*Filosofia Moderna*
A Filosofia Moderna é uma corrente ideológica que surgiu no século XV e prevaleceu até o século XVIII, marcando uma mudança de pensamento medieval - que até então era voltado à fé cristã - para a reflexão em torno do conhecimento humano e valorização da razão.
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01 - (ENEM) Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente. Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste em:
Explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates acadêmicos.
Oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.
Ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do saber que almejam o progresso.
Explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos.
Expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda existentes
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02 - (ENEM) A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras geométricas, sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto.
Inadequação da matemática para elaborar uma explicação racional da natureza.
Importância da independência da investigação científica pretendida pela Igreja.
Necessidade de o estudo linguístico ser acompanhado do exame matemático.
Continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante na Idade Média.
Oposição da nova física quantitativa aos pressupostos da filosofia escolástica
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03 - (ENEM) O século XVIII é, por diversas razões, um século diferenciado. Razão e experimentação se aliavam no que se acreditava ser o verdadeiro caminho para o estabelecimento do conhecimento científico, por tanto tempo almejado. O fato, a análise e a indução passavam a ser parceiros fundamentais da razão. É ainda no século XVIII que o homem começa a tomar consciência de sua situação na história. No ambiente cultural do Antigo Regime, a discussão filosófica mencionada no texto tinha como uma de suas características a:
Separação entre teologia e fundamentalismo religioso.
Vinculação entre escolástica e práticas de pesquisa.
Conciliação entre revelação e metafísica platônica.
Aproximação entre inovação e saberes antigos.
Contraposição entre clericalismo e liberdade de pensamento.
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4 - (Enem 2019) TEXTO I Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz. TEXTO II Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé. Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo
Centrado na razão humana.
Baseado na explicação mitológica.
Focado na legitimação contratualista
Configurado na percepção etnocêntrica
Fundamentado na ordenação imanentista.
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5- (Enem PPL 2019) TEXTO I Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, é válido também para o tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida por sua própria força e invenção. HOBBES. T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural. 1953 TEXTO II Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja naturalmente mau. Esse autor deveria dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado de nossa conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por conseguinte, o mais próprio à paz e o mais conveniente ao gênero humano. SOUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens_ São Paulo: Martins Fontes 1993 (adaptado) Os trechos apresentam divergências conceituais entre autores que sustentam um entendimento segundo o qual a igualdade entre os homens se dá em razão de uma
Vocação política.
Condição original.
Submissão ao transcendente.
Predisposição ao conhecimento.
Tradição epistemológica.