REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA 8 ANO
ATIVIDADES DE REVISÃO PARA AS TURMAS DO 8 ANO
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Leia o texto abaixo e responda. VERDE No Nordeste brasileiro, as estações do ano são só duas: o inverno, de fevereiro a maio, é o tempo das chuvas; depois é o longo verão sem chuvas, de junho a janeiro. Em julho, a folha do mato começa a mudar. De agosto a setembro, as folhas secam e caem. De outubro em diante, o verde já desapareceu dos campos e das árvores. É só o chão ruivo e nu, as árvores de galhos secos parecem mortas. Verdes, só de longe em longe alguns juazeiros, que não perdem as folhas. A gente de lá adora o inverno, com suas águas, mas também gosta do tempo seco. Aquele sol de verão parece que purifica. Por ali não existem essas doenças dos climas úmidos, como impaludismo, as feridas bravas, a sapiranga nos olhos, tantas outras. Todo mundo colheu e guardou o milho e o feijão. Tendo mais uma cabra para dar leite às crianças, as galinhas no quintal, mandioca para fazer farinha, os sertanejos acham que é uma boa vida. Assim mesmo, a terra seca do verão não deixa de ser triste e até feia. Mas então, por fins de janeiro, começo de fevereiro, de repente, dá uma grande chuva, passa um dia e uma noite chovendo. E, na manhã seguinte, quando a gente se levanta, descobre um milagre. O chão, as moitas, as árvores – está tudo coberto de verde! Os galhos secos se encheram de rebentos verdes, e a terra está feito um tapete cerrado de brotos verdes que o povo chama babugem. O sertão ressuscita, vestido de verde, e é a coisa mais linda do mundo. QUEIROZ, Rachel de. Memórias de Menina. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006. Nesse texto, “babugem” (penúltimo parágrafo) é o mesmo que
D) terra coberta de brotos verdes.
A) cabra para dar leite às crianças.
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Leia o texto abaixo. História da hora Ele já estava alguns minutos atrasado. A namorada dele havia pedido que ele estivesse lá no relógio do shopping às oito horas em ponto porque a sessão começaria às oito e quinze. O chefe dele pediu para que ele terminasse um serviço. Mesmo ele correndo para dar tempo de fazer tudo, ele acabou se atrasando na hora de sair do trabalho. Quando ele se deu conta, já eram sete e quarenta e cinco. Imediatamente ele se lembrou de que o estacionamento onde estava o carro dele fechava às dezenove e trinta da noite. Mesmo tendo perdido a hora, ele foi correndo para ver se dava tempo de ele ainda pegar o carro. Tarde demais! O tiozinho do estacionamento disse ao rapaz da relojoaria vizinha que ele não poderia esperar por mais ninguém. Ele tinha que fechar o estabelecimento na hora certa por conta de um compromisso importantíssimo que ele tinha às oito horas da noite lá no centro da cidade. Ele olhou para o relógio. Já eram sete e cinquenta e oito. Ele resolveu ligar para a namorada e dizer a ela que, infelizmente, apesar de ele ter corrido contra o relógio, ele não conseguiria chegar a tempo de assistir ao filme que ela há tantos dias esperava ver. Ela deu um tempo e pensou. Depois, num gesto de extrema compreensão, disse ao rapaz: Tudo bem, amor! Não vai faltar tempo e nem oportunidade para que, no futuro, a gente possa assistir a esse filme da hora. SILVA, Edson Rodrigues. Disponível em: <http://recantodacronica.blogspot.com.br/2010/10/texto-cronica-historia- da-hora-cronicas.html>. Acesso em: 17 nov. 2015. Nesse texto, no trecho “Quando ele se deu conta,...” (2° parágrafo), a expressão destacada significa
D) ter capacidade.
C) perceber algo.
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Leia o texto abaixo. Bancos e cadeiras Era uma vez um homem que fazia bancos. Aprendeu desde pequeno a arte de fazer bancos e, como era rápido e vendia a mercadoria com facilidade, nunca quis fazer outra coisa. Ao lado da oficina do homem que fabricava bancos, instalou-se um outro artesão. Mas este só fabricava cadeiras. Os clientes começaram a dividir-se. Alguns continuavam a comprar bancos, que eram mais baratos, mas outros preferiam comprar cadeiras, um pouco mais caras, mas mais cômodas. O homem que fazia bancos enervou-se. Para poder vender bem o produto do seu trabalho, baixou para metade o preço dos bancos. Os bancos continuavam do mesmo tamanho, o preço é que era mais baixo. O concorrente ao lado fez o mesmo. Uma cadeira passou a ser tão barata que até dava vontade de rir. Aproveitando a baixa de preços, cada vez iam mais clientes às oficinas. Mas aquilo era um disparate, tanto maior quanto, descendo os preços, de dia para dia, chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dados. Os dois artesãos fartavam-se de trabalhar, noite e dia, para responder aos pedidos. Arruinavam-se. Isto mesmo lhes disse Joaquim, um amigo de ambos. Por que é que vocês não se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos, ao mesmo tempo e por um preço razoável? A princípio, eles não queriam. Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razões de queixa do outro. Mas conformaram-se, a ver no que dava. Deu certo. A Sociedade Banco & Cadeira, formada pelos dois antigos rivais, agora amigos, vai de vento em popa. TORRADO, Antonio. Disponível em: <http://www.anossaescola.com/cr/testes/dulcilene/leituraeinterpretacao. htm>. Acesso em: 4 mar. 2014. Nesse texto, no trecho “Mas aquilo era um disparate,...” (6° parágrafo), a palavra destacada tem sentido de
absurdo.
brincadeira.
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Leia o texto abaixo. O site americano TechCrunch, especializado em web, fez em agosto do ano passado uma constatação que, sempre que feita, ainda espanta a gringaiada: é preciso falar português para entender parte importante do universo online atual. É na América Latina, constata o site, que a web mais cresce no planeta: a região já responde hoje por metade da população de internet da América do Norte e continua crescendo mais que a média mundial de usuários em outros continentes. O Brasil, nesse bolo, está na ponta, compondo 35% dos internautas latino- americanos. Em sites de forte apelo global como Orkut, Facebook e Twitter, os falantes de português são um público numeroso. Mas falar português também está virando um atrativo de mercado: o acesso a sites e a compras latino-americanas, diz o TechCrunch, são majoritariamente em português. [...] O brasileiro adere fácil à tecnologia da conversação porque é comunicativo. [...] Segundo o Ibope, os internautas brasileiros entre 12 e 24 anos passam 27 horas mensais no computador, dos quais 57% visitam blogs e 46% usam programas de conversação. Língua. Ano 5, n. 64, fev. 2011. Nesse texto, a ideia defendida pelo site TechCrunch refere-se
à importância do português no universo online.
ao crescimento da web na América Latina.
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Leia o texto abaixo: O mercúrio onipresente (Fragmento) Os venenos ambientais nunca seguem regras. Quando o mundo pensa ter descoberto tudo o que é preciso para controlá-los, eles voltam a atacar. Quando removemos o chumbo da gasolina, ele ressurge nos encanamentos envelhecidos. Quando toxinas e resíduos são enterrados em aterros sanitários, contaminam o lençol freático. Mas ao menos acreditávamos conhecer bem o mercúrio. Apesar de todo o seu poder tóxico, desde que evitássemos determinadas espécies de peixes nas quais o nível de contaminação é particularmente elevado, estaríamos bem. [...]. Mas o mercúrio é famoso pela capacidade de passar despercebido. Uma série de estudos recentes sugere que o metal potencialmente mortífero está em toda parte — e é mais perigoso do que a maioria das pessoas acredita. Jeffrey Kluger. IstoÉ. nº 1927, 27/06/2006, p.114-115. A tese defendida no texto está expressa no trecho:
o total controle dos venenos ambientais é
impossível.
o chumbo da gasolina ressurge com a ação
do tempo.
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Leia o texto abaixo: A incapacidade de ser verdadeiro Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da- independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas. A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça: – Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia. DRUMMOND, Carlos. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record. Nesse texto, a narrativa é gerada pela
aparição de seres fantásticos.
imaginação de Paulo.
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Leia o texto abaixo. Ser adolescente é... Ser adolescente é... Acordar todos os dias tarde E ainda achar que dormiu pouco; Ficar horas com amigos ao telefone E ainda chatear-se quando a mãe reclama; Deixar seu quarto todo bagunçado E dizer que não o arrumou por falta de tempo; Achar que o mundo gira em torno de si E não o contrário... Mas ser adolescente também é... Querer resolver os problemas do mundo, [...] Fazer loucuras pelo seu ídolo, Amar da forma mais intensa possível, Estar rodeado de amigos, Ser espontâneo e explosivo... Ser adolescente é tudo isso e muito mais... CORRÊA, Edmar Guedes. Disponível em: <http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=1649&%20cat=Infanto_Juvenil>. Acesso em: 26 maio 2011. Fragmento. No verso “Ser adolescente é...” (v. 1), o uso das reticências sugere
continuidade de um pensamento.
interrupção de uma fala.
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. Leia o texto abaixo. Por que às vezes nosso espirro “foge”? Simples! Porque a vontade passa. Mas, para entender por que ela passa, é preciso, antes, saber que o espirro é um mecanismo de defesa do nosso nariz contra partículas ou substâncias que causem irritação na mucosa nasal – da mesma forma que a tosse é um mecanismo de defesa dos nossos pulmões. Poeira, pólen, pelo de animais, ácaros ou substâncias voláteis, como perfumes e produtos de limpeza, são alguns dos agentes causadores do espirro. Quando essas substâncias entram em contato com a mucosa do nariz, provocam irritação e acionam no organismo um mecanismo de defesa para expulsá-las. “Ao espirrar, estamos mandando-as para fora de nosso corpo. Mas, às vezes, o espirro some, pois a necessidade ou a irritação passa”, explica o otorrinolaringologista Manoel de Nóbrega, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Outras vezes, fica aquele vai e vem até que o espirro aconteça ou desapareça de vez – isso porque os causadores do espirro já foram expelidos. [...] Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/saude/vezes-nosso-espirro-foge-611510.shtml>. Acesso em: 5 dez. 2010. Fragmento. No título desse texto “Por que às vezes nosso espirro “foge”?”, a palavra destacada está entre aspas
porque a palavra no contexto assume outro sentido.
para destacar a importância da palavra no texto.
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Leia o texto abaixo: Eu sou Clara Sabe, toda a vez que me olho no espelho, ultimamente, vejo o quanto eu mudei por fora. Tudo cresceu: minha altura, meus cabelos lisos e pretos, meus seios. Meu corpo tomou novas formas: cintura, coxas, bumbum. Meus olhos (grandes e pretos) estão com um ar mais ousado. Um brilho diferente. Eu gosto dos meus olhos. São bonitos. Também gosto dos meus dentes, da minha franja... Meu grande problema são as orelhas. Acho orelha uma coisa horrorosa, não sei por que (nunca vi ninguém com uma orelha bonitona, bem-feita). Ainda bem que cabelo cobre orelha! Chego à conclusão de que tenho mais coisas que gosto do que desgosto em mim. Isso é bom, muito bom. Se a gente não gostar da gente, quem é que vai gos¬tar? (Ouvi isso em algum lugar...) Pra eu me gostar assim, tenho que me esforçar um monte. Tomo o maior cuidado com a pele por causa das malditas espinhas (babo quando vejo um chocolate!). Não como gordura (é claro que maionese não falta no meu sanduíche com batata frita, mas tudo light...) nem tomo muito refri (celulite!!!). Procuro manter a forma. Às vezes sinto vontade de fazer tudo ao contrário: comer, comer, comer... Sair da aula de ginástica, suando, e tomar três garrafas de refrigerante geladinho. Pedir cheese bacon com um mundo de maionese. Engraçado isso. As pessoas exigem que a gente faça um tipo e o pior é que a gente acaba fazendo. Que droga! Será que o mundo feminino inteiro tem que ser igual? Parecer com a Luíza Brunet ou com a Bruna Lombardi ou sei lá com quem? Será que tem que ser assim mesmo? Por que um monte de garotas que eu conheço vivem cheias de complexos? Umas porque são mais gordinhas. Outras porque os cabelos são crespos ou porque são um pouquinho narigudas. Eu não sei como me sentiria se fosse gorda, ou magricela, ou nariguda, ou dentuça, ou tudo junto. Talvez sofresse, odiasse comprar roupas, não fosse a festas... Não mesmo! Bobagem! Minha mãe sempre diz que beleza é “um conceito muito rela-tivo”. O que pode ser bonito pra uns, pode não ser pra outros. Ela também fala sem¬pre que existem coisas muito mais importantes que tornam uma mulher atraente: inteligência e charme, por exemplo. Acho que minha mãe está coberta de razão! Pois bem, eu sou Clara. Com um pouco de tudo e muito de nada. RODRIGUES, Juciara. Difícil decisão. São Paulo: Atual, 1996. No trecho “...nem tomo muito refri (celulite!!!).” (ℓ.25), a repetição do “ponto de excla¬mação” sugere que a personagem tem
horror ao aparecimento da celulite.
incerteza quanto às causas da celulite.
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Leia o texto abaixo e responda. Toca o despertador e meu pai vem me chamar: — Levanta, filho, levanta, tá na hora de acordar. Uma coisa, no entanto, impede que eu me levante: sentado nas minhas costas, há um enorme elefante. Ele tem essa mania, todo dia vem aqui. Senta em cima de mim, e começa a ler gibi. O sono, que estava bom, fica ainda mais pesado. Como eu posso levantar Com o bichão aí sentado? O meu pai não vê o bicho, deve estar ruim de vista. Podia me deixar dormindo, enquanto ia ao oculista... Espera um pouco, papai... Não precisa ser agora. daqui a cinco minutos o elefante vai embora! Mas meu pai insiste tanto, que eu levanto, carrancudo. Vou pra escola, que remédio, Com o bicho nas costas e tudo! Nos versos "Vou pra escola, que remédio, com o bicho nas costas e tudo!" O ponto de exclamação na final enfatiza que o menino ficou
assustado.
conformado.