[RPG] Living (P.3)

[RPG] Living (P.3)

Capítulo 3 liberado! Espero que gostem! Só lembrando: → Essa é uma estória autoral criada por mim, bem como a capa e as demais edições que podem aparecer. → Me inspirei nos clichês de filmes e fics do Wattpad (aliás, me segue lá: _aloice) → POR FAVOR, NÃO COPIE! Se inspire se quiser, mas dê os créditos! → Estejam cientes de que os personagens são humanos como nós e vão errar muito. Portanto, peço que não odeiem ninguém caso este personagem faça algo errado, ou cometa algum desvio de conduta, a não ser este seja algo realmente grave. → Por último mas não menos importante: NÃO TENHO DIA NEM HORA PRA POSTAR! ❗️[Agora, algo realmente importante]❗️ Sei que vocês não ligam mas, essa estória aborda conteúdo para pessoas +14, como: insinuação de sexo, linguagem imprópria e de baixo calão, drogas lícitas, desvio de comportamento e talvez violência.

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_aloice

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02| no capítulo anterior...

Meus pés doem de tanto dançar, e minha cabeça já dá leves pontadas, sinais da bebedeira. Estou praticamente destruída. Já é a quarta, ou quinta música? Ou seria a décima? Não sei. Só sei que estou nessa pista a mais tempo do que jurei ficar. 

Movo meus quadris conforme a batida da música que ecoa na pista de dança. Jogo os cabelos para trás conforme eles grudam em meu rosto. Giro sob os calcanhares, já descalços. Balanço os ombros. Jogo as mãos para o alto, ou para qualquer lugar do meu corpo.

Entro numa dança conjunta com mais algumas garotas. Sincronizamos nossos movimentos. Guiamos umas as outras, de qualquer modo. Gritamos. Rimos. Jogamos. Divertimos. Bebemos. Dançamos.

Nos libertamos.

Meus pés doem, mas eu não quero parar. Minha cabeça dá leves pontadas, mas eu não percebo. Estou destruída, mas eu não ligo.

02| no capítulo anterior... Meus pés doem de tanto dançar, e minha cabeça já dá leves pontadas, sinais da bebedeira. Estou praticamente destruída. Já é a quarta, ou quinta música? Ou seria a décima? Não sei. Só sei que estou nessa pista a mais tempo do que jurei ficar. Movo meus quadris conforme a batida da música que ecoa na pista de dança. Jogo os cabelos para trás conforme eles grudam em meu rosto. Giro sob os calcanhares, já descalços. Balanço os ombros. Jogo as mãos para o alto, ou para qualquer lugar do meu corpo. Entro numa dança conjunta com mais algumas garotas. Sincronizamos nossos movimentos. Guiamos umas as outras, de qualquer modo. Gritamos. Rimos. Jogamos. Divertimos. Bebemos. Dançamos. Nos libertamos. Meus pés doem, mas eu não quero parar. Minha cabeça dá leves pontadas, mas eu não percebo. Estou destruída, mas eu não ligo.

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03| Alyssa Carrara

Dois dias depois...

— Acorda Alyssa! Vamos logo! — ouço uma voz estridente que me desperta rapidamente. A dona dela me puxa pelos braços sem dó nem piedade, e somente uma pessoa tem tanta audácia para tal: Caroline. 

Meus olhos estão irritados, já sentindo a luz vinda da janela aberta que invade meu quarto, e consequentemente, minha visão. Em um momento estou sendo puxada, em cima de minha cama, sentindo o colchão macio coberto pelo lençol de linho, e no outro, já sinto os ossos da região do quadril doendo devido ao contato repentino e bruto contra o chão. 

Minha irmã literalmente me jogou para fora da minha cama.

— Que caralhos é isso?! — berro, irritada. Mal acordei e já sou obrigada a lidar com essa droga. 

— Ótimo! Você acordou! — exclama com sarcasmo — Vamos logo. Se arruma e desce pra tomar café, sua preguiçosa. 

A encaro irritada, fulminado Carol com minhas íris. Incrível como ela consegue ser mais responsável que eu pra acordar e no resto... Ela parece um bebê. 

— Tá bom, tá bom! — reclamo, me levantando. Apoio minhas mãos no criado mudo ao lado da cama, assim que me ergo sobre os joelhos. — Já estou indo, agora, tchau! — faço um gesto para que ela saia, e ela o faz, rindo da minha cara.

Endireito minha postura, me alongando e seguindo em direção ao banheiro, mas antes, separo minha roupa para hoje:

03| Alyssa Carrara Dois dias depois... — Acorda Alyssa! Vamos logo! — ouço uma voz estridente que me desperta rapidamente. A dona dela me puxa pelos braços sem dó nem piedade, e somente uma pessoa tem tanta audácia para tal: Caroline. Meus olhos estão irritados, já sentindo a luz vinda da janela aberta que invade meu quarto, e consequentemente, minha visão. Em um momento estou sendo puxada, em cima de minha cama, sentindo o colchão macio coberto pelo lençol de linho, e no outro, já sinto os ossos da região do quadril doendo devido ao contato repentino e bruto contra o chão. Minha irmã literalmente me jogou para fora da minha cama. — Que caralhos é isso?! — berro, irritada. Mal acordei e já sou obrigada a lidar com essa droga. — Ótimo! Você acordou! — exclama com sarcasmo — Vamos logo. Se arruma e desce pra tomar café, sua preguiçosa. A encaro irritada, fulminado Carol com minhas íris. Incrível como ela consegue ser mais responsável que eu pra acordar e no resto... Ela parece um bebê. — Tá bom, tá bom! — reclamo, me levantando. Apoio minhas mãos no criado mudo ao lado da cama, assim que me ergo sobre os joelhos. — Já estou indo, agora, tchau! — faço um gesto para que ela saia, e ela o faz, rindo da minha cara. Endireito minha postura, me alongando e seguindo em direção ao banheiro, mas antes, separo minha roupa para hoje:

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Outra
Outra
3
Após separar minha roupa, entro no banheiro, sigo minha rotina matinal, tomando um bom banho para que eu acorde de verdade. Assim que acabo, me visto e desço as escadas, já segurando minha bolsa da faculdade. Encontro minha família tomando café da manhã calmamente e me junto a eles. 

O desjejum não é tenso como na semana passada, acho que pelo fato de ninguém ter ficado numa festa até tarde da noite, então como minha comida calmamente, em meio a conversas divertidas entre os presentes:

Após separar minha roupa, entro no banheiro, sigo minha rotina matinal, tomando um bom banho para que eu acorde de verdade. Assim que acabo, me visto e desço as escadas, já segurando minha bolsa da faculdade. Encontro minha família tomando café da manhã calmamente e me junto a eles. O desjejum não é tenso como na semana passada, acho que pelo fato de ninguém ter ficado numa festa até tarde da noite, então como minha comida calmamente, em meio a conversas divertidas entre os presentes:

[...]
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4
Assim que terminamos de comer, e nos arrumar em geral, saímos de casa e vamos direto para o carro de Megan, que nos espera do mesmo jeito de sempre: animada e acompanhada de Aaron. 

— Oi gente! Tudo bom com vocês? — a loira pergunta simpática. Aaron não diz nada, somente cumprimenta com um pequeno aceno, fixando seu olhar na tela de seu celular.

Assentimos e engatamos uma conversa, enrolando a entrada no carro. Quer dizer, meus irmãos engatam, porque eu me mantenho quieta, olhando para qualquer coisa, o que dura um tempo até sentir os olhos de certo alguém me queimando. 

Viro-me e olho para o dono dos orbes sempre desafiadores, e vocês não imaginam minha surpresa com o que encontro: nada. Não vejo nada eu seu olhar. É frio, e ele tem feições estranhas, curiosas. Aaron me analisa com curiosidade, mas não tem nenhum resquício de diversão em sua pessoa. Ele parece... triste? Incomodado? Isso é estranho, ao menos para mim. E não me sinto bem com isso. 

— Tudo bem aí? Você perdeu alguma coisa?— questiono, divertida. Não há grosseria em minha voz. Estou tentando alegrá-lo? Mas que merda é essa? 

— Não. Não tem nada aí de interessante. — responde seco. Grosso. — Gente, vamos logo? — ele interrompe o papo de nossos irmãos e aponta para o carro. 

— Já está na hora. — completa.

— Ah, sim! Vamos! — Megan se toca e finalmente entramos no carro, seguindo o caminho para o campus. 

O céu está nublado, repleto de nuvens carregadas de chuva e gotas já começam apostam corrida pelo vidro da janela, dando um ar aconchegante mesmo com a tensão - que aparentemente, só eu sinto. Mas eu não tiro meus olhos de Aaron por um segundo sequer, num misto de curiosidade, irritação e... preocupação.

Assim que terminamos de comer, e nos arrumar em geral, saímos de casa e vamos direto para o carro de Megan, que nos espera do mesmo jeito de sempre: animada e acompanhada de Aaron. — Oi gente! Tudo bom com vocês? — a loira pergunta simpática. Aaron não diz nada, somente cumprimenta com um pequeno aceno, fixando seu olhar na tela de seu celular. Assentimos e engatamos uma conversa, enrolando a entrada no carro. Quer dizer, meus irmãos engatam, porque eu me mantenho quieta, olhando para qualquer coisa, o que dura um tempo até sentir os olhos de certo alguém me queimando. Viro-me e olho para o dono dos orbes sempre desafiadores, e vocês não imaginam minha surpresa com o que encontro: nada. Não vejo nada eu seu olhar. É frio, e ele tem feições estranhas, curiosas. Aaron me analisa com curiosidade, mas não tem nenhum resquício de diversão em sua pessoa. Ele parece... triste? Incomodado? Isso é estranho, ao menos para mim. E não me sinto bem com isso. — Tudo bem aí? Você perdeu alguma coisa?— questiono, divertida. Não há grosseria em minha voz. Estou tentando alegrá-lo? Mas que merda é essa? — Não. Não tem nada aí de interessante. — responde seco. Grosso. — Gente, vamos logo? — ele interrompe o papo de nossos irmãos e aponta para o carro. — Já está na hora. — completa. — Ah, sim! Vamos! — Megan se toca e finalmente entramos no carro, seguindo o caminho para o campus. O céu está nublado, repleto de nuvens carregadas de chuva e gotas já começam apostam corrida pelo vidro da janela, dando um ar aconchegante mesmo com a tensão - que aparentemente, só eu sinto. Mas eu não tiro meus olhos de Aaron por um segundo sequer, num misto de curiosidade, irritação e... preocupação.

"O que deu nele hoje? Será que aconteceu alguma coisa?"
"Hm... Ele não está bem hoje. Está irritado com alguma coisa."
"Aff... Eu mereço... Tá bravo e resolveu ser mal educado."
5
Chegamos ao campus depois de um caminho longo e chuvoso, regado a conversas paralelas da motorista com meus irmãos e a encaradas irritadas da minha parte e da parte de Aaron. Ao pisarmos na entrada da faculdade, viramos novamente o centro das atenções, mas eu nem ligo mais. Depois de um mês andando com os populares mais duas semanas de festa, eu cheguei num ponto em que eu taco o “foda-se” para qualquer coisa que não vá me ajudar a subir na vida.

Caminhamos em grupo por um tempo, até que nos separamos ao seguir cada um para seu prédio. Guilherme, Megan e Carol foram para a mesma área, de Artes, enquanto eu e Aaron seguimos para a nossa. Estranhamente, passamos o trajeto todo lado a lado, sem falar nada, porém juntos. Eu, com minha cara normal e Aaron com sua cara de bunda, andando juntos. Juntos! Fizemos exatamente todo o caminho juntos! Tem noção do quão bizarro isso é?

Contudo, foi só isso. Só isso. Somente uma caminhada. Uma experiência estranha e que talvez – foque no: talvez – eu tenha dramatizado. 

De qualquer forma, caminhamos para nosso prédio – já que nossa grade era praticamente igual – e chegamos no horário. Sentamos cada um em sua respectiva mesa, longe um do outro e perto de nossos amigos, totalmente em paz. Fico ao lado de Valerie, como de costume. O professor chega e começa a aula. Tudo normal.

— Bom pessoal... — o professor começa — Como todos vocês já sabem, sempre tem um trabalho em cada semestre cuja nota compõe grande parte da média dos senhores, e esse mês já começaremos a falar sobre ele. 

O homem a nossa frente suspira, cansado. Provavelmente não dormiu bem. Me pergunto se esse é o caso de Aaron, afinal todos sabemos que falta de sono afeta sim o humor das pessoas, eu inclusa. Ele começa a explicar detalhe por detalhe, a primeira coisa que diz é o fato de ser em duplas, e somente em duplas. Os alunos se animam, e Valerie se apressa em pegar na minha mão, dizendo por meio do gesto: “Eu vou com você, nem ouse trocar”.

Chegamos ao campus depois de um caminho longo e chuvoso, regado a conversas paralelas da motorista com meus irmãos e a encaradas irritadas da minha parte e da parte de Aaron. Ao pisarmos na entrada da faculdade, viramos novamente o centro das atenções, mas eu nem ligo mais. Depois de um mês andando com os populares mais duas semanas de festa, eu cheguei num ponto em que eu taco o “foda-se” para qualquer coisa que não vá me ajudar a subir na vida. Caminhamos em grupo por um tempo, até que nos separamos ao seguir cada um para seu prédio. Guilherme, Megan e Carol foram para a mesma área, de Artes, enquanto eu e Aaron seguimos para a nossa. Estranhamente, passamos o trajeto todo lado a lado, sem falar nada, porém juntos. Eu, com minha cara normal e Aaron com sua cara de bunda, andando juntos. Juntos! Fizemos exatamente todo o caminho juntos! Tem noção do quão bizarro isso é? Contudo, foi só isso. Só isso. Somente uma caminhada. Uma experiência estranha e que talvez – foque no: talvez – eu tenha dramatizado. De qualquer forma, caminhamos para nosso prédio – já que nossa grade era praticamente igual – e chegamos no horário. Sentamos cada um em sua respectiva mesa, longe um do outro e perto de nossos amigos, totalmente em paz. Fico ao lado de Valerie, como de costume. O professor chega e começa a aula. Tudo normal. — Bom pessoal... — o professor começa — Como todos vocês já sabem, sempre tem um trabalho em cada semestre cuja nota compõe grande parte da média dos senhores, e esse mês já começaremos a falar sobre ele. O homem a nossa frente suspira, cansado. Provavelmente não dormiu bem. Me pergunto se esse é o caso de Aaron, afinal todos sabemos que falta de sono afeta sim o humor das pessoas, eu inclusa. Ele começa a explicar detalhe por detalhe, a primeira coisa que diz é o fato de ser em duplas, e somente em duplas. Os alunos se animam, e Valerie se apressa em pegar na minha mão, dizendo por meio do gesto: “Eu vou com você, nem ouse trocar”.

Não me viro, mas rio nasalado devido à reação de minha amiga. Não estamos juntas há muito tempo, mas percebe-se que ela é do tipo que gruda na hora de fazer trabalhos. Aperto sua mão de volta, em confirmação.
Me viro, arqueando a sobrancelha para ela em desafio. Já vi que ela gruda em quem quer que seja bom na hora de trabalhar. Esperta, devo admitir. Aperto sua mão de volta, em confirmação, rindo baixinho depois.
6
—... Eu escolherei as duplas. — o professor diz um pouco mais alto, firme. É inevitável que os alunos reclamões soltem muxoxos ao ouvir, Valerie entre eles. Eu nem me surpreendo, é meio óbvio que isso aconteceria. O professor suspira novamente e continua: — Serão por ordem alfabética, mas não pelos sobrenomes, e sim os primeiros nomes. Eis as duplas...

Eu congelo no lugar. Ordem alfabética. Pelos primeiros nomes. Isso significa que a minha dupla será...

—... Aaron Herrera e Alyssa Carra, Axel Lovegood e Blaire Hoffman... — ele continua a dizer as duplas, e por fim completa: — Podem se juntar, mas não arrastem nada, só troquem de lugares.

Eu e Aaron. Ele é o primeiro da chamada, eu sou a segunda, por nome quer dizer. Mas que bosta. Não podia ser por sobrenome? Não podia ter um Alex ou Alexia? Ou um Adam? Não? Que merda. O universo tá de sacanagem comigo. Isso é carma. 

Apoio meus cotovelos na mesa e minha cabeça em minhas mãos. Fecho os olhos e massageio as têmporas enquanto ouço o barulho de alunos trocando de lugares. Sei quando Valerie sai, pois ela murmura um “boa sorte”, e sei quando minha indesejada dupla se senta no seu lugar, pois ele me diz:

— Oi, dupla! — está aparentemente bem humorado, diferente de algum tempo atrás. 

Herrera deve ser bipolar.

Viro minha cabeça para encontrar seu rosto enquanto busco dentro de mim todo o meu autocontrole para evitar falar algo que possa ser a resposta esperada por Aaron.

—... Eu escolherei as duplas. — o professor diz um pouco mais alto, firme. É inevitável que os alunos reclamões soltem muxoxos ao ouvir, Valerie entre eles. Eu nem me surpreendo, é meio óbvio que isso aconteceria. O professor suspira novamente e continua: — Serão por ordem alfabética, mas não pelos sobrenomes, e sim os primeiros nomes. Eis as duplas... Eu congelo no lugar. Ordem alfabética. Pelos primeiros nomes. Isso significa que a minha dupla será... —... Aaron Herrera e Alyssa Carra, Axel Lovegood e Blaire Hoffman... — ele continua a dizer as duplas, e por fim completa: — Podem se juntar, mas não arrastem nada, só troquem de lugares. Eu e Aaron. Ele é o primeiro da chamada, eu sou a segunda, por nome quer dizer. Mas que bosta. Não podia ser por sobrenome? Não podia ter um Alex ou Alexia? Ou um Adam? Não? Que merda. O universo tá de sacanagem comigo. Isso é carma. Apoio meus cotovelos na mesa e minha cabeça em minhas mãos. Fecho os olhos e massageio as têmporas enquanto ouço o barulho de alunos trocando de lugares. Sei quando Valerie sai, pois ela murmura um “boa sorte”, e sei quando minha indesejada dupla se senta no seu lugar, pois ele me diz: — Oi, dupla! — está aparentemente bem humorado, diferente de algum tempo atrás. Herrera deve ser bipolar. Viro minha cabeça para encontrar seu rosto enquanto busco dentro de mim todo o meu autocontrole para evitar falar algo que possa ser a resposta esperada por Aaron.

— Oi, dupla. — devolvo o cumprimento — Já melhorou do mal humor é? O que um trabalho não faz não é mesmo? — questiono irônica.
— Vejo que você melhorou do mal humor... — constato — O fato de ser minha dupla é tão bom assim? — questiono irônica.
— Ah... oi. — cumprimento secamente — É impressão minha ou fazer um trabalho comigo te deixou animado? — questiono irônica.
7
Aaron ri nasalado e me fita atentamente. Seu olhar transmite certo impressionamento, mas não que ele esteja surpreso. Minhas repostas sempre são nesse estilo, mostrando meu aborrecimento, mas ao mesmo tempo provocando-o de volta.

— Que mal humor? — ele pergunta despreocupado. Sonso. Minha cara feia serve de resposta e ele ri, mudando de assunto: — Então, como vamos fazer o trabalho? — ele realmente parece interessado.

Decido que focar somente nisso por enquanto. Não vou agir como uma criança e passar o tempo todo dando alfinetadas quando devíamos fazer o trabalho. Vou resumir nossa pauta nisso.

— Não sei ainda. — dou de ombros — O que tem que fazer mesmo? — pergunto, pois não me lembro de nada que o professor disse, estava ocupada conversando com Valerie.

— E- es- espera aí — Aaron gagueja e levanta o indicador, me olhando como se eu fosse de outro planeta, num misto de incredulidade e dessa vez, surpresa. — Você não prestou atenção no professor? — ele questiona, quase rindo. 

Eu balanço minha cabeça negativamente, e dou de ombros, indiferente. Herrera me encara, tentando conter o riso, mas falha e começa a gargalhar o mais baixo que pode. O que não muda muito, considerando que os olhares da sala se voltam para nós.

Olho ao redor, e suspiro. Fito Aaron em repreensão, que não para de rir, o que me irrita.

— Dá pra ficar quieto? — sussurro alto — sussurro alto. — Caralho Aaron, para de rir.

Ele não para. Não para e continua por um bom tempo, até perder o fôlego. O que tem de tão engraçado nisso afinal?

Aaron ri nasalado e me fita atentamente. Seu olhar transmite certo impressionamento, mas não que ele esteja surpreso. Minhas repostas sempre são nesse estilo, mostrando meu aborrecimento, mas ao mesmo tempo provocando-o de volta. — Que mal humor? — ele pergunta despreocupado. Sonso. Minha cara feia serve de resposta e ele ri, mudando de assunto: — Então, como vamos fazer o trabalho? — ele realmente parece interessado. Decido que focar somente nisso por enquanto. Não vou agir como uma criança e passar o tempo todo dando alfinetadas quando devíamos fazer o trabalho. Vou resumir nossa pauta nisso. — Não sei ainda. — dou de ombros — O que tem que fazer mesmo? — pergunto, pois não me lembro de nada que o professor disse, estava ocupada conversando com Valerie. — E- es- espera aí — Aaron gagueja e levanta o indicador, me olhando como se eu fosse de outro planeta, num misto de incredulidade e dessa vez, surpresa. — Você não prestou atenção no professor? — ele questiona, quase rindo. Eu balanço minha cabeça negativamente, e dou de ombros, indiferente. Herrera me encara, tentando conter o riso, mas falha e começa a gargalhar o mais baixo que pode. O que não muda muito, considerando que os olhares da sala se voltam para nós. Olho ao redor, e suspiro. Fito Aaron em repreensão, que não para de rir, o que me irrita. — Dá pra ficar quieto? — sussurro alto — sussurro alto. — Caralho Aaron, para de rir. Ele não para. Não para e continua por um bom tempo, até perder o fôlego. O que tem de tão engraçado nisso afinal?

...
...
8
Penso um pouco e chego à conclusão de que não tem nada. Não tem nada engraçado nesse fato. Aaron que viu alguma graça nisso tudo, mas não sei qual. 

Percebo que o garoto já se acalmou da crise quando ele arruma sua postura na cadeira e respira fundo. A visão que eu tenho é dele sentado de lado, de frente para mim, com um dos braços apoiados na mesa e sua cabeça no mesmo. Suas bochechas estão rosadas e ele está com um sorriso divertido no rosto, dando-lhe o ar simpático que ele costuma passar para a maioria das pessoas — menos para mim. 

Eu seria realmente falsa se não concordasse que ele estava bonito. 

Melhor, é bonito.

Mas eu que não vou dizer isso. Ele já parece saber muito bem, principalmente com seu ego inflado. Se ele fosse representado fisicamente, seria igual a um pombo obeso. 

Assim que seu estado pôde ser considerado estável, decidi quebrar o silêncio:

— Então, o que tem que fazer? 

— Ah, pelo que eu me lembre, e ouvi o Sr. Collins dizer... — ele dá ênfase no “ouvi”, provocando, como sempre. Entretanto, eu nem foco nisso. Penso somente no nome do professor, o qual que não fazia ideia se chamar Sr. Collins. — é um trabalho em duplas, onde nós, do curso de administração, teremos que usar os conhecimentos que acumularemos nesse semestre, mais os que já temos e criar um “negócio” para o festival da faculdade no fim do semestre...

Aaron explica tudinho, detalhe por detalhe, com uma calma invejável, porém, justificável, considerando que eu prestei atenção e entendi o projeto com somente uma explicação.

Penso um pouco e chego à conclusão de que não tem nada. Não tem nada engraçado nesse fato. Aaron que viu alguma graça nisso tudo, mas não sei qual. Percebo que o garoto já se acalmou da crise quando ele arruma sua postura na cadeira e respira fundo. A visão que eu tenho é dele sentado de lado, de frente para mim, com um dos braços apoiados na mesa e sua cabeça no mesmo. Suas bochechas estão rosadas e ele está com um sorriso divertido no rosto, dando-lhe o ar simpático que ele costuma passar para a maioria das pessoas — menos para mim. Eu seria realmente falsa se não concordasse que ele estava bonito. Melhor, é bonito. Mas eu que não vou dizer isso. Ele já parece saber muito bem, principalmente com seu ego inflado. Se ele fosse representado fisicamente, seria igual a um pombo obeso. Assim que seu estado pôde ser considerado estável, decidi quebrar o silêncio: — Então, o que tem que fazer? — Ah, pelo que eu me lembre, e ouvi o Sr. Collins dizer... — ele dá ênfase no “ouvi”, provocando, como sempre. Entretanto, eu nem foco nisso. Penso somente no nome do professor, o qual que não fazia ideia se chamar Sr. Collins. — é um trabalho em duplas, onde nós, do curso de administração, teremos que usar os conhecimentos que acumularemos nesse semestre, mais os que já temos e criar um “negócio” para o festival da faculdade no fim do semestre... Aaron explica tudinho, detalhe por detalhe, com uma calma invejável, porém, justificável, considerando que eu prestei atenção e entendi o projeto com somente uma explicação.

inteligente ele
uau que atencioso
...
9
Passamos a aula toda em dupla resolvendo as coisas do trabalho, tentando, sem sucesso, ter uma ideia. Depois, seguimos nossa grade horária, voltando com nossos amigos e nos ignorando, sem provocações. Agora, estou esperando Valerie acabar seu papo com um carinha na porta da sala, enquanto morro de fome, ansiosa para o almoço. 

Ela está demorando, e eu estou aguardando um bom momento para cobrá-la de irmos logo, então começo a prestar mais atenção na conversa dos dois. 

— Você não precisa ir... — o carinha diz. — tá com muita fome mesmo? 

— Eu não, mas minha amiga sim. — Valerie responde, aparentemente frustrada — não posso deixá-la sozinha.

— Sua amiga parece bem grandinha pra almoçar sozinha — o cara tenta convencê-la. 

Sério que é isso que eles estão discutindo? Minha barriga ronca. Eu não vou ficar mais tempo por aqui não, eu preciso urgentemente do meu almoço. 

— Olha, gente — me intrometo na conversa — eu posso ir sozinha mesmo, só tava aqui porque achei que você queria comer também, Valerie. Mas se vocês quiserem fazer seja lá o que for, eu posso ir sozinha. Eu acho as meninas. — sorrio, tentando amenizar o possível peso da minha fala. 

Valerie libera um suspiro aliviado, o que significa que ela realmente quer ficar aqui. Dou um tchau para o casal e sigo o caminho para a praça de alimentação.

Passamos a aula toda em dupla resolvendo as coisas do trabalho, tentando, sem sucesso, ter uma ideia. Depois, seguimos nossa grade horária, voltando com nossos amigos e nos ignorando, sem provocações. Agora, estou esperando Valerie acabar seu papo com um carinha na porta da sala, enquanto morro de fome, ansiosa para o almoço. Ela está demorando, e eu estou aguardando um bom momento para cobrá-la de irmos logo, então começo a prestar mais atenção na conversa dos dois. — Você não precisa ir... — o carinha diz. — tá com muita fome mesmo? — Eu não, mas minha amiga sim. — Valerie responde, aparentemente frustrada — não posso deixá-la sozinha. — Sua amiga parece bem grandinha pra almoçar sozinha — o cara tenta convencê-la. Sério que é isso que eles estão discutindo? Minha barriga ronca. Eu não vou ficar mais tempo por aqui não, eu preciso urgentemente do meu almoço. — Olha, gente — me intrometo na conversa — eu posso ir sozinha mesmo, só tava aqui porque achei que você queria comer também, Valerie. Mas se vocês quiserem fazer seja lá o que for, eu posso ir sozinha. Eu acho as meninas. — sorrio, tentando amenizar o possível peso da minha fala. Valerie libera um suspiro aliviado, o que significa que ela realmente quer ficar aqui. Dou um tchau para o casal e sigo o caminho para a praça de alimentação.

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Chego no lugar onde geralmente todo nosso grupo come, mas não vejo nenhum de nós por lá. Sento-me em uma mesa relativamente grande para uma só pessoa e mando mensagens no grupo do WhatsApp:

€|Los Diablos
Eu: Cadê vocês?
Eu: E o almoço povo?

Somente Megan responde.

Meg: A
Meg: n vai dar n
Meg: temos mto trabalho, ent já almoçamos
Meg: sorry :/

Eu: De boas
Eu: Garantam suas notas :)
€|Los Diablos

Chego no lugar onde geralmente todo nosso grupo come, mas não vejo nenhum de nós por lá. Sento-me em uma mesa relativamente grande para uma só pessoa e mando mensagens no grupo do WhatsApp: €|Los Diablos Eu: Cadê vocês? Eu: E o almoço povo? Somente Megan responde. Meg: A Meg: n vai dar n Meg: temos mto trabalho, ent já almoçamos Meg: sorry :/ Eu: De boas Eu: Garantam suas notas :) €|Los Diablos

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Bufo, frustrada. Eu não queria ter que almoçar sozinha, correndo o risco de ser atazanada por alguém, mas é o que temos pra hoje. 

Mudo de mesa e vou para uma pequena, para somente duas pessoas. Coloco minha bolsa na mesa, para guardá-la e evitar que peguem. Claro, tenho medo de que roubem minha bolsa, mas essa é uma universidade de elite, não corro tanto risco. 

Me dirijo diretamente para o lugar que faz o melhor almoço do mundo. Ok, talvez eu esteja sendo dramática, provavelmente culpa da fome, mas convenhamos, os restaurantes da universidade são muito bons. Observo as opções do dia e escolho o prato que matará minha fome:

Bufo, frustrada. Eu não queria ter que almoçar sozinha, correndo o risco de ser atazanada por alguém, mas é o que temos pra hoje. Mudo de mesa e vou para uma pequena, para somente duas pessoas. Coloco minha bolsa na mesa, para guardá-la e evitar que peguem. Claro, tenho medo de que roubem minha bolsa, mas essa é uma universidade de elite, não corro tanto risco. Me dirijo diretamente para o lugar que faz o melhor almoço do mundo. Ok, talvez eu esteja sendo dramática, provavelmente culpa da fome, mas convenhamos, os restaurantes da universidade são muito bons. Observo as opções do dia e escolho o prato que matará minha fome:

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Compro meu almoço, me sento novamente e começo a comer, apenas observando as pessoas que passam pelo local. 

Tudo na mais perfeita paz.

Até que Aaron Herrera se senta na cadeira a minha frente e começa a comer também. Sem nem sequer perguntar. Eu o encaro com uma sobrancelha arqueada, indignada. Ele sorri, permitindo que seus olhos façam o mesmo. 

— O que está fazendo aqui?

Compro meu almoço, me sento novamente e começo a comer, apenas observando as pessoas que passam pelo local. Tudo na mais perfeita paz. Até que Aaron Herrera se senta na cadeira a minha frente e começa a comer também. Sem nem sequer perguntar. Eu o encaro com uma sobrancelha arqueada, indignada. Ele sorri, permitindo que seus olhos façam o mesmo. — O que está fazendo aqui?

Bye!
Bye!
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