Literatura contemporânea

Literatura contemporânea

Faz parte da literatura brasileira contemporânea as obras do final do Séc. XX, após a Segunda Guerra Mundial, até os dias de hoje, no Séc. XXI. Mais especificamente, surgiu após o modernismo.

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Considerando que o cavalete era um instrumento de tortura utilizado durante a Ditadura Militar no Brasil, leia o poema de Cacaso abaixo, produzido no contexto da Poesia Marginal, e assinale a alternativa correta: Aquarela O corpo no cavalete é um pássaro que agoniza exausto do próprio grito. As vísceras vasculhadas principiam a contagem regressiva. No assoalho o sangue se decompõe em matizes que a brisa beija e balança: o verde – de nossas matas o amarelo – de nosso ouro o azul – de nosso céu o branco o negro o negro

O engajamento em oposição ao regime militar é tema frequente na Poesia Marginal, como se observa no poema exposto.
Cacaso dialoga diretamente com a proposta da primeira geração do Romantismo, de maneira a valorizar as riquezas do país.
O poema aborda a história do Brasil de maneira ufanista, valorizando elementos característicos da nação.
Assim como foi tendência entre os demais poetas da Poesia Marginal, Cacaso demonstra uma despreocupação com os eventos históricos que o rodeiam.
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Leia o poema abaixo e assinale a alternativa correta: Meu povo, meu poema (Ferreira Gullar) Meu povo e meu poema crescem juntos como cresce no fruto a árvore nova No povo meu poema vai nascendo como no canavial nasce verde o açúcar No povo meu poema está maduro como o sol na garganta do futuro Meu povo em meu poema se reflete como a espiga se funde em terra fértil Ao povo seu poema aqui devolvo menos como quem canta do que planta o homem está preso à vida e precisa viver o homem tem fome e precisa comer o homem tem filhos e precisa criá-los há muitas armadilhas no mundo e é preciso quebrá-las.

Pode-se observar no poema a preferência pelo humor e pela irreverência, fortes traços da Poesia Social.
O poema é construído com base em uma linguagem complexa e uma elaboração formal rebuscada de maneira a desafiar o leitor.
Trata-se de um poema com alto rigor formal, com versos metrificados e rimas regulares.
O poema se apresenta com linguagem clara e direta, tipicamente cotidiana, com versos livres e algumas recorrências de rimas (perfeitas ou não), como em juntos/fruto, maduro/futuro, canta/planta, viver/comer etc.
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Em relação ao poema "Não há vagas" de Ferreira Gullar, podemos afirmar que: Não há vagas O preço do feijão não cabe no poema. O preço do arroz não cabe no poema. Não cabem no poema o gás a luz o telefone a sonegação do leite da carne do açúcar do pão O funcionário público não cabe no poema com seu salário de fome sua vida fechada em arquivos. Como não cabe no poema o operário que esmerila seu dia de aço e carvão nas oficinas escuras - porque o poema, senhores, está fechado: “não há vagas” Só cabe no poema o homem sem estômago a mulher de nuvens a fruta sem preço O poema, senhores, não fede nem cheira.

Nota-se uma conjunção entre a reflexão sobre o fazer poético e a preocupação com a realidade social adversa.
Pode ser considerado como poesia social porque não apresenta qualquer tipo de preocupação com a vida do homem nas grandes cidades. Há apenas o compromisso com a palavra e com a estrutura do poema, que rompe com a linguagem discursiva a favor do verso livremente disposto na página.
A ruptura com o verso tradicional situa o poema no contexto da primeira geração modernista.
Ao ser aproximada de um ato lúdico como o fazer poesia, a crítica social é atenuada e perde força.
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Considere o poema de Augusto de Campos AMOR e assinale a alternativa correta.

Considere o poema de Augusto de Campos AMOR e assinale a alternativa correta.

Todas as alternativas estão erradas.
Pelo humor gerado ao relacionar as palavras AMOR e MORTE, trata-se de um poema filiado à estética caraterística da Poesia Marginal.
É um poema característico da Poesia Social por sua temática voltada à conscientização da sociedade brasileira com relação ao tema da morte.
O poema rompe com o verso linear tradicional da poesia, valorizando visualidade e a espacialidade das palavras na página, conforme a tendência estética da Poesia Concreta.
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Enem 2010: RECLAME se o mundo não vai bem a seus olhos, use lentes ... ou transforme o mundo. ótica olho vivo agradece a preferência Chacal é um dos representantes da geração poética de 1970. A produção literária dessa geração, considerada marginal e engajada, de que é representativo o poema apresentado, valoriza:

Uso de versos cursos e uniformes quanto a métrica.
A sociedade de consumo com o uso da linguagem publicitária.
O experimentalismo em versos curtos e tom jocoso.
A experimentação formal dos neossimbolistas.
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