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Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. Sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na;
Contemplação da tradição mítica
Valorização da argumentação retórica
consagração do poder político pela autoridade religiosa
Sustentação do método dialético
Relativização do saber verdadeiro
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Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente. O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?
Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles
Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas
Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles
Permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para as pessoas envolvidas
Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não
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TEXTO I Duas coisas enchem o ânimo de admiração e veneração sempre crescentes: o céu estrelado sobre mim e a lei moral em mim. TEXTO II Duas coisas admiro: a dura lei cobrindo-me e o estrelado céu dentro de mim. A releitura realizada pela poeta inverte as seguintes ideias centrais do pensamento kantiano:
Possibilidade da liberdade e obrigação da ação
Interioridade da norma e fenomenalidade do mundo
Necessidade da boa vontade e crítica da metafísica
Prescindibilidade do empírico e autoridade da razão
A prioridade do juízo e importância da natureza
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Minha fórmula para o que há de grande no individuo é amor fati: nada desejar além daquilo que é, nem diante de si, nem atrás de si, nem nos séculos dos séculos. Não se contentar em suportar o inelutável, e ainda menos dissimulá-lo, mas amá-lo. Essa fórmula indicada por Nietzsche consiste em uma critica à tradição cristã que
Combate as práticas sociais de cunho afetivo
Associa os cultos pagãos à sacralização da natureza
Condena os modelos filosóficos da Antiguidade Clássica
Consagra a realização humana ao campo transcendental
Impede o avanço cientifico no contexto moderno
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Na primeira meditação, eu exponho as razões pelas quais nós podemos duvidar de todas as coisas e, particularmente das coisas materiais, pelo menos enquanto não tivermos outros fundamentos nas ciências além dos que tivemos até o presente. Na segunda meditação, o espírito reconhece entretanto que é absolutamente impossível que ele mesmo, o espírito, não exista. O instrumento intelectual empregado por Descartes para analisar os seus próprios pensamentos tem como objetivo
Observar os eventos particulares para a formação de um entendimento universal
Analisar as necessidades humanas para a construção de um saber empírico
Estabelecer uma base cognitiva para assegurar a valorização da memória.
Identificar um ponto de partida para a consolidação de um conhecimento seguro
Investigar totalidades estruturadas para dotá-las de significação
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Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um exame mais atento, ser derivadas dela.
Elaboração do intelecto
Percepção dos sentidos
Realidade trascendental
Convicção inata
Dimensão apriorística
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A filosofia é como uma árvore, cujas raízes são a metafísica: o tronco, a física, e os ramos que saem do tronco são todas as outras ciências, que se reduzem a três principais: a medicina, a mecânica e a moral, entendendo por moral a mais elevada e a mais perfeita porque pressupõe um saber integral das outras ciências, e é o último grau da sabedoria
Impulsionar o pensamento especulativo
Sustentar a unidade essencial do conhecimento
incentivar a suspensão dos juízos
Recepcionar o método experimental
Refutar o elemento fundamental das crenças
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TEXTO I Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz. TEXTO II Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé. Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo;
Configurado na percepção etnocêntrica.
Baseado na explicação mitológica.
Focado na legitimação contratualista.
Centrado na razão humana.
Fundamentado na ordenação imanentista.
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Os filósofos concebem as emoções que se combatem entre si, em nós, como vícios em que os homens caem por erro próprio; é por isso que se habituaram a ridicularizá-los, deplorá-los, reprová-los ou, quando querem parecer mais morais, detestá-los. Concebem os homens, efetivamente, não tais como são, mas como eles próprios gostariam que fossem. No trecho, Espinosa critica a herança filosófica no que diz respeito à idealização de uma
Estrutura da interpretação fenomenológica.
Manifestação do caráter religioso.
Dicotomia do conhecimento prático.
Natureza do comportamento humano.
Reprodução do saber tradicional.
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“As normas morais variam a depender da cultura e do período histórico. Também podem ser questionadas e destituídas”. Isso significa que:
A moral é um conjunto de valores pelos quais as pessoas guiam seus comportamentos e, por isso, está sujeita a mudanças a depender do país e do momento histórico em que as pessoas estão inseridas.
Não agimos de forma “moral” se obedecermos às regras que a sociedade estabelece.
Nós temos que concordar com as normas morais porque são as normas da nossa cultura;
Nós não podemos pensar sobre as normas morais que são impostas;
Não agimos de forma “moral” se obedecermos às regras que a sociedade estabelece.
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Como podemos diferenciar “moral” e “ética”?
Moral é sinônimo de “ética aplicada”.
Moral é um conjunto de valores, e Ética é a reflexão sobre esses valores
Moral é uma lei
Moral é a prática da Ética no nosso dia a dia.
Não podemos diferenciar, são palavras sinônimas.
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“... Por outras palavras, não há determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. […] Não encontramos diante de nós valores ou imposições que nos legitimem o comportamento. Assim, não temos nem atrás de nós nem diante de nós, no domínio luminoso dos valores, justificações ou desculpas. Estamos sós e sem desculpas. É o que traduzirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado porque não criou a si próprio; e, no entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo o que fizer.” Jean-Paul Sartre “Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem como circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”. Karl Marx
Sartre defende que não há determinismo e Marx estabelece um meio termo entre o determinismo e a total liberdade do homem;
Enquanto Sartre defende que há determinismo, Marx defende que o homem é livre independente das circunstâncias.
Quando Sartre afirma “o homem está condenado a ser livre”, diz o mesmo que Marx quando defende que “os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem”.
Sartre diz que o homem está limitado pela sua própria existência, enquanto Marx afirma que o homem está limitado pelas condições históricas.
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Penso que não há um sujeito soberano, fundador, uma forma universal de sujeito que poderíamos encontrar em todos as lugares. Penso, pelo contrário, que o sujeito se constitui através das práticas de sujeição ou, de maneira mais autônoma, através de práticas de liberação, de liberdade, como na Antiguidade — a partir, obviamente, de um certo número de regras, de estilos, que podemos encontrar no meio cultural. O texto aponta que a subjetivação se efetiva numa dimensão
Transcendental, efetivada em princípios religiosos
Racional, baseada em pressupostos lógicos
Essencial, fundamentada em parâmetros substancialistas
Contingencial, processada em interações sociais
Legal, pautada em preceitos jurídicos
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A chamada “Escola de Frankfurt” reuniu diversos autores, como Theodor W. Adorno, Max Horkheimer e Walter Benjamin, com o propósito de reformular a compreensão e as críticas ao sistema capitalista. Destacam-se, em suas reflexões, os impactos do desenvolvimento tecnológico, o papel dos modernos meios de comunicação de massa e a destruição e barbárie observadas durante a II Guerra Mundial (1939-1945). O conceito que sintetiza suas formulações no âmbito da cultura é
A cultura erudita
A cultura operária
A cultura líquida
O padrão cultural
A indústria cultural
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Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa. A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a)
produto da moralidade
legado social
patrimônio político
conquista da humanidade
ilusão da contemporaneidade
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Nesta concepção de aprendizagem, o homem é considerado desde o seu nascimento como sendo uma “tábula rasa”, uma folha de papel em branco. A aprendizagem decorre de estímulos do mundo externo, é uma “descoberta” por ser uma novidade para o sujeito, no entanto, este conhecimento já se encontrava presente na realidade exterior Assinale a alternativa CORRETA que define a concepção de aprendizagem em questão:
Empirismo ou ambientalismo
Interacionismo
Construtivismo
Inatismo
Associacionismo
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Em sua Investigação acerca do entendimento humano, David Hume fala daquele que considera ser “o único princípio que torna útil nossa experiência e nos faz esperar, no futuro, uma série de eventos semelhantes àqueles que apareceram no passado”. Segundo Hume, esse princípio, que seria o grande guia da vida humana, é:
o costume
o entendimento
a fé
a razão
a imaginação
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A palavra empirismo vem do grego empeiria, que significa experiência. Os empiristas, ao contrário dos racionalistas, enfatizam o papel da experiência no processo do conhecimento. Francis Bacon (1561-1626), influenciado pelo espírito da nova ciência, procurava não um saber contemplativo ou desinteressado, que não tivesse um fim em si, mas sim um saber instrumental, que possibilitasse a dominação da natureza. Seu lema era:
Perceber é dominar
Educar é observar
Querer é conhecer
Tem que se ver para se crer
Saber é poder.