Aprendendo sobre o gênero textual poesia.
O que você sabe e o que precisa saber.
0
0
0
1
Leia o poema de Cecília Meireles: O lagarto medroso O lagarto parece uma folha Verde e amarela. E reside entre as folhas, o tanque e a escada de pedra. De repente sai da folhagem depressa, depressa, olha o sol, mira as nuvens e corre por cima da pedra. Bebe o sol, bebe o dia parado, Sua forma tão quieta, Não se sabe se é bicho, se é folha caída na pedra. Quando alguém se aproxima, - Oh! Que sombra é aquela? - o lagarto logo se esconde entre as folhas e a pedra. Mas, no abrigo, levanta a cabeça Assustada e esperta: que gigantes são esses que passam pela escada de pedra? Assim vive, cheio de medo Intimidado e alerta, o lagarto (de que todos gostam), entre as folhas, o tanque e a pedra. Cuidadoso e curioso, O lagarto observa. E não vê que os gigantes sorriem Para ele, da pedra. Fonte: Cecília Meireles. Ou isto ou aquilo & inéditos. São Paulo, Mewlhoramentos/MEC, 1972. Na sexta linha do poema, a expressão “depressa, depressa” dá a ideia de:
Modo
Explicação
Lugar
Dúvida
2
Leia com atenção: RARIDADE A arara é uma ave rara pois o homem não para de ir ao mato caçá-la para a pôr na sala em cima de um poleiro onde ela fica o dia inteiro fazendo escarcéu porque já não pode voar pelo céu. E se o homem não para de caçar arara, hoje uma ave rara, ou a arara some ou então muda seu nome para arrara. (José Paulo Paes. Olha o bicho! São Paulo: Ática.) Considerando o poema de José Paulo Paes, assinale a única alternativa incorreta entre as apresentadas a seguir:
O título do poema, Raridade, refere-se à própria “arara”, que, caso continue sendo caçada
pelo homem, poderá se tornar uma raridade na natureza.
O poema está organizado em duas estrofes.
Na palavra criada pelo poeta – arrara –, percebemos uma brincadeira com a mistura das
palavras arara e rara, numa indicação de que a arara, de tanto ser caçada pelo homem, está
se tornando uma ave rara.
As estrofes do poema possuem número igual de versos
3
Ainda sobre o poema RARIDADE: RARIDADE A arara é uma ave rara pois o homem não para de ir ao mato caçá-la para a pôr na sala em cima de um poleiro onde ela fica o dia inteiro fazendo escarcéu porque já não pode voar pelo céu. E se o homem não para de caçar arara, hoje uma ave rara, ou a arara some ou então muda seu nome para arrara. O texto que você leu é um poema. Qual das afirmações a seguir apresenta características próprias desse gênero textual?
O texto é organizado em versos e estrofes, podendo apresentar rimas.
O texto é organizado em parágrafos.
É um texto informativo.
Utiliza-se do recurso de balões de fala para representar os diálogos entre as personagens.
4
Haicai é um gênero poético originário do Japão, escrito em três versos, e contém alguma referência à natureza expressa no tempo presente. Com base nessas informações, assinale, entre os textos apresentados abaixo, um haicai.
Que cheiro cheiroso
De terra molhada
Quando a chuva chuvisca!...
(Angela Leite de Souza)
Chuva: queda ou precipitação de gotas de água na nuvem.
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
(Cecília Meireles)
Já passou a chuva
E o sol já vem surgindo
E a Dona Aranha
Continua a subir.
(domínio público)
5
INFÂNCIA Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo. Meu irmão pequeno dormia. Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais. No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu chamava para o café. Café preto que nem a preta velha café gostoso café bom. Minha mãe ficava sentada cosendo olhando para mim: — Psiu... Não acorde o menino. Para o berço onde pousou um mosquito. E dava um suspiro... que fundo! Lá longe meu pai campeava no mato sem fim da fazenda. E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé. (Carlos Drummond de Andrade. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2001.) Leia as afirmações feitas a seguir. I. No poema, o poeta rememora episódios de sua infância. II. A infância do poeta caracteriza-se pela repetição dos mesmos pequenos acontecimentos de uma pacata vida doméstica. III. O menino foge da monotonia, da solidão, lendo as histórias de Robinson Crusoé. IV. Desde criança, o poeta já percebia que sua vida tinha mais beleza que a de Robinson Crusoé.
II, III e IV, apenas.
I e II, apenas.
I, II, III e IV
I, II e III, apenas.
6
Em dois momentos do poema, Drummond cita o personagem do livro que lia. Veja: Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais. [...] E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé. Robinson Crusoé é o personagem-título da obra criada pelo inglês Daniel Defoe, publicada originalmente em 1719. Nela, relata-se a história de um náufrago que passou 27 anos, dois meses e dezenove dias em uma remota ilha deserta, ao largo da costa venezuelana. As ferramentas, cordas, tábuas e outros utensílios que retira do navio acidentado o ajudam a enfrentar o desamparo e a solidão que viveu nesse período. O menino lê as aventuras de Robinson Crusoé. Enquanto sua vida é pacata, a do aventureiro é movimentada. No entanto, o menino identifica-se com o personagem porque ambos:
moraram em fazendas durante a infância.
são solitários.
estiveram perdidos por um longo período num lugar deserto, de difícil acesso.
se tornaram escritores quando adultos.