𝗠𝘆 𝗟𝗶𝗳𝗲 — (𝗣𝗮𝗿𝘁. 𝟬𝟳) | 𝗤𝘂𝗶𝘇𝘂𝗿

𝗠𝘆 𝗟𝗶𝗳𝗲 — (𝗣𝗮𝗿𝘁. 𝟬𝟳) | 𝗤𝘂𝗶𝘇𝘂𝗿

→ 01 - Esta não é um reescrita do "My Life" original criado por Esther, é apenas inspirado e baseado. → 02 - Essa estória não possui apenas um único protagonista. → 03 - Todas as imagens foram retiradas da plataforma Pinterest e algumas editadas por mim. → 04 - Caso queira se inspirar para escrever a sua própria estória, tudo bem, mas dê os devidos créditos. → 05 - Minhas inspiraçōes (créditos): — Arrow. - (2012) — As Tartarugas Ninja. - (2012) — Bridgerton. - (2020) — Cobra Kai. - (2018) — Gossip Girl. - (2007) — My Life. - Esther. — Pretty Little Liars. - (2010) — Riverdale. - (2017) — Scooby-Doo! Mistério S.A. - (2010)

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Hey_Max

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>> 𝗠𝗮𝗻𝗵ã 𝗱𝗲 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗿𝗼𝗴𝗮𝘁ó𝗿𝗶𝗼 <<

1. >> 𝗠𝗮𝗻𝗵ã 𝗱𝗲 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗿𝗼𝗴𝗮𝘁ó𝗿𝗶𝗼 <<
— 𝐆𝐑𝐄𝐆𝐎𝐑𝐘 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

— 𝗦𝘁𝗮𝘃𝗿𝗼𝗽𝗼𝗹 𝗥ú𝘀𝘀𝗶𝗮. 𝟬𝟵 𝗱𝗲 𝗼𝘂𝘁𝘂𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟭𝟳. 𝗦𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗮-𝗳𝗲𝗶𝗿𝗮.

| 06:00 pm |

Estava tendo um sonho insólito com guerreiros mascarados e facas antes de ser acordado por Casey.

Abri meus olhos com dificuldade pois ainda estava com sono e o observei com as palpebras ainda semi-fechadas.

Casey: Gregory? Seu pai precisa que vá com ele até a delegacia. Precisa dar seu depoimento.

Gregory: Agora? Não são nem 07:00 horas.

Casey: Me desculpe, mas eu apenas sigo ordens.

Bufei ainda com preguiça mas reuni forças para levantar da cama e caminhar desleixadamente até o banheiro.

- 𝚀𝚄𝙴𝙱𝚁𝙰 𝙳𝙴 𝚃𝙴𝙼𝙿𝙾 -

Meu pai não teve paciência nem de esperar pelo café, por isso além de sono também estava começando a sentir fome.

Fui deixado em uma sala de interrogatório sozinho por aproximadamente uns vinte segundos, até o capitão Sink entrar na sala com mais dois policiais. Um deles eu pude reconhecer, era o polícial responsável pelo caso na Inglaterra.

Joy: Gregory. Acredito que já tenha conversado com seus irmãos. Só queremos fazer algumas perguntas. A começar pelo seu nome completo e data de nascimento.

Greg: Gregory Adolphus Haris Hemish Forsythe Pendleton Dionysus Adonis Vakalis Demetrious Thorn Byzantine Skyrim Haddock Leblanc. Tenho dezessete anos e nasci no dia 07 de junho de 2000 às 17:58 da tarde.

Polícial (S.P.): Onde estava quando seu irmão morreu?

Greg: Jogando hoquéi, com meus dois irmãos mais novos.

Joy: Tem alguma testemunha que possa comprovar que estavam os três lá?

Greg: Além do nosso empregado Casey, não.

Polícial (S.P.): Gregory, vou lhe fazer uma pergunta e espero que responda com sinceridade. Acha que um ou mais dos seus irmãos e irmãs possam ter matado seu irmão?

Admito que não esperava por essa. Não imaginava que ele seria tão direto. Entreabri meus lábios e antes que pudesse responder, respirei levemente para tentar manter a calma e a compostura.

Greg: Não. Pra começar, somos todos muito próximos. E se acham que uma das minhas irmãs mais novas o matou, pensem se duas garotas de quinze anos teriam força e capacidade de matar um cara de vinte e dois.

Os três homens se entreolham um pouco surpresos. Acho que assim como eu, eles não esperavam que eu fosse tão direto.

Joy: Obrigado, Gregory. Caso seja necessário, entraremos em contato.

Levantei-me da cadeira a qual estava sentado e caminhei até a porta. Fui a procura de meu pai e o avistei de longe com um semblante preocupado e levemente irritado. Logo descobri o porquê... Ele estava junto a um mural que continha o meu nome e de todos os meus irmãos, assim como os nomes dos irmãos Bass.

Foi então que eu tive certeza. Éramos suspeitos oficiais e esse pesadelo estava apenas começando...
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>> "𝗔 𝘀𝗲𝗻𝗵𝗼𝗿𝗶𝘁𝗮 𝗟𝗲𝗯𝗹𝗮𝗻𝗰 𝗿𝗲𝘀𝗼𝗹𝘃𝗲𝘂 𝗮𝗰𝗲𝗶𝘁𝗮𝗿..." <<

2. >> "𝗔 𝘀𝗲𝗻𝗵𝗼𝗿𝗶𝘁𝗮 𝗟𝗲𝗯𝗹𝗮𝗻𝗰 𝗿𝗲𝘀𝗼𝗹𝘃𝗲𝘂 𝗮𝗰𝗲𝗶𝘁𝗮𝗿..." <<
— 𝐈𝐒𝐀𝐁𝐄𝐋𝐋𝐀 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

- 𝚀𝚄𝙴𝙱𝚁𝙰 𝙳𝙴 𝚃𝙴𝙼𝙿𝙾 -

Logo bem cedo, Greg e Luna acompanharam papai na delegacia para prestar depoimento. Isso me deixou bem distraída a manhã inteira, pois eu me peguntava quando chegaria a minha vez.

Depois da aula de educação física, que na verdade eu estava me passando pela Max enquanto ela assistia minha aula de física, são nessas horas que você agradece por ter um gêmeo idêntico, fui direto para a cantina comprar alguma coisa e depois me juntei aos meus amigos e irmãos no campo.

Estava tão imersa em meus pensamentos e distraíde que mal estava escutando o que meus companheiros estavam conversando.

Ouvi um notificação em meu celular e assim que olhei a barra de notificaçōes, vi que era uma mensagem do Arthur.

Olhei para frente e o vi sentado ao lado de Chris enquanto segurava seu celular entre as mãos e tinha um cigarro entre os dedos.

_ 𝗠𝗘𝗡𝗦𝗔𝗚𝗘𝗡𝗦 𝗢𝗡 _

Arthur: Por que tá tão distraida hoje?

Bella: Só tô pensando.

Arthur: Espero que seja no nosso jantar de hoje.

Ergui ligeiramente minha vista e vi um discreto sorriso de canto em sua boca.

Bella: Você não desiste, não é?

Arthur: Sem chance, Leblanc?

Bella: Por curiosidade, onde iriamos?

Arthur: A senorita Leblabc resolveu aceitar, é?

Não quis olha-lo nos olhos para evitar lhe dar o gostinho da vitória, mas podia senti-lo olhando discretramente para mim e, o conhecendo bem, com certeza estava com um sorriso presunçoso estampado em seu rosto.

Bella: Sim. Mas se ficar me irritando eu mudo de ideia.

Arthur: Aí! Agressiva ela.

_ 𝗠𝗘𝗡𝗦𝗔𝗚𝗘𝗡𝗦 𝗢𝗙𝗙 _

Senti um sorriso se formar no canto da minha boca e assim que olhei para Arthur, ele estava com o mesmo sorriso.
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>> 𝗧𝗲𝗺𝗽𝗼𝘀 𝗱í𝗳𝗶𝗰𝗲𝗶𝘀 <<

3. >> 𝗧𝗲𝗺𝗽𝗼𝘀 𝗱í𝗳𝗶𝗰𝗲𝗶𝘀 <<
Desliguei meu celular e me concentrei na discussão entre meus amigos.

Layla: Fala sério! Falar com vocês é o mesmo que falar com um surdo. Vão até lá então.

Vitor: Eu já disse, não vamos machucar ninguém. Só vamos mandar um recado.

Arthur: Do que estão falando?

Maria: Esse bando de idiotas quer ir até o bar da gangue do Jasper e mandar um recado.

Chris: Não contem comigo.

Arthur: Ixi... O líder da poha toda tá com medo? - Arthur provoca seu amigo que apenas o olha com os olhos semicerrados.

Chris: Eu nem seria o líder se tivesse medo. Eu só tenho alguns assuntos pra resolver em casa.

Arthur: Não contem comigo também. Eu já tenho planos.

Ruby: Eu tô ocupada.

Maria: Eu também.

Layla: Foi mal mas eu passo. Tenho minhas séries para maratonar.

Chris: Bella?

Bella: Não, obrigada. Eu não tô afim de me meter em problemas com o meu pai.

Vitor: Em todas essas desculpas, a única que eu acredito é na da Bella.

Vitor pega o cigarro dos dedos de Arthur e o acende. Todos o encaramos um pouco surpresos e não evitamos de nos entreolhar.

Maria: É... Vitor? Desde quando você fuma?

Vitor: Desde quando pedi sua opinão? - Vitor a observa com um olhar frio enquanto saí fumaça de sua boca.

Todos o olhamos atônitos e plerplexos enquanto se levanta e atravessa o gramado.

Chris: Ih, alá! O que houve com esse daí?

Layla: Ele tem tido uns surtos assim desde que descobriu que a mãe está com cancêr.

Greg: Nossa. Que dureza.

Arthur: Nós vamos alí com uns caras.
- Arthur e Chris se levantam na mesma hora e pegam suas bolsas. - Querem vir Leblancs? - Arthur se direciona à Greg, Barry e Jeremy que se entreolam e acabam concordando.

Chris: Até mais, meninas.

Maria: Aleatórios nada, né?

Arthur vira-se em direção a Maria e lhe mostra o dedo do meio, que logo lhe mostra a língua em resposta. As vezes até parecia que esses dois eram irmãos de verdade, e não apenas porque os pais eram casados.

Arthur me lançou um piscadela antes de se virar para o outro lado e seguir com Chris e meus irmãos para dentro da escola.

Layla: Eu preciso ter um conversa séria com Vitor. - Olhei minha irmã nos olhos e percebi seu semblante preocupado. - Ele não se abre comigo. Eu nem sei se o cancêr da mãe dele é sério.

Bella: Fica calma, mana. Só... Dá espaço pra ele. Não o pressione, isso só vai piorar as coisas.

Layla: Eu sei. É só... Eu queria conforta-lo, mas ele não deixa. Ele tem se distanciado nesses últimos dias. Acho que isso trouxe á tona o fato da irmã mais velha dele também ter morrido pelo cancêr.

Bella: Tenta ser sutil. Fala pra ele como se sente.

Layla: Eu vou ver o que faço. Obrigado, Bells.

Bella: De nada, Lay.
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>> "𝗣𝗿𝗲𝗰𝗶𝘀𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗳𝗮𝘇𝗲𝗿 𝗮𝗹𝗴𝗼 𝗷𝗮𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗳𝗲𝗶𝘁𝗼 𝗮𝗻𝘁𝗲𝘀..." <<

4. >> "𝗣𝗿𝗲𝗰𝗶𝘀𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗳𝗮𝘇𝗲𝗿 𝗮𝗹𝗴𝗼 𝗷𝗮𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗳𝗲𝗶𝘁𝗼 𝗮𝗻𝘁𝗲𝘀..." <<
— 𝐓𝐑𝐀𝐕𝐈𝐒 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

Teria alguns minutos livre antes que meus irmãos aparessesem para treinarmos. Então, resolvi fazer algo para relaxar minha mente, algo que eu realmente amava... Arte.

Já estava quase finalizando um desenho de uma paisagem, até observar minha obra e não me sentir satisfeito com os traços. Insatisfeito, arranquei a folha do caderno e o arremessei na lareira.

Não pude deixar de escapar um suspiro frustado enquanto me perdia completamente em meus pensamentos frustantes. O que estava acontecendo comigo? Não conseguia me concentrar em mais nada.

Fui retirado de meus pensamentos por meus irmãos que adentraram na sala e se aproximaram de mim.

Mickey: O que tá fazendo, irmão?

Travis: Só desenhando. - Fechei meu caderno e o coloquei na mesa de centro. - Já vamos treinar?

Fred: Não. Vamos passar o treino hoje.

Travis: Por quê?

Greg: Olha pela janela.

Levantei-me e caminhei até a janela mais próxima, onde se podia ver o jardim. Assim que afastei uma parte da cortina, me enfureci com o que vi... Meus nervos só afloraram ainda mais quando ouvi as risadas zombateiras de meus irmãos.

Meu carro estava coberto de tinta e papel higienico e ainda escrito com tinta vermelho bem no parabrisa "Bass".

Travis: Bass! - Bufei de raiva enquanto sentia meus olhos estreirarem e cerrei meus punhos para tentar me controlar.

Harry: Você tem que admitir, esse foi um clássico. - Me virei abruptamente com os olhos em chamas de raiva na direção de meu irmão mais novo.

Travis: Só diz isso porque não foi com você.

Alec: Tá bem. Agora vamos deixar o nosso irmão se acalmar e pensar em algo.

Jeremy: Por que eles fizeram a pegadinha de halloween hoje? Ainda é dia 06.

Harry: Chama-se estrategia. Não esperavamos por isso.

Fred: E agora eles vão esperar por um troco. Então precisamos ser espertos. Precisamos fazer algo jamais feito antes. Mas quem teria um gênio tão diabólico assim para pensar em algo dessa magnitude?

Praticamente em conjunto, todos olhamos para Mickey e Jeremy que se entreolham com um leve sorriso perverso de canto. Esses dois juntamente as duas pragas menores, (Bella e Max) poderiam facilmente destruir uma cidade inteira em questão de minutos.

Jeremy: Ainda somos os melhores.

Alec: Vão chamar as suas duas parceiras do crime ou dão conta sozinhos?

Mickey: Nós nos viramos. Além disso, Max tá ocupada e Bella vai sair hoje a noite.

Travis: Eu espero que pensem em algo tão grandioso que possa vingar o meu bebê.

Jeremy: Não esquenta, mano. Vamos te honrar. E eu já tenho uma ideia perfeita.

Eu ouço passos se aproximando e assim que olho para a entrada da sala, vejo Bella caminhar em nossa direção.

Travis: Irmã.

Bella: Oi, meninos. Preciso falar com vocês.

Greg: Somos todos ouvidos.

Harry: É todos "a ouvidos", Greg.

Fred: O que manda, irmãnzinha?

Bella: Bem... Eu tenho um encontro hoje a noite. Tudo bem pra vocês?

Travis: Quem é o sujeito?

Bella: Arthur Peterson.

Alec: Esse é o amigo da Layla que o pai é o irmão adotivo secreto da mamãe?

Bella: Esse mesmo.

Como os bons e amorosos irmãos mais velhos super-protetores que somos, nemhum de nós ia deixar nossa irmã mais nova sair com um sujeito qualquer.

Alec: Conhecem o cara melhor do que a gente, é aceitavel? - Greg, Mickey e Jeremy se entreolham e pensam por alguns segundos.

Greg: Na minha opinão sim. O cara é divertido, gente boa e ainda é praticamente da família.

Mickey: Fora que a Layla o conhece desde o fundamental e, até onde eu sei, podemos dar uma bela surra nele com facilidade. - Bella o olha torto.

Bella: Então quer dizer que eu posso sair sem que vocês dêem um ultimato nele?

Alec: É claro que não. Assim que ele vier te buscar teremos uma conversinha com ele. Mas, fora isso, se todos estiverem de acordo, eu não vejo problemas em você ter o seu primeiro encontro.

Bella: Legal. Obrigada. Ah! Só mais uma coisa. Tentem não matar ele de medo, por favor.

Fred: Querida, se ele quer sair com uma garota que tem sete irmãos, ele vai ter que aguentar o tranco.
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>> 𝗟𝗶𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗲 𝘀𝘂𝘀𝗽𝗲𝗶𝘁𝗼𝘀 <<

5. >> 𝗟𝗶𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗲 𝘀𝘂𝘀𝗽𝗲𝗶𝘁𝗼𝘀 <<
— 𝐇𝐀𝐑𝐑𝐘𝐒𝐎𝐍 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

- 𝚀𝚄𝙴𝙱𝚁𝙰 𝙳𝙴 𝚃𝙴𝙼𝙿𝙾 -

Já estava começando a anoitecer e me encontrava em meu quarto na companhia de Maria enquanto montavamos um mural com tudo o que sabíamos sobre o caso. Admito que bancar o detetive era ainda melhor do que apenas ler sobre.

Maria: Tá bem. Segundo o relatório da autopsia, a morte dele ocorreu entre as 18:00 da noite e as 20:00 da noite. O corpo foi encontrado as 20:57 e não houve pistas ou DNA na cena ou pela casa. O mais óbvio sempre é a família ou alguma namorada. Então, quem podemos descartar?

Harry: Meus irmãos, meus pais, meu tio e minha madrasta. Pode colocar meu avô na lista. Ele consegue facilmente sair de Moscou até Londres sem que ninguém perceba.

Maria: Olha, eu sei que são amigos, mas acha que os irmãos Bass deveriam entrar na lista?

Harry: Alec e Fred estavam com Carter e Jason no bar até receberem a ligação. Nate e Chuck alegam estarem na casa da avó e Daphne, Alison e Samantha estavam no shopping. Se as meninas o tivessem matado, teriam gastado bem mais do que apenas duas horas pra fazer isso.

Maria: E quanto ao Sr. e Sra. Bass?

Harry: Até onde eu sei, o Sr. Bass estava na Rússia e a Sra. Bass só chegou em Londres dois dias depois. Podemos coloca-los também.

Maria: Tem mais alguém que você conheça?

Harry: Tem algumas pessoas que estiveram na casa ou nas proximidades e ninguém fala.

Maria: Os empregados. Quantos são?

Harry: Duas empregadas, um cozinheiro, o mordômo da minha nãe e o Brimsley. Mas, pode riscar o Brimsley, ele esteve com os meninos o tempo inteiro. As empregadas se interessam mais pela fofoca e não teriam estômago nem motivo. O cozinheiro estava de licença e tem um alíbe sólido. Restando apenas o mordômo.

Maria: Então até agora temos o mordômo da sua mãe, a família Bass e o Sr. Leblanc. Já é um bom começo.

Enquanto minha companheira foi checar seu celular, eu continei olhando fixamente para o mural enquanto pregava os nomes dos suspeitos.

Senti meu estômago doer e logo escutei um ronco. Minhas mãos estavam pouco tremulas e minha boca seca. Já faziam algumas horas que eu não comia.

Harry: Tá com fome? - Olhei por cima do meu ombro e vi seu rosto se contorcer em uma expressão pensativa.

Maria: Um pouco. Quer fazer uma pausa e comer alguma coisa?

Harry: Admito que eu mataria por um hamburguer agora.

Maria: Então vamos.

A garota pega sua bolsa e eu visto uma jaqueta. Ao passarmos pela porta do quarto estranhei o fato da casa estar quieta e não haver sinal de ninguém. Só podia significar que meus irmãos saíram para pregar uma peça nos Bass.
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>> 𝗦𝗲 𝗮𝗿𝗿𝘂𝗺𝗮𝗻𝗱𝗼 <<

6. >> 𝗦𝗲 𝗮𝗿𝗿𝘂𝗺𝗮𝗻𝗱𝗼  <<
— 𝐈𝐒𝐀𝐁𝐄𝐋𝐋𝐀 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

| 06:00 pm |

Assim que Arthur disse que viria me buscar às 07:30 pm, entrei no banheiro e tomei um relaxante banho de banheira. Depois sequei meu cabelo e o hidratei, realçando seu brilho e suavidade. Resolvi deixa-lo solto e sem nemhum penteado, apenas joguei uma mecha para o lado.

Passei um pouco de hidratante por meu corpo e dei burrifadas de meu pefume favorito. Fiz uma maquiagem com delineador, lápis de olho e uma sombra clara e brilhante nos olhos, além de um batom rosa misturado a um gloss de morango.

Em seguida fui até meu closet escolher uma roupa. Levei alguns minutos para decidir mas optei por um conjunto de uma blusa com manga longas e uma saia até a altura das coxas de veludo cor-de-vinho, (foto acima) um par de botas cano curto preta e uma meia-calça preta transparente.

Também coloquei um par de brincos do safiras para realçar meus olhos e alguns aneis, além do medalhão que eu costumeiramente uso.
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>> 𝗢 𝗲𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗼 <<

7. >> 𝗢 𝗲𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗼 <<
| 07:28 pm |

Recebi uma mensagem de Arthur dizendo que já havia chegado. Dei uma última no espelho antes de sair e assim que desci, para a minha surpresa, havia apenas o Alec no hall de entrada com Travis.

Travis: Que isso! Você tá linda. Tinha que ser minha irmã.

Bella: Obrigada, Trav.

Travis: Seu namorado já chegou?

Bella: Ele não é meu namorado.

Alec: As 22:00 em ponto, entendeu?

Bella: Com certeza. Tchau. - Dei um beijo em meus dois irmãos antes de caminhar até a porta de entrada.

Alec: Não faça nada que eu não faria. - Olhei por cima do ombro e observei o olhar atento e protetor tanto de Alec quanto de Travis.

Passei pela porta antes que um dos dois decidisse sair, ou outro irmão surgisse. Caminhei pelo jardim até o portão de entrada, onde comprimentei o segurança e logo avistei Arthur encostado em um carro, o que eu rapidamente estranhei já que até onde eu sei, o automovel dele é uma moto.

Assim que me vê, um sorriso se forma em seu rosto e a luz da noite dá um beilho magnífico aos seus olhos castanhos.

Arthur: Oi.

Bella: Oi.

Arthur: Vamos?

Arthur abre a porta do banco do passageiro para que eu entre e assim o faço. Assim que ele entra no carro, coloca a chave na iguinição e a gira.

Bella: De quem é o carro?

Arthur: Do meu pai. Peguei emprestado. Eu convivo com a Layla a tempo suficiênte pra saber como vocês Leblanc zelam por essa cabeleira.

Um sorriso de canto forma-se no canto da sua boca. Um sorriso que faria qualquer uma se derreter e, admito, eu adorava esse sorriso.

Arthur deu partida e dirgiu noite à dentro. Ainda estava curiosa para saber onde iriamos, mas ele não respondia.

Demorou uns nove minutos até chegarmos em um restaurante um pouco mais afastado e próximo à saída da cidade.

Bella: Eu pensei que fossemos lanchar.

Arthur: Lanche pra mim não é janta.

Arthur me guiou até a entrada do restaurante, onde ele também abriu a porta para mim de forma charmosa e cavalheira. Não havia ninguém no lugar além de um casal de idosos, o que era uma surpresa já que era sexta-feira.

A garçonete nos levou até a última mesa ao lado da janela e nos sentamos um de frente para o outro.

Arthur: Acho que eu vou querer espagette. E você? - Após folhear o caradápio me virei na direção da moça e lhe informei meu pedido.

Bella: Para a entrada uma salada. Uma porção de aneis de cebola e espagette a bolonhesa, por gentileza. - A moça se retira e entra na cozinha. Olhei para Arthur que fazia o mesmo. - Pra algo que não é um encontro, você tá se superando, Peterson. - Pela primeira vez, pude ver um sorriso sem graça esboçado em seu rosto.

Arthur: Tá bom. Eu admito. Isso é um encontro. Melhor agora?

Bella: Hum... Quase. Com uma serenata ficaria melhor. - Não pude conter uma risada assim como ele.

Arthur: Bella... Me desculpa por ter escondido algumas coisas de você.

Bella: Tudo bem. Eu entendo seus motivos. Agora, eu tô curisosa. Com tantos restaurantes mais perto, por que escolheu esse?

Arthur: Achei que você ia preferir um pouco mais de descrição. Além disso, eu imaginei que estaria com fome e aqui é bem rápido.

Nossos pedidos chegam e só então eu entedo o que ele havia falado. Agradeci por ter chegado antes que a minha barriga começasse a roncar.
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>> "𝗘𝘂 𝗽𝗼𝘀𝘀𝗼 𝗰𝗼𝗻𝗳𝗶𝗮𝗿..." <<

8. >> "𝗘𝘂 𝗽𝗼𝘀𝘀𝗼 𝗰𝗼𝗻𝗳𝗶𝗮𝗿..." <<
— 𝐇𝐀𝐑𝐑𝐘𝐒𝐎𝐍 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

| 07:40 pm |

Maria e eu passamos no Jitter's e comemos dois hamburgueres. Compramos dois milkshakes para a viagem e fomos bebendo enquanto conversamos.

Ela de fato era muito divertida e tinha um espírito agitado e descontraido. Era bom conversar com outra garota além das minhas irmãs.

A brisa fresca da noite de outuno me fazia sentir relaxado como não me sentia a muito tempo. Apesar de estar motorizado com uma moto, nada se comparava a tranquilidade de se caminhar em plena lua cheia.

Maria: Já foi até a ponte?

Harry: Eu não tenho saído muito desde que cheguei.

Maria: Vem cá.

A garota me puxa pelo punho até a ponte que estava à alguns metros de distância. Assim que fixei meu olhar no mar, me senti maravilhado. Era tão bonito. A lua cheia e as luzes de vários navios em alto mar. Era tudo tão magnífico que eu até havia me esquecido como pequenas coisas podiam ser tão bonitas.

Harry: É muito bonito.

Maria: Minha mãe costuma vir aqui comigo e meu irmão todos os dias. - Olhei de relance pra ela que permanecia com os olhos fixos na paisagem.

Harry: E o seu pai?

Maria: Eu não me lembro muito dele. Saiu de casa quando eu tinha dois anos. Ele é adpto da cientologia, que não permite que você tenha contato com membros de fora. Como minha mãe se recusou a participar dessa ceita, ele foi embora e nunca mais voltou.

Harry: Sente saudade dele?

Maria: É díficil sentir saudade de alguém que você não conhece e que escolheu cortar os laços. Minha e o Jack estão casados a apenas três anos mas ele já é como o pai que eu e meu irmão nunca tívemos.

Harry: Agora que tocou no assunto... A Bella tá num encontro com o Arthur nesse exato momento. Eu posso confiar nele?

Maria: Eu sei o que pensa. Ela é sua irmãnzinha e é uma adolescente que tá com outro adolescente com os hormônios a flor da pele. - A morena me olha com as sombrancelhas arqueadas.

Harry: Pra resumir, exatamente.

Maria: Fica tranquilo. O Arthur não faria nada pra magoar a Bella ou algo para desrespeita-la. Na verdade, eu não só acho como tenho certeza de que ele tá se apaixonando.

Harry: Por que acha isso?

Maria: Ele nunca teve um encontro antes. - Parei alguns minutos para pensar no que ela acaba de dizer e até me senti mais tranquilo. - Ah! Olha lá!

Um dos barcos começa a lançar fogos de artíficios em direção ao céu, trazendo ainda mais beleza para a noite.

Não pude conter um sorriso ao olhar para aquela cena, assim como minha companheira.
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>> 𝗙𝗮𝘀𝗰𝗶𝗻𝗮𝗱𝗼 <<

9. >> 𝗙𝗮𝘀𝗰𝗶𝗻𝗮𝗱𝗼 <<
— 𝐓𝐑𝐀𝐕𝐈𝐒 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

| 08:00 pm |

Durante a noite, meus irmãos e eu colocamos nosso plano de vingança em prática. Enquanto Fred, Greg e os gêmeos foram pregar uma peça nas três irmãs Bass, a minha missão era ir até a casa onde Carter estava dando uma festa e pegar algo sentimental. Algo que pudesse ser devolvido amanhã. Fui acompanhado por Alec nessa.

Assim que chegamos na casa, fui invadido pelo cheiro de cigarro e alcóol, bem como a música e a atmosfera do lugar. Caminhei com meu irmão até o bar improvisado e peguei uma cerveja, enquanto olhava atentamente para todos os lados tentando pensar em algo.

Alec: Já tem alguma ideia?

Travis: Ainda não.

Meus olhos vagaram pelo local até se depararem com a última coisa que eu esperava... Courtney Hofferson. Ela estava acompanhada de sua irmã e prima enquanto vagavam pelo jardim.

Por um momento, a única coisa na qual eu conseguia pensar e observar era em como ela estava linda. Usava um vestido azul claro curto de magas soltas que realçavam seus lindos olhos azuis, uma meia-calça preta transparente que destacavam suas pernas e um salto fechado preto.

Assim que as três garotas se aproximaram de mim e meu irmão, seus olhos encontraram os meus e eu senti uma forte onda de energia tomar conta do meu corpo. Era como se o mundo a minha volta tivesse parado... Eu já não ouvia mais as risadas e conversas, só conseguia olha-la fixamente.

Alec: Meninas. Oi.

Lydia: Oi. Travis.

Travis: Lydia. Oi, meninas.

Kate e Courtney: Oi.

Lydia: O que estão fazendo aqui?

Alec e Travis: Ah... - Meu irmão e eu nos entreolhamos tentando pensar mentalmente em uma desculpa.

Alec: Apenas revendo velhos amigos. E vocês?

Lydia: Aproveitando a noite.

Desviei minha atenção para a piscina e consegui avistar Carter chegando acompanhado de mais três caras. Foi aí que eu tive uma brilhante ideia. Eu sabia exatamente o que pegaria e como iria conseguir.

Courtney: Vamos dançar? - Courtney se dirige à irmã mais velha que estava receosa. - Ah, qual é! Você nunca se diverte.

Kate: Tá.

As duas irmãs se dirigem até a pista de dança e logo começam a dançar entre si. Elas pareciam felizes enquanto riam e dançavam. Não pude evitar de olhar para Courtney. Havia algo nela que me deixava cada vez mais fascinado. Oh, meu pai! Por que ela inha que ser tão linda?

Não demorou e dois caras as tiraram para dançar. Resolvi desviar a minha atenção pois algo dentro de mim gritava ao vê-la agarrada a outro cara.

Me aproximei sorrateiramente do grupo de Carter que estavam próximos ao prêmio que eu almejava. Observei atentamente cada movimento deles e percebi assim que Carter entregou sua chave para um de seus companheiros, pois uma garota havia acabado de se aproximar dele.

Essa era a oportunidade. Agora só precisava que os outros dois se separassem.
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>> 𝗗𝗲𝗿𝗲𝗸 𝗛𝗮𝗱𝗱𝗼𝗰𝗸 <<

10. >> 𝗗𝗲𝗿𝗲𝗸 𝗛𝗮𝗱𝗱𝗼𝗰𝗸 <<
— 𝐀𝐋𝐄𝐗𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

Enquanto Travis retirou-se, assim como as duas irmãs Hofferson, fiquei conversando com Lydia e Jason que para a minha surpresa ainda frequentava esse tipo de festa, mesmo sem beber uma só gota de alcóol.

Como eu já imginava, era só uma questão de tempo até sua prima aparecer como uma carcereira, mas hoje, eu estava preparado.

Lydia: E aí, como foi a dança?

Kate: Acredite ou não, intrigante.

Meu primo Derek, que eu tive de recorrer como uma medida extrema, apesar do seu estranho e genuíno interesse em Kate, aproxima-se de nós e comprimenta Jason.

Derek: Jason!

Jason: Derek! Que bom te ver.

Derek: Será que pode fazer as apresentaçōes? Já que o meu pedido de dança se perdeu no correio. - Meu primo mantinha os olhos fixos na Hofferson.

Jason: Claro. Meninas, esse é o Derek. Um grande amigo. Essas são Lydia e Kate.

Alec: Oi. Prazer, sou o Alec.

Assim como combinamos, Derek e eu fingimos não nos conhecer para que Kate não saísse atirando os cachorros em cima dele por ser meu primo.

Derek: Derek. - Após apertar minha mão, o Haddock vira-se na direção das duas garotas. - Será que eu posso lhe oferecer uma bebida? - Lydia e Kate trocaram olhares e a Hofferson rapidamente se dirigiu a Derek.

Kate: Lamento mais minha prima já está acompanhada essa noite. Mesmo que eu repudie o seu pessímo gosto para homens. - Seu olhar cortante fita a minha pessoa que não pude evitar um sorriso cínico de canto.

Derek: Que bom pra ela. Mas, o meu convite foi pra você.

Um leve sorriso formou-se no canto da boca da Hofferson que ao virar-se na diração da prima, recebeu um sorriso incentivador. Derek aproximou-se da morena e os dois iniciaram uma conversa. Por incrível que pareça, ele até conseguiu arrancar um sorriso do rosto dela.

Desviei minha atenção da Hofferson para Lydia assim que a ouvi falar alguma coisa.

Lydia: Ele parece adorável.

Alec: Você acha? - Franzi o cenho de minha testa e olhei brevemente para Derek.

Lydia: Sim. Quer dizer, quem não gosta de um homem cortez? - Lydia fitou meu rosto e de repente fiquei sem entender se isso era uma indireta.

Ela queria um homem cortez e galente, é? Então era isso que ela ia ter.
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>> "𝗖𝗼𝗺𝗼 𝗱𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿 𝗮 𝗮𝗱𝗺𝗶𝗿𝗮çã𝗼 𝗽𝗼𝗿 𝘂𝗺𝗮 𝗺𝘂𝗹𝗵𝗲𝗿..." <<

11. >> "𝗖𝗼𝗺𝗼 𝗱𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿 𝗮 𝗮𝗱𝗺𝗶𝗿𝗮çã𝗼 𝗽𝗼𝗿 𝘂𝗺𝗮 𝗺𝘂𝗹𝗵𝗲𝗿..." <<
— 𝐓𝐑𝐀𝐕𝐈𝐒 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

Admito que devia deixar minha atenção totalmente e completamente focada em Carter e seus amigos, mas quase que como uma onde eletrizante ou um imã, eu era puxado e forçado a olhar para Courtney sem parar.

Cada vez mais em que fitava seu rosto angelical e seus movimentos graciosos enquanto dançava eu me sentia mais atraido e fascinado. Poderia pintar dezenas de quadros dela mas nunca se comparia a sua beleza real e verdadeira.

E sua beleza não vinha apenas de fora, mas vinha de dentro também. Eu a observei ser gentil com alguns universitários que até eles sabiam que não tinham chance com ela, mas mesmo assim, ela ainda os tirou para dançar e manteve uma conversa com eles.

Cara! Por que uma garota tão bonita, gentil e educada tinha que ser justo a sobrinha da minha madrasta? E pior ainda, ela não fazia parte da máfia. Bom, não teoricamente, mas levando em consideração que seus pais eram, sanguíneamente ela seria.

Fui retirado de meus pensamentos por Jason que veio acompanhado de um homem que aprebtava ser apenas alguns poucos anos mais velho do que eu.

Jason: Travis. Queria te apresentar uma pessoa. Esse é Dmitre Mondrich.

Travis: Oi. - O comprimentei com um aperto de mão e um sorriso educado.

Dmitre: Olá.

Jason: O Dmitre se formou recentemente no curso de Artes da Hollis e trabalha com o meu pai no Hotel.

Travis: É mesmo? Que incrível. - Antes que eu percebesse, Jason havia se retirado e me deixado a sós com seu amigo.

Dmitre: Então, você também é um artista?

Travis: Bom, eu diria que às vezes eu gosto de... Eu acho que...

Dmitre: Acho que "sim" e "não" são as palavras que busca.

Travis: Na verdade, é algo mais casual. Minha família mesmo vê isso como um hobby.

Dmitre: E pra você o que é?

Travis: Expressão. Eu acredito que através da arte podemos ir muito além do que somos capazes de pensar.

- 𝚀𝚄𝙴𝙱𝚁𝙰 𝙳𝙴 𝚃𝙴𝙼𝙿𝙾 -

O Sr. Mondrich me contou sobre sua experiência na Hollis e comentou a respeito da Academia de Artes que frequentou.

Travis: Eu vi esse quadro de Gérard. Era maravilhoso.

Dmitre: Uma visão.

Travis: Estava dizendo que ele, Leighton e Tunner estudaram na mesma academia?

Dmitre: Exato. Fiquei sabendo que têm uma vaga na Academia de Artes de Stravopol. Se leva a pintura a sério, esse é o lugar pra se estudar.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ouvi a voz de Alec que estava apenas alguns passos de distância.

Alec: Irmão, preciso de você.

Travis: Eu estou no meio de uma conversa.

Alec: Lá fora, agora. - Seu tom autóritario me faz soltar um suspiro.

Travis: Com licença. - O homem acentiu com a cabeça e levantei-me de meu ascento, seguindo meu irmão até o jardim.

Alec: Preciso que me ajude a ler isto em voz alta. - Ele me entrega um pequeno livro e não pude evitar de curvar meu rosto em uma careta.

Travis: Byron? Eu usei força demais no treino de ontem?

Alec: "Há um prazer nas florestas inexploradas. - Senti meus olhos arregalerem-se e meu rosto inteiro curvar em uma expressão surpresa. - Há um extâse na soli..." Como faz isso parecer bom? - Mordi meu lábio inferior e segurei o riso.

Travis: Não tem como. - Não pude evitar um sorriso risonho ao ver meu irmão mais velho recitando uma poesia. - Esse poema é o oposto de bom. Não tem sentido. - Devolvi o livro a meu irmão que mantinha uma expressão confusa em seu rosto.

Alec: Pensei que gostasse desse tipo de coisa. Poesia.

Travis: Poesia, sim. Mas Byron, por Deus, não.

Alec: Não era para todo mundo amar Byron?

Travis: Quando eu estava em Eton meus poemas eram melhores do que o dele.

Alec: Os seus são menos ou mais mentirosos?

Travis: Mentirosos? - Mu irmão concordou com a cabeça. - Poesia é o contrário disso, meu irmão. É a arte de revelar toda a verdade com as palavras. - Alec soltou uma risada pensando que eu estava fazendo uma piada.

Alec: Essa foi boa. - Mantive minha expressão séria. - Tá falando sério? - Concordei com a cabeça. - Meu Deus! Boa noite, irmãozinho. - Alec deu um leve tapa em meu ombro antes de curvar-se para ir embora.

Travis: Como descrever a admiração por uma mulher? - Virei-me na direção de meu irmão que apenas levanta os braços e nega com a cabeça saber a resposta. - Olhar para ela e se sintir inspirado. Se deleitar em sua beleza. De forma que todas as suas defesas desmoronem, fazendo-o aceitar de bom grado qualquer dor, ou qualquer fardo por ela. Honrar a sua existência com açōes e palavras. É o que o verdadeiro poeta descreve. - Observei a feição surpresa de meu irmão mas, que também continha um misto de admiração e até mesmo orgulho.

Alec: Deveria mesmo se dedicar à isso, Trav. - Senti um sorriso formar-se no canto de minha boca. - Rápido! Escreva em papel. - Cruzei meus braços e lançei um olhar semicerrado em sua direcão.
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>> "𝗩𝗼𝗰ê 𝗲𝘀𝘁á 𝗯𝗲𝗺..." <<

12. >> "𝗩𝗼𝗰ê 𝗲𝘀𝘁á 𝗯𝗲𝗺..." <<
— 𝐅𝐄𝐑𝐄𝐃𝐄𝐑𝐈𝐂𝐊 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

| 08:50 pm |

Enquanto Travis estava no bar dos Bass, Greg, os gêmeos e eu marcamos um encontro com as três irmãs Bass para assusta-las, em um antigo celeiro abandonado onde costumavamos brincar quando crianças.

Assim que chegamos no local, nos separamos e colocamos o plano em pratica. Greg subiu para o andar de cima do edifício de madeira, enquanto Mickey foi até o andar de baixo, Jeremy ficou escondido atrás do celeiro e eu apenas fiquei de vigia esperando que as três chegassem.

Passados uns quatro minutos fui capaz de observar as três silhuetas de longe, enquanto se aproximavam gradualmente. Enviei uma mensagem aos meus irmãos informando que iria começar.

Fred: Olá, meninas.

Sam: Então, qual é a pegadinha dessa vez? Greg vai surgir de trás de uma moita com uma mascára e uma cerra eletríca.

Fred: Na verdade, até que essa ideia não é ruim. Mas, não. Não tem pegadinha nemhuma.

Alison: E por que acreditariamos em você? - As três garotas me olham desconfiadas.

Fred: Não precisam. Podem conferir o lugar se quiserem. - As duas ruivas e a loira se entreolham com um ar de relutancia.

Daphne: Tá bem. Alison, você olha atrás do celeiro. Sam, você fica com o andar de baixo e eu vou lá pra cima.

Lancei um sorriso de canto para as três irmãs que logo foram para os locais indicados. Mickey e Jeremy esperaram que Daphne subisse para o andar de cima antes que surprendessem a Sam.

Escutei um grito vindo de trás do celeiro e logo observei Alison batendo em Jeremy. Não pude conter uma risada com a cena. Logo Mickey também assutou Samantha que ficou igualmente irritada, mas ainda sim, ria da situação.

Ouvi ruidos e alguns galhos quebrando próximos a mim e me virei de forma abrupta. Iluminei o lugar com minha lanterna e permaneci alerta. Escutei um grito alto e feminino e assim que ergui minha vista, vi Daphne no parapeito da janela a poucos centímetros de escorregar.

Fed: Daphne! - Calculei rapidamente a distância entre a janela e o chão e corri em sua direção a tempo de pega-la em meus braços. - Você está bem? - Olhei fixamente em seus olhos que apesar de estarem asustados, agora me olhavam como se eu fosse o seu príncipe encantado.

Daphne: Agora eu estou.

Não pude conter um sorriso sem jeito enquanto seus olhos permaneciam fixos nos meus. De repente, algo estranho aconteceu... Meu corpo ficou quente e minhas mãos que ainda a seguravam firme começaram a suar. Meu rosto nunca havia ficado tão perto do seu como estava agora... Seus olhos brihavam de forma estonteante e eu não conseguia parar de olhar fixamente para eles.

Apesar desse insólito momento ter durado apenas alguns segundos, pareceu uma eternidade. Mas meus três irmãos logo apareceram juntamente as duas Bass.

Greg: Aí! O que aconteceu?

Daphne e eu nos entreolhamos como se fossemos dois adolescentes de novo sendo pegos em flagrante e só então eu me dei conta de que ainda a estava segurando. A coloquei no chão e enquanto ambos limpavamos a palha do feno em nossas roupas, minha amiga ruiva recuperava o folêgo.

Daphne: Seja lá qual dos três patates que fez aquilo, não teve graça. Eu teria me espatifado no chão se não fosse o Fred.

Mickey: Do que tá falando?

Fred: O que você fez, Greg? - Lancei um olhar sério e repreensivo para meu irmão que permanecia confuso.

Greg: Nada. Eu tava subindo quando você mandou a mensagem até escutar um barulho vindo do estabúlo e resolvi olhar.

Daphne: Espera aí, então não era você lá em cima?

Jeremy: Nemhum de nós esteve lá.

Sam: Tinha alguém com você?

Daphne: Tinha.

Alison: Quem?

Daphne: Eu não sei. Um cara com um fantasia de halloween e uma mascára. Pensei que fosse um de vocês.

Greg: Mas não era.

Fred: Tá. É melhor sairmos daqui.

Todos nos distanciamos do lugar e caminhamos até o meu carro. No trajeto até a casa Bass que não ficava longe, pensei um pouco sobre a tal figura descrita por Daphne e também no momento em que tivemos. Trocamos alguns olhares mas não falamos mais nada o resto da noite.
13

>> "𝗣𝗼𝗿 𝗾𝘂𝗲 𝗻ã𝗼 𝗳𝗲𝘇 𝗹𝗼𝗴𝗼 𝗶𝘀𝘀𝗼..." <<

13. >> "𝗣𝗼𝗿 𝗾𝘂𝗲 𝗻ã𝗼 𝗳𝗲𝘇 𝗹𝗼𝗴𝗼 𝗶𝘀𝘀𝗼..." <<
— 𝐓𝐑𝐀𝐕𝐈𝐒 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

| 09:04 pm |

Depois de ajudar meu irmão, retornei a minha posição de tocaia e vi que os três patetas ainda encontravam-se lá. Eu já estava pronto para ir até lá e simular uma briga para pegar a chave e a moto, até ver a Courtney se aproximar com um copo cheio em suas mãos.

Ela estava cambaleando e visivelmente bebâda. Isso não podia estar acontecendo... Ou talvez, fosse a distração perfeita. O outro cara se afastou enquanto o que estava com a chave flertava com Courtney.

Quando ela subiu na moto e ele se virou para pegar outro copo de cerveja o qual o mesmo batizou com uma droga, eu soube que era o momento perfeito.

Travis: E aí. Se divertindo com a minha garota?

Brad: Caí fora, Leblanc.

Courtney: Brad vai me levar para dar uma volta. - Sua voz estava embargada e risonha.

Travis: Não vai rolar. E a propósito, tem uma droga nisso daí. - Seu olhar azul agora com a pupila dilatada recaí sobre o líquido que a mesma estava bebendo.

O cara que antes estava a poucos centímetros de distância da Hofferson, agora estufa seu peito e se aproxima de mim.

Brad: Você ouviu a garota. Caí fora. - Olhei por cima de seu ombro e encontrei os olhos de Courtney.

Travis: Não saí daí. - Observo seu punho cerrado vir em minha direção, mas eu desvio de forma ágil e me esquivo indo por trás de seu corpo. - Aqui, Romeu. - No momento em que ele se vira, eu acerto um soco em cheio em seu maxilar o fazendo cair no chão. Rapidamente pego a chave e observo os outros dois caras se aproximarem. - É melhor ficarem aí.

Rapidamente subi na moto e após girar a chave na ignição, dei partida e saí em disparada.

Courtney: Travi, o que... - Sua frase foi interrompida por um grito quando acelerei a moto em direção a rua para fugir dos caras. - Por que deixou ele fazer aquilo comigo?

Travis: Porque eu não podia enfiar a mão no bolso dele pra pegar a chave.

Courtney: Ia deixar ele me drogar só pra conseguir a chave?

Travis: Não confia em mim? É melhor segurar firme, essa moto é bem potente.

Courtney: As motos deles não são assim também?

Travis: Por que acha que eu escolhi essa? Ela foi modificada. - Desviei de alguns carros e outras motos para me aproximar do viaduto. - Tá segurando firme?

Courtney: Você não para de perguntar isso! - Ela soltou um grito e apertou minha cinta com mais força no momento em que eu subi a moto pelo viaduto, ficando no topo de tudo, onde de baixo se podia ver as luzes dos outros automoveis. - Por que não fez isso logo?

Não pude evitar um sorriso ao sentir toda aquela adrenalina e podia ver por cima de meu ombro que a loira também estava sorrindo.

Por um momento, não existia mais ninguém alí além de nós dois naquela moto. A velocidade potente da moto e a longitude do viaduto dava a impressão de que estavámos voando.

Pude observar pelo retrovisor a emoção no rosto de Courtney. Ela estava impressionada e sorria de olhera a olhera ao olhar para baixo e ver aquele espetáculo de luzes. Meu coração batia mais rápido ao ver aquele lindo sorriso. Só que não era um sorriso comum... Esse era o tipo de sorriso que só se vê uma vez na vida.

Eu só queria que esse momento durasse para sempre.
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>> "𝗗𝘂𝗿𝗼, 𝗺𝗮𝘀 𝗳𝗿á𝗴𝗶𝗹..." <<

14. >> "𝗗𝘂𝗿𝗼, 𝗺𝗮𝘀 𝗳𝗿á𝗴𝗶𝗹..." <<
| 09:19 pm |

Levou alguns minutos até que eu chegasse na residência Hofferson, em parte porque tive de pegar o endereço com a Layla.

Ao descer da moto, tive de ajudar Courtney que estava tonta, bebâda e levemente drogada.

Courtney: Eu tô bem, só estou com um pouco de calor, entendeu? - Peguei suas mãos e a ajudei a descer. - Agora eu tô com frio.

Apoei seu braço em torno do meu pescoço e envolvi o meu braço em torno de sua cintura, enquanto caminhavamos até a entrada da casa. Courtney não falava coisa com coisa e admito que até chegava a ser um pouco engraçado.

Courtney: Pra você saber, Freud não é um cantor. - Com uma certa dificuldade consegui chegar até a porta a qual abri e entrei com a loira. - Ele diria que significa lágrimas, ou algo pior. - Ao chegar na escada, ela tropessou e eu a segurei firme, escutei vozes vindo de uma sala próxima e percebi que sua mãe estava em casa.

Travis: Shh!

Envolvi um de meus braços por sua cintura e outro por suas coxas até ergue-la na altura do meu peito. Ela era mais pesada que parecia, mas eu aguentava, desde que seu quarto estivesse perto.

Courtney: O que foi? - Passamos por um quadro de um homem e ela acena para o mesmo. - Darcy, meu amigo! Esse aqui é o meio-irmão da Layla. Ele não é um inglês metido à besta como você, mesmo com uma donzela nos braços. - Senti um leve sorriso se formar no canto da minha boca e logo também senti sua mão tocar em meu braço. - Nossa! Alguém tá tomando esteroides em taça? Sabe o quê? Vidros são feitos de líquido. É um líquido que segura outro. Legal, né?

Finalmente depois de dois lances de escada, chegamos a um corredor com cinco portas.

Travis: Sabe qual dessas é a do seu quarto? - Ela olha com o cenho franzido para todas as portas até finalmente apontar para a segunda do lado direito.

Courtney: Aquela alí. - Puxei a maçaneta e adentrei no quarto que continha uma decoração bem mais feminina do que eu estava acostumado. Coloquei Courtney na cama e até senti um alívio em meus braços. - Se fosse capaz de sentir emoção, ia entender. - Me sentei na borda da cama e a cobri com o lençól. - O vidro escorre tão devagar que parece sólido. Por isso é tão frágil. Duro, mais frágil. - Sua voz saiu baixa e distante e eu presumi que ela havia dormido. Desliguei então o abajur e tomei um susto quando ela deu um salto. - Não, a luz, não! - Acendi novamente o abajur e ela deitou-se novamente.

A observei por uns segundos enquanto pensava nas últimas palavras que havia dito. Ao mesmo tempo em que não tinha sentido nemhum, fazia todo sentido.

Olhei então para sua mesa de cabeceira e vi três retratos. Um deles, ele estava com a mãe as irmãs. No outro, apenas com as irmãs. E o outro ela era um criança de aparentemente três ou quatro anos de idade e estava com um homem que eu presumi ser seu pai.

Esperei mais alguns segundos até ter certeza de que ela estava dormindo e olhei pela janela para ver onde dava e a distância. Por sorte dava no jardim e eu poderia caminhar até a moto.

Olhei para a linda Hofferson que dormia profundamente antes de pular pela janela. Uma vez no chão, caminhei até a moto de Carter calmamente para não fazer barulho. Senti meu celular vibrar em meu bolso e assim que o tirei, notei que era uma mensagem de um número desconhecido.

_ 𝗠𝗘𝗡𝗦𝗔𝗚𝗘𝗡𝗦 𝗢𝗡 _

D/C: Sabia que ia arrebentar hoje.

Travis: Quem é?

D/C: Seu fã número um.

_ 𝗠𝗘𝗡𝗦𝗔𝗚𝗘𝗡𝗦 𝗢𝗙𝗙 _

Senti um calafrio percorrer minha espinha e tinha um pressentimento ruim quanto aquilo...
15

>> "𝗘𝘂 𝗻ã𝗼 𝗳𝗶𝘇 𝗽𝗼𝗿 𝗺𝗮𝗹..." <<

15. >> "𝗘𝘂 𝗻ã𝗼 𝗳𝗶𝘇 𝗽𝗼𝗿 𝗺𝗮𝗹..." <<
— 𝐊𝐀𝐓𝐄 𝐇𝐎𝐅𝐅𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍 —

Lydia já havia se distanciado significativamente de mim. Ainda se encontrava a alguns centímetros à minha frente com Alec Leblanc, enquanto o rapaz Derek entretia-me com uma conversa.

Estavamos sentados no balcão que estava servindo como bar enquanto bebiamos dois drinks. Admito que isso era pouco peculiar de minha parte mas, até onde eu sei, Ruby está em casa com minha mãe e Courtney estava próxima de Travis.

Apesar do meu desdem com o irmão mais velho, teno de admitir que o mais novo era um verdadeiro cavalheiro. Era gentil e cortez. Me questionava até se eram irmãos de verdade.

Derek: Então, está fazendo administração? Com qual intuito?

Kate: Meu pai construiu uma cafeteria antes de morrer e minha mãe gerencia ela. Ela quer que eu assuma o negócio de vez assim que me formar.

Derek: Impressionante.

Kate: Mas e você? Tem planos para o futuro?

Derek: Ah... Eu me formei no ano passado. Meu pai quer que eu assuma o negócio da família, já minha mãe não vê a hora de ganhar uma nora.

Kate: Nesse caso, acho que você e Lydia se entenderiam.

Olhei ligeiramente para os dois à minha frente e meus olhos rapidamente cruzaram com os do Leblanc. Senti algo borbulhar em meu estômago no momento em que um sorriso arrogante formou-se em seu rosto.

Ele é detestável!

Derek: Srta. Hofferson, por que discute tanto com o Leblanc? - Encontrei novamente os olhos castanhos do rapaz ao meu lado.

Kate: Se ele quer cortejar a minha prima, não é meu dever testar seu feitio?

Derek: Ele detesta perder. Nunca aceitou isso. Nem mesmo quando éramos crianças. - Virei-me abruptamente em sua direção e olhei em seu rosto agoro pálido e receoso. - Kate, eu...

Kate: Como é que é? Se conhecem desde que eram crianças? Não se conheceram agora?

Derek: Eu falei demais.

Kate: E vai falar mais ainda agora. - Lancei um olhar firme em sua direção que foi o suficiênte para amedontralo.

Derek: Alec e eu somos primos. Eu sou o filho do irmão mais velho da mãe dele, Max Haddock. Ele achou que me julgaria se soubesse, mas meu interesse em você é genuíno...

Kate: Sei. Foi genuinamente enviado para me distrair e seu primo se aproximar da Lydia.

Olhei para a multidão à minha frente e avistei Lydia acompanhada do Leblanc próximos aos jardim à apenas alguns metros de distância.

— 𝐀𝐋𝐄𝐗𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

Lydia e eu estávamos imersos em uma conversa divertida antes de sua prima chegar cuspindo fogo.

Kate: Vamos embora. - Seu tom saiu ríspido e cortante.

Alec: Já vi um mal perdedor, agora nunca um mal vencedor.

Kate: Nunca mais dirija à palavra a mim ou qualquer um da minha família.

A morena lança um olhar fulminante em minha direção e pude observar que seu rosto havia adquirido um tom mais avermelhado. Talvez fosse o alcóol e o suor ou apenas a raiva que emanava de seus olhos negros.

Lydia: O que aconteceu?

Kate: O que aconteceu foi que havia outro jogo em andamento, e o Sr. Leblanc fez-me de boba. - Seu olhar de repúdio recaí sobre Derek que estava com uma expressão arrependida em seu rosto. - Vamos.

A Hofferson me lançou um último olhar antes de partir e eu poderia estar louco ou havia uma misto de raiva e tristeza neles.

Lydia seguiu a prima, mas a detive antes que fosse embora. Segurei em seu pulso e seus olhos encontraram os meus.

Alec: Eu não fiz por mal. Só queria passar um tempo com você. - Um meio sorriso formou-se no rosto da Branwell antes que a mesma saísse da festa com a Hofferson.
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>> "𝗘 𝘀𝗲 𝗲𝘂 𝗾𝘂𝗶𝘀𝗲𝗿 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺𝗮 𝗰𝗼𝗶𝘀𝗮 𝗱𝗶𝗳𝗲𝗿𝗲𝗻𝘁𝗲..." <<

16. >> "𝗘 𝘀𝗲 𝗲𝘂 𝗾𝘂𝗶𝘀𝗲𝗿 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺𝗮 𝗰𝗼𝗶𝘀𝗮 𝗱𝗶𝗳𝗲𝗿𝗲𝗻𝘁𝗲..." <<
— 𝐓𝐑𝐀𝐕𝐈𝐒 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

Ao chegar em casa, decidi cortar o caminho pelo jardim e passar pela porta de acesso à cozinha na esperança de encontrar algo para comer.

Estava um pouco frio e ventava não tão forte. Talvez por conta do vento, fui capaz de identificar o cheiro de cigarro não muito distante.

Aproximei-me dos dois balanços que ficavam em uma àrvore e lá pude ver minha irmã Max.

Travis: Maxine Leblanc III!

Ouvi apenas um grunhido e obsevei minha irmã caçula virar-se calmamente em minha direção. Seu rosto não demonstrava o mesmo medo que outro irmão como a Bella ou o Mickey demonstrariam se tivessem sido pegos fumando, ela na verdade parecia muito despreocupada.

Max: Vai em frente. Pode me castigar.

A garota simplesmente colocou o cigarro novamente na boca e me olhou com a mesma serenidade apenas esperando uma bronca. Em outros circunstância talvez eu lhe repreendesse, mas havia algo em seu olhar. Um tom melancólico que eu só havia reparado hoje. Era como se ela não se importasse com nada do que eu dissesse ou da unição que receberia.

Amenizei minha expressão antes severa e olhei para a garota que ainda encontrava-se sentada em um dos balanços.

Travis: Tem um cigarro para mim?

Aproximei-me dela e sentei-me no balanço ao seu lado. Max parecia surpresa, mas me entregou a caixa com os maços de cigarro e o isqueiro. Ascendi um e o coloquei na boca. Inspirei o conteúdo para dentro e depois soltei enquanto observava a fumaça sair por minha boca agora entreaberta.

Max: E se eu quiser alguma coisa diferente? - Olhei para minha irmã um pouco confuso.

Travis: Como assim?

Max: Só... Diferente. Eu vejo a Bella se preparar para debutar na sociedade. Com todos aqueles vestidos e pretendentes e eu gico exausta. E se eu quiser alguma coisa diferente? E se eu realmente acreditar que eu sou capaz de algo mais? Mesmo não tendo liberdade de escolha.

Travis: Aí... Eu diria... Que você não é a única.

Max olhei em meus olhos e pude observar um sorriso genuíno formar-se em seu rosto. Isso tornou-se algo raro de se acontecer desde que o Oliver morreu.

Retribui seu sorriso e continuamos fumando nossos cigarros enquanto admiravamos a lua.

Apesar da diferença de cinco anos, Max em uma noite mostrou-se ser mais parecida comigo do que qualquer outro de nossos irmãos.

Ser um Leblanc nem sempre era fácil, pois lhe trazia reconhecimento, mas não por quem somos e sim por nosso nome e posição. Se todos soubessem como eu detestava se reduzindo a um simples "número quatro", talvez não falassem isso com tanta frequência.

Eu queria um mundo além de tudo isso. Além da máfia, da alta sociedade e da opulência. Talvez por isso eu amasse tanto pintar. Porque, quando eu pinto, não tenho de me preocupar sobre o que vão dizer ou pensar. Por um momento, eu consigo ser apenas Travis e não Travis Leblanc, o quarto filho do biliónario Robert Leblanc.
17

>> 𝗢 𝗽𝗲𝗱𝗶𝗱𝗼 <<

17. >> 𝗢 𝗽𝗲𝗱𝗶𝗱𝗼 <<
— 𝐀𝐑𝐓𝐇𝐔𝐑 𝐏𝐄𝐓𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍 —

| 09:30 pm |

Bella e eu já haviamos terminado o jantar a alguns minutos, mas ela ainda folheava o cardápio com um expressão pensativa. Não é possível que essa garota coma mais do que eu.

Arthur: Você vai querer sobremesa? - Ela concordou com a cabeça enquanto mantinha o olhar fixo no cardápio. - Qual?

Bella: A sobremesa número 11.

Arthur: Beleza. Eu vou pedir pra você.

Bella: Tá.

Me levantei e caminhei até o balcão. Além do pedido da sobremesa também pedi que fizessem o que eu tinha planejado para essa noite. Olhei de relance para Bella que permanecia sentada olhando para a janela e me encontrei nervoso. Minhas mãos estavam humidas e meu coração estava começando a bater mais rápido.

Assim que voltei para a mesa, não levou mais do que sete minutos e a sombremesa chegou. Quando viu o prato com o pedido seus olhos arregalaram e ela ficou paralisada. Foi aí que meu coração parecia que ia saltar pela boca.

Arthur: Não vai dizer nada?

Bella: Ah... - Seus olhos ainda não piscavam e sua cara estava em choque.

Arthur: Tá bem, então eu digo. Isso vai parecer tão clichê... Mas, desde que eu te conheci, eu senti que algo em mim havia mudado. Eu pensava que não precisava de ninguém e que a minha vida estava muito bem do jeito que estava. Até ver você naquele campo. Nunca conheci uma garota tão bonita e ao mesmo tempo tão instigante como você. - Sua feição estava relaxando e seus olhos não desviavam dos meus. - Então, você aceita?

Bella: Ah...
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