RPG - Cavalos - parte 15 (PARTE FINAL)
Sônia embarca em sua última jornada de Cavalos...
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SÔNIA: Então, esse é o agouro? – falei desanimada para minha equipe enquanto olhávamos muitos buracos negros. É uma floresta estreita, lotada de cipós e buracos negros. MARK: É – disse mais desanimado ainda. SÔNIA: Vocês sabem como passar? IBOTIRA: Na real, ninguém nunca veio aqui... Ou voltou vivo para contar sobre – disse colocando a mão atrás do pescoço. Kelebh e Pakile olham para o Agouro como se estivessem pensando em uma solução para o nosso problema, sérios e contemplativos. NAGIBE: Eu posso achar os portais certos, posso me forçar a sentir Baltazar. SYLVIE: Por que o Bispo Branco? Por que não Brunswichk? NAGIBE: Ele sabe blindar muito bem suas emoções, é mais fácil conseguir invadir os sentimentos de Baltazar já que é o mais fraco. PAKILE: Aqui – Pakile se aproximou de mim e depois de amarrar um pedaço da corda em Nagibe. Amarrou a corda em volta da minha cintura, a aproximação e o toque dele na minha cintura me abalaram profundamente. Então, ele se amarrou e jogou o resto da corda para o resto do grupo. MARK: Assim passaremos juntos por todos os portais. NAGIBE: É o único problema vai ser se um tropeçar e for sugado para o quinto dos infernos todos nós vamos juntos. KELEBH: Nagibe, para de ser tão pessimista – ralhou Caleb que era o último da corda. NAGIBE: Não esqueça que temos uma perneta no grupo – Nagibe virou os olhos com desdém para Sylvie. SYLVIE: E se você continuar falando vamos ter um cadáver – ameaçou. PAKILE: Já chega! – gritou – somos um time... Isso aqui não é brincadeira, um passo falso e todos nos perderemos para sempre. Eu quero concentração, quero foco, disciplina, rapidez e trabalho em equipe, fui claro? Petrus fica perto da Sylvie como apoio! Todos assentiram as ordens de Pakile, Nagibe fechou os olhos e se concentrou, eu senti a dor voltar a invadir meu peito, nem forte demais, mas também não fraca. Estamos correndo entre o ínfimo espaço entre os buracos negros, só que tinha umas partes que essa passagem não existia, então Nagibe se jogou em um deles e fomos todos sugados e eu ouvi alguém gritar... Estar dentro de um buraco negro é como estar nas xícaras giratórias do parque de diversão, passou muito rápido, é uma escuridão total sugando tudo. Quando fomos expelidos para fora voltamos a alguns passos depois de alguns buracos negros. SYLVIE: Voltamos para o mesmo lugar? KELEBH: Não é o mesmo lugar, andamos uns centímetros. Continuamos fazendo a mesma coisa, estou começando a enjoar de verdade, mas um pouco e vou vomitar. DIRCE: Eu acho que vou vomitar – disse como se lesse meus pensamentos. Recebendo olhares preocupados de todo mundo. MARK: Se for vomitar, vomita em qualquer um, menos em mim – Mark que está atrás dele. SYLVIE: Não vomita em mim não, pirralho – disse Sylvie que está na sua frente. NAGIBE: Já é o último aguentem! – disse Nagibe. Corremos mais um pouco – É aquele ali – Nagibe apontou para um buraco negro de difícil acesso. Ele se concentrou e pulou direitinho no buraco, só que Sylvie se desequilibrou e Dirce vomitou o que fez Mark se mexer... Estou olhando para a cara de medo de Pakile e Nagibe ao ver nosso choque iminente com um buraco negro que nos levará sei lá para onde. NAGIBE: Eu disse que a Sylvie iria nos matar – gritou. Fechei meus olhos com medo do destino, foi quando uma fera, uma criatura pulou das árvores abocanhou a corda nos jogando no buraco negro certo. Esse buraco negro está muito rápido, sinto o fim dos giros chegando e... Aí, meu rosto acaba de colidir com o chão. KELEBH: Sônia! – disse vindo até mim e me levantando. SÔNIA: Estou bem, é só um... – falei tocando minha testa que doía muito – O que foi que aconteceu, lá? MARK: O moleque vomitou em mim! – se limpando. PAKILE: Sônia – Pakile me puxou para trás. Todos estão para trás assustados com algo, me virei e vi aquele lindo tigre negro parado em posição de ataque olhando para nós. COMO É O TIGRE?
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SÔNIA: Ele é lindo, foi ele que nos salvou? – perguntei querendo toca-lo. NAGIBE: Pode ter sido, estava escuro demais e eu sinto que estamos no lugar certo... – falou Nagibe passando a mão na testa. DIRCE: Acha que ele vai nos devorar? – perguntou Dirce atrás de Caleb. Olhando alegremente para o tigre negro enorme. SÔNIA: Eu vou até ele. SYLVIE: Ficou louca? Ele vai arrancar sua mão. SÔNIA: Vou até ele, é uma comunicação só – disse indo até a fera. Ele não rosnou e nem nada, na verdade saiu da posição de ataque e sentou quieto olhando para mim, com olhos negros que brilham em tom de azul assim como suas listras – Oi garoto, olá... O tigre se aproximou e me deixou fazer carinho na sua cabeça, ele lambeu minha mão e continuou incrivelmente dócil. SÔNIA: Onw, você é uma gracinha! DIRCE: É seu Pan! – disse Dirce feliz correndo em nossa direção – Posso tocar? SÔNIA: Eu não sei, acho que pode. DIRCE: Oi garoto, sou amigo dela, ela é minha Shahad – Dirce conseguindo fazer apenas um carinho nele. Porque depois dele, ele se afastou. SÔNIA: Ele é igual a mim, hum, preciso de um nome para você... Que tal Baguera? Em homenagem ao Livro da Selva? Meu avô lia para mim esse livro. O felino rugiu em consentimento e se aproximou mais de mim. Fiquei feliz em ter um Pan, e um tigre é demais! Só que ele correu e saltou de volta em um buraco negro.
O PAN DA SOFIA É MAIS LEGAL
O PAN DA SÔNIA É MAIS LEGAL
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NAGIBE: Então, chegamos – falou olhando para uma grande construção. Me assustei ao ver que ela parece ser bem moderna para uma construção deste mundo. SYLVIE: Como saberemos se seus pais e avós estão lá? NAGIBE: Estão, eu sinto Fahir e sinto Reagan também... – disse Nagibe claramente sentindo muita dor. IBOTIRA: Perdemos o elemento surpresa o que faremos? – perguntou Ibotira. PETRUS: Vamos entrar pela porta da frente, ele sabe que estamos vindo... MARK: Claro, aproveita e diz onde queremos ser enterrados – disse irônico. KELEBH: Pakile, o que acha de nos dividirmos... Metade entra pela porta da frente e outra metade pelas extremidades? – sugeriu. PAKILE: Pode funcionar, mas acho arriscado entrar só com isso... KELEBH: Se soltamos um deles a nossa força se soma. IBOTIRA: O problema é solta-los sem eles verem... MARK: O que temos de arma? PAKILE: Eu tenho minha espada, armadura, e adagas – disse Pakile colocando sua armadura. KELEBH: Minha espada, minha outra espada – Caleb falou porque ele luta com uma espada em cada mão – meus bastões e umas adagas. NAGIBE: Meu cérebro. SYLVIE: E isso serve de alguma coisa? – Nagibe só ignorou. Mas ela lhe deu uma adaga. MARK: Tenho nevoa azul (usada para deixar as pessoas só vendo uma nevoa azul escura), foguetinhos, mini bombas, adagas, arco e flecha, um sinalizador, corais de fogo e lanças banhadas com urtigas – disse Mark. PAKILE: Bom, isso já nos dá um plano... Veja o que faremos: Vamos nos dividir em grupos de três: Eu, Sônia e Caleb vamos entrar pela porta da frente. Sônia vai ser carregada, vamos ter vantagem se eles pensarem que Sônia está incapacitada. NAGIBE: Em que grupo eu vou, rei? PAKILE: Nagibe, Dirce e Mark vão se infiltrar silenciosamente, conseguem fazer isso? Achem Fahir, Lilith, Reagan e Basilissa e os soltem sem ninguém ver. MARK: Vai ser fácil eu era ladrão antes de me juntar a Captura. SÔNIA: Achei que era príncipe. MARK: Uma coisa não impede a outra. PAKILE: Petrus, Sylvie e Ibotira vão se infiltrar também, só que quero vocês sendo nossa retaguarda. SÔNIA: Está bem, mas como vamos fugir? _Aí que começa a segunda parte do nosso plano – disse Pakile pegando o sinalizador. COMO É A CONSTRUÇÃO?
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Ficar longe de Nagibe realmente doía muito, Pakile me carregava nos braços e Caleb está ao nosso lado com suas duas espadas na mão. PAKILE: Abra a porta, seu idiota, covarde! – gritou bem alto Pakile para o gigante portão a nossa frente. O portão se abriu lentamente dando lugar para um túnel escuro, passamos por ele correndo e quando chegamos ao fim dele há uma enorme sala em formato circular, uma pessoa vestida toda de branco com uma cartola está sentada num divã lendo um livro com capa preta. Assustei-me de novo, tudo aqui é muito moderno, muito humano, muito terrestre, como se eles não seguissem as leis contra a destruição da natureza. BALTAZAR: Irmão! Nossos convidados chegaram – ele gritou sem tirar os olhos do livro – Sentem, fiquem à vontade ele já vem. KELEBH: Talvez eu mate você antes disso! – ameaçou Caleb. BALTAZAR: Pode tentar – ele falou finalmente levantando e tirando a cara do livro. Ele só tem um olho e seu cabelo é preto, com olhos vermelhos. COMO É A SALA?
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BRUNSWICHK: Desculpe a demora, eu estava procurando o chapéu perfeito para ocasião. Perdi algo? – disse um ser todo de preto com uma cartola. Esses dois parecem ter a minha idade ou só um pouco mais, mas como? BALTAZAR: Eles só me ameaçaram de morte. BRUNSWICHK: Ah, eu achei que as ameaças começariam por mim – a figura escura se aproximou – Como vai, vossa alteza? Que bom que conseguiu voltar, tive medo que desistisse. KELEBH: Ela não teve exatamente uma escolha. Agora tire esse feitiço dela. BRUNSWICHK: Ora, jovem Demidov... Como vai a família, alguém morreu recentemente? – disse com um sorriso cínico. KELEBH: Eu mato você! – o rosto de Caleb foi preenchido pela raiva. BRUNSWICHK: Quem sobrou para matar? Aquela garotinha, Grace, certo? Quem matou a mãe dela? Lembra, irmão, fui eu ou você? – O Bispo preto começou a se locomover. BALTAZAR: Foi você, irmão – Baltazar se aproximou assentindo.
BALTAZAR
CONHECIDO COMO: O BISPO BRANCO, CARTOLA BRANCA E MISTER B.
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BRUNSWICHK: Ah foi, eu passei uma arma pelo corpo dela que a despedaçou em segundo. E você matou o marido dela, lembro como se fosse ontem... BALTAZAR: Mas da família de sangue dele todos foram você, eu só perdi o olho. BRUNSWICHK: Bom, você pode tirar o olho desse daí para igualar. BALTAZAR: Prefiro o menorzinho – falou rindo. KELEBH: Fique longe deles! BRUNSWICHK: Nervosinho. Espere um não fui eu não... Não foi Otto que matou o próprio irmão? PAKILE: Chega! Tire o feitiço e nos diga logo o que quer. BRUNSWICHK: Ah, poderoso Pakile, nem vi você aí... Não se cansa de ser apagado por esse Cavalo? Eu já o teria matado. Ah, Sônia, esse é meu irmão, Baltazar, acho que não se conhecem ainda. Eu fingi um grito de dor e falta de ar, o que fez Pakile me apertar mais e os Bispos intrigados se aproximaram. BALTAZAR: Entregue-a para nós... Uma delas tem que vir mesmo – disse Baltazar calmo e tranquilo. O que ele quis dizer com isso?
BRUNSWICHK - ama o fato de ter um nome que quase ninguém sabe falar ou ousa falar
CONHECIDO COMO: BISPO PRETO, CARTOLA PRETA, TRAIDOR, REGICIDA, MAL SOMBRIO
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PONTO DE VISTA DE NAGIBE: (NAGIBE) Sylvie, Petrus e Ibotira seguiam os três pelas janelas da fortaleza, e, eu, Mark e Dirce tivemos que vir pelos fundos. NAGIBE: Eu já disse que sou claustrofóbico? – falei me sentindo muito mal. Consigo sentir a preocupação de todos aqui, as emoções deles estão quase me afogando. Maldito dia em que estava brincando perto do lago... Como eu saberia que veria a própria Caissa naquele dia e que ela me daria tal missão? Como saberia tudo que teria que sacrificar? Toda a dor que um “presente” dado pela deusa do Xadrez poderia me causar. MARK: Aqui, olha só esses malditos tem entradas de ar. DIRCE: Tudo aqui é tão diferente. MARK: É assim mesmo nos continentes dos Jogos mais novos... – disse impressionado. Eu entrei na frente daquele túnel apertado e estreito com duas pessoas que não suporto. Tentei procurar Basilissa porque achei que seria mais fácil, mas nossa, fui invadido por muitos sentimentos de Lilith. NAGIBE: Por aqui... – disse chegando ao fim do túnel onde vi uma sala com Lilith presa encolhida em uma gaiola. Fahir todo ensanguentado amarrado em uma tira de madeira, Reagan e Basilissa estão presos em pé em uma espécie de pelourinho com duas pessoas os torturando. Uma mulher negra de cabelo trançado e um homem branco de cabelo preto liso. ADRASTÉIA: Você deveria saber que não ia terminar bem para você, você roubou meu homem! – disse a Mulher. BASILISSA: Não me faça rir, seu homem? O que você quer, Adrastéia? Eu já me casei, nós tivemos filhas, nós vivemos anos de felicidade juntos e nós nos amamos! – falou Basilissa com o resto da força que tem. ADRASTÉIA: Sabe, quando o oráculo me deu o nome de Adrastéia e disse que eu era a destinada a ser a futura rainha preta... Meu pai pensou que como meu nome é o nome da deusa da vingança eu seria a rainha que traria vingança ao Reino Preto pelas mortes que tivemos. BASILISSA: Mas aqui está você, uma mulher desesperada buscando vingança por que Reagan não quis casar com você – afrontou Basilissa que levou um fortíssimo tapa na cara. Basilissa cuspiu o sangue de sua boca na cara dela. Hum, Adrastéia, a noiva rejeitada... Nossa queria sentir pena dela, mas estou me segurando para não rir. QUEM É?
ADRASTÉIA - NOME DA DEUSA DA VINGANÇA (AQUELA A QUE NÃO SE PODE ESCAPAR)
BASILISSA - SIGNIFICA RAINHA
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ANÚBIS: Ei – falou o Homem segurando a mão de Adrastéia para não agredir mais Basilissa – Cuidado com ela, já bateu o bastante. ADRASTÉIA: Esqueci, Anúbis, da sua paixão por ela... Não cansa de ser feito de besta não? ANÚBIS: Cala a boca, você não sabe de nada. Venha se quiser pode bater no Reagan comigo, já que tudo que sente por ele é ódio. ADRASTÉIA: É claro, o que mais sentiria? Amor? Me poupe, eu deveria ter sido uma senhora soberana, rainha, e ele me deixou plantada no alta. REAGAN: Em minha defesa, eu sempre disse que nunca quis casar com você... – Reagan disse rindo – Quando a conheci você já era essa maçã podre, eu pensei que o oráculo devia ter errado feio, porque eu nunca conseguiria amar um monstro como você! Você nunca serviu para ser rainha! ADRASTÉIA: Como ousa? Eu seria melhor rainha do que todos... REAGAN: Você iria querer dominar tudo, saciar sua ambição às custas do meu povo! Iria coloca-los em uma guerra sem sentido! ADRASTÉIA: Claro, muito diferente de agora... Vamos ver, você é rei? Não, foi deposto. Seu povo está bem? Não, deve estar se escondendo de medo. Seu reino está em uma guerra? Está. Peças morreram até agora? Sim. REAGAN: Só tem um, porém... Não começamos essa guerra, não queríamos ela, ela já poderia ter acabado se não fosse pelos Bispos e por vocês. Vocês começaram essa guerra! Está bem, nos casamos e isso enfraqueceu o tabuleiro, mas a natureza trouxe tudo de volta ao equilíbrio quando Sônia e Sofia nasceram..., mas vocês não podiam deixar as coisas assim, vocês tinham que se aproveitar da fraqueza dos outros para terem mais poder! A guerra que VOCÊS COMEÇARAM, NÃO É UMA GUERRA SEM SENTIDO, é uma guerra por amor, é uma guerra pelo meu povo e pelas minhas filhas. Vocês dois só não vem sentido nisso porque estão vazios por dentro. O discurso de Reagan foi bonito, senti a verdade do coração dele, ele teria sido um rei excelente. Mas isso não transformou duas peças amarguradas em peças conscientes, só os fez sentir mais raiva por reprimirem a voz que diz que estão errados... O que aconteceu foi um soco bem dado em sua barriga, argh, que dor. Esse Anúbis parece ter um soco muito bom, se fosse eu teria apagado e só acordado daqui a um dia.
ANÚBIS - NOME DO DEUS DA MORTE EGIPCIO (ABRIDOR DOS CAMINHOS)
REAGAN - SIGNIFICA PEQUENO REI
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DIRCE: Acha que eles vão sair logo daí? – sussurrou Dirce. NAGIBE: Eu não sei, vamos esperar mais um minuto, o plano é salva-los sem ninguém ver – respondi. MARK: Okay, mais um minuto, se não saírem eu entro lá, e vou quebrar a fuça deles. DIRCE: Bom, os dois parecem bem fortinhos, certeza que dá conta? MARK: Não se preocupe, sou um ótimo guerreiro contra coisas não mágicas – sussurrou sorrindo. Voltei a ver a cena, Reagan levava socos ordenados um de Anúbis, outro da Adrastéia. ANÚBIS: Não acredito que você ousou tocar em Lissa – disse Anúbis cheio de uma intimidade inexistente. BASILISSA: Para! – gritou com lágrimas nos olhos – Reagan! ANÚBIS: Como pode, Lissa? – Anúbis deixou Reagan para pegar os rostos com a mão e fazer a mãe de Sônia o olhar nos olhos. BASILISSA: Eu o amo, Anúbis, quando conheci, Reagan... Aquilo, isso é amor. Eu e você nunca foi amor... ANÚBIS: Claro que foi, eu ainda te amo! BASILISSA: Você não me via! Você não ia me deixar governar, não queria que eu lutasse... Ficava com raiva se eu cantasse, ou dançasse de algum jeito que atraísse olhares para mim. Você me forçava a usar vestidos longos com mangas compridas, usar o cabelo preso. Uma vez você me arrancou aos berros de cima de um cavalo porque eu montei em um torneio e ganhei, quando você perdeu! Tentou se livrar do meu Pan, minha tigresa! Durante anos eu aceitei isso, calada, quieta, obediente... Durante anos fingi felicidade, me convenci que era feliz, que você me fazia feliz... Colocava momentos que você era gentil a cima dos momentos de terror ao seu lado. ANÚBIS: Eu estava cuidando de você! Você não entendeu, tudo que eu fiz foi por você, para cuidar de você, eu amo você. BASILISSA: Isso não é amor! Você me via e ainda me vê como um objeto, como algo seu... Aos 14 anos você já me queria, em com 15 anos quando o oráculo disse que você casaria comigo... Você não pensou que nos casaríamos. Você viu isso como uma escritura minha no seu nome! Como se o oráculo tivesse me dado a você! ANÚBIS: Você é minha, Lissa! – Anúbis se aproximou querendo beija-la. REAGAN: Tire suas mãos imundas dela!!! – gritou Reagan. MARK: Bom, acho melhor entrar – sussurrou Mark. Que se apertou entre nós e pulou da entrada de ar aterrissando com estilo no chão o que chamou a atenção de todos. Mark tirou jogou foguetinhos no chão o que assustou os dois amargurados possibilitando a minha decida e a de Dirce. MARK: Quem é você? – gritou Anúbis partindo para cima de Mark que lutava com os dois muito bem. Dirce foi até as chaves no balcão e abriu as algemas de Basilissa e de Reagan que caíram no chão exausto. FAHIR: Nagibe – disse Fahir baixo e calmo. NAGIBE: Olá, majestade – disse com um sorrisinho. DIRCE: Aqui, liberte Fahir – jogou as chaves para mim Dirce no outro lado da sala tentando fazer Lilith sair da gaiola.
FAHIR - SIGNIFICA O MAGNÍFICO
LILITH - SIGNIFICA DA NOITE
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DIRCE: Venha, majestade... Temos que ir – suplicando. LILITH: É tudo culpa minha – dizia Lilith em posição fetal. NAGIBE: Pronto, está livre, majestade – disse levantando Fahir. FAHIR: Sabia que estava certo sobre você – Fahir disse dando mini tapinhas em meu rosto e caminhando lentamente até Lilith. MARK: Ah, alguém pode vir me ajudar! – disse Mark se virando nos trinta para impedir um dos dois rancorosos de se aproximar de nós. Reagan levantou, pegou as algemas e as apertou no pescoço de Anúbis que caiu não sei dizer se morto ou desmaiado. ADRASTÉIA: Não! – gritou Adrastéia que voou em direção a Reagan e foi atravessada com uma espada por Mark. Essa está definitivamente morta. MARK: Nossa, estou exausto – disse Mark sentando e arfando. DIRCE: Nossa parte foi comprida, será que já está na nossa deixa? – perguntou Dirce. NAGIBE: Não, ainda não – falei. FAHIR: Vamos, meu amor, tudo bem, eu lhe perdoo-o – falou Fahir baixinho a Lilith. Lilith o olhou emocionada e triste, mas levantou. BASILISSA: Minhas filhas, onde estão? – Basilissa voou em minha direção e me colocou contra a parede com os olhos cheios de preocupações. NAGIBE: Sofia está com seus pais, eu acho, Helia e Zeb, pelo menos Kelebh a deixou lá – essa informação fez Basilissa suspirar – E Sônia... Bem, ela está nesse momento sobre um feitiço de Brunswichk, bem, ela está na sala de estar. REAGAN: O quê? Minha filhota! – falou com raiva Reagan – Aquele, patzer, me paga! DIRCE: Aqui troquem de roupa – Dirce abriu sua mochila jogando roupas limpas. MARK: Alguém tem algum ferimento? Sou curandeiro – disse Mark. LILITH: Uma dama? – perguntou Lilith. MARK: Ao seu dispor, sou só um servo da Rainha Sônia – ele disse cuidando dos ferimentos que deu, em pouco tempo. NAGIBE: Okay, agora vem a parte difícil... – disse com preguiça da próxima parte do plano.
IIIH RAPAZ E AGORA?
AGORA O PAU VAI TORAR....
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QUE ROUPA BASILISSA VESTIU?
BASILISSA
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QUE ROUPA REAGAN VESTIU?
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QUE ROUPA FAHIR VESTIU?
FAHIR
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QUE ROUPA LILITH VESTIU?
LILITH
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VOLTOU PARA SÔNIA: (SÔNIA) BRUNSWICHK: Prontinho, demorará alguns minutos, mas mantive minha palavra está livre do feitiço. BALTAZAR: Nós sabemos manter nossa palavra, ao contrário de seus pais. SÔNIA: O que você quis dizer com: “Uma delas tem que vir mesmo”? – perguntei saindo do colo de Pakile e ficando em pé. BRUNSWICHK: Ah, não lhe contaram? Quer dizer que andam escondendo informações da sua, ahn, rainha? SÔNIA: Algo que estão escondendo de mim? – perguntei olhando nos olhos de Pakile que apenas assentiu triste. Olhei para Caleb, que baixou os olhos. Como ele puderam mentir para mim? Mentiram para mim! BRUNSWICHK: Você sabe como o Tabuleiro funciona? – perguntou Bispo preto de aproximando de mim – É um contrato mágico com a deusa Caissa, mas que isso um contrato de equilíbrio da natureza. Se seus pais tivessem casado com outra peça, mas que fosse de mesma cor... Teriam quebrado as amarras dos senhores do tempo; os oráculos, no entanto teriam mantido o equilíbrio. BALTAZAR: Só que quando seus pais se casaram, o equilíbrio do Tabuleiro se quebrou – Baltazar disse quebrando um galho de árvore. SÔNIA: Isso não faz sentido, comigo e Sofia nada muda... Ainda se pode jogar o jogo. BALTAZAR: Ah, não, ainda não... Não casaram, o poder do Tabuleiro diminui a cada dia que se passa – zoou Baltazar. SÔNIA: Não seja por isso! – disse com raiva. BRUNSWICHK: Só que tem um fato bem curioso sobre contratos, sabia? – Brunswichk se aproximou demais. Caleb me puxou para perto dele e para longe do Bispo preto – Quando se quebra um contrato se paga uma taxa, coisa pouca, quase nada. SÔNIA: Você diz que para pagar a dívida dos meus pais, eu ou a minha irmã... BRUNSWICHK: A cláusula da quebra de contrato você deve ver com seus antepassados – o Bispo preto disse dando de ombros – O importante foi o acordo feito entre os reinos, antes do príncipe Airen desaparecer... Que diz que a gêmea que casar primeiro se livra do pagamento. SÔNIA: Você não me contou? Para quê? Para que eu me cassasse com você? – olhei com raiva para os dois: Caleb e Pakile. PAKILE: Fiz pelo meu povo e meu Tabuleiro, sinto muito, Sônia – falou triste. KELEBH: Não podia contar, sei que nada que disser vai fazer você me perdoar, mas eu sinto muito – Caleb falou triste e arrependido.
ELES NÃO TINHAM QUE MENTIR PARA ELA
ELES TIVERAM AS RAZÕES DELES
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BALTAZAR: Quanto sentimentalismo... Agora, você pode fazer logo o pagamento e se entregar pela vida da sua irmã – Baltazar disse eufórico. BRUNSWICHK: Isso sim, seria fantástico – Brunswichk falou com um sorriso. Pensei em tudo isso, nas mentiras, mas entendo os dois, meus pais não pensaram no povo e olha só o problema que rolou. Espera! SÔNIA: Mas se eu for agora o que acontece? BRUNSWICHK: Quem não ama um mistério? – disse o Bispo preto. SÔNIA: Eu não amo! Se eu me for, meu Tabuleiro enfraquecerá e meu povo vai morrer. BRUNSWICHK: É, acontece, mas não se preocupe... Eu e meu irmão faremos um reino magnífico. SÔNIA: Nunca! Por que iria para você? Se essa dívida é com Caissa? Por quê? Tem que ter outro jeito! BRUNSWICHK: Argh, agora está me irritando garotinha... Não é como se você fosse conseguir sair daqui mesmo – Brunswichk disse rodando em um tufão negro e crescendo. KELEBH: A visita foi ótima, mas já estamos de saída – Caleb falou com as duas espadas na mão ao meu lado. Pakile se armou também e gritou: PAKILE: AGORA! – o telhado explodiu. Eu, Pakile e Caleb nos afastamos pelo corredor e vimos o telhado despencar em cima dos dois. PAKILE: Espere, se fosse tão fácil assim derrotar esse dois... – disse Pakile segurando minha mão quando quis sair pelo túnel. Os escombros foram levantados... Baltazar e seu irmão saíram ilesos de baixo do telhado. BRUNSWICHK: Aí, aí... Amadores – Brunswichk disse se enchendo de tatuagens escuras o que trouxe à tona uma centena de esqueletos queimados. SÔNIA: Está bem, por essa a gente não esperava – falei pegando minha espada. Petrus, carregando Sylvie, atracado em um cipó rodou o salão batendo em muitos esqueletos. PETRUS: Qual o plano, general? Rei? – perguntou Petrus tirando seu machado. Sylvie em posição com sua lança, Ibotira desceu logo em seguida chutando Baltazar. BALTAZAR: Argh, amassou meu terno – Baltazar se desfeies de parte do terno e começou a jogar uma magia vermelha em nossa direção. Enquanto seu irmão avançava com magia sombria e os esqueletos com espadas. FAHIR: Na minha neta não, seu patzer! – Vovô chegou rebatendo com sua magia preta a magia vermelha de Baltazar. Na pele do vovô, eu vi um símbolo de rei do xadrez brilhar. SÔNIA: Visconde de Sabugosa! – gritei com lágrimas nos olhos. FAHIR: Oi, minha menininha, senti saudade – ele se aproximou do nosso grupo. Sorriu e piscou para mim.
O REENCONTRO DOS DOIS...
MENININHA E VISCONDE DE SABUGOSA
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NAGIBE: Odeio batalhas – disse Nagibe se aproximando com a mão no bolso. BRUNSWICHK: Ora, ora, ora... Parece que temos uma luta digna depois de eras – parou para admirar o grupo Brunswichk. BASILISSA: Filha! – minha mãe correu até mim e me abraçou. SÔNIA: Mãe! – retribuí o abraço. REAGAN: Minha filhota – papai abraçou nós duas. SÔNIA: Pai! BASILISSA: Eu vou matar esse desgraçado – ela falou virando para Mark que jogou a espada para ela. Depois, Mark subiu nos escombros e se colocou em posição com o arco e flecha. Papai já tinha sua própria espada. LILITH: Anjo... SÔNIA: Vovó – corri para abraça-la. LILITH: Tudo bem, vou concertar as coisas – ela disse passando a mão pelos meus cachos e indo para perto de vovô. KELEBH: Honi – disse Caleb passando a mão no cabelo de Dirce – Que bom que está bem. DIRCE: Relaxe, Velhote, Nagibe e Mark cuidaram bem de mim. KELEBH: Fique perto de mim, rapazinho – Caleb mandou colocando Dirce atrás dele. BRUNSWICHK: Que reunião maravilhosa. Ficou emocionado, irmão? BALTAZAR: Eu não, Bruns e você? BRUNSWICHK: Vou chorar quando os matar um por um... SÔNIA: E o nosso plano de fuga? – sussurrei para o papai. REAGAN: Já devia ter chegado, mas não o vejo a muito tempo e o Agouro é de difícil acesso – papai respondendo. Brunswichk jogou uma magia bem poderosa que foi barrada pela minha avó: LILITH: Ele é meu – ela falou firme e forte indo em sua direção. Então, eu fico com o outro caolho – Visconde de Sabugosa zoou Baltazar que retaliou. A batalha de seres mágicos ficou com ele e nós quebrávamos o máximo de esqueletos queimados que conseguíssemos, todos nós sabemos que só estamos ganhando tempo. Tudo está turvo demais, confuso demais, minha avó batia muito em Brunswichk que continua tão poderoso mesmo controlando um exército. SÔNIA: Visconde de Sabugosa! Ajude minha avó, eu cuido desse aqui – falei sentindo aquela magia por todo o meu corpo. Magia preta e brilhante igual a de meus avós e a passei para minha espada e fui contra Baltazar que arregalou os olhos, quer dizer, o olho e foi arremessado na parede antes mesmo da espada chegar em sua pele. FAHIR: Muito bem, minha menininha, vovô está orgulhoso – ele passou a mão em meus cachos e partiu para cima do Bispo Preto. Baltazar aproveitou a falta de concentração e me jogou uma magia que fez todo o meu corpo ser cortado em arranhões. SÔNIA: Aaaaaa – gritei de dor – Filho da mãe! – disse me curando com minha própria magia. Guardei a espada no cinto da roupa e com as mãos começamos a travar nossa própria guerra de golpes e desvios.
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Enquanto luto... Meu avô foi arremessado na parede por Brunswichk, contudo vovô levantou rápido. BRUNSWICHK: Que pena, Lilith, que desperdiçou sua beleza com esse velho... E olha agora para você, velha e acabada – ele disse circulando em volta de minha avó. LILITH: O fim é a razão pelo qual a vida tem importância. BRUNSWICHK: Eu vejo a eternidade como uma forma de viver sempre... Eu poderia ter sido seu Rei, se tivesse feito o que combinamos teríamos o mundo, você seria jovem e bela para todo o sempre ao meu lado. LILITH: Será que você não entende? Essa busca por poder nunca vai ter fim, nunca nada será bom o bastante para você! Ainda há tempo, tempo de voltar atrás... De se arrepender! BRUNSWICHK: Eu não tenho motivos para arrependimento, você que tem na verdade... Quer que eu lhe dê outra chance? LILITH: Jamais, sempre foi e sempre será Fahir – ela disse fazendo Brunswichk sangrar. Eu não entendi bem a conversa, mas tudo bem certeza que vão explicar mais tarde. Vovô veio até minha avó e apertou a mão dele e riram um para o outro. BRUNSWICHK: Vocês me enojam! – o Bispo Preto perdeu a cabeça e criou sombras iguais as da floresta que arrastaram minha avó até ele – Vamos ver se o amor sobrevive à morte. Brunswichk segura minha avó pelo pescoço a sufocando e girando as sombras em sua volta para meu avô não se aproximar. Vovô arremessou um grande pedaço de pedra na direção de Brunswichk que soltou minha avó que caiu no chão. Vovô continuou lutando e Vovó se levantou e revidou também... Enquanto eu luto contra Baltazar. Brunswichk e Baltazar se olharam e ativaram uma magia juntos jogou todos nós na parede e quebrou a parede. BRUNSWICHK: Convido-os para minha casa e olha a bagunça que fazem – queixou-se o Bispo Preto limpando sua roupa. BALTAZAR: Vamos acabar com isso, irmão – Baltazar transformou sua magia vermelha no formato de uma lança e Brunswichk transformou sua magia sombria em uma tira afiada.
MAGIA DO BRUNSWICHK
MAGIA DO BALTAZAR
MAGIA DO FAHIR E LILITH
MAGIA DA SÔNIA
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SÔNIA: Aaa... Vô – disse fraca. O fim parecia próximo, eu senti um flashback de memórias surgir diante dos meus olhos e então quando os dois lançaram a magia ao mesmo tempo... Meu avô levantou meio tonto e com toda a força e magia que tinha senti ele segurar a lança e a tira protegendo todos nós. REAGAN: Pai! – gritou o meu pai de forma horrenda. KELEBH: FAHIR! – se desesperou Caleb. LILITH: Meu amor – minha avó colocou a mão na boca e começou a chorar... Nós estamos tão distantes, ninguém conseguiu me aparar antes que eu colidisse no chão com a cena. A lança e a tira atravessaram meu avô em pedaços, jogando sangue para todo o lado... Visconde de Sabugosa, meu avô; Fahir; caiu sem vida no chão. A magia de meu avô em contra partida jorrou longe fazendo os dois bispos caírem desmaiados. Minha respiração parou, que dor, que dor, senti a dor me invadir... Eu não acredito no que eu vi, ele se foi, ele se foi, ele se foi, ele se foi. Eu vi uma nevoa azul enquanto perdia a consciência. Tudo apagou. Ouvi um bater enorme de asas e senti garras me envolverem; como um brinquedo de garra dos parques de diversões; me carregando no ar e me levando dali. Eu estou sendo invadida por algo que transcende a dor permitida por um ser, se antes não sabia quem era, agora que eu não sei mesmo, meu destino não é mais meu, eu não sou mais a mesma Sônia... Eu era uma garota que amava panquecas e agora eu sou amarga, eu vou mata-los... Os dois, nem que seja a última coisa que eu faça, mas eu vou fazer o que for necessário para ganhar essa guerra e salvar Sofia... Custe o que custar, custe quem custar. Aaaaa, lá vem a escuridão. Xeque mate.
SÔNIA CAINDO AQUI
SOFIA CAINDO LÁ
CONEXÃO DE GÊMEAS/DE ALMAS/ DE MAGIA/ DE MENTES