RPG - Cavalos - parte 14

RPG - Cavalos - parte 14

(Sofia) O fim da jornada de Sofia em busca do príncipe perdido.

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Maria Modesto
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Está escuro, eu estou em baixo d’água com um vestido longo, o que eu estou fazendo aqui? Prendi a respiração com força e olhei ao redor, a água é transparente... Foi quando o vi, seus cabelos loiros brilhavam, olhos fechados, ele flutua na água como quase sem vida. Institivamente, nadei até ele, quando me aproximei; tentei faze-lo acordar, mas ele não acordou; tentei carrega-lo, mas era pesado demais... Toquei sua mão e ele abriu olhos azuis profundos rapidamente. SOFIA: Aaaa – acordei. No meio de uma mata fria, tremendo e com fome, nossa o que eu não daria por um pão de queijo! COMO FOI O SONHO DE SOFIA?

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CASTIEL: Sofia, o que houve? – Castiel em segundos está na minha frente com as mãos em meu rosto – Está com frio? Febre? Fome? Se machucou? SOFIA: Não, quer dizer tenho fome, mas não foi isso... Foi um sonho. NANEKI: Tem tido pesadelos também? – perguntou Naneki que fatiava uma maçã em uma árvore acima de mim. SOFIA: Não tenho certeza se são pesadelos, mas são frequentes... CASTIEL: É a floresta da ilusão, ela faz isso... A magia dela foi feita para encarar seu medo. Vou preparar um chocolate para você. SOFIA: Está de vigia? É sempre você – disse para Naneki que pulou da árvore e sentou ao meu lado. NANEKI: Gosto de vigiar, afinal eu quase não durmo mesmo. SOFIA: Por quê? NANEKI: Desde os seis anos de idade que meus pais me treinam à noite, me acostumaram a dormir apenas quatro horas por dia... SOFIA: Meu Deus que tortura! NANEKI: Minha Caissa – ela corrigiu a expressão – Não, isso fez eu ser a soldada que eu sou hoje... SOFIA: Mas a que preço? – falei baixinho. Notei que o comentário deixou ela triste – Seus pais são tão rígidos assim? NANEKI: Eles são soldados, eram Torres... Meus pais queriam alguém que trouxesse orgulho para a nação, são bem patrióticos, quando meus irmãos não conseguiram, eles os deserdaram. Eu só conheço dois deles, nem sei quanto são, não faz diferença. SOFIA: Desde quando ter irmãos não faz diferença? NANEKI: Meus pais agiram certo, eu não tenho laços profundos com ninguém... Veja, se você não fosse a Rainha, fosse uma peça comum e tivesse que escolher entre seus reis e sua irmã... SOFIA: Escolheria Sônia, sem pensar duas vezes, sem questionar... NANEKI: Exato, família é corrupção, do jeito que vivo sempre vou escolher você – ela disse de maneira decidida. Eu não tenho certeza se fiquei feliz com a afirmação. SOFIA: Eu, Sofia ou eu Rainha? NANEKI: Rainha; ninguém pode fugir do que é, nem mesmo você... Meus pais quando souberam que eu seria Torre começaram logo meu treinamento, claro que eles queriam que eu fosse a General, mas esse cargo foi para Castiel. SOFIA: Aqueles da Terra, eram... NANEKI: Sim, meus pais, você sempre foi muito bem tratada... É a rainha. SOFIA: Naneki, posso perguntar uma coisa, mas não se ofenda... – falei e ela assentiu – sobre seu relacionamento com Ibotira... NANEKI: Ah – vi dor nos olhos dela – Foi apenas um erro, Sofia... Uma peça branca e uma peça preta, no meio dessa guerra, com propósitos tão distintos nunca daria certo. Esqueça, certo? SOFIA: Claro, se é o que você quer. NANEKI: É o que eu quero, falta uma pergunta... – ela disse chamando minha atenção – Posso ter bem claro meu dever, mas você Sofi, Layla e Laureen são as únicas coisas com que me importo no mundo. Eu a abracei bem forte, Castiel apareceu com uma xícara de chocolate quente. COMO É A AMIZADE DE NANEKI E SOFIA?

AS DUAS SÃO MUITO PARCEIRAS E CUIDAM UMA DA OUTRA
AS DUAS SÃO MUITO PARCEIRAS E CUIDAM UMA DA OUTRA
AS DUAS SEMPRE FORAM BAGUNCEIRAS E TRAVESSAS. JUNTAS EM TODAS AS CONFUSÕES
AS DUAS SEMPRE FORAM BAGUNCEIRAS E TRAVESSAS. JUNTAS EM TODAS AS CONFUSÕES
SOFIA SEMPRE FOI PROTEGIDA PELA NANEKI E A NANEKI SEMPRE FUI CUIDADA PELA SOFIA
SOFIA SEMPRE FOI PROTEGIDA PELA NANEKI E A NANEKI SEMPRE FUI CUIDADA PELA SOFIA
AS DUAS SÃO BAGUNCEIRAS E MALUQUINHAS SEMPRE FAZENDO PIADAS E TRAVESSURAS JUNTAS
AS DUAS SÃO BAGUNCEIRAS E MALUQUINHAS SEMPRE FAZENDO PIADAS E TRAVESSURAS JUNTAS
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SOFIA: Char... Castiel, qual a sua história? – perguntei. CASTIEL: Não vai querer saber. SOFIA: Mas eu quero saber, por isso estou perguntando. CASTIEL: Okay, então eu não quero te contar... – ele falou se afastando. De manhã bem cedo entramos na floresta, eu fiquei atracada no braço de Castiel com medo de qualquer coisa na floresta. A conexão está mais forte e eu consigo dizer a direção com uma exatidão bem grande. Algumas flores tentaram nos devorar e tiveram a raiz cortada o que foi uma estratégia muito boa da Naneki, porque cortar só a cabeça fazia nascer um monte de outras. Uns bichos pareciam carapanãs da dengue, ainda bem que antes de entrar nessa floresta eu usei roupas que cobriam todos as áreas do meu corpo. Mas ao escurecer a coisa ficou sinistra. SOFIA: Aaaaa – gritei ao ver um morcego gigante e horrível que tentou comer minha cabeça. NANEKI: General isso não vai prestar. Estamos acabados de lutar a manhã inteira... Tem sempre algo: um cipó, um galho de árvore, um bicho, uma planta, uma fumaça, uma água... CASTIEL: Eu vou pensar em uma saída. Estamos todos formando um círculo um de costas para o outro, com tochas nas mãos. AKIRA: E que saída seria essa? – perguntou Akira matando um sapo horrendo – Odeio tirar vida de qualquer animal que seja, mas esses são horrendos. LAUREEN: Como ainda não morremos que eu não sei. LAYLA: Porque matamos rapidamente qualquer coisa que se aproxima, mas o cansaço vai acabar nos vencendo. O que faremos Castiel? CASTIEL: Eu já disse que estou pensando! Por Ares! Se tiverem uma ideia estou aceitando! – gritou Castiel. Eu fiquei encolhida enrolada em Castiel e um estalo veio à minha mente. O Chefe! Daquelas damas, ele disse, o que ele disse mesmo? “Se for entrar em algum lugar nebuloso lembre-se que há partes boas em qualquer lugar, por pior que seja”. Esse é o pior lugar do mundo inteiro, será que tem algo bom aqui? E se tem o que seria? Por que raios esse homem não foi mais específico? Espera... Vô Fahir contava histórias sobre Ninfas! Talvez uma delas possa nos ajudar. SOFIA: Tive uma ideia, deem as mãos, vamos rezar – falei gerando risos. LAYLA: Muito bom, Sofia, animando o grupo . SOFIA: Não, eu estou falando sério! Vamos rezar, para a... Ahn, para as ninfas Dríades. – todos olharam para mim surpresos. CASTIEL: Não sabia que era uma religiosa. Como está tão ligada ao mundo espiritual de Jogos? SOFIA: Não sou, é um chute, vamos deem as mãos... Ó seres da floresta, ninfas dríades, por favor nos ajude a passar por essa floresta e a cumprir nosso propósito – pedi com toda a força do meu coração. Então, umas ninfas saíram de dentro das árvores emitindo uma luz verde brilhante, elas são do nosso tamanho e são seres lindos. NINFA: Princesa Sofia, é uma honra – falou uma ninfa. A luz delas fez a parte da floresta aonde estamos se fechar como aquelas flores que se fecham com a luz do Sol. NINFA: Uma amiga nossa encontrou sua irmã recentemente... SOFIA: Sônia, vocês a viram? – elas assentiram com a cabeça. NINFA: Nos pântanos. CASTIEL: O quê? Por que iriam para lá é tão ruim quanto essa floresta? SOFIA: Ela está bem? NINFA: Sim, princesa, ela está... Interessante que a sua conexão espiritual seja tão forte, enquanto a de sua irmã não é. SOFIA: Ah, deve ser porque ela é mais prática e eu vou pelo sentimento..., mas como viram ela se ela não as chamou? – perguntei curiosa. Esses seres são fantásticos. NINFA: Foi o jovem Demidov que procurou as ninfas pelo que soube. SOFIA: Quem? CASTIEL: É claro que seria o mister perfeição – disse Castiel com raiva. SOFIA: Diz Caleb? – ela assentiu. Demidov? É o sobrenome dele? Do jeito que ela fala parece tão importante. NINFA: No entanto, você não acredita em nós, não é jovem cético – elas voaram ao redor de Castiel que ficou incomodado. CASTIEL: Nenhum ser mágico e nenhum deus nunca tomou conta de mim e de minha família; não fui abençoado com privilégios, um PAN, amor incondicional. NINFA: Cuidado, jovem, a inveja mata. Aqui, princesa, podem dormir em nossas casas – ela abriu um portal na árvore por onde passamos e parecia a floresta só que bonita de verdade. As ninfas voaram para cima de nós, quando vi elas me jogaram em uma banheira de água bem quentinha, me vestiu com uma roupa toda branca, me deu chá e biscoitos e no fim fui posta para dormir junto com os outros, que estão também limpos e alimentados. COMO É A CASA DAS NINFAS DA FLORESTA?

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SOFIA: Cas, Castiel... – sussurrei tentando chamar sua atenção. Mas sem termos perigo, acho que ele não está preocupado comigo, simplesmente virou de costas e me ignorou. AKIRA: Algo de errado, Sofia, digo... Princesa – falou Akira que rolou para perto de mim e ficou olhando para mim. SOFIA: Eu só ia perguntar porque ele não acredita nesses seres se está diante deles... AKIRA: Às vezes nós acreditamos, ou sabemos que existe, mas odiamos e sentimos raiva. SOFIA: O que quer dizer? – perguntei me aproximando mais dele. AKIRA: Tem pessoas que esperam algo dos seres maiores, esperam proteção, bênçãos e quando uns recebem e você não é fácil ficar ressentido. SOFIA: Você acredita? AKIRA: Bom, eu sempre rezei aos deuses para meu irmão voltar para mim e ele sempre voltou, então..., mas eu só peço isso, não sei como ficaria se um dia ele não voltasse. SOFIA: Eu acho que sou muito pedinte, peço coisas demais – disse fazendo Akira rir – É sério, eu sempre pedi para todo o lado, pedi que meus cachos ficassem definidos sozinhos para as fadas que eu acreditava viverem no meu quarto, uma vez pedi a Deus para que meu pai nunca descobrisse que fui eu que quebrei o banco de trás do carro, eu pedi as estrelas que Caleb se apaixonasse por mim, pedi para ser princesa, para ganhar na loteria, pedi muita coisa – disse rindo. AKIRA: Engraçado – ele disse. SOFIA: O quê? AKIRA: Nada – ele ficou sem jeito e mexeu no cabelo de um jeito fofo – É só engraçado que uma garota linda, engraçada, divertida e corajosa como você tenha que pedi a estrelas para que alguém se apaixone. SOFIA: Eu sou isso tudo mesmo, né? – disse brincando. Meio ruborizada – Mas é que esse alguém em especial nunca me viu assim... AKIRA: Impossível, ele deve ver você assim, mesmo que não seja apaixonado por você... Você é perfeita – Akira falou de um jeito tão verdadeiro que me deu vontade de beija-lo. Não porque eu estivesse apaixonada por ele, mas porque sei lá faz muito tempo, sempre esperei pelo Caleb e nunca aconteceu. Nos aproximamos, eu posso sentir a respiração dele, então senti alguém me puxar pela cintura para longe de Akira. SOFIA: Ei! – falei para o Castiel. CASTIEL: Tem uma corrente fria daquele lado, aqui é melhor para você – ele disse de joelhos atrás de mim. Olhei para ele, olhei para Akira que envergonhado se virara para o outro lado. SOFIA: O que pensa que está fazendo? – perguntei sentando para olha-lo nos olhos. CASTIEL: Cuidando de você. SOFIA: Te chamei a alguns minutos atrás e você nem olhou para mim! CASTIEL: Não é motivo para ir se engraçando com aquele soldado. SOFIA: Se engraçando quem você pensa que é? Meu pai? – bufei e fui dormir longe dele.

ciúmes cof cof
iiiiihhh Akira é fofo
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Na manhã seguinte, as ninfas nos guiaram para uma caverna com uma entrada com escritos esculpido. CASTIEL: Então, ali deve estar o príncipe, vamos fazer um ataque surpreso... Sofia você espera aqui fora – Castiel disse recebendo um okay de todos. SOFIA: Espera aí, por que eu vou esperar aqui fora? O marido é meu! – argumentei. CASTIEL: Sofia, você é frágil e sem experiência em batalha, só vai atrapalhar... SOFIA: Como ousa? Me desculpe, mas eu sou a líder aqui... Estou enganada ou meti a porrada em cara a alguns dias atrás – disse recebendo expressões que diziam coisas como: é verdade, realmente, ela tem razão – Só porque você me vê como frágil não quer dizer que eu seja! CASTIEL: Não interessa, você fica – ele disse avançando em direção a entrada quando foi arremessado contra uma árvore. Eu comecei a rir muito. SOFIA: Algum problema, general? – perguntei zoando dele jogado no chão. AKIRA: Tem um campo de força na entrada, como um feitiço de proteção, não consigo entrar – meu grupo tentou passar pela entrada e realmente não conseguiram. LAYLA: O que faremos agora? CASTIEL: Sofia deve ter se enganado – ralhou Castiel. SOFIA: Ei, eu não me enganei, certeza que esse homem está aí dentro – falei tocando na entrada e caindo dentro da caverna – Ei! Eu consigo passar! CASTIEL: Ah não, Sofia, volta aqui para pensarmos em algum plano. Eu olhei para ele e olhei para o túnel da caverna. SOFIA: Eu só vou bem ali, salvar o dia, fazer seu trabalho... Chame como quiser – disse virando as costas e entrando. CASTIEL: Sofia, volta aqui! Sofia! Sofia sua maluca – gritou Castiel. LAUREEN: Sofi, espera nem sabemos o que tem aí – argumentou Laureen. NANEKI: Sofia, você nem tem uma arma – disse Naneki. CASTIEL: Se você morrer aí dentro, sua maluca, eu mato você! – gritou Castiel batendo no campo de força. COMO É A ENTRADA DA CAVERNA?

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Eles tinham bons argumentos, mas eu entrei mesmo assim, adentrando ficava mais e mais escuro, mas senti uma força incrivelmente forte me puxando. Cheguei a uma encruzilhada, mas mesmo sem pensar fui sugada pela passagem da esquerda... Esse túnel tinha aranhas e bichos rastejantes, passei correndo, dando mini gritinhos e me limpando. No fim, vi uma casa, uma casa dentro da caverna... Uma casa bem rústica, mas com mesa, cozinha e bem no meio do que acho se a sala, amarrado em correntes suspenso no ar havia um homem desmaiado; um homem branco, pálido, fraco, vestido apenas com uma calça branca encardida, está sem blusa mostrando o quando mesmo bem magro, ele tem cabelo loiro comprido demais e uma barba comprida também. Mas o que eu podia esperar sabe se lá a quanto tempo esse homem está ali, não deve ter acesso a um bom barbeiro, mas se ele pensa em me conquistar vai ter que cortar o cabelo e fazer a barba... Diferente de Sônia, eu não sou Maria Shampoo. Espera, Sofia, do que é que você está falando! Okay, foco, algo deve o estar mantendo-o aí, mas o quê? COMO É A CAVERNA?

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SOFIA: Aaaaa – gritei quando pulou na minha frente uma mulher. Ou pelo menos eu acho que é uma mulher, ela é muito alta, cabelo arrepiado, expressões de uma pessoa desequilibrada, com palmos de olheira, vesti um vestido preto que está aos trapos e tem uma marca de Lua Nova por todo o seu braço e pescoço como se fossem queimaduras de terceiro grau. NASCIDA NA LUA NOVA: Quem é você? E como ousar entrar em meus domínios? SOFIA: Eu sou uma ninfa dríade, a porta tava aberta pensei em fazer amizade - disse rapidamente sem saber ao certo o que estou dizendo. NASCIDA NA LUA NOVA: Como é? Não interessa, FORA DAQUI! – gritou de forma estrondosa que fez a caverna tremer. SOFIA: Quer bala de hortelã? Teu hálito está horrível! Toma aqui – coloquei balinhas de hortelã na mão dela. NASCIDA NA LUA NOVA: Eu estou te ameaçando, vai embora. SOFIA: Uuuu que geringonça é essa? – perguntei me aproximando do negócio das correntes que o deixava suspenso no ar. NASCIDA NA LUA NOVA: É um sistema de rodilha que eu fiz e... Não lhe interessa. Saia daqui antes que eu jogue minha magia das trevas em você. SOFIA: Ah é feiticeira? NASCIDA NA LUA NOVA: Sim, sou praticante da magia das trevas e discípula de Brunswichk – ela se gabou. SOFIA: Saúde filha – disse rindo e a deixando confusa. NASCIDA NA LUA NOVA: Você não vai embora? – ela perguntou mais confusa ainda. SOFIA: Ah não, eu ia adorar vê-la fazer magia – sentei no sofá e fiz sinal para que continuasse. NASCIDA NA LUA NOVA: Você sabe com quem está lidando, garota? Eu sou a Vizir, a dama, a Rainha do Xadrez. SOFIA: E esse é o seu castelo? Ouvi dizer que o povo fora da floresta vive melhor – disse. Ela deve ser louca e a única forma de se derrotar uma maluca é sendo ainda mais maluca. NASCIDA NA LUA NOVA: Bom, ainda não me reconheceram, mas não importa porque o meu amor já é rei – ela apontou para o moço preso. SOFIA: O relacionamento de vocês não parece ser o mais saudável, já pensou em procurar terapia? Ou se abrir para o diálogo? Soube que faz maravilhas com o casamento – disse a fazendo ficar mais sem nexo. NASCIDA NA LUA NOVA: Bom, eu tive problemas em faze-lo entender que somos o casal perfeito e que ele me ama – ela falou cruzando os braços. SOFIA: Sério? Mas que idiota! Mas sabe, homens, eles são assim... Tem um ser da floresta que eu amo desde pequena e acredita que o dito cujo nunca tomou uma iniciativa. NASCIDA NA LUA NOVA: Sério? Mas você é tão bonita! – ela falou surpresa sentando ao meu lado no sofá. Se conseguir engana-la direito, não vou precisar nem lutar. SOFIA: Não é menina, e você com esse vestido está um espetáculo, ele é um idiota. NASCIDA NA LUA NOVA: Sim, se bem que a falta de nutrientes pode tê-lo feito mal. Quer um chá? SOFIA: É claro, alteza. NASCIDA NA LUA NOVA: É tão bom ter uma súdita – ela bateu palma em comemoração. Ela andou em direção a um fogão improvisado e colocou a água para ferver. Demorou, mas ficou pronto... O chá é horrível! Ela fala muito e quanto mais fala, mas sei que ela é maluca, que sabe usar magia e que trabalha para os Bispos. NASCIDA NA LUA NOVA: Espere aqui, tenho que alimentar meu rei... – ela desceu o príncipe e o colocou desmaiado no chão ainda com as correntes nos braços – Hum, o que preparo para ele comer? Sopa de aranha? Suflê de lagarto? Não, não, melhor torta de aranha! – quando ela falou isso senti um alívio por ter cuspido o chá quando ela não estava olhando, sabe se lá de que é. SOFIA: Que tal eu cozinhar? Ninfas são ótimas cozinheiras – falei tentando pensar em um jeito de leva-lo. Ele está desacordado, mesmo fraco ainda deve ser pesado, ele é bem alto. NASCIDA NA LUA NOVA: Você sabe cozinhar? Achei que ninfas não machucasse animais... SOFIA: Ah, eu vou fazer algo mais vegetariano, mas vai ficar uma delícia prometo. NASCIDA NA LUA NOVA: Ótimo, vou pegar umas coisas para ajeitar a mesa, uma convidada quem diria.

vish será que o plano da Sofia vai dar certo?
hum, como será esse príncipe aí?
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Relaxei um pouco, corri pela caverna até a saída, Castiel levantou rapidamente quando me viu. _Akira, rápido... Macarrão e você teria uma erva ou algo do tipo que faça dormir? – falei rapidamente. _O que tem lá o que está fazendo? – falou Castiel com raiva. _Akira! Rápido! – disse. Akira correu e me entregou tudo o que eu pedi... Assim, corri de volta para a caverna sem ligar para os gritos de Castiel. Cozinhei o macarrão e fiz três pratos em um coloquei as ervas que Akira me deu para faze-la dormir. _Quem é você? – perguntou uma voz fraca atrás de mim, virei e vi que ele teve força para levantar e andar até mim, mesmo acorrentado. _Eu sou Sofia, vim libertar você, confia em mim – supliquei vendo que ele é o rapaz dos meus sonhos que estava na água e a voz dele é aquela voz que ouvi naquele sonho logo que cheguei. _Eu sonhei com você – ele falou. _Eu também sonhei com você, agora volte para o seu lugar antes que ela volte – disse o empurrando. Ele obedeceu e voltou a aparecer desmaiado. Para garantir que ela dormisse mesmo, fiz um chá com as ervas que Akira me deu, só por precaução vou usar uma dose maior do que ele me ensinou. Ela enfeitou a mesa com teias de aranha e umas coisas velhas e enferrujadas... Coloquei o prato e a bebida dela na frente dela, em seguida servi o restante. Os dois comeram, mas o príncipe está morto de fome, comeu como um desesperado. _Você cozinha bem, só não melhor que eu... Faltou carne nessa comida! – conversei com ela até o chá e o macarrão fazerem efeito. _Ufa! – disse com meu coração batendo acelerado – As chaves onde estão? _Você não sabe? – ele perguntou. _Você não sabe! – exclamei. _Eu nunca sou solto se é que percebeu. _E eu só conheço essa maluca a alguns minutos se não percebeu. _Seu plano de fuga é uma porcaria, como vai me tirar das correntes? _Quer que eu te deixe aqui! – gritei com ele. _Acho que não vou ter escolha já que não sabe me tirar das correntes! – gritou de volta. _Argh! – comecei a procurar pela caverna – Não está em lugar nenhum. _Genial. _Ei, pelo menos estou fazendo alguma coisa. Alguma sugestão? _Não me pergunte, é você que tem as grandes ideias – falou irônico. Eu o fulminei com o olhar – Não sei, tente ver se não está na roupa dela ou sei lá! Procurei na roupa dela até que a vi: _Está no pescoço dela! – tirei o colar e o libertei. COMO É A CHAVE?

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AIREN; Aaa meu pulso – falou. Vendo como seus pulsos estão feridos e em carne viva – Não podia ter vindo me salvar antes? Eu nunca mais vou conseguir lutar de espada. SOFIA: Tem sorte de eu ainda ter vindo te soltar! Além disso, só soube desse mundo a pouquíssimo tempo. AIREN: E não tinha ninguém mais incompetente para me salvar? – ele falou. E eu dei com um guardanapo na cara dele. AIREN: Grossa. SOFIA: Ingrato – disse. O ajudei a andar, com ele apoiado em mim, ele está muito fraco, sua respiração fraca... Não sei como teve força para andar ou se manter acordado – Qual o seu nome? AIREN: Quando estava livre me chamavam de Airen – ele falou com uma saudade no olhar. Então, saí da caverna, todos vieram até mim... Airen suspirou ao sentir o Sol em seu rosto. CASTIEL: Sofi! – Castiel correu até mim. Enquanto Naneki e Akira pegavam Airen, ele me olhou de cima a baixo – Se machucou? Fizeram algo com você? Está bem? Nunca mais faça uma coisa dessas, sua maluca! SOFIA: Eu estou bem, Castiel, sério..., mas temos que sair logo daqui. CASTIEL: Com ele nesse estado, impossível corremos... Foi quando um estrondoso grito veio de dentro da caverna que começou a tremer e cair pedras. NANEKI: Sofia cuidado! – gritou Naneki me empurrando para longe de uma pedra. NASCIDA NA LUA NOVA: ONDE ESTÁ, MEU PRÍNCIPE? ONDE ELE ESTÁ? AAAAA... Quando ela saiu da caverna estava em formato de uma aranha gigante, andando pelas paredes e pousou os olhos em Airen deitado no chão atrás da gente. LAUREEN: A tarântula! – disse Laureen tremendo de medo. SOFIA: Uma o quê? AKIRA: É a lenda que contam para todo mundo desde pequena para temermos a Lua Nova, de uma mulher que deu à luz a uma criança na Lua nova e ela nasceu... – explicou rapidamente Akira. LAYLA: Uma aranha horrenda – disse Layla também com medo. CASTIEL: Ela podia ter te matado – gritou comigo Castiel pegando as espadas. Naneki já está com muitas lâminas na mão. TARÂNTULA: DEVOLVAM! ME DEVOLVAM! É MEU! – ela berrou abrindo a boca o que deu muito medo. Quando ela avançou eles começaram a bater nela, inclusive eu... Naneki avançou nela como uma ninja, jogando as facas e a furando no olho. Castiel cortou uma de suas patas, Layla está tentando furar os outros muitos olhos dessa coisa horrenda, mas foi jogada contra a árvore... Ela avançou tentando chegar em Airen então eu furei um pata dela que gritou muito. TARÂNTULA: POR QUE VOCÊ ROUBOU MEU NOIVO DE MIM? SOFIA: É que na verdade, esse noivo é meu, vai ter que achar outro – falei. Ataquei ela e com a magia das mãos a arremessei, fazendo a caverna tremer de novo. É isso! CASTIEL: Sofia saia daqui! SOFIA: Não, eu já sei como vence-la! A caverna, vamos derrubar aquelas pedras nela! – disse. AKIRA: É genial! – disse Akira que tinha conseguido furar um olho dela também. Todos a provocamos para que gritasse... O que fazia mais e mais pedras caírem. TARÂNTULA: É MENTIRA! EU SOU A FUTURA RAINHA! EUUUUU! Brunswichk! VENHA RÁPIDOOOOO. SUA MENTIROSA, QUEM É VOCÊ? SOFIA: Eu sou Sofia Tawtay, filha de Reagan e Basilissa, neta de Helianthus e Zebadiah, a Princesa Branca! E eu sim sou a futura Rainha do Reino do Xadrez! – disse cortando outra pata dela o que a deixou sem equilíbrio. TARÂNTULA: NÃOOOOOOO – ela gritou enquanto caía e a caverna desmoronou em cima dela. Castiel me puxou para perto dele e longe das pedras. Corremos, Naneki e Akira carregando Airen para longe dali. COMO FOI O MOMENTO DE SOFIA?

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SOFIA: Isso foi... AKIRA: Isso ainda não acabou – gritou Akira apontando para a legião de corvos vindo em nossa direção. Começamos a corta-los, mas eles não paravam de vir, vir na minha direção e na do Airen SOFIA: Eles não querem vocês, querem eu e ele! CASTIEL: Não vamos te entregar. SOFIA: Não, mas eu sou ótima voando com Aragorn, posso ir com Airen e Aragorn e encontro vocês na entrada da floresta, eles vão nos seguir e vocês vão ficar bem – eu disse. CASTIEL: É muito arriscado. NANEKI: É tudo que dá para fazer, deixe a ir. CASTIEL: Sofia... Como vamos ter certeza de que é o futuro Rei? SOFIA: Eu sei que é ele, é ele... Confia em mim, tenho kit de primeiros socorros; Akira me dê ervas, unguentos e me ajudem a colocá-lo em Aragorn – antes que eu tocasse no meu colar Aragorn já está a cima de nós machucando corvos. CASTIEL: Bom, é melhor que você nessa floresta, fique escondida, não diga seu nome, mantenha seus cabelos escondidos... Por favor, não se meta em encrenca – Castiel disse. Eu sorri, em questões de segundo Aragorn está ao meu lado. SOFIA: Oi, meu menino, bom garoto – fiz carinho nele – Vamos ter que levar um convidado, pode ser? Por favor? Coloquei Airen desmaiado em Aragorn, Castiel o prendeu para não cair, subi logo atrás com minha mochila. AKIRA: Coloquei umas roupas minha aí, de a ele – Assenti, o voo começou e eu notei que antes sentia frio na barriga e agora voar faz parte de mim. Foi quando eu notei o porquê não voamos com o Aragorn desde o início dava para ver daqui as muitas torres de vigilância pelos reinos vizinhos. Alçando voou, muitos corvos vieram na minha direção o que tornou o voou um pouco mais difícil para Airen que está quase pra vomitar... Eu treinei manobras com o meu bebê e desviei da maioria dos corvos e fugi tentando despista-los e pousamos um pouco depois do fim da floresta da ilusão. Airen correu para fora de Aragorn e vomitou demais... Eu mesmo arranhada, me joguei na neve, exausta e com a adrenalina correndo pelas minhas veias. COMO SOFIA ESTÁ?

Exausta querendo dormir, um chocolate quente e querendo alguém para levar sua mochila o resto da viagem
Exausta querendo dormir, um chocolate quente e querendo alguém para levar sua mochila o resto da viagem
Animada por conta da adrenalina e feliz com como lidou bem com as coisas.
Animada por conta da adrenalina e feliz com como lidou bem com as coisas.
orgulhosa de si mesma, porém pensando que deu muito trabalho salvar esse ingrato
orgulhosa de si mesma, porém pensando que deu muito trabalho salvar esse ingrato
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SOFIA: Você está bem, meu garoto? – observei Aragorn. Tinha uns arranhões de corvo – Onw tadinho, aqui vou fazer o curativo. Rapidamente fiz o curativo de Aragorn e Airen parou de vomitar e está tossindo. Eu notei que tenho uns ferimentos também, mas nada grave pode ficar para depois. AIREN: Isso, salva o pássaro gigante e ninguém mais – resmungou arfando. SOFIA: Desculpa, a ambulância ainda não chegou, vossa majestade? – zoei me aproximando dele. Com um nojo, por causa do vomito... Ajudei ele a ir até um canto escondido, Aragorn andou um pouco e depois o vi partindo no céu. AIREN: Não me sinto bem – ele falou. Seu pulso está muito machucado como qualquer um que foi algemado durante anos da sua vida, ele está muito branco, seu olho está semicerrado como se ele não visse o Sol a anos (o que deve ser isso mesmo), tem arranhões dos corvos, está fraco, desnutrido, e ainda assim continua lindo. SOFIA: Ele é um grifo – falei levantando. E limpando o rosto dele com lenços umedecidos que tinha na bolsa. AIREN: O quê? SOFIA: Você o chamou de pássaro, ele não é um pássaro! É um grifo, são bem diferentes e ele tem nome é Aragorn! AIREN: Humpf, é a mesma coisa... Voa – ele respondeu. Eu pressionei de propósito uma ferida na testa dele – Aí! Cuidado! SOFIA: É a mesma coisa, a ferida fica limpa – retruquei. AIREN: Você... É... A pior... Curandeira que existe. SOFIA: Aí não, você está quente... AIREN: Para de dar em cima de mim, eu tô doente – falou forçando um sorriso. SOFIA: Idiota, você está com febre... – disse vendo o que tinha na mochila. Limpei ele o máximo que eu pude – Vamos me ajude a trocar sua roupa. AIREN: Eu te conheço a algumas horas... E você já quer... Ver-me pelado, tarada – ele disse pausadamente. SOFIA: Vai fazer frio, não pode continuar com essa roupa suja e esfarrapada. AIREN: Ela não tem nem oitenta anos – zoou. Olhei para ele sério – Está bem, eu só não consigo usar meus braços direito... Nem as mãos. SOFIA: Okay – tirei a camisa dele e limpei o máximo possível também. Vesti nele uma camisa e um casaco – Fica em pé... Ele levantou meio tonto, de olhos fechados eu consegui vestir a parte de baixo e uma calça nele. Ele caiu no chão sem força, eu coloquei uma meia e um sapato nele e enrolei um cachecol em volta de seu pescoço. QUAL A ROUPA QUE SOFIA COLOCOU EM AIREN?

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AIREN: Nunca me senti tão confortável na vida... Espero, que você não tenha espiado – provocou olhando para mim com seus olhos brilhosos. SOFIA: Eu não faria isso, além disso não tem nada aí que eu queira olhar – disse cruzando os braços. Notei que ele começou a tossir muito, e a ter espasmos, calafrio, fiquei séria... Acendi uma mini fogueira para fazer um chá, mesmo que seja muito arriscado não tem outro jeito e o Sol ainda não se pós, por precaução tirei um clarão. Peguei um xarope... SOFIA: Abre a boca – mandei. AIREN: Isso tem um cheiro horrível – fez cara de nojo. SOFIA: É o cheiro do remédio que vai fazer você parar de tossi, abre logo a boca – ralhei. Ele obedeceu tomando o xarope. AIREN: Continue com a cara de pateta – ele disse. SOFIA: Eu não tenho cara de pateta! – retruquei. AIREN: Tanto faz, a sua cara de besta... Quando você me olha séria sinto como se estivesse à beira da morte. SOFIA: Bom, você não é o exemplo de pessoa vívida. AIREN: Se eu fosse morrer ia querer que a última cena que eu vi fosse de uma mulher muito bonita – ele falou de um jeito galanteador – mas como só tem você aqui, entre a sua cara de pateta e a sua cara séria prefiro a de pateta. E lá se vai a simpatia que eu tinha por ele... SOFIA: Talvez, se a vossa majestade não fosse tão insuportável eu não ficaria tão infeliz! – disse abrindo a boca dele jogando o comprimido para febre e jogando o chá que já estava morno garganta abaixo dele. AIREN: Argh, o que é isso? SOFIA: Um comprimido e um chá. Aqui apoia a cabeça no travesseiro e descansa! – ordenei. Esperei um pouco para ver se ele tinha dormido, me limpei um pouco e troquei a camisa, a calça e o casaco rapidamente, mantendo a mesma lingerie. AIREN: Eu prefiro essa visão a sua cara de pateta – ele falou quando ainda falta vestir a blusa. O que eu fiz rapidamente. SOFIA: Você estava me espiando! Tarado. AIREN: É reparação histórica – ele falou com um leve risinho. QUE ROUPA SOFIA VESTIU?

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SOFIA: Já deve estar melhor se tem forças para fazer piadas – disse envergonhada. Não, ele ainda está muito quente... E tossindo muito, sua barriga está roncando. AIREN: Sophie... – ele sussurrou. SOFIA: É Sofia! Aqui, é biscoito... Com chá é uma delícia, come devagar, não quero que vomite de novo – falei dando de comer na boca dele. Ele adormeceu logo depois, escureceu rapidamente, então peguei três clarões para ver se enxergo alguma coisa. Fiquei trançando meu cabelo para não dormir, quando comecei a quase pegar no sono: AIREN: Aaaaaa, socorro – Airen começou a gritar e se contorcer. Ele está ardendo em febre! Está alucinando! Peguei água e coloquei em toalhas para baixar sua temperatura, mas estamos num frio imenso! SOFIA: Príncipe idiota, você tem que ficar vivo! Eu não quase morri para provar que o povo da minha irmã não te sequestrou para você morrer no meio do caminho! – gritei com ele. Estou desesperada sem saber o que fazer. AIREN: Mãe! Pai! Não sou eu, foi um engano! – ele esperneou. Deve ter sido o dia em que ele foi capturado, ela parece uma idosa sombria, me pergunto com que idade ele se tornou prisioneiro, com que idade ele deixou de viver. SOFIA: Shiuuu, eu estou aqui; lembra, a pateta? – falei tocando em seu cabelo e colocando-o para trás da orelha. AIREN: Eu não quero ficar aqui, por favor, por favor... Eu quero sair, eu quero sair! SOFIA: Calma, você já saiu, você está aqui fora... Olha, sente o pinheiro – peguei com cuidado os braços dele para tocar no pinheiro – Aqui, olha, sente o cheiro... É chocolate quente, quer dizer, chocolate frio, mas dá no mesmo, é chocolate – coloquei minha garrafinha térmica no nariz dele. AIREN: Não me deixe – ele jogou a cabeça em meus ombros e está chorando muito – Mãe, socorro, não deixa ele me levar... SOFIA: Ele? Foi o Bispo Bubu lá que pegou você? – perguntei sabendo que ele não vai me responder agora. A alucinação mudou, porque ele mudou de expressão, mas ainda era com a mãe dele. O QUE SOFIA FEZ?

Apoiou a cabeça no pescoço dele e disse: shhh, vai ficar tudo bem
Apoiou a cabeça no pescoço dele e disse: shhh, vai ficar tudo bem
O deixou desabar e só ficou ali
O deixou desabar e só ficou ali
Abraçou a cabeça dele e disse: você está livre, já está livre
Abraçou a cabeça dele e disse: você está livre, já está livre
o abraçou
o abraçou
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AIREN: Mãe, canta para eu dormir – ele pediu esfregando o rosto em meu ombro – mãe... SOFIA: Eu não sou sua mãe, mas cantar... Claro, eu sei cantar, o que eu canto? – perguntei para mim mesma. Ele não conhece nenhuma música que eu conheço, e eu não sei que canção a mãe dele cantava para ele. AIREN: Mamãe... – ele voltou a chorar. SOFIA: Não chora! Está bem, homem... Er, é a única canção de ninar que eu conheço... Quando o Sol se põe e finda a tarde, vagalumes só piscam sem cessar, fique aqui que o sonho te invade... Como é bom sonhar, sonhar.... Sim, eu estou cantando uma versão acústica da música de ninar de Barbie princesa da ilha para o cara que querem que eu me case, sozinha, no escuro, com ele alucinando com a mãe. Cenário mais romântico que esse existe? Caramba, Sofia, olha no que você se meteu! SOFIA: Me faz bem te ter bem ao meu lado, venha cá me deixe te abraçar – ajeitei ele para abraça-lo e impedir que ele fique se mexendo enquanto está cheio de curativos – E assim eu tenho o que é preciso, como é bom sonhar, sonhar... Com você, posso ver estrelas a brilhar. Melodias tem magia, doces sons no ar... No ar. AIREN: Obrigada – ele sussurrou. SOFIA: Aí, aí, eu acho que você só vai me trazer problema, garoto – fiquei verificando a temperatura dele cantarolando – Foi você o sonho bonito que eu sonhei, foi você eu lembro tão bem, você na linda visão... E me fez sentir que o meu amor nasceu então, e aqui está você, somente você, a mesma visão... Aquela do sonho que sonhei. Espera! O quê? Não! Ele é só um problema que eu quero resolver, só isso, tudo bem ele é lindo, mas o Caleb é muito mais. E tem mais o Caleb fica lindo de qualquer jeito, enquanto esse aqui só quando está calado. Aaaa, o que vou fazer se a febre desse idiota não passar? Apoie minha cabeça no pinheiro e tentei me manter acordada. COMO SOFIA FICOU AO LADO DELE?

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De manhã, notei que dormir e pior dormir abraçada com um idiota, mas pelo menos a febre dele tinha cessado. Todas as coisas ainda estão aqui, então bebi água e comi uma barrinha de cereal. AIREN: Sophie? – ele abriu os olhos lentamente. SOFIA: É Sofia! – brigue – Você parece melhor hoje. AIREN: Eu me sinto melhor, você dormiu segurando minha mão? – ele ficou de pé direitinho segurando seu pulso. SOFIA: Acho que sim, você alucinou um pouco por conta da febre... – falei ruborizando sem razão aparente – Por quê? AIREN: Elas não doem mais... – ele falou lentamente. Me aproximei dele e segurei suas mãos, a marca das algemas ainda estão só que cicatrizadas e não em ferida aberta como ontem à noite, eu só passei uma vez a pomada demoraria dias para isso... O que poderia ter... SOFIA: Oh, acho que devo ter usado magia em você sem querer..., mas olha está curado, de tudo. Seria melhor se eu soubesse como faço esse tipo de magia, para sabe controla-la, mas tudo bem Dona Caissa você que manda – falei olhando para o céu. Airen riu. AIREN: Você aprendeu a ser curandeira, desenvolveu magia de cura? – ele falou virando o rosto para sentir na pele o pouco de Sol que incide sobre nós no meio dessa neve. SOFIA: Na verdade, não... Akira tem ótimo dons com pomadas, remédios e unguentos. Apesar de sempre querer ter me tornado médica ou enfermeira, sabe..., mas foi assim um dia eu estava em um aniversário aí “puf” caí aqui... Aí descobri que meus pais são reis e meus avós também e aí meus amigos são tabuleiros, ah não minha irmã é rainha do reino rival, inclusive o cara que eu amo é do reino rival! E aí iam invadir, mas eu não podia deixar, o que aconteceu? Eu tive que vir resgatar você e aí teve frio de matar, uma floresta ilusionista, ninfas, a velha pirada, por sorte tinha o meu Grifo, né..., mas o importante é que no meio do caminho para a floresta do demônio lá, um cara ousou querer lutar comigo e sabe o que aconteceu eu meti porrada nele, só que o legal foi que minhas mãos brilham. Foi aí que eu descobri que sou mágica, acredita? – disse muita informação em um pedaço de tempo curto muito rápido para uma pessoa que literalmente acabou de sair de uma caverna. AIREN: O quê? – ele falou com cara de quem não entendeu nada. SOFIA: Desculpa, o que aconteceu foi... AIREN: Não, está ótimo... Não precisa explicar de novo, eu consigo processar informações muito rápido, por favor, não tagarele de novo – ele estendeu a mão sobre meu rosto. SOFIA: Eu não sou tagarela, é só que é uma história longa em si... – tirei as mãos dele do meu rosto e cruzei os braços. AIREN: Eu quis dizer “o quê?” pelo fato de você amar outra pessoa... SOFIA: Amo o que que tem? Pera, você sabe que eu sou sua noiva? AIREN: Sei, você falou quando lutou com a feiticeira, cara, eu sou a peça mais azarada do mundo – ele fez birra. SOFIA: Ei, o que quer dizer com isso? AIREN: Que a minha noiva ama outra pessoa, começa por aí, meu noivado com você foi o que fez prisioneiro na caverna durante boa parte da minha vida! SOFIA: Como ousa, o meu noivo que é um completo idiota! E eu quase morri salvando você! Devia ter deixado você mofando na caverna! Além disso, não pode me culpar por isso ou querer que eu honre um noivado feito quando eu tinha... O quê? Um ano de vida? – falei batendo o pé. AIREN: E você foi me resgatar só agora? – ele retrucou – Estou lá desde os doze anos! SOFIA: Ei, eu só soube da sua existência agora! AIREN: Minha heroína. SOFIA: Quer saber, eu não vou casar com você, nunca! AIREN: Não seja idiota, temos uma guerra para vencer. SOFIA: Pois, eu prefiro morrer na guerra do que passar o resto da minha vida casada com você! – empurrei ele. AIREN: Mimada! – ele me empurrou de volta. SOFIA: Ah, eu odeio você! E só te conheço a algumas horas – nossa eu tenho muita raiva desse cara. AIREN: Pois, saiba que nossos sentimentos são mútuos! Virei de costa e cruzei os braços, nossa ele faz com que eu me comporte como uma criança do maternal.

Shippo esse casal....
Não gosto desse casal.
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SOFIA: Ei, eu reconheço aquele símbolo na árvore, onde será que eu vi? – lembrei do livro das ninfas que eu só passei o olho – Achei, olha aqui diz que tem um lugar mágico por aqui um lago, perfeito para você tomar banho. AIREN: Você sugere que eu estou fedendo? SOFIA: Fedorento seria eufemismo, você está pobre – disse. AIREN: Não reclamou quando me agarrou ontem à noite... SOFIA: Só cuidei de você, porque o bebezinho estava chorando e chamando a mamãe – zoei dele. Ele se sentiu contrariado. AIREN: De qualquer forma nesse frio, banho seria horrível... SOFIA:| Não olhe, são águas termais, vem vamos – disse recolhendo minhas coisas e com o livro na mão seguimos. AIREN: Sofia... – ele falou pausadamente meu nome. SOFIA: Sim... AIREN: Você tem que se casar comigo – ele falou sério. SOFIA: Bom, eu não vou casar com você... AIREN: Por causa do cara que você ama? – ele perguntou com cuidado. SOFIA: Isso, Caleb, eu o amo demais e não me vejo casando com ninguém além dele! AIREN: Ele deve ser um homem bem paciente para namorar você... SOFIA: Ele é, mas não meu namorado ainda... E, pera! O que quis dizer? – bati nele. AIREN: Quer dizer o cara também não te aguenta – ele falou rindo. SOFIA: Para de rir! Ele me ama, sou... Sou a melhor amiga dele. AIREN: Você não quer casar comigo, por causa de um cara que não da a minha para você. SOFIA: Ei! Não diga isso, não é verdade, Caleb morreria por mim! Ele se importa comigo e com a minha família. AIREN: Não ouvi você dizer que ele te ama, já o beijou? SOFIA: Ele me ama, só tenho que redirecionar esse amor..., mas eu estou quase conseguindo – disse meio sem jeito. Não devia estar discutindo isso com ele, ele é insuportável e não sabe nada da minha vida, mas ele continua me olhando com esses olhos transparentes querendo saber a resposta para a segunda pergunta. AIREN: E então? SOFIA: Eu nunca o beijei, mas estou trabalhando nisso... – disse ruborizada. Ele começou a rir muito – Para com isso, até parece que você já beijou alguém! AIREN: Ninguém, na verdade, mas eu tenho uma excelente desculpa, desde criança eu vivo preso numa caverna, e antes disso era um noivo ciente de minhas obrigações – droga! A desculpa dele faz todo sentindo, revirei os olhos e vi. SOFIA: Ali! O símbolo naquela árvore! – disse mostrando que é o mesmo do livro – Você tem boa pontaria? AIREN: Eu tinha quando brincava com estilingue quando tinha cinco anos... SOFIA: Ali, joga essa pedra naquele símbolo na árvore – dei uma das cinco pedras na minha mão ele errou todas – Você é péssimo! AIREN: Tenta você, então. SOFIA: Eu não tenho coordenação motora muito boa, quer dizer eu tentei, gosto de esportes, mas não tenho muito talento. AIREN: Vou tentar de novo, eu era bom nisso, deve ser como montar e um cavalo – ele disse. SOFIA: Achei que você ia dizer andar de bicicleta. AIREN: Andar de quê? SOFIA: Esquece! – disse. Ele mirou e acertou – Isso! O símbolo brilhou, a árvore brilhou e eu fiquei esperando alguma coisa acontecer, e nada. Nada mesmo. Nadinha. AIREN: O que era para acontecer? SOFIA: Não tenho certeza. AIREN: Bem, não aconteceu na... – antes dele terminar um buraco abriu embaixo de nós e caímos num túnel – Aaaaaaaaaa!

TEAM AIREN
TEAM CALEB
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Caímos na grama, o que me fez ficar toda suja de areia, caí em cima do Airen e meus pertences se espalharam pela areia. SOFIA: Não, não – corri para pegar minhas coisas e ver se a garrafa de gambito tinha quebrado, por sorte está bem e enrolada em muitas roupas que amorteceram sua queda – Ufa! Não ia me perdoar se tivesse perdido o gambito. AIREN: Então, estamos aqui... – e falou levantando e se sacudindo para limpar a terra. SOFIA: É, nossa aqui é lindo... Hum, aquele no livro diz que não tem nenhum bicho ou algo do tipo, são águas termais mágicas. Blá, blá, blá... Ah, elas ajudam a clarear ideias. COMO É O LAGO DE ÁGUAS TERMAIS?

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AIREN: Você... A senhorita poderia... Conceder-me um favor? – ele falou se aproximando. SOFIA: Vou pensar no seu caso o que você quer? AIREN: Um corte de cabelo e livrar-me dessa barba horrorosa. SOFIA: Posso, eu cortava o cabelo do meu pai, não que isso queira dizer que funcionava toda vez. AIREN: Faça o que puder, mas por favor não corte meu lindo rosto e nem me deixe careca. Ele sentou de frente para mim, está com um olhar diferente, de medo... Peguei a tesoura que tinha na mochila, e o presto barba. SOFIA: Eu não tenho aquela espuma, vou passar sabão e torcer para dar certo. AIREN: Deixe a barba rala mesmo, sem problemas – ele disse e eu assenti. Comecei pela barba, cortei com a tesoura e depois ensaboei seu rosto o que o fez ele dar um mini sorrisinho. Quando eu estou longe dele eu sinto uma força sempre me puxando, mas com ele tão perto não sinto isso, é como antes de vir para esse mundo. SOFIA: Então, é assim que é o seu rosto, tive medo que você fosse o Chewbacca. AIREN: Quem? Por que você fala coisas tão estranhas? Bom, a culpa deve ser minha sou desatualizado. SOFIA: Na verdade, é algo da Terra, esqueça – disse – Agora o cabelo, o que acha de um estilo raspado do lado? AIREN: Por favor, não – eu cortei o seu cabelo num corte fofo. Bom, no meu pensamento é para ser isso, só que assim, pode não ter ficado do jeito que imaginei, mas ficou bom. SOFIA: Pronto – disse mostrando-o no espelho. AIREN É:

AIREN - príncipe herdeiro
AIREN - príncipe herdeiro
Airen é loiro, dos olhos verdes, usa uma barba rala, seu olhar é muito transparente e seu sorriso cínico e fofo.
Airen é loiro, dos olhos verdes, usa uma barba rala, seu olhar é muito transparente e seu sorriso cínico e fofo.
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AIREN: Obrigado... – ele levantou e começou a se despir o que me fez cobrir meus olhos rapidamente. SOFIA: Ei! AIREN: Perdão, eu só estou indo tomar banho. SOFIA: Pegue traje de banho, aqui – virei para a mochila peguei um short de Akira e joguei para ele sem olhar. AIREN: Valeu, pode olhar agora – quando abri os olhos ele está encostado na borda do lago olhando para mim. Agora com o rosto limpo, barba feita e corte de cabelo, nossa, ele é lindo – Você não vem? SOFIA: Ah, eu estava esperando você sair... AIREN: Eu não mordo, princesa – ele disse com um sorriso provocativo. SOFIA: Está bem, mas olhe para lá... Não espie! Eu digo quando puder olhar! – eu verifiquei se ele está espiando e de fato está de costa. Então, abri a mochila e não tem roupa de banho aqui, fiquei com a lingerie que estou e coloquei uma blusa bem grande por cima como saída de praia. Peguei um lençol e estendi na areia, coloquei a roupa que pretendo vestir dobrada em cima, juntou com minha toalha e minha nécessaire, coloquei meus vidrinhos de sabão, shampoo e condicionador na borda. Entrei na água e nossa ela está ótima, gosto do frio, mas vinte e quatro horas por dia, todo dia é horrível. SOFIA: Pode olhar, falei – ele virou. COMO SOFIA ESTÁ?

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Nadamos longe um do outro, eu lavei meu cabelo e nossa eu precisava... Depois, nadando de olhos fechados dei de cabeça em Airen. AIREN: Aí, você é realmente uma dor de cabeça – falou com um mini sorrisinho. SOFIA: Eu não bati em você... Sua cabeça que bateu na minha. Quando nos conhecemos você disse que sonho comigo. AIREN: Você disse o mesmo. SOFIA: Eu sonhei com você desmaiado embaixo d’água. AIREN: Eu acho que sonhei com você varias vezes... Era como se eu pudesse ver o mundo pelos teus olhos. Vi você brincando na neve, torcendo para um monte de caras correndo sem sentido nenhum, fogos de artifícios no céu, você entrando numa coisa com cavalos presos que giravam... Em algumas em especial você parecia uma ninfa. COMO ESTAVA SOFIA NOS SONHOS DE AIREN?

NO MEIO DAS FLORES, SEMPRE EM UM JARDIM APONTANDO PARA UMA ÁRVORE...
NO MEIO DAS FLORES, SEMPRE EM UM JARDIM APONTANDO PARA UMA ÁRVORE...
NO MEIO DE UM LADO CHEIO DE VITÓRIAS RÉGIAS DIZENDO PARA ELE MERGULHAR NO LAGO...
NO MEIO DE UM LADO CHEIO DE VITÓRIAS RÉGIAS DIZENDO PARA ELE MERGULHAR NO LAGO...
UMA NINFA DO OUTRO LAO DO ABISMO O PEDINDO PARA SALTAR...
UMA NINFA DO OUTRO LAO DO ABISMO O PEDINDO PARA SALTAR...
NO FUNDO DO OCEANO TENTANDO ALCANÇA-LO...
NO FUNDO DO OCEANO TENTANDO ALCANÇA-LO...
DORMINDO EM UM LAGO E ELE NADAVA MAIS NUNCA CONSEGUIA ALCANÇA-LA, ALGO SEMPRE O PUXAVA PARA O FUNDO DO RIO....
DORMINDO EM UM LAGO E ELE NADAVA MAIS NUNCA CONSEGUIA ALCANÇA-LA, ALGO SEMPRE O PUXAVA PARA O FUNDO DO RIO....
NO JARDIM, ELA CANTAVA PARA ELE SE ACALMAR E TER ESPERANÇA...
NO JARDIM, ELA CANTAVA PARA ELE SE ACALMAR E TER ESPERANÇA...
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SOFIA: E você não achava que eu era a princesa? A pessoa destinada a casar com você? Mesmo tendo sonhado comigo? AIREN: Bom, você não quer se casar comigo mesmo tendo sonhado comigo... No fundo, você ama o cara que não liga para você e essa previsão tirou o mundo de mim. SOFIA: Deve ter sido horrível, tudo que você passou – falei me aproximando dele. E ele de mim. AIREN: Foi sim, na verdade, eu lembro dos gritos da minha mãe, do Bispo que me tirou do castelo e da minha família, de tudo que eu sempre amei e conhecia. SOFIA: Mas você pretende voltar ao castelo comigo? Ajudar a vencer a guerra? _Depois de anos preso numa caverna, a última coisa que eu queria era envolver-me em uma guerra..., mas não tenho escolha, os Bispos tiraram tudo de mim: minha família, meus amigos, minha casa, minha vida, meu destino – ele falou com dor nos olhos – Acho justo pagar na mesma moeda, retribuir o favor. Fora que para onde mais eu iria? Estou tão concentrada nos olhos cheios de dor dele que nem notei que estávamos perto demais, um olhando para o outro, a centímetros de distância. SOFIA: Eu vou me trocar, se vira para lá e só vira quando eu mandar – disse querendo fugir. Só que ele segurou meu braço. AIREN: Temos que nos casar... SOFIA: Não posso casar com alguém que não amo. AIREN: Então, você não sente? – ele me puxou para bem perto dele – Isso? SOFIA: Eu... – fiquei nervosa demais. Cadê meu espaço pessoal? AIREN: Somos ligados, seu coração e o meu batem na mesma sintonia, respiramos ao mesmo tempo, pode não me amar ainda..., mas vai – ele disse olhando no fundo da minha alma. Senti meu coração acelerar junto ao dele... SOFIA: Eu não posso, meu coração pertence a outro! Já disse! AIREN: É nosso dever e nosso destino. SOFIA: Eu decido meu destino, e não se preocupe vamos derrotar os bispos. AIREN: Você não entende, Sofia... Somos parceiros desde o dia em que nascemos, eu e você temos que assumir nosso lugar no Tabuleiro, uma guerra se aproxima e quando ela chegar Sofia, seu amor por esse rapaz não vai importar, porque a vida de todos no Reino do Xadrez estará em risco – ele disse sério e com dor nos olhos. Eu só consigo pensar em como ele pode ser meu destino. Soltei minha mão e saí nadando de volta para a areia. Nossa, isso foi intenso, maldita ligação idiota, não podia ter me ligado a Caleb. Troquei de roupa, aproveitei e peguei uma toalha e uma outra roupa para ele... SOFIA: Pode olhar agora, aqui uma toalha e roupas para você – falei quando ele saiu da água todo molhado ficando bem na minha frente, só de short, com o abdome magro, mas ainda assim de tirar o fôlego. _Obrigado. Você está bem mais apresentável agora. COMO SOFIA ESTÁ VESTIDA AGORA?

sem o óculos escuro
sem o óculos escuro
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SOFIA: É que antes eu estava numa missão, dormindo no chão e enfrentando feras terríveis – voltei a pentear meu cabelo, olhando para Airen enquanto ele se enxugava. Por que o oráculo disse que ele é minha alma gêmea? Quer dizer, ele nem faz meu tipo, nem tem olhos azuis... E ele é loiro, e todo mundo sabe que eu gosto de morenos. Tá ele não é feio, é lindo, e tem essa ligação estranha, mas sei lá... Se queriam me convencer a casar com alguém, o oráculo deveria ter escolhido alguém moreno e alto... Se fosse o Caleb já tinha casado e puf, problema resolvido. AIREN: Com licença, mas se importaria... De parar de olhar-me assim, estou ficando constrangido – ele falou e foi quando eu notei que meus pensamentos estavam longe enquanto eu o encarava, minha Caissa, que vergonha. AIREN: Agora já pode olhar – ele disse irônico. E nossa, ele está bem mais bonito do que quando o resgatei a pouco. COMO AIREN ESTÁ VESTIDO?

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SOFIA: Eu tenho, hum, que ver seus ferimentos... – falei. Ele levantou a camisa para eu olhar. AIREN: Fique à vontade – ele falou dando um sorriso convencido. SOFIA: Parecem bem, mas vou, hum, passar o unguento de novo por precaução – eu estou muito constrangida e com vergonha. Passei o remédio nas feridas da costa, peito, umas do rosto, no pulso, braços... AIREN: Posso abaixar minha camisa? – ele perguntou querendo olhar em meus olhos. SOFIA: Já, é falta as da sua perna... Acho que você mesmo pode passar – dei o vidro para ele e virei de costa. Então, senti alguém no meu ouvido e me assustando sussurrou: AIREN: Já pode olhar – o que me arrepiou todinha. SOFIA: Fome? AIREN: Morrendo. Já que estamos em lugar secreto acendi o fogo e coloquei comida vegana que tinha para cozinhar. Ao servir, Airen detonou como se não comesse direito à anos, o que é a sua realidade, nunca ninguém gostou tanto da minha comida. SOFIA: Por que quer casar comigo? Você me ama? – perguntei. AIREN: Não, claro que não, lhe conheço a um dia, pateta... É o certo, vai nos fazer ganhar a guerra. SOFIA: O que significaria casar com você? – indaguei. AIREN: Está querendo saber minha opinião sobre seu amante? – ele olhou para mim com a sobrancelha levantada e a boca toda suja de comida. SOFIA: Não é meu amante! Só que assim digamos que eu case com você, pelo reino e unicamente pelo reino... Poderia ser só de aparência? Eu poderia ficar com a pessoa que eu amo e você com sei lá, alguém que você conheça. AIREN: Proposta interessante – ele disse. Seus olhos se perderam e seu pensamento pareceu ir longe – Talvez. SOFIA: Preciso de um sim ou não. AIREN: Eu quero um herdeiro... Se você tivesse outra pessoa isso implicaria em nós nunca gerarmos um? SOFIA: Você já quer dormir comigo! AIREN: Não! Por favor, eu sou um cavalheiro, só achei que queria todas as cartas na mesa... Se o filho não for entre mim e você ninguém assume o tabuleiro e a história se repete – ele cutucou minha testa – É puro raciocínio. SOFIA: Meus pais casaram errado e ainda posso andar no tabuleiro. AIREN: É aí que está, veja bem seu filho com o amante poderá andar no tabuleiro..., mas quero um herdeiro meu. Meu legado, sangue do meu sangue, entende? SOFIA: Foi nisso que pensou nesses anos na caverna? AIREN: Você diz no motivo de eu estar lá? Sabe que me passou pela cabeça – cruzou as pernas e pós a mão no queixo. SOFIA: Não estou dizendo que aceito esse acordo, só que se eu concordar... Se me casar com você e tiver um filho com você, vai me deixar livre para governar e ficar com quem amo? AIREN: Esse acordo parece-me bem vantajoso, eu aceitaria... – ele assentiu com um leve sorriso – Claro que o nosso quase acordo tem uma incógnita... Seu amado que não liga para você vai aceitar? Como explicaríamos a situação para o nosso filho? Você conseguiria conter o ciúme de mim? SOFIA: Não me faça rir, eu com ciúme de você? – desdenhei. AIREN: Cuidado, Sofia, muitas negações podem se tornar verdadeira... Tem grandes chances de você se apaixonar por mim. SOFIA: Claro que tem, nos seus sonhos... É mais fácil você se apaixonar por mim. AIREN: Acho que as chances são iguais – ele se inclinou para frente e me deu um sorriso provocativo. SOFIA: Eu vou pensar nisso... É uma possibilidade, mas só se para salvar as pessoas que eu amo só me reste essa possibilidade. AIREN: Me avise se mudar de ideia e me quiser só para você – ele piscou para mim. O QUE ELES COMERAM?

PÃO DE FORMA COM PATÊ E ERVAS FERVIDAS
PÃO DE FORMA COM PATÊ E ERVAS FERVIDAS
YAKISOBA DE LEGUMES
YAKISOBA DE LEGUMES
MACARRONADA COM ERVILHA E MOLHO
MACARRONADA COM ERVILHA E MOLHO
ARROZ COM LEGUME
ARROZ COM LEGUME
BATATA ASSADA
BATATA ASSADA
SOPA
SOPA
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Depois, arrumamos as coisas e subimos a escada para voltar e a surpresa quando subirmos era a floresta perto da abertura que Yoko me mostrou. Estamos do lado do Castelo! Como isso é possível? Corri em disparada e Airen correu atrás de mim sem questionar. SOFIA: Voltamos para o Castelo! AIREN: Voltamos? Isso é uma floresta... SOFIA: Aqui – andei até a abertura do túnel – esses túneis vão nos levar ao castelo, e aí posso mandar Aragorn atrás dos outros. Vam... Quando ia entrar no túnel senti um tremor horrível, uma dor imensa... SOFIA: Sônia – disse baixinho. AIREN: Quem? Senhorita? Você está pálida – Airen disse. A dor no peito aumentou, lágrimas estão caindo dos meus olhos, que dor. SOFIA: Sônia! Sônia – gritei baixinho no meio de soluços e choro. De repente, a dor invadiu todo o meu corpo, senti meu corpo cair no chão, senti Sônia, essa dor vem dela. E assim, meus olhos se fecharam na escuridão. O FIM DA JORNADA DE SOFIA EM CAVALOS...

SOFIA CAINDO NO CHÃO (SEM ÓCULOS)
SOFIA CAINDO NO CHÃO (SEM ÓCULOS)
SÔNIA CAINDO NO CHÃO NO OUTRO LADO
SÔNIA CAINDO NO CHÃO NO OUTRO LADO
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