jogo de literatura

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Toniolli Borges
1

Questão 2 Sobre as características da prosa da segunda fase do modernismo no Brasil é incorreto afirmar:

o regionalismo nordestino representou uma das principais expressões do romance de 30.
a produção literária dessa fase buscou apresentar um retrato mais objetivo da realidade.
o uso da linguagem coloquial e dos regionalismos marcaram os romances publicados nessa fase.
a denúncia social e o engajamento político são duas fortes características da produção desse período.
a literatura destrutiva dessa fase foi essencial para criar uma abordagem menos politizada.
2

Questão 1 Sobre a segunda geração do modernismo brasileiro é correto afirmar:

chamada de fase de construção, a produção literária desse momento esteve voltada para a denúncia da realidade brasileira.
desprovida de engajamento político, nesse momento a preocupação era acerca do aprimoramento da linguagem.
a cultura indígena e africana foram os principais temas explorados pelos escritores desse período.
o índio foi eleito como o herói nacional, reforçando ainda mais a identidade brasileira.
com forte teor indianista, a poesia dessa fase esteve voltada para temas cotidianos.
3

Questão 3 A prosa de 30 foi um dos momentos de grande destaque da segunda geração modernista. Nesse momento, a literatura teve um papel importante na divulgação de temas relacionados com a realidade brasileira. Muitos escritores de destacaram nessa fase, exceto:

José Lins do Rego
Rachel de Queiroz
Clarice Lispector
Jorge Amado
Graciliano Ramos
4

Questão 4 A poesia de 30 reuniu obras que foram produzidas no Brasil durante a segunda geração modernista (1930-1945). Essa fase representou um dos melhores momentos da poesia brasileira. Sobre as características desses textos, é correto afirmar:

ausência de humor
centrados na lógica
excesso de pontuação
preferência pela linguagem formal
presença de versos livres
5

Questão 5 Temas relacionados com o universo nordestino foi explorado por diversos autores na segunda fase do modernismo no Brasil. Das alternativas abaixo, o romance que não apresenta essa temática é:

O quinze, de Rachel de Queiroz
O país do carnaval, de Jorge Amado
A bagaceira, de José Américo de Almeida.
Vidas secas, de Graciliano Ramos
Menino do engenho, de José Lins do Rego
6

Questão 6 No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra Nunca me esquecerei desse acontecimento Na vida de minhas retinas tão fatigadas Nunca me esquecerei que no meio do caminho Tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra (No meio do Caminho, Carlos Drummond de Andrade) Publicado na revista Antropofagia em 1928 e posteriormente em sua obra Alguma poesia (1930), o poema de Carlos Drummond de Andrade causou um escândalo na época sendo duramente criticado. Sobre isso é correto afirmar:

o poema representou um ataque aos políticos da época.
o poema apresenta críticas relacionadas com o choque social presente no país.
o poema utiliza a ironia e o sarcasmo para se referir a condição humana.
o poema critica duramente a desatenção dos seres humanos.
o poema utiliza do ceticismo para abordar um tema corriqueiro.
7

Questão 7 Não rimarei a palavra sono com a incorrespondente palavra outono. Rimarei com a palavra carne ou qualquer outra, que todas me convém. As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem, no céu livre por vezes um desenho, são puras, largas, autênticas, indevassáveis. [...] (Consideração do poema, Carlos Drummond de Andrade) A função da linguagem explorada pelo autor no trecho acima é chamada de:

Metalinguística
Conativa
Referencial
Emotiva
Fática
8

Questão 8 (Vunesp) Com base no trecho a seguir, assinale a alternativa correta. "Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste. E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever. Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as idéias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel."

Trata-se do romance de Machado de Assis, Dom Casmurro, em que o narrador revê sua vida após a morte de sua esposa.
O autor desse trecho é José Lins do Rego. Em seu romance Fogo Morto, conta a história de José Amaro, o artesão que se orgulha de sua profissão, mas que se sente enfraquecido após a morte da esposa.
O trecho apresentado fala da angústia de escrever. Um homem rude tenta passar sua vida a limpo, contando sua própria história. Esse é o assunto do romance A bagaceira de José Américo de Almeida.
Esse trecho é do romance São Bernardo de Graciliano Ramos. O narrador é a personagem central do livro. Ele começa a refletir sobre sua própria vida a partir da morte de Madalena, sua esposa.
Nesse trecho de Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa fala do sertão. O narrador é um cangaceiro que relembra a vida que teve com a mulher antes de ela ter morrido.
9

Questão 9 (UFT) Leia o fragmento de texto a seguir. Chegou a desolação da primeira fome. Vinha seca e trágica, surgindo no fundo sujo dos sacos vazios, na descarnada nudez das latas raspadas. – Mãezinha, cadê a janta? – Cala a boca, menino! Já vem! – Vem lá o quê!… Angustiado, Chico Bento apalpava os bolsos… nem um triste vintém azinhavrado… Lembrou-se da rede nova, grande e de listras que comprara em Quixadá por conta do vale de Vicente. Tinha sido para a viagem. Mas antes dormir no chão do que ver os meninos chorando, com a barriga roncando de fome. Estavam já na estrada do Castro. E se arrancharam debaixo dum velho pau-branco seco, nu e retorcido, a bem dizer ao tempo, porque aqueles cepos apontados para o céu não tinham nada de abrigo. O vaqueiro saiu com a rede, resoluto: – Vou ali naquela bodega, ver se dou um jeito… Voltou mais tarde, sem a rede, trazendo uma rapadura e um litro de farinha: – Tá aqui. O homem disse que a rede estava velha, só deu isso, e ainda por cima se fazendo de compadecido… Faminta, a meninada avançou; e até Mocinha, sempre mais ou menos calada e indiferente, estendeu a mão com avidez. QUEIROZ, Rachel de. O Quinze. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1979, p. 33. “O Quinze”, romance de estreia de Rachel de Queiroz, publicado em 1930, retrata a intensa seca que marcou o ano de 1915 no sertão cearense. Considerando o fragmento apresentado, é CORRETO afirmar.

Na narrativa, estreitamente ligada às propostas de denúncia social dos regionalistas de 30, destacam-se o drama da seca, a miséria e a degradação humana, marcantes em cenas como a do fragmento citado.
A linguagem utilizada pela autora, para construir o romance, aproxima-se da oralidade, conforme se vê no fragmento. Tal recurso é utilizado para se contrapor à escrita extremamente rebuscada de alguns modernistas da primeira geração, como Oswald de Andrade.
Apesar de se referir à seca que marcou o ano de 1915, o romance coloca em primeiro plano a violência e o desrespeito que marcam as relações sociais, independente das condições climáticas; exemplo disso é a relação de espoliação entre Chico Bento e o homem da bodega.
Ainda que publicado no início da década de 30, momento de intensas mudanças políticas e culturais no país, o romance liga-se estética e tematicamente às propostas literárias da primeira geração modernista.
O fragmento apresenta um discurso moralizante, recorrente nos romances da segunda geração modernista, e destaca o drama vivido pela família de Chico Bento, diante das dificuldades de sobrevivência.
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Questão 10 (Ibmec-SP) 1ª parte do poema “Eu, etiqueta” - Carlos Drummond de Andrade Em minha calça está grudado um nome que não é meu de batismo ou de cartório, Um nome…estranho. Meu blusão traz lembrete de bebida que jamais pus na boca, nesta vida. Em minha camiseta, a marca de cigarro que não fumo, até hoje não fumei. Minhas meias falam de produto Que nunca experimentei Mas são comunicados a meus pés. Meu tênis é proclama colorido de alguma coisa não provada por este provador de longa idade. Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, minha gravata e cinto e escova e pente, meu copo, minha xícara, minha toalha de banho e sabonete, meu isso meu aquilo, desde a cabeça ao bico dos sapatos, são mensagens, letras falantes, gritos visuais, ordens de uso, abuso, reincidência, costume, hábito, permanência, indispensabilidade, e fazem de mim homem-anúncio itinerante, escravo da matéria anunciada. Carlos Drummond de Andrade é considerado o poeta mais importante do nosso Modernismo e pertenceu à segunda geração desse período literário. Assinale as principais características dessa fase, visivelmente detectadas no poema:

Predomínio da razão sobre os sentimentos e uso de uma linguagem mais sóbria, sem excessos e figuras de linguagem.
Literatura politizada, marcada pelo questionamento da realidade e comprometida com as transformações sociais enfrentadas pelo país.
Subjetividade, o culto ao “EU”, ao individualismo e à liberdade de expressão.
Literatura marcada pela obscuridade. A realidade é revelada de uma forma imprecisa e vaga.
Culto excessivo da forma, expresso por meio de malabarismos sintáticos e abusos de figuras literárias, o que resulta em um rebuscamento exagerado da linguagem.
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