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FGV 2014) Ao estudar as relações de poder na sociedade contemporânea, Pierre Bourdieu distinguiu quatro diversos tipos de capital: o econômico, o social, o cultural e o simbólico. Com relação aos diversos tipos de recursos associados a cada forma de capital, segundo Bourdieu, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. (__) O capital social é constítuido pelo conjunto de recursos a que um indivíduo tem acesso em função das redes de relações nas quais se insere. (__) O capital cultural se baseia exclusivamente na instrução formal e nas habilidades intelectuais adquiridas por um indivíduo ao longo da vida escolar. (__) O capital simbólico é a visão de mundo da classe social hegemônica que transforma seus recursos materiais em símbolos de força e poder. As afirmativas são, respectivamente,
V, F e F.
F, V e F.
F, V e V.
V, V e F
F, F e V
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(IFPR/PR 2019) A sociologia nasceu em um ambiente capitalista e continua produzindo suas análises e categorias em um estágio avançado de capitalismo. Talvez por isso, Pierre Bourdieu tenha afirmado que é papel da sociologia compreender a cultura vigente, pois a mesma é central no processo de dominação. De qualquer forma, emprestar sentido a tudo o que nos atinge é papel da sociologia contemporânea e, em especial, emprestar sentido a tudo o que atinge a relação sociedade e educação é papel da sociologia da educação. Sobre a reflexão sociológica e o objeto da mesma no tempo presente, anote a única considerada INCORRETA:
A vida social é um grande laboratório e que precisa ser interpretada por sociólogos de plantão que querem compreender o real sentido do que se faz e do que não se faz quando o assunto é a vida em sociedade.
A sociologia contemporânea tem se ocupado de uma única tarefa, uma vez que considera temas que apenas o homem comum problematiza em seu dia-dia. Ao concentrar-se sobre os temas comuns, tem sido negligente com temas de especialidades e com temas de entendimento maior.
Precisa-se considerar a tese de que não existe apenas uma tradição sociológica, mas sim um mosaico ou um campo de opções disponíveis aos sociólogos de plantão. Assim, não há dúvida de que o ofício da sociologia é uma tarefa interminável sobre a vida social.
Partimos do raciocínio de que a realidade social existe e está aí e, portanto, não é um abstrato qualquer. Nesse sentido, a sociologia não pode ser uma atividade leviana ou uma perfumaria e que a regra de ouro do pensamento sociológico não é agradar ou ser ‘politicamente correto’, mas sim elaborar proposições razoáveis, compreensíveis, capazes de nos ajudar a compreender melhor os fenômenos sociais.
A sociologia contemporânea tem se ocupado de uma única tarefa, uma vez que considera temas que apenas o homem comum problematiza em seu dia-dia. Ao concentrar-se sobre os temas comuns, tem sido negligente com temas de especialidades e com temas de entendimento maior.
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3. (VUNESP 2012) Segundo Cuche, Bourdieu trata a cultura no sentido antropológico, mas recorre para tal a outro conceito que é o de
habitus, ou seja, sistemas de disposições duráveis e transponíveis, estruturas estruturadas predispostas a funcionar como estruturas estruturantes, isto é, a funcionar como princípios geradores e organizadores de práticas e de representações.
trocas simbólicas, ou seja, sistemas de disposições duráveis e transponíveis, estruturas estruturadas dispostas a operar como mercadorias materiais e simbólicas no universo semântico do signo.
ethos, ou seja, sistemas de disposições efêmeros, porque são intercambiáveis, estruturas estruturadas predispostas a funcionar como estruturas estruturantes, isto é, a funcionar como princípios geradores e organizadores de práticas e de representações de significados materiais e simbólicos.
ethos, ou seja, sistemas de disposições duráveis e instransponíveis, infraestruturas predispostas a funcionar como estruturas estruturantes, isto é, a funcionar como princípios geradores e organizadores de práticas e de representações.
habitus, ou seja, sistemas de disposições permeáveis e efêmeros, estruturas estruturadas dispostas a funcionar como estruturas estruturantes, isto é, a funcionar como princípios operadores de lógicas de mercado e de trocas simbólicas.
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4. (FCC 2012) A noção de capital social para Pierre Bourdieu refere-se
a um operador de racionalidade prática que articula as estruturas objetivas externas às estruturas subjetivas da história pessoal.
ao conjunto dos recursos efetivos ou potenciais ligados à posse de uma rede durável de relações mais ou menos institucionalizadas de conhecimento ou reconhecimento mútuo.
ao tipo de capital conhecido e reconhecido, quando é conhecido segundo as categorias de percepção que ele impõe.
ao princípio gerador e unificador que retraduz as características intrínsecas e relacionais de uma posição em um estilo de vida.
a um recurso que os atores fazem derivar de suas competências e habilidades estritamente vinculadas à sua socialização primária.
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5. (FGV 2013) Para Pierre Bourdieu, a escola é um espaço de produção de capital cultural, com diversos agentes e valores sociais envolvidos nesse processo. As opções a seguir consideram a escola a partir do quadro conceitual oferecido pelo sociólogo, à exceção de uma. Assinale–a.
O aluno é um ator social ligado à engrenagem da produção simbólica, dela participando como herdeiro e transmissor inconsciente de valores.
A escola é um espaço de socialização que proporciona o desenvolvimento integral dos indivíduos, tendo em vista que somos produtores e produtos do meio em que vivemos.
A escola é um artifício de reafirmação de poderes, onde estruturas sociais diferentes convivem e se enfrentam com seus variados estilos de vida
A escola é uma ferramenta de poder, que reproduz desigualdades, ao perpetuar de forma implícita hierarquias e constrangimentos.
Na escola se desenvolvem lutas pela obtenção e manutenção do poder simbólico, produzindo valores que acabam sendo aceitos pelo senso comum.