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As migrações transnacionais, intensificadas e generalizadas nas últimas décadas do século XX, expressam aspectos particularmente importantes da problemática racial, visto como dilema também mundial. Deslocam-se indivíduos, familias e coletividades para lugares próximos e distantes, envolvendo mudanças menos ou mais drásticas nas condições de vida e trabalho, em padrões e valores socioculturais. Deslocam-se para sociedades semelhantes ou radicalmente distintas, algumas vezes compreendendo culturas ou mesmo civilizações totalmente diversas. A mobilidade populacional da segunda metade do século XX teve um papel importante na formação social e econômica de diversos estados nacionais. Uma razão para os movimentos migratórios nas últimas décadas e uma política migratória atual dos países desenvolvidos são:
A busca de oportunidades de trabalho e o aumento de barreiras contra a imigração.
A expansão da fronteira agrícola e a expulsão dos imigrantes qualificados.
A necessidade da qualificação profissional e a abertura das fronteiras para os imigrantes.
O desenvolvimento de projetos de pesquisa a o acautelamento dos bens dos imigrantes.
A fuga decorrente de conflitos políticos e fortalecimento de políticas sociais.
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Georg Simmel, em seu texto clássico "A metrópole e a vida mental na obra fenômeno urbano, de Otávio Guilherme Velho (Org)-, menciona profundas alterações emocionais e sensitivas dos seres humanos causadas pela cidade grande. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta.
As novas formas de associação e visão de mundo a partir da construção de novos laços urbanos é algo diagnosticado por Simmel logo em seu texto clássico, anunciando os desdobramentos de reivindicações de direitos civis e movimentos sociais que proliferariam ao longo do século XX.
De influência marxista, Simmel desenvolve a base da sociologia urbana ao tratar a cidade como a forma predominante e efetiva de reconversão da relação exploratória plenamente capitalista.
O ponto central é a intensificação dos estímulos urbanos e o anonimato, que geram, por um lado, uma ampliação da racionalidade e calculabilidade da vida e, por outro, a atitude blasé, como forma de proteção emocional.
Simmel destaca que, desde o inicio do processo de urbanização, os habitantes de grandes cidades desenvolvem ampla afetividade pelos moradores vizinhos, bem como pelos seus contextos locais de habitação.
De orientação weberiana, Simmel identifica um processo de suavização da exploração do trabalho no contexto urbano, por conta das novas possibilidades metropolitanas da modernidade.
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À medida que a urbanização se intensifica, o modo de viver e de consumir de cada grupo ou classe social gera repercussões na forma de apropriação do espaço urbano. Sobre essas repercussões, é correto afirmar que.
O mercado imobiliário atual, ao transformar a ocupação domiciliar em um produto, uma mercadoria, beneficia tanto as classes economicamente privilegiadas como as menos favorecidas, por meio do acesso às áreas de melhor localização que, geralmente, são dotadas de serviços de esgotos e água potável.
Em um ambiente urbano ecologicamente equilibrado, tanto as populações pobres como as economicamente privilegiadas vivenciam acesso à moradia de qualidade, o uso sustentável de seus recursos naturais e a redução da poluição a níveis considerados aceitáveis.
As contradições urbanas fizeram surgir, sobretudo nos grandes aglomerados, uma cidade formal e outra informal que pouco se diferenciam na organização espacial. Porém, a precariedade do saneamento básico é um dos itens que as tornam diferentes.
As desigualdades espaciais que ocorrem nas cidades denunciam que as populações pobres têm sido submetidas a processos de segregação voluntária, uma vez que são induzidas a deslocamentos para áreas nobres, tendo como consequência a proliferação de doenças endêmicas.
O aumento da procura por espaços para habitação, em áreas de proteção ambiental, pelas populações pobres em cidades de países periféricos gera a disseminação de ocupações irregulares com a intensa degradação desse meio ambiente.
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No estudo das interações da sociedade com o meio fisico devem-se considerar fatores sociais, econômicos, tecnológicos e culturais estudados na dimensão do tempo e do espaço. Ao analisar a representação da paisagem urbana ilustrada na imagem, conclui-se que
O contraste de formas revela as desiguais condições de vida da população da cidade.
A população urbana encontra diferentes formas de adaptação na adversidade do ambiente urbano.
Os aspectos da poluição das águas, como o depósito de resíduos sólidos, são de responsabilidade da população do entorno.
O modo de vida ribeirinho apresenta resistência diante da pressão da modernização urbana.
As formas de organização do espaço consideram a dinâmica natural das áreas de várzeas e de terra firme.
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O índice de urbanização no Brasil é muito elevado, considerando que cerca de 80% de toda a população reside em ambientes urbanos. A cidade tornou-se palco das diferenças sociais, em que uma parte das áreas periféricas (aquelas que não são ocupadas pelos condomínios horizontais fechados, por exemplo) sofre com a falta de infraestrutura e de serviços básicos. Não bastando isso, a ocupação de áreas irregulares coloca a população de baixo poder aquisitivo em uma efetiva situação de risco, tomando-a vulnerável a situações de desastres, como a que aconteceu no morro do Bumba, em Niterói, no Rio de Janeiro, no início do mês de abril de 2010. Sobre esse assunto, analise as alternativas a seguir e assinale a incorreta.
A ocupação e a expansão das periferias urbanas são estimuladas pela retenção especulativa de terrenos em áreas mais bem localizadas, cujo acesso é para todos, devido ao alto valor a ser pago pelas infraestruturas instaladas. No processo de segregação espacial, o solo urbano torna-se uma mercadoria disputada por diferentes agentes sociais e econômicos urbanos, que utilizam de estratégias mercantis para valorizar todas as áreas do espaço urbano.
Os processos de expansão urbana, periurbanização e periferização têm fortes impactos socioambientais, entre eles: o aumento das jornadas entre o centro e as áreas periféricas, ocasionando o aumento do trânsito e da poluição do ar, a ausência de saneamento básico e um forte processo de desmatamento e degradação ambiental.
A segunda metade do século XX marcou a aceleração do processo de urbanização no Brasil e, entre as consequências desse processo, destacam-se a formação de regiões metropolitanas, a verticalização e o adensamento das áreas já urbanizadas, bem como a expansão urbana para as áreas periféricas.
A expansão urbana baseia-se em dois tipos principais de ocupação habitacional: os loteamentos regulares, com projeto aprovado pelas administrações municipais, e as ocupações irregulares (invasões) de terrenos privados e públicos. As ocupações irregulares têm ocorrido especialmente nas encostas de grande declividade, com a implantação de arruamento precário, sem proteção e moradias precárias.