Teste para o simulado
O objetivo da aluna Ketlen Amaral em criar um quiz com perguntas para o simulado de português é proporcionar uma ferramenta de estudo interativa e eficaz para seus colegas de classe. O quiz será projetado para testar o conhecimento dos alunos em diversos tópicos da língua portuguesa, como gramática, vocabulário, interpretação de texto e literatura. O objetivo final é ajudar os estudantes a se prepararem de forma mais completa e eficiente para o simulado, permitindo que eles identifiquem seus pontos fortes e fracos e revisem os conceitos necessários para obterem um bom desempenho na prova. Além disso, a criação do quiz também visa promover a aprendizagem colaborativa, incentivando os alunos a compartilharem seus conhecimentos e a interagirem de forma engajada com o conteúdo.
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(Enem) De domingo — Outrossim? — O quê? — O que o quê? — O que você disse. — Outrossim? — É. — O que que tem? — Nada. Só achei engraçado. — Não vejo a graça. — Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias. — Ah, não é. Aliás, eu só uso domingo. — Se bem que parece uma palavra de segunda-feira. — Não. Palavra de segunda-feira é "óbice". — “Ônus". — “Ônus” também. “Desiderato”. “Resquício”. — “Resquício” é de domingo. — Não, não. Segunda. No máximo terça. — Mas “outrossim”, francamente… — Qual o problema? — Retira o “outrossim”. — Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás, é uma palavra difícil de usar. Não é qualquer um que usa “outrossim”. (VERÍSSIMO. L.F. Comédias da vida privada. Porto Alegre: LP&M, 1996) No texto, há uma discussão sobre o uso de algumas palavras da língua portuguesa. Esse uso promove o(a)
tom humorístico, ocasionado pela ocorrência de palavras empregadas em contextos formais.
marcação temporal, evidenciada pela presença de palavras indicativas dos dias da semana.
inadequação vocabular, demonstrada pela seleção de palavras desconhecidas por parte de um dos interlocutores do diálogo.
caracterização da identidade linguística dos interlocutores, percebida pela recorrência de palavras regionais.
distanciamento entre os interlocutores, provocado pelo emprego de palavras com significados poucos conhecidos.
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(Enem) Mandinga — Era a denominação que, no período das grandes navegações, os portugueses davam à costa ocidental da África. A palavra se tornou sinônimo de feitiçaria porque os exploradores lusitanos consideram bruxos os africanos que ali habitavam — é que eles davam indicações sobre a existência de ouro na região. Em idioma nativo, mandinga designava terra de feiticeiros. A palavra acabou virando sinônimo de feitiço, sortilégio. (COTRIM, M. O pulo do gato 3. São Paulo: Geração Editorial, 2009. Fragmento) No texto, evidencia-se que a construção do significado da palavra mandinga resulta de um(a)
apropriação religiosa.
contexto sócio-histórico.
descoberta geográfica.
contraste cultural.
diversidade técnica.
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(Enem) Palavras jogadas fora Quando criança, convivia no interior de São Paulo com o curioso verbo pinchar e ainda o ouço por lá esporadicamente. O sentido da palavra é o de “jogar fora” (pincha fora essa porcaria) ou “mandar embora” (pincha esse fulano daqui). Teria sido uma das muitas palavras que ouvi menos na capital do estado e, por conseguinte, deixei de usar. Quando indago às pessoas se conhecem esse verbo, comumente escuto respostas como “minha avó fala isso”. Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado, que deixará de existir tão logo essa geração antiga morrer. As palavras são, em sua grande maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá antes de nascermos. “Tradição”, etimologicamente, é o ato de entregar, de passar adiante, de transmitir (sobretudo valores culturais). O rompimento da tradição de uma palavra equivale à sua extinção. A gramática normativa muitas vezes colabora criando preconceitos, mas o fator mais forte que motiva os falantes a extinguirem uma palavra é associar a palavra, influenciados direta ou indiretamente pela visão normativa, a um grupo que julga não ser o seu. O pinchar, associado ao ambiente rural, onde há pouca escolaridade e refinamento citadino, está fadado à extinção? É louvável que nos preocupemos com a extinção das ararinhas-azuis ou dos micos-leão-dourados, mas a extinção de uma palavra não promove nenhuma comoção, como não nos comovemos com a extinção de insetos, a não ser dos extremamente belos. Pelo contrário, muitas vezes a extinção das palavras é incentivada. VIARO, M. E. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012 (adaptado) A discussão empreendida sobre o (des)uso do verbo “pinchar” nos traz uma reflexão sobre a linguagem e seus usos, a partir da qual compreende-se que
o mundo contemporâneo exige a inovação do vocabulário das línguas.
as gerações têm a tradição de perpetuar o inventário de uma língua.
o cuidado com espécies animais em extinção é mais urgente do que a preservação de palavras.
as palavras esquecidas pelos falantes devem ser descartadas dos dicionários, conforme sugere o título.
o abandono de determinados vocábulos está associado a preconceitos socioculturais.
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(UEFS) A língua sem erros Nossa tradição escolar sempre desprezou a língua viva, falada no dia a dia, como se fosse toda errada, uma forma corrompida de falar “a língua de Camões”. Havia (e há) a crença forte de que é missão da escola “consertar” a língua dos alunos, principalmente dos que frequentam a escola pública. Com isso, abriu-se um abismo profundo entre a língua (e a cultura) própria dos alunos e a língua (e a cultura) própria da escola, uma instituição comprometida com os valores e as ideologias dominantes. Felizmente, nos últimos 20 e poucos anos, essa postura sofreu muitas críticas e cada vez mais se aceita que é preciso levar em conta o saber prévio dos estudantes, sua língua familiar e sua cultura característica, para, a partir daí, ampliar seu repertório linguístico e cultural. BAGNO, Marcos. A língua sem erros. Disponível em: http://marcosbagno.files.wordpress.com. Acesso em: 5 nov. 2014. De acordo com a leitura do texto, a língua ensinada na escola
tem como principal finalidade cercear as variações linguísticas que comprometem o bom uso da língua portuguesa.
ajuda a diminuir o abismo existente entre a cultura das classes consideradas hegemônicas e das populares.
precisa enriquecer o repertório do aluno, valorizando o seu conhecimento prévio e respeitando a sua cultura de origem.
deve ser banida do ensino contemporâneo, que procura basear-se na cultura e nas experiências de vida do aluno.
torna-se, na contemporaneidade, o grande referencial de aprendizagem do aluno, que deve valorizá-la em detrimento de sua variação linguística de origem.
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(Unicamp) No dia 21 de setembro de 2015, Sérgio Rodrigues, crítico literário, comentou que apontar um erro de português no título do filme Que horas ela volta? “revela visão curta sobre como a língua funciona”. E justifica: “O título do filme, tirado da fala de um personagem, está em registro coloquial. Que ano você nasceu? Que série você estuda? e frases do gênero são familiares a todos os brasileiros, mesmo com alto grau de escolaridade. Será preciso reafirmar a esta altura do século 21 que obras de arte têm liberdade para transgressões muito maiores? Pretender que uma obra de ficção tenha o mesmo grau de formalidade de um editorial de jornal ou relatório de firma revela um jeito autoritário de compreender o funcionamento não só da língua, mas da arte também.” Entre os excertos de estudiosos da linguagem reproduzidos a seguir, assinale aquele que corrobora os comentários do post.
Aquele que aprendeu a refletir sobre a linguagem é capaz de compreender uma gramática – que nada mais é do que o resultado de uma (longa) reflexão sobre a língua. (Geraldi, 1996, p. 64.)
Não existe nenhuma justificativa ética, política, pedagógica ou científica para continuar condenando como erros os usos linguísticos que estão firmados no português brasileiro. (Bagno, 2007, p. 161.)
A linguagem exigida, especialmente nas aulas de língua portuguesa, corresponde a um modelo próprio das classes dominantes e das categorias sociais a elas vinculadas. (Camacho, 1985, p. 4.)
Numa sociedade estruturada de maneira complexa a linguagem de um dado grupo social reflete-o tão bem como suas outras formas de comportamento. (Mattoso Câmara Jr., 1975, p. 10.)
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(UEMG-2006) Assinale a alternativa em que o(s) termo(s) em negrito do fragmento citado NÃO contém (êm) traço(s) da função emotiva da linguagem.
Outras leituras significativas são o rótulo de um produto que se vai comprar, os preços do bem de consumo, o tíquete do cinema, as placas do ponto de ônibus (...)
Os poemas (infelizmente!) não estão nos rótulos de embalagens nem junto aos frascos de remédio.
A leitura ganha contornos de “cobaia de laboratório” quando sai de sua significação e cai no ambiente artificial e na situação inventada.
Ler e escrever são condutas da vida em sociedade. Não são ratinhos mortos (...) prontinhos para ser desmontados e montados, picadinhos (...)
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(UFV-2005) Leia as passagens abaixo, extraídas de São Bernardo, de Graciliano Ramos: I. Resolvi estabelecer-me aqui na minha terra, município de Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a propriedade S. Bernardo, onde trabalhei, no eito, com salário de cinco tostões. II. Uma semana depois, à tardinha, eu, que ali estava aboletado desde meio-dia, tomava café e conversava, bastante satisfeito. III. João Nogueira queria o romance em língua de Camões, com períodos formados de trás para diante. IV. Já viram como perdemos tempo em padecimentos inúteis? Não era melhor que fôssemos como os bois? Bois com inteligência. Haverá estupidez maior que atormentar-se um vivente por gosto? Será? Não será? Para que isso? Procurar dissabores! Será? Não será? V. Foi assim que sempre se fez. [respondeu Azevedo Gondim] A literatura é a literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia. Assinale a alternativa em que ambas as passagens demonstram o exercício de metalinguagem em São Bernardo:
I e II.
III e V.
III e IV.
I e IV.
II e V.
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(PUC/SP-2001) A Questão é Começar Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol. No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde. Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: “Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.” Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”. Indique a alternativa que explicita essa função.
Função poética
Função conativa
Função referencial
Função emotiva
Função fática
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(Enem-2012) Desabafo Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento). Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois
o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.
a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
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Indique a alternativa correta.
Antítese e paradoxo são dois nomes para a mesma figura de linguagem, a que utiliza ideias contrárias.
As figuras de linguagem são classificadas em: figuras de palavras, figuras de pensamento, figuras morfológicas e figuras de som.
Aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia são figuras de sintaxe.
Aliteração é a repetição de sons vocálicos.
Este é um exemplo de metonímia: “Parece que temos um Pavarotti”.
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(UFPB) I. "À custa de muitos trabalhos, de muitas fadigas, e sobretudo de muita paciência..." II. "... se se queria que estivesse sério, desatava a rir..." III. "... parece que uma mola oculta o impelia..." IV. "... e isto (...) dava em resultado a mais refinada má-criação que se pode imaginar." Quanto às figuras de linguagem, há neles, respectivamente,
gradação, antítese, metáfora e hipérbole
gradação, paradoxo, comparação e hipérbole
gradação, antítese, comparação e hipérbole
hipérbole, paradoxo, metáfora e gradação
hipérbole, antítese, comparação e paradoxo
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Sobre o conceito de intertextualidade, podemos afirmar: I. Introdução de novos elementos no texto. Pode-se também retomar esses elementos para introduzir novos referentes; II. Operação responsável pela manutenção do foco nos objetos de discurso previamente introduzidos; III. Elemento constituinte do processo de escrita e leitura. Trata-se das relações dialógicas estabelecidas entre dois ou mais textos; IV. Pode ocorrer de maneira implícita ou explícita; V. Responsável pela continuidade de um tema e pelo estabelecimento das relações semânticas presentes em um texto. Estão corretas as proposições:
III, IV e V estão corretas.
Apenas III e IV estão corretas.
Todas estão corretas.
Apenas I, II e V estão corretas.
I e II estão corretas.
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(Enem-MEC)Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos: TEXTO 1 Quando nasci, um anjo torto Desses que vivem na sombra Disse: Vai Carlos! Ser “gauche na vida” ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. TEXTO 2 Quando nasci veio um anjo safado O chato dum querubim E decretou que eu tava predestinado A ser errado assim Já de saída a minha estrada entortou Mas vou até o fim. BUARQUE, Chico. Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. TEXTO 3 Quando nasci um anjo esbelto Desses que tocam trombeta, anunciou: Vai carregar bandeira. Carga muito pesada pra mulher Essa espécie ainda envergonhada. PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986 Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade em relação a Carlos Drummond de Andrade por:
negação dos versos
oposição de ideias
reiteração de imagens
falta de criatividade
ausência de recursos