Literatura-Poesia

Literatura-Poesia

'' Há duas maneiras de abrir a cabeça de uma pessoa: ler um bom livro ou usar um machado.Recomendo o de Assis.'' Inspire-se na citação acima, e mostre que entende de poesia

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Josefa Ferreira
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QUESTÃO 1 (UERJ – 2012)
SOBRE A ORIGEM DA POESIA 
A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem. 
Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas [...] 
No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo [...] 
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se desapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis – os poemas – contaminando o deserto de referencialidade. ARNALDO ANTUNES

No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da linguagem poética, fazendo, em seguida, uma descrição que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à linguagem referencial.
Pela descrição apresentada, a linguagem referencial teria, em sua origem, o seguinte traço fundamental:

QUESTÃO 1 (UERJ – 2012) SOBRE A ORIGEM DA POESIA A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem. Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas [...] No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo [...] Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se desapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis – os poemas – contaminando o deserto de referencialidade. ARNALDO ANTUNES No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da linguagem poética, fazendo, em seguida, uma descrição que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à linguagem referencial. Pela descrição apresentada, a linguagem referencial teria, em sua origem, o seguinte traço fundamental:

A fragmentação da experiência
A dissolução da memória
a) O desgaste da intuição
O enfraquecimento da percepção
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Sobre a linguagem poética, é incorreto afirmar

Sobre a linguagem poética, é incorreto afirmar

A linguagem poética é estritamente autobiográfica: é impossível desvencilhar o poeta de sua criação.
A linguagem poética faz uso de diversos recursos estilísticos, entre eles, as figuras de linguagem.
A linguagem poética não possui compromisso com a objetividade: ela pode ser subjetiva e ambígua, oferecendo ao leitor diferentes possibilidades de interpretação.
As figuras de linguagem em um poema têm como objetivo despertar sensações no leitor e impactá-lo, possibilitando que ele crie imagens a partir desse impacto.
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Sobre as características do gênero textual poema, estão corretas as seguintes proposições 

I. O poema deve ser construído sob forma fixa, sempre preservando elementos como a métrica e a musicalidade dos versos.

II.O poema caracteriza-se por ser centrado em um trabalho peculiar com a linguagem. Em geral, reflete o momento e o impacto dos fatos sobre o homem.

III. O poema diferencia-se dos demais gêneros por ser escrito em versos e por possuir um ritmo mais marcado que o ritmo da prosa.

IV. A poesia não é exclusividade do poema: ela é uma atitude subjetiva nas mais variadas manifestações artísticas.

Sobre as características do gênero textual poema, estão corretas as seguintes proposições I. O poema deve ser construído sob forma fixa, sempre preservando elementos como a métrica e a musicalidade dos versos. II.O poema caracteriza-se por ser centrado em um trabalho peculiar com a linguagem. Em geral, reflete o momento e o impacto dos fatos sobre o homem. III. O poema diferencia-se dos demais gêneros por ser escrito em versos e por possuir um ritmo mais marcado que o ritmo da prosa. IV. A poesia não é exclusividade do poema: ela é uma atitude subjetiva nas mais variadas manifestações artísticas.

I e III estão corretas.
II, III e IV estão corretas.
Todas estão corretas
I, III e IV estão corretas.
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(Enem - 2005)
Leia estes poemas:
Texto 1
AUTO-RETRATO
Provinciano que nunca soube
Escolher bem uma gravata;
Pernambucano a quem repugna
A faca do pernambucano;
Poeta ruim que na arte da prosa
Envelheceu na infância da arte,
E até mesmo escrevendo crônicas
Ficou cronista de província;
Arquiteto falhado, músico
Falhado (engoliu um dia
Um piano, mas o teclado
Ficou de fora); sem família,
Religião ou filosofia;
Mal tendo a inquietação de espírito
Que vem do sobrenatural,
E em matéria de profissão
Um tísico profissional.
(Manuel Bandeira. "Poesia completa e prosa". Rio de Janeiro: Aguilar, 1983. p. 395.)

Texto 2
POEMA DE SETE FACES
Quando eu nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos. (....)
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo
mais vasto é o meu coração.
(Carlos Drummond de Andrade. "Obra completa". Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 53.)

(Enem - 2005) Leia estes poemas: Texto 1 AUTO-RETRATO Provinciano que nunca soube Escolher bem uma gravata; Pernambucano a quem repugna A faca do pernambucano; Poeta ruim que na arte da prosa Envelheceu na infância da arte, E até mesmo escrevendo crônicas Ficou cronista de província; Arquiteto falhado, músico Falhado (engoliu um dia Um piano, mas o teclado Ficou de fora); sem família, Religião ou filosofia; Mal tendo a inquietação de espírito Que vem do sobrenatural, E em matéria de profissão Um tísico profissional. (Manuel Bandeira. "Poesia completa e prosa". Rio de Janeiro: Aguilar, 1983. p. 395.) Texto 2 POEMA DE SETE FACES Quando eu nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. As casas espiam os homens que correm atrás de mulheres. A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos. (....) Meu Deus, por que me abandonaste se sabias que eu não era Deus se sabias que eu era fraco. Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo mais vasto é o meu coração. (Carlos Drummond de Andrade. "Obra completa". Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 53.)

narrarem a vida dos autores desde o nascimento.
descreverem aspectos físicos dos próprios autores.
terem a doença como tema.
refletirem um sentimento pessimista.
5
Hora da Pegadinha: Oque Ariano Suassuna falou para o poeta inglês William Shakespeare.

Hora da Pegadinha: Oque Ariano Suassuna falou para o poeta inglês William Shakespeare.

Ser ou não ser eis a questão.
Não troco meu oxente pelo ok de ninguém.
Penso logo existo
Eu só sei que nada sei
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