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Canção do vento e da minha vida O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores, de folhas. [...] O vento varria os sonhos E varria as amizades... O vento varria as mulheres... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De afetos e de mulheres. O vento varria os meses E varria os teus sorrisos... O vento varria tudo! E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De tudo. BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. Predomina no texto a função da linguagem
referencial, já que são apresentadas informações sobre
acontecimentos e fatos reais.
metalinguística, porque há explicação do significado das
expressões.
fática, porque o autor procura testar o canal de
comunicação.
conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de
uma ação.
poética, pois chama-se a atenção para a elaboração
especial e artística da estrutura do texto.
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Quando Deus redimiu da tirania Da mão do Faraó endurecido O Povo Hebreu amado, e esclarecido, Páscoa ficou da redenção o dia. Páscoa de flores, dia de alegria Àquele Povo foi tão afligido O dia, em que por Deus foi redimido; Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia. Pois mandado pela alta Majestade Nos remiu de tão triste cativeiro, Nos livrou de tão vil calamidade. Quem pode ser senão um verdadeiro Deus, que veio estirpar desta cidade O Faraó do povo brasileiro. DAMASCENO. D. (Org.). Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo: Globo. 2006. Com uma elaboração de linguagem e uma visão de mundo que apresentam princípios barrocos, o soneto de Gregório de Matos apresenta temática expressa por
crítica velada à forma de governo vigente
preocupação com a identidade brasileira.
reflexão sobre os dogmas do cristianismo.
visão cética sobre as relações sociais.
E questionamento das práticas pagãs na Bahia.
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Sobre o classicismo é correto afirmar:
Presença de poemas com versos livres e brancos.
Movimento que faz referência aos modelos clássicos greco-romanos.
Movimento que surge no século V na Europa.
Possui uma linguagem informal, com uso de regionalismos.
Memorial de Aires é um exemplo de romance classicista.
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Mudança linguística Ataliba de Castilho, professor de língua portuguesa da USP, explica que o internetês é parte da metamorfose natural da língua. - Com a internet, a linguagem segue o caminho dos fenômenos da mudança, como o que ocorreu com “você”, que se tornou o pronome átono “cê”. Agora o interneteiro pode ajudar a reduzir os excessos da ortografia, e bem sabemos que são muitos. Por que o acento gráfico é tão importante assim para a escrita? Já tivemos no Brasil momentos até mais exacerbados por acentos e dispensamos muitos deles. Como toda palavra é contextualizada pelo falante, podemos dispensar ainda muitos outros. O interneteiro mostra um caminho, pois faz um casamento curioso entre oralidade e escrituralidade. O internetês pode, no futuro, até tornar a comunicação mais eficiente. Ou evoluir para um jargão complexo que, em vez de aproximar as pessoas em menor tempo, estimule o isolamento dos iniciados e a exclusão dos leigos. Para Castilho, no entanto, não será uma reforma ortográfica que fará a mudança de que precisamos na língua. Será a internet. O jeito eh tc e esperar pra ver? Disponível em: http://revistalingua.com.br. Acesso em: 3 jun. 2015 (adaptado). Na entrevista, o fragmento “O jeito eh tc e esperar pra ver?” tem por objetivo
ilustrar a linguagem de usuários da internet que poderá promover alterações de grafia.
mostrar os perigos da linguagem da internet como potencializadora de dificuldades de escrita.
evidenciar uma forma de exclusão social para as pessoas
com baixa proficiência escrita.
explicar que se trata de um erro linguístico por destoar do
padrão formal apresentado ao longo do texto.
exemplificar dificuldades de escrita dos interneteiros que
desconhecem as estruturas da norma padrão.
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S.O.S. Português Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso. S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, n. 231, abr. 2010 (fragmento adaptado). O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se marcas linguísticas próprias do uso:
coloquial, por meio do registro de informalidade.
regional, pela presença do léxico de determinada região do
Brasil.
literário, pela conformidade com as normas da gramática.
técnico, por meio de expressões próprias de textos científico
oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade.