Quiz Educação Física ENEM
Quiz voltado para turmas do terceiro ano do ensino médio, com questões de educação física presentes no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) de anos anteriores a 2023.
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01. (Enem 2021) A história do futebol brasileiro contém, ao longo de um século, registros de episódios racistas. Eis o paradoxo: se, de um lado, a atividade futebolística era depreciada aos olhos da “boa sociedade” como profissão destinada aos pobres, negros e marginais, de outro, achava-se investida do poder de representar e projetar a nação em escala mundial. A Copa do Mundo no Brasil, em 1950, viria a se constituir, nesse sentido, em uma rara oportunidade. Contudo, na decisão contra o Uruguai sobreveio o inesperado revés. As crônicas esportivas elegiam o goleiro Barbosa e o defensor Bigode como bodes expiatórios, “descarregando nas costas” dos jogadores os “prejuízos” da derrota. Uma chibata moral, eis a a sentença proferida no tribunal do brancos. Nos anos 1970, por não atender às expectativas normativas suscitadas pelo estereótipo do “bom negro”, Paulo César Lima foi classificado como “jogador – problema”. Ele esboçava a revolta da chibata no futebol brasileiro. Enquanto Barbosa e Bigode, sem alternativa suportaram o linchamento moral na derrota 1950, Paulo César contra-atacava os que pretendiam condená-lo pelo insucesso de 1974. O jogador assumia as cores e as causas defendidas pela esquadra dos pretos em todas as esferas da vida social. “Sinto na pele esse racismo subjacente” revelou a imprensa francesa: “Isto é, ninguém ousa pronunciar a palavra ‘racismo’. Mas posso garantir que ele existe, mesmo na seleção Brasileira”. Sua ousadia constituiu em pronunciar a palavra interdita no espaço simbólico do discurso oficial para reafirmar o mito da democracia racial. Disponível em: https://observatorioracialfutebol.com.br. Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado) O texto atribui o enfraquecimento do mito da democracia racial no futebol à
Responsabilização dos jogadores negros pela derrota na final da Copa de 1950.
Atitude contestadora de um "jogador-problema".
Projeção mundial da nação por um esporte antes destinados aos pobres.
Interdição da palavra "racismo" no contexto esportivo.
Depreciação de um esporte associado a marginalidade.
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02. (Enem 2021) O skate apareceu como forma de vivência no lazer em períodos de baixa nas ondas e ficou conhecido como “surfinho”. No início foram utilizados eixos e rodinhas de patins pregados numa madeira qualquer, para sua composição, sendo as rodas de borracha ou ferro. O grande marco na história do skate ocorreu em 1974, quando o engenheiro químico chamado Frank Nasworthy descobriu o uretano, material mais flexível, que oferecia mais aderência às rodas. A dependência dos skatistas em relação a esse novo material igualmente alavancou o surgimento de novas manobras e possibilitou a um maior número de pessoas inexperientes começar a prática dessa modalidade. O resultado foi a criação de campeonatos, marcas, fábricas e lojas especializadas. ARMBRUST, I; LAURD, G, A, A. O skate e suas possibilidades educacionais. Motriz, jul-set, 2010 (adaptado). De acordo com o texto, diversos fatores ao longo do tempo
Indicaram a autonomia dos praticantes de skate.
Permitiram que a prática social do skate substituísse o surfe.
Definiram a carreira de skatista profissional.
Evidenciaram as demandas comerciais dos skatistas.
Contribuíram para a democratização do skate
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(Enem Digital 2020)A Em Forma é uma revista destinada às mulheres, às expectativas de consumo que podem ser produzidas ou que se encontram no horizonte de uma feminilidade urbana contemporânea impelida à disputa no mercado afetivo masculino (as mulheres da Em Forma são jovens e heterossexuais). A Em Forma tem como conteúdo central de suas reportagens dietas e séries de exercícios, fármacos para a pele e o cabelo, com fins de embelezamento do corpo e cuidados com a saúde, e reportagens com temas de autoajuda. Ela organiza-se em seções específicas: 1. Fitness; 2. Beleza; 3. Dieta e nutrição; 4. Bem-estar; e 5. Especial. Além dessas seções, apresenta sempre uma reportagem com a “Garota da capa” e outras minisseções que veiculam conteúdos similares aos das seções fixas. ALBINO, B. S.; VAZ, A. F. O corpo e as técnicas para o embelezamento feminino. Movimento, n. 1, 2008 (adaptado). Considerando-se as expectativas sobre as feminilidades produzidas pela mídia, na revista mencionada a prática de exercícios tem corroborado para a construção de uma feminilidade
Padronizada, que privilegia a autonomia das mulheres sobre seu estilo de vida.
Heterogênea, prevendo a existência de corpos com diferentes formas.
Cristalizada, desconsiderando as expectativas de consumo na contemporaneidade
Plural, que prioriza a saúde, o bem-estar e a beleza.
Hegemônica, que normatiza a heterossexualidade e a jovialidade.
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(Enem Digital 2020) Os cuidados com o corpo vão se tornando uma exigência na modernidade e implicam a convergência de uma série de elementos: as tecnologias, para tanto, vão se desenvolvendo de maneira acelerada; o mercado dos produtos e serviços voltados para o corpo vai se expandindo; a higiene que fundamentava esses cuidados vai sendo substituída pelos prazeres do “corpo”, implicação lógica do processo de secularização, no qual há a identificação da personalidade dos indivíduos com sua aparência. Por todas essas circunstâncias, o cuidado com o corpo transforma-se numa ditadura do corpo, um corpo que corresponda à expectativa desse tempo, um corpo que seja trabalhado arduamente e do qual os vestígios de naturalidade sejam eliminados. SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um novo arquétipo da felicidade. Campinas: Autores Associados; Florianópolis: UFSC, 2001. O fenômeno social identificado, em relação à presença do corpo na sociedade, indica que
As tecnologias, o mercado dos produtos e serviços e a higiene criaram uma ditadura do corpo.
Os cuidados com o corpo na modernidade reforçam a naturalidade da personalidade do indivíduo.
A expansão das tecnologias de cuidado reduz o impacto desempenhado pelos padrões estéticos na construção da imagem corporal.
O enfraquecimento atual dos padrões de beleza favorece o crescimento do mercado de produtos e serviços voltados aos cuidados estéticos.
Os padrões estéticos desempenham uma importante função social à medida que induzem à melhoria dos indicadores de saúde na população.
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(Enem Digital 2020) O que dizer de um corpo flácido, gordo, considerado deselegante nos dias de hoje, mas que era, há não muito tempo, considerado sensual e inspirador por pintores clássicos? Como entender o conceito de saúde, associado antigamente a um corpo robusto, até mesmo gordo, e atualmente relacionado a um corpo magro? E o corpo já não tão jovem, sobre o qual é imposta uma série de “consertos” e “reparos” para parecer mais jovem? O que se pode dizer é que o corpo é uma síntese da cultura, pois, através do seu corpo, o ser humano vai assimilando e se apropriando dos valores, normas e costumes sociais, em um processo de incorporação. DAOLIO, J. Os significados do corpo na cultura e as implicações para a educação física. Movimento, n. 2, 1995 (adaptado). As mudanças das representações sobre o corpo ao longo da história são provenientes da
Busca permanente pela saúde relacionada a um padrão corporal específico.
Interferência da História da Arte sobre padrões corporais valorizados no cotidiano.
Pesquisa por novos procedimentos estéticos voltados aos cuidados com a aparência corporal.
Diferença aparente entre a capacidade motora de um corpo jovem e aquele marcado pelo tempo.
Influência da sociedade na construção dos sentidos e significados sociais relacionados ao corpo.
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(Enem Digital 2020) Nos dias atuais, para as crianças e os adolescentes, a alimentação adequada e balanceada está associada, na maioria das vezes, à busca da forma ideal, segundo padrões ditados pela mídia. Se antes essa preocupação era predominantemente feminina, hoje existem adolescentes tentando emagrecer a qualquer custo: entram e saem de dietas e regimes feitos por conta própria, automedicam-se ou praticam exercícios físicos sem orientação. MATTOS, L. O. N. Educação física e educação para a saúde. MultiRio, 2016 (adaptado). Adolescentes associam que a conquista da “forma ideal” do corpo está relacionada à
Atuação da mídia na estética presente no imaginário feminino.
Adesão a programas oferecidos por academias de ginástica.
Procura de um nutricionista para a realização de dieta e regime.
Busca de auxílio médico para o tratamento com fármacos.
Adoção de hábitos inadequados à saúde no cotidiano
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(Enem Digital 2020) O universo infantil encanta por ser rico na diversidade de manifestações corporais. Crianças brincam de pega-pega, esconde-esconde, mãe de rua e experienciam diversas possibilidades de movimento na busca de novas descobertas, que podem ocorrer por meio de elementos gímnicos, como a estrelinha, a cambalhota, a bananeira (nomes populares dados à roda, ao rolamento e à parada de mãos). PIZANI, J.; BARBOSA-RINALDI, I. P. Cotidiano escolar: a presença de elementos gímnicos nas brincadeiras infantis. Revista de Educação Física da UEM, n. 1, 2010. Os fundamentos gímnicos da roda e da parada de mãos requerem, respectivamente, a aplicação dos elementos de
Apoio e equilíbrio.
Saltito e suspensão.
Reversão e resistência.
Pose e força.
Giro e corrida.
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(Enem PPL 2020) Estória de um gibi da Turma da Mônica, intitulada Brincadeira de menino Mônica, conhecida personagem de Maurício de Sousa, passa na casa da sua melhor amiga, Magali, para convidá-la para brincar. A mãe da Magali diz que a menina está com gripe e precisa de repouso, e por isso não vai poder sair de casa. Mônica sai triste e pensativa, quando cruza com o Cebolinha e convida-o para brincar com ela de “casinha”. Ele se recusa e diz: “— Homem não blinca de casinha”, e Mônica retruca: “— Ah, Cebolinha! Que preconceito!”. Cebolinha responde: “— Pleconceito uma ova! Casinha é coisa de menina! Vou te mostlar o que é blincadeila de menino!”. Enquanto ele sai de cena, Mônica fica debaixo de uma árvore brincando sozinha e Cebolinha faz várias aparições com brinquedos e brincadeiras supostamente só de meninos: aparece “voando” num skate, mas cai na frente dela. Depois aparece numa bicicleta, mas bate numa pedra e cai. Aparece de patins, tropeça e cai. Reaparece chutando uma bola, mas a bola bate na árvore e volta acertando sua cabeça. Desanimado e desistindo das “suas” brincadeiras, Cebolinha aparece no último quadro, ao lado da Mônica, brincando de “casinha”. OLIVEIRA, A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos pedagógicos para o programa Segundo Tempo. Brasília: Ministério do Esporte, 2008 (adaptado). Refletindo sobre as relações de gênero nas brincadeiras infantis, a estória mostra que
Meninas são mais frágeis e por isso devem se envolver em brincadeiras mais passivas.
Meninos são mais habilidosos do que meninas e por isso se envolvem em atividades diferentes.
Meninas tendem a reproduzir mais os estereótipos de gênero em suas práticas corporais do que os meninos.
Meninos e meninas devem se envolver em atividades distintas, como, respectivamente, o futebol e a “casinha”.
Meninos podem se envolver com os mesmos brinquedos e brincadeiras que meninas.
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(Enem PPL 2020) Ronda Jean Rousey definitivamente é uma daquelas mulheres que ficará marcada na história. Ela foi capaz de fazer o que pouquíssimos conseguem: atrair o público normal, que não está acostumado a acompanhar o MMA regularmente. RESENDE, I. Disponível em: http://espn.uol.com.br. Acesso em: 31 ago. 2017. Ronda Rousey é uma atleta de MMA (Mixed Martial Arts – Artes Marciais Mistas), campeã nessa modalidade. Por seu desempenho na área das lutas, ela se contrapõe ao modelo de feminilidade normativo. No contexto da sociedade contemporânea, no qual mulheres têm conquistado diferentes espaços, Ronda
Cruza uma fronteira de gênero ao se inserir numa área de reserva masculina.
Submete-se aos elementos da identidade masculina para se manter no esporte.
Mantém sua feminilidade em detrimento de um alto desempenho esportivo.
Aproveita-se do padrão estético para conquistar patrocínios e manter-se no esporte.
Masculiniza-se em função das características necessárias a essa prática esportiva.
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(Enem PPL 2020) A expansão urbana altera a configuração de muitos espaços, a ponto de prejudicar atividades neles desenvolvidas, seja pela especulação imobiliária, ou pelo projeto urbanístico da administração pública. Essa pressão é sentida em algumas escolas, principalmente para a prática de esportes, que demanda uma área ampla e diferenciada. O problema leva gestores e docentes a procurarem alternativas para se adaptar a essa realidade urbana. Para o urbanista Fernando Pinho, “se a cidade é de todos e para todos, por que não se apropriar dela? A escola deve ser mais porosa à cidade, à vida do lado de fora [...]. Temos que trazer a cidade para a sala de aula e tornar a cidade uma sala de aula”. PERET, E. A cidade como sala de aula. Retratos: a revista do IBGE, n. 4, 2017 (adaptado). As mudanças urbanísticas têm impactado o espaço escolar. Nesse contexto, a prática de esporte
Requer modalidades não convencionais que explorem o espaço urbano.
Pressupõe projetos urbanísticos que sejam adequados.
Exige quadras e ginásios que se localizem fora da escola.
Pede criação de regras que atendam à reconfiguração urbana
Demanda locais específicos que viabilizem sua realização.
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(Enem PPL 2020) A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) aprovou o aumento da suspensão de dois para quatro anos em casos de atletas flagrados por doping. Em sincronia com o próximo Código Mundial Antidoping, da Agência Mundial de Doping (WADA), a nova punição entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2015. Até lá, a penalidade continua sendo de dois anos. Disponível em: http://globoesporte.com. Acesso em: 15 ago. 2013. Com base na decisão da Associação Internacional das Federações de Atletismo, considera-se que as penalidades previstas para esse esporte indicam um(a)
Aumento na utilização do doping para a melhora na performance dos atletas.
Procedimento prejudicial para a credibilidade da modalidade e do fair play nos esportes.
Descaso com a performance esportiva das várias modalidades do atletismo.
Uso favorável dos produtos da indústria farmacêutica nos torneios oficiais de atletismo.
Incentivo a novas formas de doping por parte dos atletas.
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(Enem 2020) Uma das mais contundentes críticas ao discurso da aptidão física relacionada à saúde está no caráter eminentemente individual de suas propostas, o que serve para obscurecer outros determinantes da saúde. Ou seja, costuma-se apresentar o indivíduo como o problema e a mudança do estilo de vida como a solução. Argumenta-se ainda que o movimento da aptidão física relacionada à saúde considera a existência de uma cultura homogênea na qual todos seriam livres para escolher seus estilos de vida, o que não condiz com a realidade. O fato é que vivemos numa sociedade dividida em classes sociais, na qual nem todas as pessoas têm condições econômicas para adotar um estilo de vida ativo e saudável. Há desigualdades estruturais com raízes políticas, econômicas e sociais que dificultam a adoção desses estilos de vida. FERREIRA. M. S. Aptidão física e saúde na educação física escolar; ampliando o enfoque. RBCE, n. 2. jan. 2001 (adaptado). Com base no texto, a relação entre saúde e estilos de vida
Problematiza a organização social e seu impacto na mudança de hábitos dos indivíduos.
Considera a homogeneidade da escolha de hábitos saudáveis pelos indivíduos.
Constrói a ideia de que a mudança individual de hábitos promove a saúde.
Reproduz a noção de que a melhoria da aptidão física pela prática de exercícios promove a saúde.
Reproduz a noção de que a melhoria da aptidão física pela prática de exercícios promove a saúde.
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(Enem 2020) LUTA: prática corporal imprevisível, caracterizada por determinado estado de contato proposital, que possibilita a duas ou mais pessoas se enfrentarem numa constante troca de ações ofensivas e/ou defensivas, regidas por regras, com o objetivo mútuo sobre um alvo móvel personificado no oponente. GOMES, M. S. P. et al. Ensino das lutas: dos princípios condicionais aos grupos situacionais. De acordo com o texto, podemos identificar uma abordagem das lutas nas aulas de educação física quando o professor realiza uma proposta envolvendo
Confronto corporal em que os vencedores são previamente identificados.
Contato corporal intenso entre o aluno e seu oponente.
Contenda entre os alunos que se agridem fisicamente.
Conflito resolvido pelos alunos por meio de regras previamente estabelecidas.
Combate corporal intencional com ações regulamentadas entre os oponentes.
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(Enem 2019) Mídias: aliadas ou inimigas da educação física escolar? No caso do esporte, a mediação efetuada pela câmera de TV construiu uma nova modalidade de consumo: o esporte telespetáculo, realidade textual relativamente autônoma face à prática “real” do esporte, construída pela codificação e mediação dos eventos esportivos efetuados pelo enquadramento, edição das imagens e comentários, interpretando para o espectador o que ele está vendo. Esse fenômeno tende a valorizar a forma em relação ao conteúdo, e para tal faz uso privilegiado da linguagem audiovisual com ênfase na imagem cujas possibilidades são levadas cada vez mais adiante, em decorrência dos avanços tecnológicos. Por outro lado, a narração esportiva propõe uma concepção hegemônica de esporte: esporte é esforço máximo, busca da vitória, dinheiro... O preço que se paga por sua espetacularização é a fragmentação do fenômeno esportivo. A experiência global do ser-atleta é modificada: a sociabilização no confronto e a ludicidade não são vivências privilegiadas no enfoque das mídias, mas as eventuais manifestações de violência, em partidas de futebol, por exemplo, são exibidas e reexibidas em todo o mundo. BETTI, M. Motriz, n. 2, jul.-dez. 2001 (adaptado). A reflexão trazida pelo texto, que aborda o esporte telespetáculo, está fundamentada na
Distorção da experiência do ser-atleta para os espectadores.
Interpretação dos espectadores sobre o conteúdo transmitido.
Utilização de equipamentos audiovisuais de última geração.
Valorização de uma visão ampliada do esporte.
Equiparação entre a forma e o conteúdo.
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(Enem PPL 2019) A mídia divulga à exaustão um padrão corporal determinado, padrão único, branco, jovem, musculoso e, especialmente no caso do corpo feminino, magro. Pesquisas apontam para o fato de que esse padrão de beleza divulgado se aplica apenas de 5 a 8% da população mundial. Especialmente no Brasil, onde a diversidade é uma característica marcante, a mídia no geral acaba por mostrar seu desprezo pela riqueza de tipos, de raças, pela própria mestiçagem, insistindo num padrão único de beleza tanto para mulheres quanto para homens. MALDONADO, G. A educação física e o adolescente: a imagem corporal e a estética da transformação na mídia impressa. Revista Mackenzie de Educação Física e Esportes, n. 1, 2006 (adaptado). Em relação aos aspectos do padrão corporal dos brasileiros, compreende-se que esta população
É composta, na maioria, por pessoas brancas e magras.
Tem padrão de beleza idêntico aos demais países.
Está devidamente representada na grande mídia.
Possui, em sua maioria, mulheres obesas.
É caracterizada pela sua rica diversidade.
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Slow Food A favor da alimentação com prazer e da responsabilidade socioambiental, o slow food é um movimento que vai contra o ritmo acelerado de vida da maioria das pessoas hoje: o ritmo fast-food, que valoriza a rapidez e não a qualidade. Traduzido na alimentação, o fast-food está nos produtos artificiais, que, apesar de práticos, são péssimos à saúde: muito processados e muito distantes da sua natureza — como os lanches cheios de gorduras, os salgadinhos e biscoitos convencionais etc. etc. Agora, vamos deixar de lado o fast e entender melhor o slow food. Segundo esse movimento, o alimento deve ser: • bom: tão gostoso que merece ser saboreado com calma, fazendo de cada refeição uma pausa especial do dia; • limpo: bom à saúde do consumidor e dos produtores, sem prejudicar o meio ambiente nem os animais; • justo: produzido com transparência e honestidade social e, de preferência, de produtores locais. Deu pra ver que o slow food traz muita coisa interessante para o nosso dia a dia. Ele resgata valores tão importantes, mas que muitas vezes passam despercebidos. Não é à toa que ele já está contagiando o mundo todo, inclusive o nosso país. Disponível em: www.maeterra.com.br. Acesso em: 5 ago. 2017. Algumas palavras funcionam como marcadores textuais, atuando na organização dos textos e fazendoos progredir. No segundo parágrafo desse texto, o marcador “agora”
Promove uma comparação que se dá entre dois elementos do texto.
Indica uma oposição que se verifica entre o trecho anterior e o seguinte.
Define o momento em que se realiza o fato descrito na frase.
Sinaliza a mudança de foco no tema que se vinha discutindo.
Delimita o resultado de uma ação que foi apresentada no trecho anterior.
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(Enem 2019) No Brasil, a disseminação de uma expectativa de corpo com base na estética da magreza é bastante grande e apresenta uma enorme repercussão, especialmente, se considerada do ponto de vista da realização pessoal. Em pesquisa feita na cidade de São Paulo, aparecem os percentuais de 90% entre as mulheres pesquisadas que se dizem preocupadas com seu peso corporal, sendo que 95% se sentem insatisfeitas com “seu próprio corpo”. SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um novo arquétipo da felicidade. Campinas: Autores Associados; Florianópolis: UFSC, 2001. A preocupação excessiva com o “peso” corporal pode provocar o desenvolvimento de distúrbios associados diretamente à imagem do corpo, tais como
Ansiedade e depressão.
Sobrepeso e fobia social.
Ortorexia e vigorexia.
Anorexia e bulimia.
Sedentarismo e obesidade.
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(Enem 2019) Emagrecer sem exercício? Hormônio aumenta a esperança de perder gordura sem sair do sofá. A solução viria em cápsulas. O sonho dos sedentários ganhou novo aliado. Um estudo publicado na revista científica Nature, em janeiro, sugere que é possível modificar a gordura corporal sem fazer exercício. Pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute e da Escola de Medicina de Harvard, nos EUA, isolaram em laboratório a irisina, hormônio naturalmente produzido pelas células musculares durante os exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida ou pedalada. A substância foi aplicada em ratos e agiu como se eles tivessem se exercitado, inclusive com efeito protetor contra o diabetes. O segredo foi a conversão de gordura branca — aquela que estoca energia inerte e estraga nossa silhueta — em marrom. Mais comum em bebês, e praticamente inexistente em adultos, esse tipo de gordura serve para nos aquecer. E, nesse processo, gasta uma energia tremenda. Como efeito colateral, afinaria nossa silhueta. A expectativa é que, se o hormônio funcionar da mesma forma em humanos, surja em breve um novo medicamento para emagrecer. Mas ele estaria longe de substituir por completo os benefícios da atividade física. “Possivelmente existem muitos outros hormônios musculares liberados durante o exercício e ainda não descobertos”, diz o fisiologista Paul Coen, professor assistente da Universidade de Pittsburgh, nos EUA. A irisina não fortalece os músculos, por exemplo. E para ficar com aquele tríceps de fazer inveja só o levantamento de controle remoto não daria conta. LIMA, F. Galileu. São Paulo, n. 248, mar. 2012. Para convencer o leitor de que o exercício físico é importante, o autor usa a estratégia de divulgar que
Se produzem outros hormônios e há outros benefícios com o exercício.
A falta de exercício físico não emagrece e desenvolve doenças.
O exercício é uma forma de afinar a silhueta por eliminar a gordura branca.
Se trata de uma forma de transformar a gordura branca em marrom e de emagrecer.
A irisina é um hormônio que apenas é produzido com o exercício físico.
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(Enem 2019) Educação para a saúde mediante programas de educação física escolar A educação para a saúde deverá ser alcançada mediante interação de ações que possam envolver o próprio homem mediante suas atitudes frente às exigências ambientais representadas pelos hábitos alimentares, estado de estresse, opções de lazer, atividade física, agressões climáticas etc. Dessa forma, parece evidente que o estado de ser saudável não é algo estático. Pelo contrário, torna-se necessário adquiri-lo e construí-lo de forma individualizada constantemente ao longo de toda a vida, apontando para o fato de que saúde é educável e, portanto, deve ser tratada não apenas com base em referenciais de natureza biológica e higienista, mas sobretudo em um contexto didático-pedagógico. GUEDES, D. P. Motriz, n. 1, 1999. A educação para a saúde pressupõe a adoção de comportamentos com base na interação de fatores relacionados à
Constituição de hábitos saudáveis.
Evasão de ambientes estressores.
Realização de atividades físicas regulares
Opção por dietas balanceadas.
Adesão a programas de lazer.
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(Enem 2019) Esporte e cultura: análise acerca da esportivização de práticas corporais nos jogos indígenas Nos Jogos dos Povos Indígenas, observa-se que as práticas corporais realizadas envolvem elementos tradicionais (como as pinturas e adornos corporais) e modernos (como a regulamentação, a fiscalização e a padronização). O arco e flecha e a lança, por exemplo, são instrumentos tradicionalmente utilizados para a caça e a defesa da comunidade na aldeia. Na ocasião do evento, esses artefatos foram produzidos pela própria etnia, porém sua estruturação como “modalidade esportiva” promoveu uma semelhança entre as técnicas apresentadas, com o sentido único da competição. ALMEIDA, A. J. M.; SUASSUNA, D. M. F. A. Pensar a prática, n. 1, jan.-abr. 2010 (adaptado). A relação entre os elementos tradicionais e modernos nos Jogos dos Povos Indígenas desencadeou a
Legitimação das práticas corporais indígenas como modalidade esportiva
Preservação dos significados próprios das práticas corporais em cada cultura
Individuação das técnicas apresentadas em diferentes modalidades.
Sobreposição de elementos tradicionais sobre os modernos.
Padronização de pinturas e adornos corporais.