Sociologia e Educação - 1º Bimestre

Para Weber, a sociologia da educação se isenta de se relacionar à teoria do poder e às formas de dominação.

O sistema escolar contém um conjunto de funções, dentro do qual destacam-se as funções de libertação da legitimidade de uma cultura e de emancipação do sistema de dominação.

Segundo Weber, a organização escolar liberta o indivíduo dos aparatos coativos de dominação que tem por tarefa a administração dos bens culturais.

Weber distingue a educação como processo mais amplo de apropriação de bens culturais (processo geral de apropriação de códigos simbólicos disponíveis em determinado meio cultural) e como processo específico de escolarização (aparato institucional do qual determinada cultura se utiliza para produzir e reproduzir determinadas relações de dominação).

Entender que os homens são um produto das circunstâncias significa entender também que as circunstâncias devem ser modificadas pelos homens e que o próprio educador deve ser educado.

A escola, segundo Marx, deve ser privatizada sempre que possível, além de sofrer uma intervenção mínima do Estado.

Se a escola burguesa era parte do aparato da superestrutura do modo de produção capitalista, ela pode reproduzir outras ideologias além do sistema no qual está inserida.

O homem educado é o homem livre, e o homem livre é aquele que se influencia pela ideologia dominante.

Para Marx, portanto, a mudança do sistema passa pela escola, não pela desestruturação do modo de produção capitalista.

A sociedade deve permitir aos pais e aos patrões o emprego de crianças e adolescentes para o trabalho, ao desarticular o trabalho produtivo com a educação.

Por educação entende-se: (1) educação mental, tal qual é produzida pelos exercícios ginásticos e militares; (2) educação corporal, compreendendo os princípios gerais e científicos de todos os processos de produção (3) educação tecnológica, iniciando as crianças e os adolescentes no manejo dos instrumentos elementares de todos os ramos industriais.

Toda a sua discussão sobre educação passa necessariamente pela indissociável união entre a dimensão prática do trabalho e o exercício intelectual levado a efeito para a compreensão dos seus processos.

A separação entre prática e reflexão sobre a prática deveria se somar a educação física como componente pouco significativo na formação de um corpo física e intelectualmente saudável.

O ser social é produto da coerção exercida pelo indivíduo, que tende a moldar a sociedade à sua imagem.

É através da educação que a criança entra no egoísmo e ignora a convivência em sociedade, reconhecendo o outro e incorporando como hábito as imposições e exigências do meio social.

Segundo Durkheim, socializar é fazer com que os indivíduos compartilhem das suas ideias para moldar determinada sociedade, através do egocentrismo que determina como a sociedade deve agir.

Independente do lugar e da época em que é realizada, a educação é o mesmo que socialização e tem por objeto formar o ser social, isto é, tornar o ser egoísta que somos ao nascer em um indivíduo socialmente ajustado.

A matéria de ensino se instaura em um conteúdo pontual ou circunstancial. Durkheim atribuía essa capacidade de ensinar às gerações mais novas (especialistas, na modernidade).

À medida que diminui a divisão de trabalho, a escola passa a assumir a tarefa de garantir um tipo particular de instrução visando qualificar a geração adulta para assumirem tarefas cada vez mais especializadas.

A educação tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine.

Educar supõe a capacidade que alguém tem de apontar um norte ao educador, portar-se com referência, estabelecer coordenadas culturais, exercer uma direção à geração mais velha.