Sérgio Buarque - Questões sobre o “Homem Cordial”

Sérgio Buarque - Questões sobre o “Homem Cordial”

Olá! Neste quiz você deverá responder algumas questões a respeito da obra de Sérgio Buarque e o conceito inventado pelo mesmo, o “Homem Cordial”. Boa sorte! E boa evolução! 👨🏻🇧🇷

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Vitoria Sayuri

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Questão 1 – (SETRABES) “Em Raízes do Brasil, as possibilidades heurísticas do gênero ensaístico são exploradas ao máximo. A linguagem plástica escolhida por Sérgio Buarque de Holanda permite converter circunstâncias complexas em um vocabulário de compreensão geral. Assim, o autor faz uso de dualismos como trabalho e aventura, ou semeador e ladrilhador, para descrever e tipificar concisamente os padrões abrangentes de conduta. A propósito, a tensão entre estes dois polos geraria o movimento que levaria ao avanço da história. Neste caso, o autor recorre, claramente, tanto à metodologia dos tipos ideais de Weber quanto à dialética de Hegel” (Costa, Sérgio. O Brasil de Sérgio Buarque de Holanda, 2014). Na análise do autor de Raízes do Brasil:

b) as diferenças entre classes sociais no Brasil é um tipo ideal;
c) a cordialidade do brasileiro é um tipo ideal por ser uma simplificação exagerada das diferenças religiosas;
e) o homem cordial corresponde a um tipo ideal fundado da unidade étnica no Brasil.
a) a tensão, entre as diversas raças que formaram o Brasil, corresponde a um tipo ideal;
d) o homem cordial corresponde a um tipo ideal sociopsicológico e a um padrão de sociabilidade;
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Questão 2 – (DPE-PR) Raízes do Brasil é, sem dúvida, um dos livros mais famosos e centrais ao pensamento sociológico sobre o país. Nesse clássico, Sérgio Buarque de Hollanda, baseando-se em Max Weber, trabalha com dois tipos sociais ideais para pensar o Brasil. Assinale, entre as opções abaixo, aquela que corresponde à noção CORRETA:

e) As lógicas condizentes da “cordialidade”, centralizada no caráter afetuoso e hospedeiro do índio do território brasileiro, bem como a “amabilidade” negra tornaram o povo brasileiro submisso aos ditames coloniais e, posteriormente, à elite política do país, configurando a dependência nacional frente ao cenário externo.
d) A “civilidade” portuguesa, no árduo processo de construção de cidades e aglomerados urbanos em meio à selva e espaços de difícil habitação, mesclou-se à “lógica comunal” indígena, baseada na partilha e reciprocidade, lançando o país em uma apropriação específica da configuração capitalista colonial.
b) A “racionalidade” dos administradores coloniais portugueses, versados no pleno desenvolvimento urbano, associou-se à “sociabilidade” dos escravos negros, sendo esses tipos ideais, o legado central para pensar o dilema brasileiro desde os tempos coloniais.
a) Os dois tipos-ideais para pensar o Brasil foram as noções de “adaptação”, desenvolvidas adequadamente pelos portugueses nos trópicos, e de “aventura”, legado deixado pelos indígenas do território nacional, cuja bravura e resistência formou outro lado do caráter nacional.
c) Trata-se de duas lógicas de colonização do país: a da “aventura”, de tradição ibérica, que visa ao resultado material imediato, riquezas e prestígio a partir da ousadia e da audácia; e a do “trabalho”, associada à colonização holandesa e protestante, baseada na ética do trabalho árduo e persistente.
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Questão 3 – (UFRN) Na obra Raízes do Brasil, publicada pela primeira vez em 1936, Sérgio Buarque de Holanda, ao analisar o processo histórico de formação da nossa sociedade, afirma: Desde o período colonial, para os detentores dos cargos públicos, a gestão política apresentava-se como assunto de seus interesses particulares. Isso caracteriza justamente o que separa o funcionário patrimonial e o puro burocrata. Para o funcionário patrimonial, as funções, os empregos e os benefícios que deles recebe relacionam-se a direitos pessoais dos funcionários e não a interesses objetivos, como ocorre no verdadeiro Estado burocrático. Assim, no Brasil, pode-se dizer que só excepcionalmente tivemos um sistema administrativo e um corpo de funcionários puramente dedicados a interesses objetivos e fundados nesses interesses. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. [Adaptado]. Considerando as reflexões do autor e levando em conta práticas políticas constatadas no Brasil Republicano, é possível inferir que

a) os limites entre os domínios do público e do privado, no âmbito da administração pública, se confundem, não obstante as leis que visam a combater o patrimonialismo.
b) o patrimonialismo está presente nas regiões mais carentes do País, em razão apenas do baixo nível de formação dos quadros da administração pública.
d) o predomínio do interesse particular sobre o interesse público, no Brasil, foi efetivamente rompido com o êxito da Revolução de 1930.​
c) as estruturas do poder administrativo no Brasil permanecem as mesmas do período colonial, daí a manutenção do patrimonialismo disseminado na sociedade.
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Questão 4- (FAUEL) Em relação ao conceito do “homem cordial”, desenvolvido pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda para interpretar aspectos centrais da cultura brasileira, assinale a alternativa INCORRETA.

b) O brasileiro sente, ao mesmo tempo, o desejo de estabelecer intimidade e o horror a qualquer convencionalismo social.
d) Virtudes tão elogiadas por estrangeiros como hospitalidade e generosidade representam um traço definido do caráter brasileiro.
c) As raízes do caráter brasileiro se encontram no meio rural e patriarcal do período colonial.
a) As virtudes do homem cordial são sinônimos de bons modos, de bondade e de amizade.
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Questão 5 - (UEL-2005) “A falta de coesão em nossa vida social não representa, assim, um fenômeno moderno, E é por isso que erram profundamente aqueles que imaginam na volta à tradição, a certa tradição, a única defesa possível contra nossa desordem. Os mandamentos e as ordenações que elaboraram esses eruditos são, em verdade, criações engenhosas de espírito, destacadas do mundo e contrárias a ele. Nossa anarquia, nossa incapacidade de organização sólida não representam, a seu ver, mais do que uma ausência da única ordem que lhes parece necessária e eficaz. Se a considerarmos bem, a hierarquia que exaltam é que precisa de tal anarquia para se justificar e ganhar prestígio”. (HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.p.33.) Caio Prado Junior, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda são intelectuais da chamada “Geração de 30”, primeiro momento da sociologia no Brasil como atividade autônoma, voltada para o conhecimento sistemático e metódico da sociedade. Sobre as preocupações características dessa geração, considere as afirmativas a seguir. I. Critica o processa de modernização e defende a preservação das raízes rurais como o caminho mais desejável para a ordem e o progresso da sociedade brasileira. II. Promove a desmistificação da retórica liberal vigente e a denúncia da visão hierárquica e autoritária das elites brasileiras. III. Exalta a produção intelectual erudita e escolástica dos bacharéis como instrumento de transformação social. IV. Faz a defesa do cientificismo como instrumento de compreensão e explicação da sociedade brasileira. Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
b) I e IV.
e) II, III e IV.
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6 – (CEPERJ). O “homem cordial” da obra Raízes do Brasil (Holanda, 1990) é, sem dúvida, um dos mais discutidos do clássico livro da historiografia brasileira. É nele que o autor destaca uma característica cultural, própria dos brasileiros, como a tendência a não achar agradáveis as relações impessoais, típicas das ações do Estado, procurando reduzi-las ao padrão pessoal, familiar e afetivo. Esta tendência do “homem cordial” a comportamentos de aparência afetiva, dificulta a formação no Brasil de uma sociedade urbana de tipo moderno. Um importante conceito, derivado das reflexões de Max Weber, que o referido autor utiliza para ressaltar a tendência brasileira de aceitar quando não, promover, certa promiscuidade entre interesses pessoais e familiares e as instituições do Estado é o conceito de:

c) coronelismo
e) legitimação.
b) gerencialismo
a) patrimonialismo
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