1
Para a presente questão, observar que: 1 – a acentuação gráfica foi eliminada; 2 – as sílabas tônicas propostas são representadas por letras maiúsculas destacadas. Ex: caTAStrofe (a sílaba tônica proposta é TAS) Ao escutar , então: ruBRIca, aVAro, proTOtipo, gratuIto, verifica-se que:
Nenhuma foi pronunciada corretamente.
Todas foram pronunciadas corretamente.
Apenas duas palavras foram pronunciadas corretamente.
Apenas uma palavra foi pronunciada corretamente.
Três palavras foram pronunciadas corretamente.
2
A ortoepia trata da correta pronúncia das palavras quanto à emissão de vogais, à articulação das consoantes e ao timbre. Pensando nisso, observe o seguinte grupo de palavras: Bandeija – reinvidicar – beneficência – mendigo – impecilho Estão corretas:
beneficência e mendigo.
bandeija, reinvidicar e impecilho.
beneficência e reinvidicar.
mendigo, bandeija e impecilho.
3
O termo (ou expressão) destacado que está empregado em seu sentido próprio, denotativo, ocorre em:
e) “Humorismo é a arte de fazer cócegas no raciocínio dos outros. Há duas espécies de humorismo: o trágico e o cômico. O trágico é o que não consegue fazer rir; o cômico é o que é verdadeiramente trágico para se fazer.”
(Leon Eliachar. www.mercadolivre.com.br <http://www.mercadolivre.com.br>. acessado em julho de 2005.)
b) “Protegendo os inocentes
é que Deus, sábio demais,
põe cenários diferentes
nas impressões digitais.”
(Maria N. S. Carvalho. Evangelho da Trova. /s.n.b.)
a) “(....)
É de laço e de nó
De gibeira o jiló
Dessa vida, cumprida a sol (....)”
(Renato Teixeira. Romaria. Kuarup Discos. setembro de 1992.)
“O dicionário-padrão da língua e os dicionários unilíngues são os tipos mais comuns de dicionários. Em nossos dias, eles se tornaram um objeto de consumo obrigatório para as nações civilizadas e desenvolvidas.”
(Maria T. Camargo Biderman. O dicionário-padrão da língua. Alfa (28), 2743, 1974 Supl.)
4
Sobre a conotação e a denotação, podemos afirmar, exceto:
A conotação e a denotação são as variações de significado que ocorrem no signo linguístico, que, por sua vez, é composto de um significante (letras e sons) e um significado (conceito, ideia).
Os textos não literários devem preferir a denotação, pois essa tem como finalidade informar o receptor da mensagem de maneira clara e objetiva, livre de ambiguidades e metáforas.
Uma palavra ou expressão é usada no sentido denotativo para representar diferentes significados dependendo do contexto da enunciação.
A conotação é utilizada principalmente na linguagem poética e na literatura, mas pode ser encontrada em gêneros textuais do cotidiano, como letras de músicas, anúncios publicitários, entre outros.
5
Antigamente Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua, nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco. ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento). Sobre o fragmento do texto “Antigamente”, de Carlos Drummond de Andrade, é correto afirmar que:
É possível perceber no texto a transformação pela qual passou a Língua Portuguesa, evidenciando assim que o idioma é mutável e variável.
Para o escritor é importante que os falantes da língua resgatem antigos termos que estão em desuso para promover a preservação do idioma.
A escolha vocabular evidencia o preciosismo na linguagem de Carlos Drummond de Andrade, importante representante do Parnasianismo.
O trecho faz uma crítica ao coloquialismo, que prega a informalidade na fala e promove o empobrecimento do léxico da língua portuguesa.
6
Das vantagens de ser bobo O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: “Estou fazendo. Estou pensando.” […] Bobo não reclama. Em compensação, como exclama! Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz. O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem. Há lugares que facilitam mais pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas! Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar o excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo. LISPECTOR, Clarice. Das vantagens de ser bobo. Disponível em: http://www.revistapazes.com/das-vantagens-de-ser-bobo/. Acesso em 10 de maio de 2017. Originalmente publicado no Jornal do Brasil em 12 de setembro de 1970. Na frase “só o bobo é capaz de excesso de amor” (referência 7), a semântica da palavra só, nesse contexto,
tem valor restritivo quanto ao mundo dos que são capazes de excesso de amor e funciona como um advérbio que se refere à palavra bobo.
evidencia a solidão dos que são bobos num mundo em que a quase totalidade das pessoas são espertas. Funciona como adjetivo.
modifica o sentido do substantivo amor, sendo, por isso, um advérbio.
incide sobre o adjetivo capaz, intensificando essa capacidade que apenas os bobos têm. Funciona, portanto, como advérbio.
estabelece comparação entre bobos e espertos e funciona como adjetivo.