Variações Linguísticas!
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Mandinga — Era a denominação que, no período das grandes navegações, os portugueses davam à costa ocidental da África. A palavra se tornou sinônimo de feitiçaria porque os exploradores lusitanos consideram bruxos os africanos que ali habitavam — é que eles davam indicações sobre a existência de ouro na região. Em idioma nativo, mandinga designava terra de feiticeiros. A palavra acabou virando sinônimo de feitiço, sortilégio. (COTRIM, M. O pulo do gato 3. São Paulo: Geração Editorial, 2009. Fragmento) No texto, evidencia-se que a construção do significado da palavra mandinga resulta de um(a):
Diversidade técnica.
Contexto sócio - histórico.
Descoberta geográfica.
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A língua sem erros. Nossa tradição escolar sempre desprezou a língua viva, falada no dia a dia, como se fosse toda errada, uma forma corrompida de falar “a língua de Camões”. Havia (e há) a crença forte de que é missão da escola “consertar” a língua dos alunos, principalmente dos que frequentam a escola pública. Com isso, abriu-se um abismo profundo entre a língua (e a cultura) própria dos alunos e a língua (e a cultura) própria da escola, uma instituição comprometida com os valores e as ideologias dominantes. Felizmente, nos últimos 20 e poucos anos, essa postura sofreu muitas críticas e cada vez mais se aceita que é preciso levar em conta o saber prévio dos estudantes, sua língua familiar e sua cultura característica, para, a partir daí, ampliar seu repertório linguístico e cultural. BAGNO, Marcos. A língua sem erros. Disponível em: http://marcosbagno.files.wordpress.com. Acesso em: 5 nov. 2014. De acordo com a leitura do texto, a língua ensinada na escola:
Torna-se, na contemporaneidade, o grande referencial de aprendizagem do aluno, que deve valorizá-la em detrimento de sua variação linguística de origem.
Tem como principal finalidade cercear as variações linguísticas que comprometem o bom uso da língua portuguesa.
Precisa enriquecer o repertório do aluno, valorizando o seu conhecimento prévio e respeitando a sua cultura de origem.
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“No mundo nom me sei parelha, mentre me for como me vai; ca ja moiro por vós, e ai!, mia senhor branca e vermelha, queredes que vos retraia quando vos eu vi em saia? Mao dia me levantei, que vos entom nom vi feia!” (Cantiga da Ribeirinha, Paio Soares de Taveirós) No trecho do cantiga trovadoresca acima, temos um exemplo de:
Variação social
Variação histórica
Variação geográfica
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Até quando? Não adianta olhar pro céu Com muita fé e pouca luta Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer E muita greve, você pode, você deve, pode crer Não adianta olhar pro chão Virar a cara pra não ver Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer! GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento). As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto:
Espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
Originalidade, pela concisão da linguagem.
Tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
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As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações de comunicação. Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem oral informal usada entre avô e neto neste texto é:
O emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal “está”.
O uso da contração “desse” em lugar da expressão “de esse”.
A ausência de artigo antes da palavra “árvore”.