UERJ prova 2019

UERJ prova 2019

Questões da prova de residência multiprofissional em nutrição clinica

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Deborah Abreu

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A portaria nº 3.390, de 30 de dezembro de 2013, institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), e se refere aos hospitais como:

um ponto ou conjunto de pontos de atenção cuja missão e perfil assistencial prestam ações e serviços no âmbito do SUS e devem ser definidos conforme as especialidades que compõem a sua equipe e de acordo com os equipamentos e tecnologias que possui
integrantes da Rede de Atenção à Saúde (RAS), que atuarão de forma articulada à Atenção Básica de Saúde, que tem a função de coordenadora do cuidado e ordenadora da RAS
responsáveis pela assistência aos usuários com condições agudas ou crônicas de saúde, incluindo ações que abrangem o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação; enquanto a promoção da saúde e a prevenção devem ser desenvolvidas na atenção básica
local onde o plano terapêutico singular será elaborado separadamente por cada profissional responsável pelo usuário internado, especialmente, quando se tratar daquele com quadro clínico complexo ou de alta vulnerabilidade
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Segundo a lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, também chamada de Lei Orgânica da Saúde, entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de:

atividades que se destinam, através das ações de vigilância, à promoção e proteção, à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores urbanos ou rurais submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho
medidas de avaliação contínua e da predição de tendências das condições de alimentação e nutrição e seus fatores determinantes, apoiando os gestores e profissionais de saúde no processo de organização e avaliação da atenção nutricional
ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos
ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse à saúde
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O guia alimentar para a população brasileira, publicado em 2014, reafirma os princípios do SUS e apresenta novos princípios que orientam suas diretrizes, como:

diferentes saberes, tanto o científico como o popular, que geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares
guias alimentares que, por serem apenas informativos, não ampliam a autonomia nas escolhas alimentares
alimentação saudável, baseada na ingestão correta de nutrientes, visando a adequação, que pode ser por fonte alimentar ou medicamentosa
recomendações sobre alimentação, que são formuladas com base nas evidências científicas, independente de outros fatores
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A Política Nacional de Alimentação e Nutrição apresenta a diretriz Organização da Atenção Nutricional. De acordo com essa diretriz, no que se refere a atenção nutricional, pode-se afirmar que:

pela sua complexidade, é uma prerrogativa do âmbito hospitalar
é focada apenas no cuidado da saúde do indivíduo
as demandas podem ser identificadas tanto na atenção básica como na atenção especializada
compreende os cuidados relativos à nutrição voltados ao tratamento de agravos
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Gestante de 27 anos, com 25 semanas de idade gestacional, em sua primeira consulta com a nutricionista, apresenta peso atual de 79kg e altura de 1,50m. Não soube informar o peso pré-gestacional. No cartão de pré-natal, há o registro, da sua primeira consulta com o obstetra, do peso de 67kg com 13 semanas de idade gestacional. O ganho de peso semanal, em gramas, a ser recomendado para essa gestante é de:

0,250
0,500
0,300
0,125
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Recém-nascido com 30 semanas de idade gestacional e peso ao nascer de 1300g acaba de ser admitido na UTI neonatal. A via e a técnica de alimentação recomendadas para início da alimentação desse paciente, respectivamente, são:

intravenosa e digestiva / sonda orogástrica
digestiva / sonda oroentérica
digestiva / sucção
intravenosa e digestiva / gastrostomia
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A constipação intestinal crônica em crianças com paralisia cerebral é um sintoma comum resultante de diversos fatores como limitação na locomoção, irregularidade para o esvaziamento intestinal, desvio de postura e alimentação. Entre os erros alimentares, relacionados a esse sintoma nesses pacientes, estão:

excesso de refeições lácteas e baixo teor de fibras dietéticas
baixa ingestão de líquidos e alto teor de fibras dietéticas
excesso de gordura e baixo teor de carboidratos complexos
baixo teor de cereais integrais e alta ingestão de líquidos
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Escolar de 7 anos de idade, do sexo feminino, portadora de doença renal crônica, em tratamento dialítico por diálise peritoneal, foi internada na enfermaria da pediatria por peritonite. De acordo com o quadro clínico, a conduta dietoterápica, em relação à recomendação proteica, em g/kg/dia, é de:

adicional de 0,3 a 0,5
adicional de 0,1 a 0,2
restrição de 0,3 a 0,5
restrição de 0,1 a 0,2
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Adolescente de 15 anos foi internado na enfermaria por reativação da doença inflamatória intestinal apresentando sintomas de dor abdominal, febre, diarreia com muco e emagrecimento. O uso de dieta de exclusão é uma alternativa do tratamento nutricional para aqueles que apresentam constantemente a doença em atividade. Dessa forma, por estarem mais associados à intolerância, deve-se evitar na alimentação desses pacientes:

ovos, leveduras e morango
trigo, ovos e peixes
morango, laticínios e peixes
laticínios, trigo e leveduras
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Pacientes com a síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) tem como complicação comum a síndrome da multidisfunção orgânica (SMDO), apresentando clinicamente hipermetabólicos e exibindo baixo consumo de oxigênio com alta saturação venosa desse elemento. Outros sinais que podem ser identificados são:

baixo débito cardíaco e alcalose lática
alto débito cardíaco e acidose lática
alto débito cardíaco e alcalose lática
baixo débito cardíaco e acidose lática
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A avaliação subjetiva global é uma importante ferramenta utilizada em pacientes hospitalizados. No exame físico, os locais para avaliação de reserva adiposa e reserva muscular, respectivamente, são:

têmpora / região triciptal
região da panturrilha / escápula
região periorbital / ombros
clavícula / região da coxa
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Homem de 70 anos, com câncer de colo retal, apresentou, em sua avaliação nutricional antropométrica, peso atual = 63,5kg, altura = 1,68m, índice de massa corporal = 22,5kg/m², percentual de perda de peso = 5% em três meses e, em exames laboratoriais, albumina sérica = 3,6mg/dL, colesterol sérico = 140mg/dL e proteína C-reativa = 8mg/dL. Para esse paciente, é considerado um indicador de risco nutricional o(a):

proteína C-reativa
albumina
colesterol sérico
percentual de perda de peso
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Para uma parcela da população obesa, quando o índice de massa corporal supera 40kg/m², as mudanças de estilo de vida culminam com fracassos recorrentes, sendo recomendada a cirurgia bariátrica. No que tange às recomendações nutricionais do pós-operatório dessa cirurgia, pode-se afirmar que:

após o primeiro ano de cirurgia, é recomendado o consumo mínimo de 80g de proteínas/dia
na fase de dieta líquida de prova, são incluídas preparações com leite, carne e outras fontes proteicas
a primeira dieta após o jejum pós-operatório deverá ser líquida completa
na fase de dieta normal, as refeições deverão ser fracionadas em 4 a 5 refeições/dia
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Mulher de 57 anos, hipertensa e diabética, com insuficiência renal crônica, foi encaminhada para consulta nutricional. Exames bioquímicos apresentaram: ureia = 84mg/dL, creatinina = 1,4mg/dl, taxa de filtração glomerular = 42ml/min, albumina = 3,4mg/dL, potássio = 5,5mg/dL, fósforo = 4,5mg/dL e cálcio = 8,6mg/dL. O estágio da doença em que a paciente se encontra e as recomendações de fósforo, em mg/dia, e potássio, em mEq/dia, respectivamente, são:

estágio 3b / 700 / 50 a 70
estágio 3a / 800 / 50 a 70
estágio 3b / 800 / 70 a 100
estágio 3a / 700 / 70 a 100
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Sintomas neurológicos decorrentes de deficiências nutricionais podem ser corrigidos com o aumento da ingestão alimentar ou suplementação das seguintes vitaminas:

tiamina e carnitina
biotina e asparagina
folato e menaquinona
niacina e cobalamina
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Paciente de 60 anos, do sexo masculino, apresenta no momento da admissão, elevação do nível sérico da amilase, leucocitose = 18.000m³, hiperglicemia = 250mg/dL, dor abdominal e vômitos. Em sua prescrição médica, consta hidratação e analgesia. De acordo com esse quadro, nesse momento, a prescrição nutricional mais indicada é:

jejum por via oral e início de terapia nutricional de 24 a 48h após a internação
nutrição enteral com posicionamento preferencial antes do ângulo de Treiz
nutrição parenteral com uso cauteloso de soluções lipídicas
dieta oral líquida hipercalórica e hipolipídica
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Diversos estudos sobre o padrão dietético DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) demostraram que a intervenção dietética, além de diminuir o peso também reduz pressão arterial. É uma recomendação nutricional desse padrão:

8 a 10 porções diárias de frutas e hortaliças
3 a 4 porções diárias de leguminosas
2 a 3 porções semanais de oleaginosas
4 a 5 porções semanais de laticínios desnatados e semidesnatados
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Paciente adulto grave, 70kg, internado há sete dias no centro de tratamento intensivo (CTI), em dieta zero pós-cirurgia abdominal, evoluiu com fístula enteroentérica de alto débito sem previsão de resolução nos próximos 20 dias. Para início da terapia nutricional, a via de alimentação e a recomendação de energia em kcal/dia mais indicada para esse paciente, respectivamente, são:

enteral via gastrostomia / 1750
enteral via jejunostomia / 2450
parenteral periférica / 2100
parenteral total / 1400
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A terapia nutricional no diabetes mellitus (DM) melhora o controle glicêmico, a qualidade de vida e colabora para a prevenção de complicações tardias. Para o plano alimentar de pacientes com DM, as recomendações de carboidrato total, fibra alimentar, ácido graxo polinsaturado e sódio, respectivamente, são:

45 a 60% do VET, 20g/dia, mínimo de 10% do VET e mínimo de 2400mg/dia
não menos de 130g/dia, 14g/1000kcal, até 10% do VET e até 2400mg/dia
40 a 50% do VET, 14g/1000kcal, mínimo de 7% do VET e mínimo de 2000mg/dia
não mais de 130g/dia, 20g/dia, até 7% do VET e até 2000mg/dia
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As bactérias e as endotoxinas bacterianas contribuem na resposta fisiopatológica ao trauma. Excluindo-se alguns casos, a fonte mais importante de invasão sistêmica dos germes e de difusão de endotoxinas é o intestino. Uma situação que determina a perda da função da barreira entérica e uma condição que reduz a capacidade de defesa do trato gastrointestinal, respectivamente, são:

aumento do número de bactérias no lúmen intestinal / desnutrição
manutenção das defesas do órgão / constipação
impermeabilidade da mucosa intestinal / hipertensão
permeabilidade da mucosa gástrica / hiperperfusão
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A doença de Wilson é caracterizada por excreção biliar de cobre prejudicada e, consequentemente, seu acúmulo. O alimento proteico que deve ser evitado e o nutriente que pode ser suplementado nessa situação clínica, respectivamente, são:

camarão / selênio
carne de frango / cromo
carne de porco / zinco
carne de vaca / ferro
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As geleias são preparações obtidas pela precipitação da pectina na presença de ácido e pela concentração de aproximadamente 65% de açúcar. De acordo com a classificação de frutas para o preparo de geleias, as que apresentam, concomitantemente, alto teor de ácido e pectina são:

framboesa e pêssego
banana verde e carambola
ameixa e uva
abacaxi e damasco
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A classificação das hortaliças nos grupos A, B e C, segundo a concentração em glicídios, permite uma flexibilidade maior nos cardápios, substituindo-se as hortaliças do mesmo grupo uma pelas outras, sem modificar o valor calórico da dieta. Em função de dificuldades no abastecimento de hortifruti, a nutricionista de um hospital precisou substituir a guarnição repolho refogado por um dos itens disponíveis em estoque. Considerando sua classificação no grupo A, entre as opções de vegetais disponíveis na câmara de hortifruti, a opção que melhor substitui o repolho é o(a):

chuchu
batata-doce
repolho de bruxelas
berinjela
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O controle de matérias-primas é essencial para a qualidade higiênico-sanitária em serviços de alimentação e deve ser prioridade para a manipulação segura dos alimentos. As condutas que devem ser adotadas, visando a garantia da qualidade das matérias primas-utilizadas, são:

controle de saúde dos manipuladores e manutenção preventiva de equipamentos
visitas técnicas aos fornecedores e análises laboratoriais dos alimentos
registro de temperaturas e utilização de luvas
avaliação sensorial dos ingredientes e potabilidade da água
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A área do serviço de alimentação deve ser planejada seguindo uma linha de produção o mais racional possível. Suas unidades operacionais devem obedecer a um fluxo coerente, evitando o cruzamento e os retrocessos que comprometem a produção das refeições. Respeitando essa coerência do fluxo, a disposição das áreas de uma unidade de alimentação e nutrição deve ser:

áreas de recebimento de mercadorias; armazenamento; pré-preparo; cocção; expedição das preparações; higienização de utensílios; distribuição das refeições
áreas para instalações sanitárias e vestiário; sala de administração; expedição das preparações; higienização de utensílios; pré-preparo; cocção; distribuição das refeições
áreas de recebimento de mercadorias; estocagem; instalações sanitárias e vestiário; sala de administração; expedição das preparações; pré-preparo; cocção; distribuição das refeições
áreas de inspeção, pesagem e higienização de mercadorias; estocagem; expedição das preparações; pré-preparo; higienização de utensílios; cocção; distribuição das refeições
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