Cavalos - parte 1

Cavalos - parte 1

Sônia e Sofia são irmãs gêmeas que achavam que seu único problema era gostarem do mesmo garoto. Em um dia, elas descobrem que tudo na sua vida era uma grande mentira.

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Maria Modesto
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Ao longo do rio Toatoa a água espirrava produzindo sons decorrido ao toque de pés em sua margem. Cabelos negros voavam com o vento sem notar o desespero de seus olhos. _Rápido, rápido! – um pai de família corria para salvar aquilo que mais amava e cumprir seu dever; cabelo preto, olhos azuis cobaltos, pardo, com diversas cicatrizes, sangue escorrendo sobre sua testa e suas sobrancelhas grossas, nariz grande quebrado, sua expressão revelava pânico e estratégia, seu sorriso não aparecia. Levava no seu colo uma garotinha negra de lindos cabelos cacheados sonolenta com aparentemente um ano e meio sem qualquer entendimento da morte eminente. _Meu amor... Eu não consigo...Otto! – virou- se para observar sua esposa com uma grave ferida de sangue em sua barriga escorrendo, sugando a vida do amor de sua vida lentamente. A sua esposa linda de olhos violetas, cabelos castanhos e ondulados presos numa trança, parda, com expressão de dor, nariz fino, de orelhas cheias de brincos, pescoço com uma marca de sufocamento. Arrastava com o resto da força que tinha seus dois filhos com a mão enquanto eles usavam seus pequeninos pés para correr, as vezes sendo levantados pelo braço e arremessados para a frente: Ully; uma garotinha de sete anos parda, com olhos azuis cobaltos como os do pai, cabelos curtos negros caindo sobre o rosto redondo com bastante bochecha, vestindo um macacãozinho verde escuro; Kelebh um garotinho de quatro anos, pardo, de cabelo curtíssimo com uma mini franja na frente, olhos cobaltos também, perninhas cansadas querendo o colo do pai, nariz fino que sangrava de leve por conta de uma queda, seu joelho estava ralado.

Hadassa - significa mirto, murta, aquela que protege (Imaginem ela mais bronzeada e de cabelos cor mel)
Hadassa - significa mirto, murta, aquela que protege (Imaginem ela mais bronzeada e de cabelos cor mel)
Otto - que significa rico, opulento, suntuoso, próspero.
Otto - que significa rico, opulento, suntuoso, próspero.
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_Hadassa! Por favor, fique comigo. – Otto voltou ao encontro da amada, pegando Kelebh no colo, colocou sua esposa e filha na frente seguindo atrás na reta guarda. _Ahhh... – olhou para trás e viu despencar na margem do rio sua filha Belinda de vinte e quatro anos; cabelos longos pretos presos em um rabo de cavalo, olhos da cor de seu pai e irmãos, parda, nariz grosso com um piercing, orelha cheia de brincos como o da mãe, vestida com uma espécie de armadura, chorava pela morte recente do marido... Levava em seu colo uma bebê que conheceu quase nada de seu pai, uma menina bochechuda com os olhos da mãe; e o seu irmãozinho Dirce recém-nascido com os azuis cobaltos, ao seu lado tentava levanta-la. Francis seu irmão de vinte e cinco anos de lindos olhos violetas como o da mãe Hadassa, usava armadura preta e dourada, cabelos castanhos meio curto e comprido... Levava em seu colo uma garotinha também de um ano e meio, branca como a neve, de cabelos loiro platinado e olhos azuis claros cristalinos, tão claros, mas tão claros que quase chegavam a branco. Ao levantar a irmã tomou em seu braço Ully deixando sua mãe usar toda a força que lhe restava para salvar a si mesma. Belinda retomou a consciência correndo para proteger a vida de sua filha e seu irmão. _Pai! Ele está nos alcançando... Não vai dar tempo... – gritou Francis. _Eu tenho um plano... Está vendo a caverna ali? Vou deixá-los lá e ganhar tempo. _O senhor vai morrer se lutar contra ele. – disse Belinda num resquício de voz misturada com lágrimas. _Não temos escolhas, a vida das princesas em primeiro lugar. _A vida da minha família em primeiro lugar. – retrucou Bel. _Nosso dever é para com o nosso povo, nosso reino é nossa família. – disse Hadassa com um suspiro. _Somos cavalos Bel! É o que somos, elas são as únicas esperanças. – disse Francis.

Belinda - que significa serpente incitada, serpente provocada ou bela e linda
Belinda - que significa serpente incitada, serpente provocada ou bela e linda
Francis - que significa francês livre (A cor do cabelo dele é a mesma da mãe)
Francis - que significa francês livre (A cor do cabelo dele é a mesma da mãe)
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Apressados entraram na caverna com um pouco de água, Otto olhava com dor para sua família... ajoelhou-se ao lado de Hadassa, segurando suas mãos frias quase sem vida proferiu: _ “Duvide do brilho das estrelas, duvide do perfume de uma flor, duvide de todas as verdades, mas nunca duvide do meu amor.” _ “Duvida da luz dos astros, de que o Sol tenha calor, duvida até da verdade, mas confia em meu amor.” – respondeu Hadassa, após um beijo rápido, Otto olhou para seus filhos e sua neta depositou um beijo na testa de cada um. _Gens una sumus! – falou o pai. _Somos uma raça – disse Francis. _Somos um povo! – respondeu Belinda debulhada em lágrimas. O pai se foi, chorava imensamente, sua mãe começou a tossi bolhas de sangue, todos se juntaram ao redor dela. _Mama? A senhoa vai ficar bombom? – perguntou o doce e pequeno Kelebh, sua mãe pegou suas mãozinhas e limpou seu nariz sangrando em sua roupa esfarrapada. _Meu menino, sabe qual é o significado do meu nome? – ele negou com a cabecinha – Aquela que protege, como mãe e guerreira esse é meu único dever... Você é jovem, mas um dia vai entender o porquê disso. Quando a noitecer; a lua iluminar o ambiente, uma lágrima pelo seu rosto a de escorrer... Assim saberá que vivo em suas lembranças e coração, nos encontraremos de novo no elefante. – acariciou seus cabelos. _Belinda, dei-me meu filho. – sua filha depositou o Dirce em seu colo – Minha pequena pinha, meu filhote, meu amor por ti será eterno. _Ully, minha poderosa... Obedeça a seus irmãos, cuide de Kel, lembre-se de escovar os dentes... Prospere. _Mãe, temos que partir... – Francis falou com a garota negra de cabelos compridos nos ombros, e a menininha loira na mão. _Eu não vou, deixe-me para morrer com meu amado. – ela entregou Dirce, olhou para sua filha e sua neta – Minhas garotas, ela é uma graça. – falou Hadassa chorando passando a mão pelos fios soltos do rabo de cavalo da filha. – Francis, meu primogênito, o único que puxou a mim... Vá! – olhou para a garotinha negra que a observava com miúdos olhos negros, sentia muito amor pela aquela menina. – Adeus minha rainha, lembre-se dos meus... Amo voc...

Oi?
Gente ela vai morrer? Assim no primeiro capítulo?
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A voz dela parou, junto com a sua respiração... Belinda não chorou mais, sabia que sua mãe a queria forte. Francis chorou, depois pegou as duas menininhas, Kelebh e correu... Belinda corria com sua filha, Dirce e Ully. Kelebh estava em choque sem processar o que aconteceu, Ully chorava impetuosamente. Fugiram até suas pernas falharem... _Irmã... Vamos! Levante! Levante irmã! – Francis gritava para Belinda caída no chão sem forças, ela colou Dirce e sua filha no chão, soltando a mão de Ully. _Ela é uma graça... – disse Belinda – Grace... O nome dela vai ser Grace. _Lindo, mana, mas não temos tempo para um batizado... Levante! – Belinda ia colocar os bebês no colo de repente houve um grito. Francis ficou abismado, uma adaga tripla com mola acabava de perfurar o corpo de sua irmã Belinda, que caiu sem vida no chão espirrando sangue no chão, em Ully, Dirce e Grace. Dirce e Grace que caíram no chão com o baque começando a chorar. _Nãoooooo! – gritou em lágrimas Francis, Ully pegou os dois bebês e correu para perto de seu irmão. _Tsc, Tsc. – uma figura assombrosa: Brunswichk; vestia um terno preto manchado de sangue, ferrugem, lama, com a bainha molhada, uma cartola, aparentava ser jovem de dezenove anos, mas sua idade real perpassa séculos. – Vocês, por acaso pensaram que iriam conseguir escapar de mim? Francis tentou correr, impulsionando Ully com os bebês para irem na frente. Parou em sua frente outra figura terrível... Baltazar, o outro irmão; de terno branco, cartola branca, sujo também. _Mas já? Ainda nem ficou para o jantar. – disse Baltazar. Encurralado, Francis não sabia o que fazer, seu cérebro pensava aceleradamente pensando em um movimento, antes de qualquer ação dele, Ully correu em disparada. _Ully... Não! – Baltazar se movimentou para o encontro da garotinha, antes de alcança-la Otto chegou lançando-o para longe de sua filha. _Minha Ully não, seu patzer! _Como ousa? – disse Brunswichk. Correram um em direção ao outro, com suas armas, Otto usava uma espada para se defender da adaga que matou sua filha. Francis pegou as crianças e disse para correrem e não pararem por nada. Ully levava os mais novos, a menina platinada e a garota negra corriam de mãos dadas com Kelebh. Francis começou a batalhar, tirou sua espada dando golpes no inimigo, Bruns era rápido, fazia manobras na diagonal. _Eu pensei ter matado você! _Pensou errado!

Ully - significa poderosa, aquela que prospera, determinada; jovem
Dirce - significa Pinha
Kelebh - significa cão
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Logo, Baltazar voltou a luta, golpeando Francis que caiu sangrando no chão perdendo a espada; numa ação rápida Francis enganou o irmão branco jogando o no chão socando seu rosto, rolaram pela areia permitindo-o recuperar a espada, num golpe violento o filho mais velho de Otto cortou fora o olho de Baltazar que gritou em agonia. Enquanto isso Bruns e Otto lutavam de igual para igual, pensando de maneira maquiavélica o irmão negro aproveitou o grito do irmão para passar a espada cortando a cabeça de Francis fora, que rolou pelo chão. _Meu filho! – falou com raiva Otto atacando ferozmente o assassino de seu filho. Bruns se aproveitou da raiva para ganhar, porém subestimou o adversário que o arremessou e esfaqueou-o, a dor foi grande, mas não gritou voltou com sangue nos olhos e com uma manobra passando num salto por cima de Otto enfiou-lhe a adaga matando-o. Riu ao concluir a luta, olhou para o irmão com desprezo, pensou: “como eu posso ser irmão desse fraco?”. Não ficou para ajudar Baltazar, partiu em direção ao seu objetivo, correu velozmente e finalmente alcançou Ully, Dirce, Grace, Kelebh e as meninas.

Quem são esses doidos já? Baltazar e o quê? Que nome mais complicado Bruns...
Ue!
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_Como tirar doce de uma criança, hahahahaha. _Fique longe – falou Ully entregando os bebês a Kelebh e o mandando correr com as meninas, assim o fez. _Claro, uma menina forte como você me vencerá... Tsc, tsc... Pobre menininha. – Ully jogou areia em seus olhos desnorteando, e irritando o inimigo, pegou pedras e tacou nele com toda a força que podia. Sem piedade, Brunswichk tirou a vida de Ully que sentiu em seu corpo a mesma adaga que matou sua família, seu rosto ficou opaco, foi caindo lentamente... Num pingo de força surpreendente a garota tirou a adaga do seu peito sem emitir som e com todo o seu poder avançou duas casas tacando a adaga na parte funda do rio Toatoa. _Eu sou poderosa mãe. – disse a menina antes de cair sem vida no chão. _Argh criança insolente! Não importa, não preciso de arma para cumprir meu objetivo. – voltou a correr em busca do resto das crianças as alcançando pouco depois. – Chega crianças estou farto de joguinhos. Vamos acabar logo com isso. _Não! Jamais! – disse Kelebh projetando o quanto pode do diafragma, mas ainda teve uma voz fina e fofa. ¬_Não me faça rir rapazinho, você tem o que dois anos? Nem sabe ir ao banheiro sozinho. _Eu tenho quatlo. _Bom, matarei você rápido, seu... – antes de continuar a frase caiu em uma das armadilhas montadas por Kelebh, se soltou e veio ao encontro da criança, com um salto foi arremessado para trás quebrando as pedras. Kelebh virou para trás e viu a garotinha negra com as duas mãos para frente, ela radiava um poder que arremessou o Bruns. Quando ele a garotinha continuou jogando-o... Até que ele a capturou pelo cabelo. _Ora, ora, ora se não é o meu tesouro. – no momento dessa fala, o garotinho mordeu a mão do vilão que acabou por largar a garotinha negra, Kelebh a envolveu no braços e arredou para trás, para perto dos outros. Brunswichk partiu em sua direção irado de ódio, se deteve ao ver quem chegava. Surgiu do céu seus piores pesadelos: Uma mulher de meia idade de armadura preta e dourada. Nesse momento surgiu medo naquele ser arrogante, seu irmão surgiu ao seu lado, contudo não queria travar aquela batalha.

opa chegou alguém!
Esse garotinho falando quatlo que fofo
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_E então Brunswichk cadê a sua valentia? Estava tão confiante enfrentando crianças! – proferiu a mulher negra de meia idade. _Ora, ora, ora... Sentiu saudades? _Nos seus sonhos! – respondeu. Enquanto isso Kelebh começou a chorar, soluçava, mas não conseguia parar de chorar. _Calma rapazinho, vou tirá-los daqui, vamos nos esconder num lugar onde ninguém nos ache. – falou envolvendo o garotinho num abraço a mulher negra de meia idade. _Minha cara, Lilith... Sabe que pode diminuir o derramamento de sangue, não é? _Saia daqui Brunswichk. Não vou pedir novamente, na próxima eu te mato. _Mate agora, porque se não cara Lilith sou eu que vou ter que te matar na próxima. _Vai embora! _O que foi poderosa rainha? Não quer me matar ou não consegue? _Deixe de jogos, guarde-os para você! Eu cansei! _Nossa luta não acabou, um dia ainda vai se arrepender de não ter me matado hoje. Tenho certeza que o seu marido vai querer saber o porque não me matou. _Cala essa boca, seu idiota desgraçado! – dito isso, o homem medonho sumiu em meio a fumaça. Deixando a mulher negra de meia idade com quatro crianças. _Vou cuidar de vocês, eu prometo. _Eu quero minha mãe. – disse o rapazinho, recebendo um olhar triste.

AMD, esse garotinho fofo está chorando!
Já tem morte assim no primeiro capítulo?
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O que vocês acharam da história?

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