1
A propósito do texto acima e de seus recursos multimodais, analise as proposições a seguir. I. Ao encobrir parte da cena, o primeiro quadrinho cria certa expectativa sobre quem é o interlocutor de Mônica, o que só é mostrado no segundo quadrinho. II. No segundo quadrinho, a identidade da mulher (uma bruxa) é apresentada principalmente por meio de recursos não verbais. III. Os traços em forma de semicírculo e ‘a poeira’ em movimento em torno da vassoura indicam que esse objeto está ‘ligado’, é autônomo para se movimentar e, portanto, deve pertencer a uma bruxa. IV. O humor da tira tem relação com o fato de Mônica interrogar a bruxa com muita seriedade, à procura de evidências de que ela é a dona da vassoura. Estão CORRETAS:
II e IV, apenas.
I e IV, apenas.
I, II e III, apenas
I, II, III e IV.
I e III, apenas.
2
Leia: Texto 1 Professora é cercada por alunos e agredida em Rondônia A vítima estava saindo de uma escola quando foi abordada pelo grupo. Uma estudante desferiu um soco no rosto dela. Publicado em 08/07/2016, às 10h45 Uma professora de 48 anos de uma escola estadual de Rondônia foi cercada por estudantes e agredida por uma aluna na cidade de Ji-Paraná, nessa quarta-feira (6). De acordo com a polícia, a vítima foi abordada pelo grupo depois de ter saído das dependências do colégio. As informações são do G1 RO. A suspeita de ter desferido um soco no rosto da educadora, que teve um corte no supercílio, é uma aluna do 1º ano do Ensino Médio. A vítima foi levada para um hospital da cidade, e a menor que cometeu a agressão ainda não foi localizada. Ela poderá responder por lesão corporal, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Uma fotografia mostrando a mulher sendo socorrida gerou comoção nas redes sociais. “Que país é este onde o profissional que deveria ser reverenciado é agredido?”, questionou uma usuária. A Secretaria de Educação de Rondônia disse que repudia o ato de violência e acompanhará o processo para que depois possa tomar medidas. (http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/mundo/brasil/noticia/2016/07/08/professora-e-cercada-por-alunos-e-agredida-em-rondonia-243547.php. Adaptado) Texto 2 Poema tirado de uma notícia de jornal João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num [barracão sem número Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. BANDEIRA, Manuel. Libertinagem. In: Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1966. O texto literário tem características peculiares que o diferenciam de outros tipos de texto. Aplicando essa ideia aos textos 1 e 2, é CORRETO afirmar:
o Texto 1 tem como características a atualidade e brevidade dos fatos, simplicidade vocabular, coloquialismos, clareza e objetividade na sua linguagem; assim, deve ser lido como texto literário.
o Texto 1 é jornalístico, porque tem conteúdo efêmero, não possui caráter poético e traz marcas típicas como a referência a uma fotografia e ao portador.
o traço em comum que há entre os textos 1 e 2 é a “objetivação do lirismo”, ou seja, ambos possuem uma linguagem amparada nas experiências do mundo.
o Texto 2 é marcadamente subjetivo, distanciando-se da realidade do cotidiano, sem provocar a imaginação do leitor por ser narrativo.
o Texto 2 não mantém nenhum tipo de relação com o Texto 1, porque a linguagem literária de Manuel Bandeira diverge estilisticamente da jornalística.
3
A compreensão do texto, no informe publicitário acima, exige que o leitor perceba que, nele, apresentam-se duas normas linguísticas. Para diferenciá-las, o principal recurso utilizado pelo autor foi o de
trazer, para o texto, diferentes gêneros. Isso possibilitou que a ‘norma culta’ fosse expressa na forma de versos, no gênero poema; e a ‘norma não culta’ fosse expressa na forma de prosa, no gênero anúncio publicitário.
distribuir o texto em diferentes planos. Isso permitiu que a norma considerada ‘culta’ ficasse destacada em primeiro plano, e a norma considerada ‘não culta’ ficasse em segundo.
mesclar, no texto, elementos verbais com elementos não verbais. Isso possibilitou que o texto fosse escrito na ‘norma culta’, e as imagens representassem a ‘norma popular’.
representar, nas ilustrações, duas diferentes classes sociais. Isso justifica, por exemplo, as imagens de pessoas bem-vestidas juntamente com outras, de pessoas malvestidas.
grafar algumas palavras em desacordo com as convenções ortográficas, porém de maneira mais aproximada da fala. Isso justifica, por exemplo, as diferentes grafias de “bem está” / “bem-estar”.
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Alguns conhecimentos prévios ajudam o leitor a compreender adequadamente o texto acima. Dentre esses conhecimentos, o leitor deve saber que, por exemplo,
o termo “isoladas” faz referência ao fato de o estudante poder receber aulas de língua portuguesa individualmente, e não em turmas maiores.
o termo “pegadinhas” é empregado para fazer referência às questões mais recorrentes nos concursos públicos, em que a língua portuguesa é obrigatória.
a expressão “semana da língua portuguesa” faz referência a uma semana especial, em que, no nosso país, a língua portuguesa é homenageada.
“40% off” é uma expressão corrente no Brasil, e significa que o estudante poderá parcelar o pagamento de sua compra em até 40 vezes.
a expressão “língua portuguesa” é empregada, também, para fazer referência a uma disciplina escolar, e pode ser objeto de transação comercial.
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Leia: Texto do Cartaz: “Eu sou um cartaz HIV positivo Minhas medidas são 40 x 60 centímetros. Fui impresso em papel Alta Alvura e minha gramatura é 250. Eu sou exatamente como qualquer outro cartaz. Com um detalhe: sou HIV positivo. É isso mesmo que você leu. Sou portador do vírus. Carrego em mim uma gota de sangue HIV positivo. De verdade. Neste momento, você pode estar dando um passo para trás se perguntando se eu ofereço algum perigo. Minha resposta é: nem de longe. O HIV não sobrevive fora do corpo humano por mais de uma hora. Por isso, o sangue neste cartaz não traz nenhum perigo. Assim como conviver com um soropositivo. Você contrai o HIV se tiver relações sexuais sem preservativos com alguém que não está em tratamento efetivo, se partilhar de agulhas e seringas com sangue contaminado. Sim, você pode conviver comigo e com qualquer pessoa soropositiva numa boa. Nós podemos exercer nossa função na sociedade perfeitamente. E arrisco dizer que, se eu não tivesse revelado que tenho HIV, talvez você nem tivesse notado. Porque ser soropositivo não determina quem você é. Seja para um cartaz ou para um ser humano. Se o preconceito é uma doença, a informação é a cura.” Dentre os valores e/ou opiniões veiculados pelo texto, encontra-se a defesa de que
uma pessoa portadora do vírus HIV preserva seu direito de ser um cidadão socialmente atuante.
o preconceito contra as pessoas soropositivas tem diminuído bastante com a divulgação de cartazes.
é vital proteger-se do vírus HIV, pois ele pode ser tão destrutivo para um cartaz quanto para o corpo humano.
relações sexuais sem preservativos só deveriam ocorrer com parceiros comprovadamente livres do HIV.
deveria ser um direito das pessoas soropositivas não revelar sua condição de saúde a quem quer que fosse.