos escravos da mina.
9
Na peça, Marta e Quitéria carregam o corpo de José até a Ordem Terceira do Carmo, a Irmandade do Rosário, a Irmandade de João José dos Bem Casados e a Ordem Terceira dos Mercês. O que são a confrarias?
A Confrarias, Irmandades ou Ordens Terceiras são associações religiosas de leigos no catolicismo tradicional, que se reuniam para promover o culto a um santo, representado por uma relíquia ou imagem. Algumas só aceitavam pessoas com determinada cor de pele.
Confrarias ou Ordens Terceiras são irmandades laicas responsáveis pelo enterro dos mortos de determinada localidade.