Conhecimentos sobre o corpo, cultura e corporeidade

Conhecimentos sobre o corpo, cultura e corporeidade

Questões elaboradas pela turma de etnocorporeidade.

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Fran Veloso
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Com relação às relações entre corpo e sociedade Jocimar Daólio refere: “O Corpo é uma síntese da cultura, porque expressa elementos específicos da sociedade da qual faz parte. O homem, através do seu corpo, vai assimilando e se apropriando dos valores, normas e costumes sociais num processo de inCORPOração (a palavra é significativa). Mais do que uma aprendizagem do intelectual, o indivíduo adquire um conteúdo do cultural, que se instala no seu corpo, no conjunto de suas expressões” (DAOLIO, 1995). Considerando o corpo na perspectiva apresentada por Daolio (1995) onde este se situa como produto de uma construção social específica e cada gesto cada postura como expressão individual de uma totalidade social, é necessário que as práticas do profissional de Educação Física se distanciem daquelas tradicionais e mecanicistas e adotem uma prática:

Orientar o aluno quanto às inter-relações dos problemas sociais com a prática de exercícios físicos, pois, neste caso, o corpo deixa de ser compreendido como músculos, ossos e órgãos.
Orientar os alunos para obter um corpo com alto índice de massa corporal magra, pois isso previne doenças cardiovasculares.
Orientar os alunos sobre os cuidados de higiene e saúde em relação ao corpo, este condicionado às exigências do mercado do trabalho e as demandas da sociedade capitalista.
Demonstrar ao aluno que os exercícios físicos irão levá-lo a atingir os padrões estéticos que deseja.
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Cada pessoa humana se relaciona com seu corpo e com o corpo dos outros. A pessoa humana reconhece a si mesma como um ser que se constrói fazendo-se relação, tomando decisões, que arbitrariamente ou não condicionam o seu existir enquanto um feixe de sentido moral no conjunto da vida; pois o corpo é um objeto de representações, de manipulações, de cuidados e construções culturais próprias de cada contexto sociopolítico. TRASFERETTI, J. Corpo e Cultura No contexto da sociedade brasileira. Comunicação & Informação, Goiânia, Goiás, v. 11, n.1, p. 126-137, 2009. Considerando o texto, avalie as afirmações a seguir: I – A cultura constrói corpos segundo suas regras de mercado e de religião e os transforma em ícones de saúde ou mesmo de retórica moral. II – O corpo representa a fala, a natureza das emoções, a intensidade do conhecimento, o lugar. III – Objeto de consumo no mundo capitalista, o corpo é venerado e ao mesmo tempo negado numa escorregadia ambiguidade traçada a partir do exterior. IV – O corpo é um objeto que não pode ser modificado pela ação do homem. É correto o que se afirma em:

I, II, IV, apenas
I, III, apenas
I, IV, apenas
I, II, III, apenas
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Segundo Trasferetti (2009) o jornal folha de São Paulo do dia 7 de gosto de 2006 noticiou a popularização dos penteados dreadloks entre jovens da elite paulistana. Segundo a notícia, embora entre a elite paulistana tais penteados tenham aumentado consideravelmente, isso não é privilégio somente deles. TRASFERETTI, J. Corpo e Cultura No contexto da sociedade brasileira. Comunicação & Informação, Goiânia, Goiás, v. 11, n.1, p. 126-137, 2009. A partir do texto, marque verdadeiro o falso nas assertivas. ( ) é uma tendência muito difundida entre jovens de todas as origens. ( ) até a pouco, o chamado “ visual rasta” era uma característica reconhecida em jovens da periferia. ( ) junto com a nova tendência também chegaram as polêmicas familiares, nas famílias mais abastadas, quanto a aceitação desses novos penteados. ( ) muita gente vê nessa valorização do visual rastafári um avanço quanto ao reconhecimento de outras culturas

V, V, V, V
V, V, F, V
F, V, F, V
V, F, V, V
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De acordo com Barbosa, Matos e Costa (2011) no renascimento, as ações humanas passaram a ser seguidas pelo método científico, começa a haver uma maior preocupação com a liberdade do ser humano e a concepção de corpo é consequência disso. Considerando o texto, indique a alternativa em que apresenta a concepção de corpo que mais se aproxima dos valores imposto pela modernidade.

Um apreço sobre uso da razão científica como única forma de conhecimento.
O corpo serviu, mais uma vez, como instrumento de consolidação das relações sociais .
Os prazeres do corpo era do domínio masculino, não do feminino.
O corpo passa da expressão da beleza para fonte do pecado, passa a ser “proibido”.
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Segundo o autor Moreira (2003) a tradição científica, podemos adjetivar o corpo, a partir do estabelecimento de alguns valores que estiveram presentes na produção de conhecimento sobre o corpo, dentre os quais destacamos alguns, como o corpo objetivo manipulável, corpo objeto mecânico, corpo objeto de rendimento, corpo objeto especializado e corpo objeto burro-alienado. A partir da leitura do texto, assinale a alternativa que apresenta característica que se refere ao corpo objeto manipulável.

Invadir a intimidade do corpo, conhecer o corpo através do conhecimento de seu organismo físico.
Moldar o corpo como um carro ou relógio, sem ao menos pensar em ofertar um lazer ou descanso.
O corpo vale o que rende “o que produz”.
Técnicas utilizadas para o aperfeiçoamento do corpo
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Entrementes, quando recordo minha existencialidade, fatalmente me deparo com o lazer, nos momentos mais prazerosos dessa vida. E é assim, declarando a vida que se vive, que quero afirmar o lazer como fundamental para o entendimento da corporeidade. É necessária uma observação importante aos acadêmicos de plantão neste momento para evitar polêmicas estéreas. Quero dizer que lazer para mim no atual contexto, significa estar descompromissado com o trabalho produtivo, quando posso escolher a forma de minha vivência priorizando prazer, liberdade, ludicidade, enfim, as mais variadas possibilidades existencializar o tempo livre na busca da felicidade e do convívio social. MOREIRA, Wagner Wey. Corporeidade e lazer: A perda do sentido de culpa. Revista Brasileira de Ciências e Movimento. 2003; v. 11, n. 3, jun/set, p. 85-90. Diante do texto apresentado qual das alternativas melhor define o que o autor considera sobre lazer?

É um período dedicado ao descanso, em busca de compensação e benefícios corporais ao contexto do trabalho.
É uma atividade realizada sem compromisso, mas com intencionalidade de prevenção de doenças e desgastes físicos.
Pode ser considerada uma necessidade para manter relacionamentos e o bem-estar nos ambientes do trabalho
É um momento de descompromisso que prioriza prazer liberdade e convívio social.
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Para Trasfaretti (2009) a questão do corpo na sociedade capitalista está profundamente marcada pela cultura pós-moderna que valoriza o corpo enquanto individualidade, capacidade de decisão, autonomia, liberdade, mas ao mesmo tempo produto cultural. Considerando esses elementos apresentados na perspectiva do autor, o que é preciso para resgatar a dignidade?

É preciso retomar o conceito de possessão ontológica e pertença, pois, ambos colocam o corpo em sua possibilidade ética de existir num mundo de direitos e deveres
É preciso buscar mais amor, paixão e o desejo sexual.
É preciso comprar a beleza, a alegria de viver e a paz espiritual
É preciso ajustar os corpos (aparência física e conduta) aos cânones da moral oficial e assim se autovalorizar.
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No artigo “Corporeidade e lazer: a perda do sentido de culpa a maioria de nossas convivências do tempo de lazer”, Moreira (2003) afirma que na maioria de nossas convivências do tempo de lazer, vivemo-lo em abundância. Creio que o lazer deve ser vivido em abundância. Não consigo imaginar um semi-lazer ou um meio lazer. No lazer, ou desfrutamos da sua íntegra, ou ele não consegue se apresentar como lazer em sua plenitude e verdadeira forma. Daí minha afirmação primeira de que o lazer é constitutivo do ser humano tal qual o trabalho, tal qual o lúdico e outros. MOREIRA, Wagner Wey. Corporeidade e lazer: A perda do sentido de culpa. Revista Brasileira de Ciências e Movimento. 2003; v. 11, n. 3, jun/set, p. 85-90. Diante do que o autor aborda sobre o lazer, qual das alternativas melhor define o lazer?

O lazer deve ser tratado como um tempo de descanso apenas das obrigações das atividades laborais.
O lazer deve ser tratado como um meio lazer.
O lazer deve ser vivido e desfrutado em sua verdadeira plenitude.
O lazer é algo produtivo, mas insatisfatória.
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De acordo com Barbosa, Matos e Costa (2011), o ensaio em torno do tema do corpo, propomos pensar alguns aspectos sociais e culturais, que contribuíram para a construção do corpo na nossa sociedade, a forma como ele tem sido e pode ser olhado e representado. Na idade média o corpo serviu, mais uma vez como instrumento de consolidação das relações sociais. Com base no texto, qual era a principal concepção do corpo para o cristianismo na idade média:

Um corpo atléticos e vigorosos como um santuário.
Um corpo representado em pinturas, fotografias e esculturas.
Um corpo glorificado, crucificado e comungados por todos os cristãos.
Um corpo nu que servia como objeto de desejo.
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Conhecer corporeidade é entender um corpo sujeito existencial, complexo, que vive sempre no sentido de sua autosuperação. A corporeidade no lazer mostrar-nos-á situações em que o ser hominal caminha para existencializar sua humanidade. Isso exige um estudo centralizado em um corpo sujeito, existencial, indivisível, que se movimenta para garantir a vida, entendida tanto no sentido individual quanto coletivo. MOREIRA, Wagner Wey. Corporeidade e lazer: A perda do sentido de culpa. Revista Brasileira de Ciências e Movimento. 2003; v. 11, n. 3, jun/set, p. 85-90. Qual o entendimento de corporeidade, a partir do trecho acima?

Estudar os seres vivos e sua relação apenas com a natureza, desvinculada da relação consigo e com os outros.
Entender um corpo sujeito existencial e complexo, reconhecendo como ser que pensa, sente, age e vive.
A corporeidade passa pelo entendimento das questões biológicas e físicas do corpo.
Conhecer e vivenciar as questões do corpo físico, compreendido pela ciência e pela a anatomia humana
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Ao discutir sobre a relação da corporeidade e o lazer, Moreira (2003) reflete sobre a necessidade de repensar sobre a necessidade de uma produção voltada ao lazer, e questiona. Como ter conhecimento de uma política de lazer? Responder a está questão nos coloca frente a uma ação educativa, no sentido primeiro desta ação que é o ser humano se conhecer a si mesmo e, a corporeidade destina-se a compreender o fenômeno humano pois, suas atenções estão voltadas ao ser humano, ao sentido da sua existência a sua história e a sua cultura. Considerando a concepção de lazer apresentada no texto, analise as assertivas abaixo

O lazer contribui para o desenvolvimento social do ser humano, das amizades e também dá confiança em si.
O lazer é um conjunto de ocupação às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, divertir, recrear e entreter-se;
O lazer compreendido como uma dimensão do trabalho, portanto deve está associado a ele, e precisa ser conquistado pelo tempo dedicado ao trabalho e sua compensação em forma de mercadoria.
Apenas atividades físicas, esportivas e recreativas.
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Na tradição científica, podemos adjetivar alguns valores que estiverem presentes na produção de conhecimento sobre o corpo. Portanto, ao longo do tempo conhecer o corpo significava invadir sua intimidade, e com isso era possível manipulá-lo de todas as formas. Quando Moreira (2003) apresenta a maneira como o corpo foi explorado pela ciência, de qual concepção de corpo, ele se refere acima?

Corpo objeto manipulável
Corpo objeto mecânico
Corpo objeto especializado
Corpo objeto alienado
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Historicamente, os processos de colonização ocidentais etnocêntricas apoiados por ideologias dominantes e de extermínio étnico constituíram abismos profundos a partir de visões de mundo daqueles que dominavam sobre aqueles que eram dominados. Dessa forma, a diversidade cultural era negada e silenciada por meio das formas mais variadas e cruéis de poder e da produção do conhecimento, alicerçadas num racionalismo positivista, discriminatório e segregador. Nesse sentido, é necessário desconstruir certas visões de mundo que oprimem e marginalizam determinadas culturas ou formas de vida. Referente às temáticas cultura e desconstrução, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) Desconstrução é um esforço de superação dos estereótipos e preconceitos que carregamos dentro de nós. É quebrar o conjunto de barreiras morais e culturais que nos impede de aceitar o diferente, oprimindo o outro e criando um ambiente de hostilidade que gera violência velada ou explícita. ( ) Machismo, homofobia, racismo e outras formas de preconceito são desconstruídos em um processo contínuo que evolui e não necessariamente se completa. Dessa forma, a desconstrução tem um potencial transformador e pode abrir um mundo diferente conforme essa nova geração aceita esse desafio. ( ) Os processos de desconstrução são novas formas de dominação e de violência preconizadas pela cultura globalizante e hegemônica por meio das mais refinadas e abrangentes promessas do individualismo narcisista contra as minorias sociais e culturais ainda presentes na atual sociedade humana. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

V – V – V.
F – V – V.
V – F – V.
V – V – F.
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O texto “Ritos Corporais Entre os Nacirema” (Miner, 1973) é frequentemente utilizado no início da formação acadêmica de cientistas sociais. Leia atentamente o trecho a seguir: “A cultura Nacirema se caracteriza por uma economia de mercado altamente desenvolvida, que se beneficiou de um ‘habitat’ natural muito rico. Embora, nesta sociedade, a maior parte do tempo das pessoas seja devotada à ocupação econômica, uma grande porção dos frutos destes trabalhos, e uma considerável parte do dia, são despendidas em atividades rituais. O foco destas atividades é o corpo humano, cuja aparência e saúde constituem a preocupação dominante dentro do ‘ethos’ deste povo”. Sobre esse texto clássico, analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa correta. I. Um dos principais objetivos do texto é causar o estranhamento no leitor, provocando reflexões sobre a construção da cultura ocidental. II. O texto é uma boa ferramenta didática para trabalhar a diferença cultural, pois convida o leitor a praticar o exercício da alteridade, se colocando no lugar do Outro. III. O conceito principal utilizado no texto é de cultura de consumo, com definição clara e foco especial na Indústria do Consumo Norte-Americana. Analise as alternativas:

Apenas I e II estão corretas.
Apenas a I está correta
Todas estão corretas.
Apenas I e III estão corretas
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De acordo com os autores Barbosa, Matos e Costa (2011), a história do corpo humano é a história da civilização. Cada sociedade, cada cultura age sobre o determinando-o, constrói as particularidades do seu corpo, enfatizando determinados atributos em detrimentos de outros, cria-os seus próprios padrões. A partir do texto, analise as alternativas em verdadeira ou falsa em relação as concepções do corpo na história. I O homem medieval era extremamente contido, a presença da instituição religiosa restringia qualquer manifestação mais criativa. II Perante Deus cristão, o Deus que estavam em toda parte, os homens e mulheres deviam ocultar o corpo. III Na idade média surgem então, os padrões de beleza de sensualidade, de saúde, de postura que dão referências aos indivíduos para se construírem como homem e como mulheres. IV Na antiga Grécia na verdade este corpo era radicalmente idealizado, treinado, produzido em função do seu aprimoramento, o que nos indica que ele era contrariamente a uma natureza, qualquer que ela fosse, um artificio a ser criado numa civilização que alguns helenistas chamam de civilização da vergonha.

V- V -F- V
F-V-F-V
V-V-F-F
V-F-V-F
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Parece Claro para Moreira (2003) que vivenciar o lazer é condição de qualidade de vida, assim como o direito ao trabalho. Interessante notar, numa sociedade pautada pela produção em série e pelo lucro exacerbado, que este direito é apenas possibilitado aos não produtivos. Que injustiça com o ser humano em sua existencialidade: viver só para produção, como se lazer fosse prioritariamente destinado às crianças e aos idosos já aposentados, uma vez que já cumpriram seus deveres. O texto associa o lazer enquanto um direito social, no entanto não se apresenta de forma satisfatória as pessoas que mais deveriam usufruir desse direito. MOREIRA, Wagner Wey. Corporeidade e lazer: A perda do sentido de culpa. Revista Brasileira de Ciências e Movimento. 2003; v. 11, n. 3, jun/set, p. 85-90. A partir do texto acima, analise as assertivas e marque a alternativa verdadeira.

O lazer é essencial para a qualidade de vida, tanto quanto o direito ao trabalho.
O trabalho é essencial para a qualidade de vida, pois é mais importante do que o lazer, já que sem dinheiro não podemos usufruir o lazer em sua plenitude.
O lazer é um direito constitucional garantido por lei apenas para a população improdutiva, como as crianças e idosos.
O lazer deve ser tratado como uma necessidade e obrigação, pois sem lazer não teremos qualidade de vida, já que suas atividades estão relacionadas com a saúde e o bem-estar social.
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Conforme os autores Barbosa, Matos e Costa (2011), a história do corpo humano é a história da civilização. Cada sociedade, cada cultura age sobre o determinando-o, constrói as particularidades do seu corpo, enfatizando determinados atributos em detrimentos de outros, cria-os seus próprios padrões. A partir do texto, analise as alternativas em verdadeira ou falsa em relação às concepções do corpo na história. I O homem medieval era extremamente contido, a presença da instituição religiosa restringia qualquer manifestação mais criativa. II Perante Deus cristão, o Deus que estavam em toda parte, os homens e mulheres deviam ocultar o corpo. III Na idade média surgem, então, os padrões de beleza, de sensualidade, de saúde, de postura que dão referências aos indivíduos para se construírem como homem e como mulheres. IV Na antiga Grécia, na verdade, este corpo era radicalmente idealizado, treinado, produzido em função do seu aprimoramento, o que nos indica que ele era contrariamente a uma natureza, qualquer que ela fosse, um artifício a ser criado numa civilização que alguns helenistas chamam de civilização da vergonha.

V-V-V-V
V-F-F-V
V-V-F-V
F-F-V-V
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Moreira (2003) afirma que ao receber a missão de associar os temas corporeidade e lazer, confesso que fiquei preocupado, pois, historicamente, não tenho produzido textos na área de lazer, área essa que conta com profissionais bem competentes em análises acadêmicas. No entanto, aceitei o desafio no sentido de tentar escrever sobre lazer a partir do corpo que vivência esse momento de não trabalho, sendo, dessa forma, o lazer um elemento constitutivo da corporeidade. O entendimento de corporeidade apresentado no texto, se refere a quais características corporais?

Características biológicas, físicas e intelectuais.
As características que perpassa pelo corpo em sua totalidade, como os símbolos, signos, histórias, marcas, culturas.
A centralidade das marcas do corpo que aprende, considerando o corpo apenas pensante.
As características que se apresenta na corporeidade perpassa apenas pelo vivenciar do corpo, sem considerar sua história.
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Moreira (2003) apresenta, em uma última análise, o conceito de perfeição do corpo, justifica sua antítese, a exclusão, permitindo que corpos sejam descartados a partir do momento que não mais rendem segundo o padrão da perfeição. Ao apresentar esses elementos sobre a concepção do corpo, de qual adjetivação do autor se refere?

Corpo objeto alienado
Corpo objeto mecânico
Corpo objeto especializado.
Corpo objeto de rendimento
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Oliveira et. al. (2008) comentam que há um esforço de uma parte significativa dos professores de Educação Física de enriquecer o escopo da sua intervenção na escola, numa direção que se faz deslocar de uma perspectiva naturalizada, baseada apenas na dimensão motriz do corpo, para uma outra, que lhe reconhece o estatuto cultural, baseada na corporeidade. Considerando a leitura do texto acima, assinale a afirmativa correta.

Há um movimento reflexivo que busca repensar a tradição de uma visão limitada das ciências da natureza, aplicada aos estudos e intervenções na área da Educação Física Escolar e que tem avançado em direção ao entendimento do corpo numa perspectiva sócio-cultural e histórica
Há um movimento reflexivo que busca valorizar o corpo em sua complexidade pautado nas explicações das ciências naturais e numa visão positivista de homem e sociedade.
Há um movimento reflexivo que desconsidera a perspectiva sócio-histórico e cultural para compreensão da relação corporalidade e Educação Física Escolar.
Há um movimento reflexivo que busca reafirmar a tradição marcada pelos estudos das ciências da natureza, nas intervenções na área da Educação Física Escolar que permitem o entendimento do corpo em sua complexidade sóciohistórico e cultural.
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No corpo estão inscritas todas as regras, todas as normas e todos os valores de uma sociedade específica, por ele o meio de contato primário do indivíduo com o ambiente que o cerca”(Doalio, 1995, p.105). Diante do texto, podemos afirmar que:

Não é através do nosso corpo que expressamos o efeito e significado que as relações tiveram ou tem em nós.
Os corpos não existiam apenas para mostrar-se, eles eram também instrumentos de combate.
A união da Igreja e Monarquia trouxe maior rigidez dos valores morais e uma percepção de corpo.
A história do corpo humano é a história da civilização.
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Segundo Santos (1990) apud (Daolio 2007) “O corpo é fruto da interação natureza/cultura. Conceber o corpo como meramente biológico é pensá-lo - explícita ou implicitamente - como natural e, consequentemente, entender a natureza do homem como anterior ou pré-requisito da cultura”. O autor apresenta a imposição de Santos 1990, seria ela:

Segundo Santos ele relata que, a cultura foi a própria condição de sobrevivência da espécie. Portanto, pode-se dizer que a natureza do homem é ser um ser cultural.
Segundo Santos, não se pode esquecer da natureza necessariamente social de uso do corpo, sendo possível somente pensar em novos usos do corpo, já que a cultura é passível de reinvenções e recriações.
Santos afirma que, nenhuma prática se realiza sobre o corpo sem que tenha, a suportá-la, um sentido genérico ou específico.
Segundo Santos, a natureza não seria necessariamente social de uso do corpo, já que, o corpo é somente matéria biológica, sem quaisquer reivindicações e recriações mediante cultura.
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2) Sempre que pensamos na visão de um corpo, pensamos em um corpo bonito e definido. A imagem do corpo grego, ainda hoje atraente e considerada uma referência, é bastante revelador da existência e dos ideais estéticos veiculados na altura. Na verdade, este corpo era radicalmente idealizado, treinado, produzido em função do seu aprimoramento, o que nos indica que ele era, contrariamente a uma natureza, qualquer que ela fosse, um artifício a ser criado numa civilização que alguns helenistas chamam de “civilização da vergonha” por oposição à judaico-cristã que será uma “civilização da culpa” (Dodds,1988, citado por Tucherman, 2004). Considerando essa ideia, podemos afirmar que na Grécia o corpo nu era idealizado como:

Objeto de admiração, a expressão e a exibição de um corpo nu que representava saúde, pois os gregos apreciavam a beleza de um corpo saudável.
O corpo não era valorizado pela sua saúde, capacidade atlética e fertilidade.
Os prazeres eram do domínio masculino e feminino.
A moral quanto ao corpo e ao sexo era rigidamente organizada e autoritária, apenas estabelecia algumas normas de conduta.
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No Renascimento, as ações humanas passaram a ser guiadas pelo método científico, começa haver uma maior preocupação com a liberdade do ser humano e a concepção de corpo é consequência disso. O avanço científico e técnico produziram, nos indivíduos do período moderno, um apreço sobre o uso da razão científica como única forma de conhecimento (Pelegrini ,2006). Diante dessa afirmação como foi a redescoberta do corpo na era moderna ? Assinale a alternativa correta.

A imagem do corpo grego, ainda hoje atraente e considerada uma referência, é bastante estéticos veiculados na altura.
A dificuldade de tecer considerações sobre os sentidos construídos para o corpo tem a ver justamente com o fato de estar a vivenciar a identidade frágil, instável, descontraída.
Encontramos, assim, uma visão dupla do corpo que se prende essencialmente na forma como encara o corpo feminino.
A redescoberta do corpo, nessa época, aparece principalmente nas obras de arte, como as pinturas de Da Vinci e Michelangelo, valorizando -se, deste modo, o trabalho artesão juntamente com o pensamento científico e o estudo do corpo.
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No renascimento, as ações humanas passaram a ser guiadas pelo método científico, começa a haver uma maior preocupação com a liberdade do ser humano e a concepção de corpo é consequência disso. O avanço científico e técnico produziram, nos indivíduos do período moderno, um apreço sobre o uso da razão científica como única forma de conhecimento (Pelegrini, 2006). Conforme o texto como são esses conhecimentos científicos do corpo nessa época, analise as alternativas a seguir: I - O corpo sob um olhar científico serviu de objeto de estudos e experiências. II- A redescoberta do corpo, nessa época, aparece principalmente nas obras de arte, como as pinturas de Da Vinci e Michelangelo. III- A disciplina e controle corporais não eram preceitos básicos. IV - Todas as atividades físicas eram prescritas por um sistema de regras liberadas, visando a saúde corporal.

I e II estão corretas.
I e IV estão corretas.
III e IV estão corretas.
Apenas a III está correta.
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Segundo Daolio (2007), as técnicas citadas pelo mesmo ao exemplificar a explicação de uma aula de educação física, ele menciona que os profissionais de educação física, utilizam o termo técnica no sentido de:

As técnicas, necessariamente não precisam ser aplicadas nas atividades físicas, pois a cultura do praticante influencia positivamente o resultado.
As técnicas, são consequências do esforço do praticante, sendo assim, a cultura do mesmo não influencia no desempenho
As técnicas são atos culturais, que ao longo dos anos tiveram evoluções, melhorando a realização das atividades físicas.
Utilizam como um conjunto de movimentos considerados sempre corretos, precisos, melhores que os outros.
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Se anteriormente o corpo foi dividido em dois - matéria física e a parte abstrata representada pela alma - na pós- modernidade o corpo é a própria fragmentação, parte-se em pedaços, divide-se e adquire sentido próprio(ROSÁRIO,2006). A partir da concepção de corpo na pós- modernidade, podemos afirmar que:

O corpo era visto como elemento de glorificação e de interesse do Estado.
Assim, enquanto os gregos celebravam a exposição, a força, os romanos, por seu lado não se expunham à luz.
O físico agora decompõe-se em músculos, glúteos, coxas, seios, bocas, olhos, cabelos, órgãos genitais, etc.
Modifica- se o ambiente, os afetos, e é a pensar num corpo dinâmico, construído pela cultura e pela sociedade.
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