Cavalos - parte 4

Cavalos - parte 4

(Sônia) O lado da primeira irmã

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Maria Modesto

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Minha cabeça latejava, tentava abrir os olhos e não conseguia, fiquei acordando e apagando três ou quatro vezes. Meu corpo não queria me obedecer, deve ser pela falta de funcionamento do meu cérebro no momento, estava agoniada; minha visão não focava, não conseguia abrir os olhos, sentia que estava jogada em algo sujo, me sentia suja, sentia algum inseto ou sei lá andando em cima de mim. Numa hora, comecei a ouvir vozes... _O que você achou, seu idiota? – falou uma voz grossa, roca e meio mal humorada que parecia o chefe. _Senhor é uma peça de xadrez! – falou outra voz grossa. _Já estamos levando peças demais na carroça. _Senhor, acho que vai gostar dessa... Olhe! _O que acham rapazes precisamos de entretenimento? – perguntou o que aparentemente era o Chefe recebendo urros de comemoração e apoio. _Uma serva seria boa. – disse uma voz uma voz meio enjoada. _Acho que ela seria adorável, senhor. _Se matarmos um desses imprestáveis, abre espaço para ela. – disse uma voz diferente, meio doce e grossa. _Faça isso. – ouvi barulho de alguém gritando, de espada, talvez sangue espirrando. Senti uma mão em minha costa, uma em minha cintura e outra nos meus pés, estavam me levantando, queria me mexer, abrir os olhos mais não consegui e o desespero começou a se apossar de mim. _Uma peça preta!

Gente, não gostei desses caras
Coitada da Sônia
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_Uma peça de xadrez preta atravessando para o nosso País?! O único registro de enxadristas vindo para cá são das brancas na era em que o rei deles era doido! – falou o chefe. _Espero que aconteça mais ainda, assim conseguimos mais escravos. – disse a voz enjoada – principalmente uma peça tão conveniente dessas. Eu fui jogada, em algum lugar bem apertado, senti pessoas encostando em mim, de repente começou a se mexer o lugar onde eu estava. Apaguei novamente. _Ela vai acordar quando? – perguntou a voz só grossa. _Está ferida, temos que trata-la. – falou a voz doce. Comecei a abrir meus olhos, me deparei com um monte de homens altos fortes me olhando, todos com um casaco de veludo com capuz, não conseguia ver seus rostos direito. Como eles estavam vestidos:

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_Quem são vocês? Fiquem longe de mim! – falei afastando os com as mãos. _Ow, calma! Você é nossa agora. – disse a voz do Chefe. Ele tirou o capuz, comecei a notar certo frio, o local onde estávamos tinha muita neve, por instinto abracei meu braço. _Ela está com frio. – disse a voz doce tirando o capuz o homem 1. _Também, com essas roupas... Acho que o calor humano pode ajuda-la. – falou o da voz enjoada, o homem 2. Qual é a roupa da Sônia:

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_Devíamos ter pensado nisso quando a colocamos na carroça, deve ser por isso que ela demorou tanto a acordar. – falou o com a voz grossa que me achou. Todos eram homens, alguns continuaram de capa, mas tinham um padrão, eram de dezoito a vinte e cinco anos, cabelos compridos, se não eram brancos com cabelos branco eram negros de cabelos negros. _É nosso melhor curandeiro, Mark. – disse o chefão para o moço de voz doce. _Ela precisa é de umas surras que rapidinho melhora. – disse o _Se queremos ela como serva, ela precisa estar em condição de trabalhar, Andrew. – disse o Chefe com raiva para o homem 2. Hum o nome dele era Andrew... Não gostei dele. _Você vai assusta-la assim – falou o magrelo. _Cala a boca, seu nepotismo – respondeu Andrew. Eu teria fugido nessa briga se minhas pernas me obedecessem e minha cabeça não estivesse doendo. _Já disse para não o chamar assim! O nome dele é Hector! – gritou o Chefe dando um tapa muito forte na cara do Andrew – Quer que eu quebre seu nariz de novo? Ou quem sabe uma perna O Andrew olhou para baixo sem proferir um ruído si quer mais seu rosto parecia bem magoado e com ódio.

Chefe
Chefe
Mark
Mark
Andrew
Andrew
Hector
Hector
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_Vamos acampar aqui! – gritou o Chefe, todos imediatamente obedeceram, foram montar a barraca. _Espere um instante, okay? – disse o Mark, saindo para montar uma grande barraca preta. Eu tentei me arrastar no chão – É eu pensei que não fosse esperar, mas devido seu estado duvidei que iria longe, ainda bem que estava certo. _ Bem para quem? – respondi cuspindo nele. _Uma selvagem, os caras apostaram se você seria doce e gentil, sem personalidade e sem sal ou selvagem e indomável. Eu torcia pra ser doce e gentil acho que perdi. – ele disse dando de ombros e vindo na minha direção. _Fique longe de mim! – disse me debatendo com o pouco de força que me sobrava, ele riu e colocou no ombro com muita facilidade. _Sujou minha roupa. Olha, se me conhecesse saberia que nesse acampamento eu sou o menor dos seus problemas. Eu vou tratar os seus ferimentos e torcer para que consiga fugir – Mark falou, mas eu não acredito nele, como poderia? Eu adentrei a barraca em seus ombros, por dentro era bastante grande e larga, tinha uma capa feita de galhos de árvore e uns colchões que levavam enrolados nos cavalos, tinha uma banheira com água, um baú de madeira, uma maleta aberta em cima da cama com frasco de remédio, pomadas, ervas, coisas de cirurgiões, gazes esterilizadas, ataduras, rolo de esparadrapo, algodão, uma faca, uma tesoura, bandagens triangulares. _Olha, você precisa de um banho... Aqui está a banheira – ele me colocou sentada na beira da banheira, pegou meu braço e com um fio muito fino ele me amarrou no baú pesado ao lado da banheira. _Esse fio é tão fino que eu posso arrebentar, sabia? _Não, não pode... Ele não deixa ninguém escapar dele, tipo nunca. Vai notar que é um fio bem diferente, para alguns até mágico. – ele disse terminando de me amarrar – Aqui está umas peças de roupas novas para você, tem tudo que uma dama precisa, eu vou sair por uns quinze minutos que é o tempo para você se banhar e vestir aí venho fazer seu curativo. _Achei que me ajudaria a fugir – resmunguei. _Não, eu disse que vou torcer para que consiga e não ira tão longe tão machucada e sem roupas para frio. Ele disse e se retirou, então comecei a me banhar já que estava agoniada por um banho, a água era quente, notei que ele ficou sentado de costa na frente da barraca, fiquei com medo de algum desses homens entrarem, então tratei de me vestir o mais rápido possível. Tentei me lembrar do que aconteceu, que lugar era esse e onde estava minha família, mas minha cabeça e ferimentos ardia em contato com a água. Como era a roupa que deram a ela:

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_A senhorita, terminou? – ele falou ainda de costa. _Sim – disse vestida tentando arrumar meus cachos. _Eu posso ajeitar para você. – ele falou me desamarrando e carregando para cima da cama. _O que vocês vão fazer comigo? – perguntei enquanto ele examinava e cuidava de minhas feridas. _Isso vai arder muito, muito mesmo, pode gritar se quiser. – ele jogou nas minhas feridas e passou atrás da minha cabeça, só que não reagi de forma nenhuma, não seria frágil nem por um segundo, não seria de nenhum deles, ardia de mais, mas continuei como se nada estivesse acontecendo – A senhorita é durona. _O que vocês vão fazer comigo? _Eu não vou fazer nada com você a não ser tratar suas feridas, já disse, por Ares... Vocês mulheres. _E eles? _Depende. _Do quê? _Do Chefe, das batalhas, da viagem, da quantidade de suprimentos. _O que quer dizer? _Se o Chefe mandar, ordenar, deixar alguma coisa; ou a gente perder a batalha e estiver com a moral baixa; se a viagem demorar muito, estivemos com fome ou com falta de bebidas. _Me deixe morrer – disse interrompendo o tratamento. _O quê? _Prefiro morrer a ser tocada por qualquer um de vocês! – disse cuspindo no rosto dele. _Temos uma selvagem indomável então, Mark? – disse o Chefe entrando na barraca. _Com certeza sim – Mark disse limpando o cuspi que joguei nele – Ela vive fazendo isso. _Geralmente o que você usa para estancar o sangue faz nossos melhores guerreiros gritem como bebezinhos – falou o Chefe se aproximando de mim com um olhar curioso. _Eu sei, Chefe... Essa aqui parece fazer que a palavra durona não é o bastante para descreve-la. Ela acha que somos bárbaros. _Nós somos bárbaros – disse o Chefe recebendo de resposta um dar de ombro. _Os homens não vão aceitar sermos condescendentes, então qual o plano Chefe? _Não, não vão, eles são uns animais presos por dias e noites só na companhia de outros homens, mas tem razão temos que protege-la. _Parem de falar como se eu não estivesse aqui! E se mantenham longe de mim assim como aqueles retardados lá fora! Ou eu corto o saco de vocês enquanto vocês dormem! _Parece maligna – disse Mark rindo. _Traiçoeira – disse o Chefe – Eu gostei, mas não precisa de tanto, nenhum dos meus homens encostaram em você tem minha palavra. _Eles não vão aceitar, Chefe – disse Mark – da primeira vez fizemos parecer que ela morreu, na segunda que fugiram na calada da noite, o que faremos agora? _Vamos lembra-los da lei. _Lei? Que lei? – perguntou Mark levando um olhar – Ah não! Eles lhe odiar. _Ou odiar você – disse Chefe. _Ou Eric. _Sabe que Eric não é de confiança para isso, ele se deixa levar – Mark fez uma cara estranha – Então devo joga-la com eles e deixar que se divirtam? _Não – dissemos Mark e eu em uníssono. _Logo, só nos resta lembra-los que o senhor é nosso amado príncipe. _Ou que você é o Chefe. _Deixe ela escolher _O que querem dizer? _Se um de nós disse que você é uma concubina... Bem, eles... Eles não vão poder encostar em você, você será uma “propriedade”. – disse Mark fazendo aspas com a mão. _Eu não vou ser sua concubina! _Não se preocupe com isso, eu não quero uma – disse Mark. _Então quem você escolherá?

Escolho o Mark, parece ser o mais de boa
Escolho o Chefe, acho que ele conseguirá manter os homens na linha
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SE ESCOLHER O MARK: _Traga para fora... – disse o Chefe. _Eu vou atuar agora, se você atuasse junto seria muito bom... Sabia? – disse Mark me pegando pelos braços. _Espera porque estão fazendo isso? – perguntei não obtendo respostas. _Jogue para mim eu quero ir primeiro. – disse Andrew provocando em mim muito nojo. Na sequência ao comentário dele muitos outros começaram a me disputar, uns chegaram até me puxar de Mark e me puxar para lado diferentes. _Chega! – disse o Chefe me puxando fortemente para o lado de Mark – A vossa alteza reivindicou o direito a ela. Foram muitos gritos, xingamentos, palavrões direcionados a Mark, principalmente de Andrew. _Calem a boca, seus plebeus imundos! A dama é minha! Vivam com isso! _Mas em compensação o almoço vou liberar as garrafas de gambito – disse o Chefe sendo aclamado. _Vamos – falou Mark me puxando pelo braço para dentro de sua barraca. _Mas ela vai nos servir? Pode privar a gente de sua carne, mas não do serviço. – falou Andrew antes de eu adentrar a barraca. _Filho da... – ouvi Mark resmungando baixinho. – Está bem, quem sou eu para desrespeitar as leis. Quando voltei para dentro da barraca, fui sentada e amarrada a cama... Mark me deu um chaat é uma massa frita com ingredientes variados, tais como arroz, batata, pasta de pimenta, cebola, coentro e molho de tamarindo, reconheci por ser uma comida indiana. _Vai notar que essa é a única comida que temos e vamos ter durante muito tempo, é bom gostar. _Por que você e o chefão me protegeram? _Não somos adeptos a tais prática, eu não acho certo, mas as leis das Damas são bem retrógadas, o que poderia vir de um reino governado por homens. _Então vocês têm pensamento diferente de todos esses machistas? _A senhorita possui um vocabulário diferenciado das moças que conheço. _Por que são os diferentes? _Eu não sei, só acho que já que nós homens temos tal liberdade de decidir as mulheres deveriam ter também. Sei lá se o Chefe pensa assim, ou está sendo gentil ou gostou de você. _Hum, você é príncipe? Vai ser rei ou algo assim? – eu estava fazendo perguntas pessoas porque sempre sei quando alguém mente, queria saber se podia confiar nele. Na verdade, estava preocupada com o lugar onde estava, só não ia perguntar, eles escravizam pessoas, peças como eles chamam, eu não sei o motivo, eles acham que eu sou um xadrez, o que não faz o menor sentido, então vou deixá-los acreditarem nisso. _Sou, mas não vou ser rei... Sou o caçula de dezesseis filhos, dez desses homens e cinco mulheres. _O que são vocês? Qual função? E se você é o príncipe porque o magrelo é o nepotismo? _Curiosa você – ele falou tirando o capuz, o cinto e suas armas ficando de uma calça preta e camiseta preta larga solta. Na sequência ele deitou na cama – Somos os a Captura, o nome já diz o que fazemos... Capturamos. Deve ser diferente que para você já que é uma peça de xadrez e no combate de vocês o final é a morte. Aqui é captura, somos tudo farinha do mesmo saco... Os melhores jogam, o resto faz coisas da vida como padeiros, dono de bordeis, bares, pedreiros e alguns de nós cuidam da prisão. Somos nós, nós pegamos as peças capturadas e a levamos ao seu destino. Eu entrei como minhas habilidades de guerreiro, passei no ritual, Hector não ele só é irmão do Chefe. Essa afirmativa bugou muito a minha cabeça, isso é um mundo de jogos de tabuleiro? Eu sou uma peça de xadrez ou pelo menos ele acha isso. Nesses jogos tem dois lados, eles são quais? _Que peças vocês são pretas ou brancas? _Os dois, a captura não pode ser imparcial então somos de ambos os lados e cuidamos de todos capturados, cada um deles. Diferente de vocês nós vivemos bem misturados, brancas, pretas tanto faz capturamos todas. _Você é contraditório, escravizar tudo bem, mas está me ajudando? _Touché. Mas não foi exatamente uma escolha de vida no meu caso, foi uma imposição de pais ditatórias. Agora, me deixe em paz... Tem que acordar cedo amanhã. _Não vou dormir na mesma cama que você! – disse determinada, ele me olhou, deu um suspiro. _Se eles entrarem aqui a noite e virem você longe, sabe se lá o que pode acontecer... Olha vamos fazer assim, eu vou ficar por cima do edredom e virado para o outro lado. Agora durma. Eu me deitei com medo, meio apreensiva, minha cabeça elaborou rapidamente um plano de fuga e estratégia a outra parte acreditou que se eu fechar os olhos quando eu os abrir de novo tudo vai ter voltado ao normal. Rapidamente fui sucumbida pelo sono.

Iiii será que escolhi certo?
Escolhi o Chefe...
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SE ESCOLHER O CHEFE: _Vamos... – ele me deu a mão de um jeito delicado e levou para fora onde todos ficaram em silêncio diante do rosto brabo do Chefe. _Ei, o que foi Chefe? _Eu me encantei por ela, o que significa que se algum de vocês encostarem nela, vão desejar morrer e Ares sabe como eu cumpro minhas ameaças – todos ficaram morrendo de medo. Chefe me arrastou até a maior barraca que tinha uma cama vermelha bem grande. O Chefe, é um cara grande e assustador, tudo o que eu consigo pensar é que quero meu pai ou o meu avô ou Caleb. _De onde você veio? – disse Chefe tirando suas armas e deixando um cachorro grande e negro sentado na fenda da barraca. _Como assim? É Xadrez... – disse repetindo o que eles falaram. _Não, não veio – ele disse sentando na cama – esse relógio no seu braço não existe aqui... Banimos grandes tecnologias quando os deuses fizeram a gente escolher entre a magia e a tecnologia. Então eu repito: de onde você veio? _Da Terra. _Hum, a odeio sua dimensão, sem ofensa... _Já foi lá? _Já fui em quase todas as dimensões infinitas, menos a da música e da dança coloridos demais. Você é uma peça de xadrez preta. _Você mesmo disse que não sou daqui. _Disse que não veio daqui, mas na verdade acho que veio, foi embora e voltou para casa. _Essa não é a minha casa! _Você me lembra alguém que eu conheci a muito tempo, Fahir, aquele cara era genial. _Fahir – escapou da minha boca. _Você o conhece? _É... É meu avô – falei em transe. Mas que droga informação demais. _Ó, entendi... Qual seu nome? – falou me olhando diferente. _So... Soraia. _Sônia. _Como sabe meu nome? _Fahir me disse, da última vez que o vi ele estava brigando com o Rei de Dama para faze-lo atualizar a lei. E depois passou meia hora falando, da morte de suas netas Sônia e Sofia. _Morte? Mas eu não... O quê? Por que ele faria isso? _Bom, vai ter que perguntar a ele. _E o que é isso afinal? _Somos A Captura, nas Damas as peças são capturadas... Nós somos os que ao fim da batalha leva os capturados as suas divisões especificas. _Que cruel. _Jogos não é um lugar de amor e paz, é de disputa e competição. Agora, vamos dormir. _Não vou dormir na mesma cama que você! _Então durma no chão, ah, o Céus tem pulgas – disse chefe apontando para o cachorro – Pare de ficar emburrada, olhe, pronto um muro com os travesseiros... Agora durma.

Menina, esse cara sabe de muita coisa
Escolhi o Mark
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SE ESCOLHEU O MARK: _Ei, acorde – abri meus olhos para me deparar com o irmão do Chefe – Tem trabalho a fazer. _Está bem – disse levantando. _Esse é o Hector... Ele vai ajudá-la a entender o que deve fazer – Mark disse mostrando o garoto que chamam de nepotismo. _Venha – Hector disse me guiando pelo acampamento – Geralmente ficamos durante dois dias acampando para repor as forças, você vai ter que acordar esse horário para me ajudar no café do pessoal, temos que limpar e polir armaduras, lavar roupas e botas, cozinhar todas as refeições, você sabe cantar? Ajuda a animar o pessoal. Ajudamos a empacotar as coisas quando vamos desfazer o acampamento é isto. Agora, o trabalho. Sai com Hector para ir atrás de lenha, conseguir ovos ou alguma outra comida. Hector pegou um arco e flecha, mas estava todo atrapalhado não me admirava que só comessem Chaat ele nunca ia conseguir uma caça assim. Peguei algumas lenhas, quando se aproximou quatro soldados que acordaram todos desarmados. _Olha o que temos aqui, e aí novata – disse um. Eu nem dei bola. _Ow nepotismo é hoje que você vai conseguir caça alguma coisa? – falou outro. _Eu estou tentando – disse Hector. Quando de repente surgiu no mato um javali muito grande. Os outros ficaram de prontidão mesmo desarmados, Hector correu chamando atenção do javali, largando o arco e a flecha. O javali atacou uns homens, outros foram em sua direção, mas Hector correu empurrando os companheiros que iam morrer com o ataque que o javali estava preparando com muita força e velocidade. Então, bem devagar sem atrair a atenção do javali peguei o arco e flecha enquanto a cena acontecia, antes que o javali os matassem disparei uma flecha certeira na nuca do bicho, depois outra e mais outras até que ele estivesse morto, fiquei muito triste por ter matado o javali, eu não sou vegetariana como Sofia, mas estava tentando virar de pouquinho em pouquinho, matar o porco pareceu extremamente errado, mas por alguma razão não queria que eles morressem e a culpa ficasse no magrelo. Além disso, a cara de todos os soldados que estavam tremendo foi impagável. _Como? _Ela? – eles ficaram parados murmurando coisas sem sentido. _O que está acontecendo aqui? Por que meus homens estão no chão choramingando como bebezinhos? – chegou com uma voz alta o Chefe. Com Mark e o resto dos homens vindo ver o que havia acontecido. Dei de ombros, larguei o arco e flecha, peguei a lenha e me dirigia para a tenda quando os homens que salvei incluindo o magricela se ajoelharam formando um círculo em volta de mim e abaixaram a cabeça. _O que estão fazendo? Estão se ajoelhando para uma mulher, pior que isso uma peça de xadrez concubina? – falou Andrew sendo apoiado por alguns soldados. _Salvou nossas vidas, nosso código de honra diz que temos que segui-la até morrermos por você. – falou um deles com os outros assentindo. Acho que ter matado o javali vai ser útil afinal. _Como pode ela ter salvo meus homens? – perguntou o Chefe. _Foi culpa minha Chefe, atrapalhei os meus companheiros e nós quase morremos, até que ela nos salvou. E agora pertencemos a ela. – disse o magrelo abaixando a cabeça, sendo alvo de olhares de raiva, talvez a situação dele no acampamento ficasse pior. _Não salvei vocês para que vocês pertencerem a mim – disse. _O que a torna mais digna de nossa lealdade. _Eu nem mesmo sei o nome de vocês! _E nós não sabemos o seu – lembrou Andrew, mas não havia dado meu nome de propósito. Agora precisava inventar um. _Sou Ryder, milady... Minha espada é sua. _Minha espada é sua – disse o magrelo. _Sou Ethan, milady... Sem dúvidas meu machado é seu. _Eric, milady... Minha lança é sua – o que também era príncipe. _Nós juramos nossa lealdade a milady... Qual o seu nome? _É Sô... Soraia. _Acabei de perder cinco soldados para você, vou ter que ter cuidado ou você rouba meu emprego. – disse o Chefe – Vamos fazer o desjejum homens. Mark, que tal tomar conta melhor de suas coisas. _Parece que ela sabe se cuidar sozinha, Chefe.

Ethan
Ethan
Eric
Eric
Ryder
Ryder
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SE VOCÊ ESCOLHEU O CHEFE: Acordei, sozinha na grande cama, com aquele cachorro enorme e assustador parado na beira da barraca. Então, ele olhou para mim e latiu alto. Levantei meio zonza, mas meus ferimentos estavam bem, então Mark apareceu com uma bandeja de café. _Bom dia, como estão seus ferimentos? _Isso é ser capturada aqui, café na cama? – perguntei desconfiada. _Ah, não, com certeza não..., mas você é diferente, e tem muita gente chamando você de feiticeira, bruxa e meretriz então evite todo o resto. _O que farei aqui? Vocês vão me ajudar a fugir? _Ah, bom não sei... O Chefe mandou manter você por perto, me seguia por hoje, okay? _Se eu me recusar? _Você é chata, sabia? Mark me levou pelo acampamento todos estavam ocupados fazendo suas tarefas, tinha uns jovens afiando armas. _Esse é meu batalhão, Ethan, meu irmão Eric, Ryder e Hector. _Não vejo, o Hector – disse. _Ah, ele é perigoso de mais para ficar perto de armas... A cozinha e as tarefas domésticas são mais a cara dele – disse Ethan. _Então, você é a primeira mulher que conseguiu enlaçar o Chefe? – disse Ryder. _Não enlacei ninguém! _Então, irmão, ela é o quê? – perguntou Eric. _Selvagem – disse Mark. Peguei um pedaço de madeira e bati bem forte nas costas dele, acho que saiu um pouco mais forte do que o esperado, pois ele caiu no chão de dor. _Parem de falar de mim como se eu não estivesse aqui! E parem de me objetificar! – falei ameaçando a todos com o pedaço de madeira. _Viram, eu disse que ela é uma selvagem – disse Mark levantando meio sem fôlego. _Por favor, não me bata com um pedaço de madeira, vou trata-la com respeito... Ah, qual seu nome? _Soraia – disse rápido. _Hum, princesa... – disse Ethan. _Não é brilhosa? Ou luminosa? – falou Ryder. _Certeza, que é estrela da manhã – disse Mark. _Em árabe é “a que é como as Plêiades” – comentou Eric. _O que estão falando? _Seu nome! O significado dele... O meu quer dizer forte – explicou Ethan. _ Eric, rei para sempre – se apresentou. _ Ryder, aquele que vive bem... E eu vivo mesmo. _ Mark, o grande guerreiro e Hector é aquele que possui. _Qual o nome do Chefe? _Ah, se você descobrir por favor me conte – disse Mark – nem Hector sabe o seu nome. _O nome dele deve ser bem fiel a sua história e sua história não é boa, ele não fala do passado. O batalhão de Mark é legal, me ensinaram o básico de espada... _Agora ensinamos meretrizes a lutar? – chegou Andrew. _Por que tem que ser sempre tão desagradável, Andrew? – perguntou Ethan – Ensinaremos qualquer coisa que uma peça bonita pedir. _É uma peça de xadrez! _É uma linda peça de xadrez – disse Ryder. _E se fosse você não mexeria com ela – sugeriu Eric. _Duvido. _Quer apostar? – virei para ele com ódio no olhar. _Até parece que uma peça fraca como você vai conseguir ganhar de mim, vai fazer o que me arranhar com suas unhas bem feitas? Ou puxar o meu cabelo? _Se está tão certo de que vai ganhar não tem motivo para ter medo – desafiei. _Soraia eu não acho que seja uma boa ideia – disse Mark. _O que sugere? _Três desafios... Você escolhe dois e eu um, se eu ganhar você nunca mais olha, fala ou respira perto de mim. _E se eu ganhar? _Eu viro um simples escrava – disse fazendo Mark me puxar pelo braço e sussurrar em meu ouvido. _Ficou doida mulher? _Mark, você não sabia meu nome até hoje de manhã... Não finja que me conhece, porque não conhece! – disse soltando com força meu braço. _Está bem, eu escolho arco e flecha, e uma partida de dama. Vou pegar leve com você. _Que pena, porque eu não vou... Escolho combate sem armas, ou armaduras, mano a mano. _Essa garota ou é muito maluca ou muito poderosa – disse Ethan surpreso. Sentamos frente a frente com um tabuleiro de Dama... Quase todo os soldados estavam aqui, Andrew achava que já tinha ganhado. _É uma pena, que peças de xadrez não aprendam a jogar dama – ele falou rindo com seu grupo de apoiadores. Por alguns segundos umas lembranças vieram a minha mente: “_Vamos, minha menininha... Concentre, só vou ensina-la Xadrez se souber tudo de Dama. _Mas é tão fácil, vovô – disse minha eu pequena. _Ah, não... Se fosse fácil, já teria ganhado de mim e você nunca ganhou. As coisas por mais simples que sejam não são fáceis se você compete com alguém especialista em fazê-lo. Brigadeiro é fácil de fazer, qualquer um pode, mas tem brigadeiros melhores que outros... O brigadeiro da sua mãe não é tão suculento quanto o de sua avó. É o mesmo princípio, eu vou ensina-la a jogar de tudo, você e Sofia. _Está bem, visconde de sabugosa.” O jogo começou, contei com o fato de que ele está me subestimando, e que enquanto eu estou concentrada ele está rindo com seus amigos. _O que está acontecendo aqui? – disse o Chefe chegando na metade do jogo, quando Andrew finalmente tinha começado a ficar preocupado. _Eu tentei impedir Chefe, mas ela apostou com o Andrew – disse Mark. _Você é o pior protetor do mundo. _Ela parece que vai ganhar, Chefe – disse Ethan. Em poucos segundos, eu disse: _Ganhei – falei. Por alguns segundos todos ficaram em silêncio e depois ouve uma aplausos e admirações. _Vamos para o arco e flecha – disse Andrew com ódio – Tem que atirar pela árvore naquele alvo ali. _Está bem – disse com rosto sério. Ele atirou muito bem, bem perto do meio. Segurei o arco, mirei, fechei os olhos e lembrei: “_Não, meu anjo, aqui ó alinhe o corpo de forma perpendicular ao alvo, fique reto e deixe os pés afastados na largura dos ombros, use três dedos para segurar de leve a flecha na corda. Tente puxar a corda o máximo possível, pois vai aumentar a precisão e reduzir o efeito do vento e da gravidade e quando puxar a corda para trás, erga o cotovelo para usar músculos dos ombros em vez dos músculos do braço. _Ah – disse ao disparar tudo errado. _Hihi, foi horrível; _Não ria, florzinha, você é a próxima. _Está bem, vovó Lili – disse minha gêmea. _De novo, meu anjo, quando terminarmos não vai a ver ninguém melhor em arco e flecha do que você.” Fechei os olhos e disparei, senti uma força absurda pulsando pelas minhas veias que enlaçaram a flecha que atingiu certinho o arco e o levou abrindo buraco nas árvores atrás dele. Todos ficaram abismado, inclusive eu. _Bom, tecnicamente ela já venceu – disse Ethan. _Não, ela tem que ganhar os três para valer – disse Andrew. Com raiva tirando todas as armas e armadura e exibindo seus músculos e em posição de ataque e eu comecei a lutar com ele. Andrew podia ser ótimo em espada, lança ou machado, mas claramente não tinha o costume de lutar mano a mano, é forte, mas está lutando comigo como se nossa briga fosse de dois garotos quaisquer no pátio da escola. “_Vamos, filhas, foco! – falou mamãe. _Aí Sofia, doeu! – disse quando ela me deu um Hiji Uti–Oroshi (cotovelada para Frente). _Levanta, Sônia, mais uma vez – disse mamãe nos ensinando Karatê.” “_Ginga; martelo, Sônia, martelo; armada! Tesoura, agora, tesoura! Negativa, negativa de novo – gritava papai enquanto treinava capoeira com Sofia e Caleb. _Nossa, Caleb, isso foi uma meia-lua! Muito bom, muito bom mesmo! – ele virou para mim – vá descansar, Sofia, sua vez.” _Em segundos eu nocauteei, Andrew, dei uma queixada, seguida de rabo de arraia, desviei de todos os seus golpes, quando ele tentou me dar um chute baixo eu revidei com uma joelhada frontal que o fez gemer de dor. No último, golpe, para atacar com um chute frontal voador... Senti aquela coisa correndo pelas minhas veias de novo, chutei Andrew que voou atravessando umas barracas e dando de costa em uma pedra que rachou. _Quem é você? – perguntou Ethan sem palavras como todos os outros, incluindo o Chefe. _O que é você? – Perguntou Mark.

Sônia dando a voadora
Sônia dando a voadora
Sônia atirando
Sônia atirando
Sônia e a capoeira
Sônia e a capoeira
Sônia e Sofia crianças
Sônia e Sofia crianças
Sônia e Caleb
Sônia e Caleb
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SE VOCÊ ESCOLHEU O MARK: Perdi a noção do tempo, todo dia acordava querendo que esse sonho acabasse. Mark, tentava fazer eu esquecer de que era uma prisioneira me ensinando a lutar com espada e a falando sobre seu reino. Um dia depois de terminar minhas tarefas me distanciei do acampamento e fiquei olhando a carroça gigante com grades e muitas pessoas umas jogadas sobre as outras que gritavam sem parar, sujas, aquilo me deu nojo desse grupo e pena deles. Pensei em ir até lá e solta-los. _Nem pense em solta-los – disse Mark se aproximando. _Isso é errado. Sabe disso não sabe? _Sei, se pudesse fazer algo para muda-lo eu mudaria... Infelizmente meu pai e irmão mais/futuro rei adoram tal prática. Sabe que nem todos aqui são monstros, certo? _O que quer dizer? _Vejo como olha para nós, tem um certo nojo ou desdém. _Vejo como eles olham para mim, tem luxuria, machismo com uma pitada de ideia de propriedade privada – falei com raiva. _De novo, o jeito como você fala... Quem é você? – disse olhando para mim com curiosidade – Você não responde nenhuma pergunta minha. _Problemas com a concubina, vossa alteza – disse Andrew se aproximando – Posso ajudar a doma-la para você. _Não será necessário. _Sabe se não nos deixa toca-la poderia deixar a gente ver pelo menos, ela é mais bonita que qualquer peça que já tenhamos visto, o resto da visão deve ser lindo – Andrew se aproximou de mim tocando meu braço. _Fique longe de mim, seu porco! – disse fazendo uma defesa de mãe e lhe dando um chute no nariz. _Olha só, ela parece bastante selvagem... Agora entendo o que viu nela Mark, quem não gosta de uma égua indomável – falou segurando o nariz. _Dobre a língua quando for falar de mim, seu porco asqueroso e nojento! – gritei cuspindo em seu rosto em seguida. O rosto dele ficou vermelho, sua feição de raiva então avançou sobre mim. _Vou ensina-la uma lição! _Fique longe dela, Andrew! – disse Mark se colocando entre nós. Andrew tirou o cabo do machado e deu na cara de Mark muito rápido fazendo-o desmaiar e cair no chão sangrando, tinha sangue no cabo de seu machado de Mark. _Por que fez isso?! _Agora não tem Mark para te proteger – ele disse se inclinando para me dar um tapa que eu desvie, mas alguns homens apareceram por trás e seguraram meu braço. _Me soltem! – gritei. _Cala a boca – Andrew disse dando um tapa muito forte em meu rosto, senti ele queimar e ficar vermelho. Em seguida, socou minha barriga fazendo eu cair no chão de joelhos, puxou meus cabelos com força. Girei meu braço com força me soltando e dei chutes baixo em todos e uma joelhada em Andrew quando se aproximou de mim. _Sua atrevida – disse se aproximando de novo, e com seus homens prendendo meus braços de novo, dessa vez mordi seu nariz com toda a força que tinha, ele gritou de dor e eu cuspi um pedaço do nariz dele no chão. Os homens que seguravam meu braço me soltaram para tentar socorrer Andrew, eu levantei rápido e corri. _Essa peça é louca! – disse um dos caras com o Andrew. _Eu vou matá-la – disse Andrew levantando com raiva, correndo em minha direção, eu apenas desviei e ele caiu no chão, ele levantou e tentou me pegar. Fiz uma negativa para me defender, ginguei um pouco e dei uma armada em três caras. _Sua imundo – ele me puxou pelo braço, mas eu conseguir me soltar e quando ele ia vim para cima de mim estiquei eu senti algo correr pelas minhas veias e dei um grito que arrastou barracas e árvores e fez Mark despertar. _Mas o quê?! – no primeiro momento só Mark, Chefe, Ethan, Ryder, Hector e Eric olhavam para mim. _Sabia que você ia me meter em encrenca... – ele disse se levantando, então olhou ao redor, ficando preocupado, então olhou para mim... Eu estava com meus cachos muito embaraçados, o rosto sujo de lama, grama e sangue, tinha sangue escorrendo de minha boca, uma marca de mão em minha bochecha esquerda, a saia de minha roupa estava suja e um pouco rasgadas na bainha, meu braço tinha marcar de mãos, meu pescoço de sufocamento. _Fujam – gritou o Chefe – quando virem o que você é podem querer mata-la, vá e se ver Fahir diga que ele é um desgraçado sortudo. _Conhece meu avô? – perguntei. Os outros homens estavam começando a vim, Ethan surgiu em um cavalo e me puxou pelo braço. Eric em um cavalo pegou Mark, Ryder vinha com Hector e galopamos para bem longe do acampamento. _Chefe. A concubina me desrespeitou! – disse Andrew acordando – Rápido ela está fugindo!!! – vi o Chefe acertar com o cabo do machado o nariz de Andrew de novo. _Primeiro, você mata um javali, salva meus homens e ainda os rouba. E agora isso... Você vai ser grandiosa. Quem sabe Caissa ou Ares não nos permite se ver de novo... Seria uma dádiva muito boa – disse baixo para si mesmo – cuide bem de meu irmão... Obrigado por ter salvo ele antes – gritou o Chefe para eu ouvir.

Fuga
Fuga
Sônia e Ethan
Sônia e Ethan
12

SE ESCOLHEU O CHEFE: Depois da aposta, minha vida deu uma melhorada, ganhei mais respeito dos homens, treinava todos os dias com os rapazes, mas todas as vezes que falava em partir ficava um enorme silêncio... Conforme o tempo foi passando, parecia que estava cada vez mais longe da minha família. _Você é igualzinha a Fahir, mas ao mesmo tempo é tão o Reagan e a Lilith – disse Chefe enquanto almoçávamos. _Conheceu toda a minha família? _Seus avós sim, seu pai só uma vez de longe ele nocauteou dez peças de uma vez só. _O senhor viu algo em mim desde o primeiro dia, o que foi? _Você... Você tem uma marca bem aqui. _Hum... – virei para olhar a marca em meu braço parecia nada que eu conhecesse e de onde viria essa marca, nunca a tive na vida – Eu nunca a tive! _É o elefante. _O quê? Não parece um elefante. _Não, a Lua elefante. _Não existe uma Lua com esse nome. _Existe, veja – ele se aproximou tocando a marca que parecia de nascença em meu braço – é um círculo como a Lua cheia, mas bem aqui por cima vemos o mar e os pequenos raios de Sol bem aqui; o elefante. Minha mãe dizia que o elefante é símbolo do xadrez por significar Bispo, o mundo do xadrez é regido pelo destino que os deuses escolhem para você... Ela dizia que quem tem essa marca tem o poder de sair desse destino. _Está dizendo que essa marca me faz desafiar os deuses desse reino? E que foi isso que viu em mim? _Não foi exatamente o que eu disse, enfim, é só uma lenda. _Esse lugar tem muitas lendas. _Eu acho poucas. _Qual o seu nome? _A curiosidade matou o gato. _Você sabe o meu... _É... Está bem, meu nome é... – de repente ouvimos barulhos de cascos de cavalos, o cachorro do Chefe começou a latir e Mark entrou desesperado. _Peças brancas, peças de Xadrez – disse Mark. Os olhos do Chefe se arregalaram. _Tire ela daqui, e Hector também. _Não, eu vou lutar com vocês. _Você vai fugir! Não ouviu é uma ordem! Os guardas brancos entraram invadindo o acampamento, Mark me puxou pelo braço e nos escondeu atrás de sacos. _O que faz aqui Wladis? Longe de casa não – disse o Chefe. _Me entregue ela e todos podem viver. _Não sei do que está falando. _Seu homem discorda – falou Wladis abrindo a fileira dos cavalos para mostrar Andrew. _Ele a tem, certeza, deve tê-la escondido – de repente um machado acertou certinho o pescoço de Andrew que caiu morto no chão. _Odeio traidores, desgraçados – falou o Chefe. _Tudo bem, me poupou o trabalho de mata-lo mais tarde. Agora, me de a garota! A rainha preta! Me dê! _Venha pegar, agora, homens – de repente todos começaram a lutar desenfreadamente, uma violência sem limites. Mark pegou meu braço e me guiou pelo acampamento tentando ir até os cavalos, tirou sua espada para salvar Hector e traze-lo para uma fuga. Lutou com alguns, sempre me mantendo escondida. Vi um guarda atravessar Ethan com a espada, o que fez Mark congelar. Chefe partiu para cima do cara que matou Ethan. _Irmão – gritou Hector revelando nossa posição. Os soldados brancos correram em nossa direção. Um deles ia matar Mark que foi salvo por Eric. _Rápido, pegue os cavalos, vá embora – ordenou Eric que voltou para batalha. O acampamento da Captura estava sendo massacrado. Tropecei no corpo de Ryder. _Não, não – disse chorando. Sendo puxada por Mark que olhou nos meus olhos e disse: _Peças morrem, isso é uma batalha agora vamos – ele falou vendo uma cena que o paralisou por segundo – Eric! Eric! – Mark correu em direção ao seu irmão e aquele cara Wladis atravessou uma lança pelos seus olhos. _Mark, Mark! – gritei. Pegando a espada de Ryder e entrando na batalha. Lutei com alguns dos soldados. Tinha um garoto novo que estava escondido atrás da barraca e lutando sem querer minha espada o machucou. _Aaaa – gritou o garoto. _Ah, desculpa, olha, eu vou estancar o sangue. Me desculpe – disse cuidando do ferimento do garoto. _Akira, sou Akira – ele falou gemendo de dor. Então fui puxada pelo Chefe. _Saia daqui! – ele me empurrou para os cavalos – Onde está Hector? _Não sei – disse nervosa. Ele olhou e viu seu irmão em perigo partindo para salva-lo. Hector foi salvo e empurrado em minha direção. Chefe lutava com três soldados, ganhando, quando Wladis veio por trás e o matou. Ele caiu sangrando. Hector tampou minha boca e me escondeu. Com a barra livre, corremos para o Chefe. _Irmão, irmão, fala comigo – disse Hector – É tudo culpa minha. _Akuma – ele falou. _O quê? – perguntei debruçada sobre ele. _Meu nome, é horrível quer dizer diabo... Eu fiz coisas terríveis – ele falou. _Não, você é uma pessoa boa – disse. _É meu irmão, por favor, fique comigo – implorou chorando Hector. _Vão, corram, vão! – ele gritou. Eu dei um beijo na testa do Chefe, peguei o Hector pela gola da camisa, no meio do caminho Mark apareceu e correu para nós. Colocou Hector no cavalo e bateu na bunda do cavalo que galopou em disparada para a floresta. Depois montou no cavalo e me puxou para ele... Partindo para longe do acampamento.

Hector e Chefe
Hector e Chefe
Fuga
Fuga
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