𝗠𝘆 𝗟𝗶𝗳𝗲 — (𝗣𝗮𝗿𝘁. 𝟬𝟵) | 𝗤𝘂𝗶𝘇𝘂𝗿

𝗠𝘆 𝗟𝗶𝗳𝗲 — (𝗣𝗮𝗿𝘁. 𝟬𝟵) | 𝗤𝘂𝗶𝘇𝘂𝗿

→ 01 - Esta não é uma reescrita do "My Life" original criado por Esther, é apenas inspirado e baseado. → 02 - Essa estória não possui apenas um único protagonista. → 03 - Todas as imagens foram retiradas da plataforma Pinterest e algumas editadas por mim. → 04 - Caso queira se inspirar para escrever a sua própria estória, tudo bem, mas dê os devidos créditos. → 05 - Minhas inspiraçōes (créditos): — Arrow. - (2012) — As Tartarugas Ninja. - (2012) — Bridgerton. - (2020) — Cobra Kai. - (2018) — Gossip Girl. - (2007) — My Life. - Esther. — Pretty Little Liars. - (2010) — Riverdale. - (2017) — Scooby-Doo! Mistério S.A. - (2010)

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Hey_Max

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>> 𝗣𝗿𝗲𝗼𝗰𝘂𝗽𝗮çã𝗼 <<

1. >> 𝗣𝗿𝗲𝗼𝗰𝘂𝗽𝗮çã𝗼 <<
— 𝐈𝐒𝐀𝐁𝐄𝐋𝐋𝐀 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

— 𝗦𝘁𝗮𝘃𝗿𝗼𝗽𝗼𝗹, 𝗥ú𝘀𝘀𝗶𝗮. 𝟭𝟬 𝗱𝗲 𝗼𝘂𝘁𝘂𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟭𝟳. 𝗧𝗲𝗿ç𝗮-𝗳𝗲𝗶𝗿𝗮.

| 𝟎𝟓:𝟓𝟗 𝐚𝐦 |

Durante a madrugada, desde o momento em que fui deixada por meu irmão Robin em meu quarto, não consegui piscar o olho uma única vez.

Devo ter passado horas a fio chorando. Minha garganta estava seca e havia um nó imenso se formando em meu estômago.

Reuni coragem para levantar-me e caminhar até o banheiro. Meu corpo estava extremamente pesado e cansado. Meus músculos inteiros estavam doloridos e minhas pálpebras pesadas.

Assim que me olhei no espelho, observei por alguns segundos minha aparência deploravel. Meus olhos estavam inchados e vermelhos, meu cabelo desgrenahado e minha pele pálida.

Escutei meu celular tocando e assim que o peguei para ver do que se tratava, notei ser de um número desconhecido.

_ 𝗖𝗛𝗔𝗠𝗔𝗗𝗔 𝗢𝗡 _

Bella: Alô?

Richard: Isabella. É o Richard. Imagino que esteja preocupada com o Arthur e o Chris. Eles estão na minha casa.

_ 𝗖𝗛𝗔𝗠𝗔𝗗𝗔 𝗢𝗙𝗙 _

Antes mesmo que o homem pudesse dizer qualquer outra coisa, eu rapidamente encerrei a ligação e corri para o meu ármario para vestir algo.

Simplesmente vesti a primeira roupa que eu vi e molhei meu rosto com àgua. Eram 06:00 da manhã e o Sol mal tinha nascido ainda. Não sei onde meu pai e meu tio se encintravam. Meus irmãos estavam dormindo e os empregados estava começando o serviço.

A primeira coisa que eu fiz assim que saí do quarto foi ir até a entrada da casa e procurar por um dos seguranças de meu pai. Informei a ele o endereço e pedi que me levasse até lá o mais rápido possível.
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>> 𝗝𝗮𝗰𝗸 𝗣𝗲𝘁𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻 <<

2. >> 𝗝𝗮𝗰𝗸 𝗣𝗲𝘁𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻 <<
Passados alguns minutos, que para mim parecessaram ser horas, finalmente havia chegado na residência Carson.

Ao descer do carro, caminhei rapidamente até a porta de entrada e toquei a campanhia. Em questão de um minuto, o Sr. Carson vem ao meu encontro.

Adentrei na casa assim que o homem de cabelos castanhos e olhos azuis me concedeu passagem.

Richard: Está preocupada com o Arthur e o Chris?

Bella: Muito.

O homem gentilmente toca em meu ombra e sinaliza para que o siga.

O Sr. Carson guia-me até o andar de cima, onde paramos em um corredor que haviam cinco portas. Paramos na frente de uma das portas que estava aberta e pude olhar para dentro do quarto.

Observei Arthur deitado na cama enquanto uma enfermeira o examinava. Senti um alívio em meu coração ao vê-lo vivo e respirando, apesar de estar inconsciênte.

Levei alguns segundos para notar a presença de uma quinta pessoa no recinto. Era um homem de cabelos e olhos castanhos e que aparentava ter por volta dos quarenta ou cinquenta anos.

O homem até então desconhecido, sai do quarto e caminha em minha direção, lançando-me um sorriso gentil.

Jack: Você deve ser a Bella. Sou o Jack Peterson. Pai do Arthur. - Apertei sua mão educadamente não pude deixar de escapar um olhar atônito. - E, como já sabe, irmão adotivo da sua mãe.

Bella: É um prazer em finalmente conhecê-lo, Sr. Peterson.

Jack: Não, Jack. Por favor.

Escuetei o ranger de uma porta abrindo e virei-me instantaneamente para trás assim que ouvi um voz masculina chamando pelo Sr. Carson.

Tom: Richard? Chris acordou e quer ver você.

Richard: Claro. Eu já vou.

O terceiro homem tinha cabelos castanhos claros e olhos igualmente claros, ligeiramente semelhantes aos de Vitor. Ele não deixou de me analisar com um olhar nostálgico, assim que notou minha presença.

Jack: Tommy, essa é a filha do Robert e da Maryse. Isabella.

Tom: Oi. Thomas Ackles. - O homem gentilmente aperta minha mão. Ele tinha um olhar pacifíco e tranquilo. Os outros dois também eram muito tranquilos, mas ele era mais.

Bella: Isabella. Mas pode me chamar de Bella.

Jack: Você quer vê-lo?

O Sr. Peterson balança ligeiramente sua cabeça para o lao, indicando o quarto onde o filho se encontrava.

Olhei ainda receosa e hesitante para a cama onde o mesmo se encobtrava inconsiente, mas decidi enfrentar minhas inseguranças.
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>> "𝗩𝗼𝗰ê 𝗻𝘂𝗻𝗰𝗮 𝘃𝗮𝗶 𝗺𝗲 𝗽𝗲𝗿𝗱𝗲𝗿..." <<

3. >> "𝗩𝗼𝗰ê 𝗻𝘂𝗻𝗰𝗮 𝘃𝗮𝗶 𝗺𝗲 𝗽𝗲𝗿𝗱𝗲𝗿..." <<
O Sr. Carson adentrou no quarto em que Chris estava, enquanto o Sr. Ackles juntamente ao Sr. Peterson, desceram para o andar de baixo.

Respirei fundo antes de passar pela porta e observar Arthur ainda a distância. Caminhei com passos leves até uma distância menor da cama. A enfermeira que antes examinava o garoto, agora guarda suas coisas e caminha em minha direção.

Bella: Como ele está?

Enfermeira: Não se preocupe, ele está bem. Estava usando colete quando foi baleado.

Bella: Mas... A irmã dele o viu caíndo no chão.

Enfermeira: Chama-se síncope vasovagal. Basicamente ele desmaiou pelo susto. Eu dei um calmante para que ele dormisse, deve acordar em aguns minutos.

Bella: Obrigada.

A mulher caminha em direção a porta e logo saí do cômodo, deixando-me à sós com meu namorado.

Aproximei-me mais da cama e me sentei na borda, enquanto anlisava cada traço do rosto de Arthur. Ele relamente ficava lindo dormindo.

Alisei seu cabelo gentilmente com meus dedos e logo me espantei ao vê-lo rindo. Não pude evitar um sorriso imenso enquanto o garoto abria lentamnete seus olhos.

Bella: Oi.

Arthur: Oi.

Bella: Te acordei?

Arthur: Não. Acordei a uns vinte minutos, mas aquela mulher não saía nunca. - Revirei meus olhos. - Ficou tão preocupada assim que não aguentou e teve que vir me ver?

Bella: Não faz ideia de como Maria e eu ficamos preocupadas. Pensamos que tivesse morrido. - Arthur deixa escapar uma risada com meu comentário.

Arthur: Queria ter visto a cara de vocês.

Bella: Então você tá bem mesmo?

Arthur: Na medida do possível.

Bella: Ótimo. - Dei um soco em seu braço e o observei dar um grito baixo de dor.

Arthur: Aí, aí! Calma aí. Eu tô machucado. - Seu tom melodrámtico só me faz revirar os olhos mais uma vez.

Bella: É sério. Eu fiquei preocupada. Pensei que tinha te perdido.

Arthur toca suavemente em meu queixo e me faz olha-lo nos olhos. Ele aproxima seus lábios dos meus e os captura em um beijo delicado. Ao distanciar-se de meu rosto, o Peterson fita-me profundamente nos olhos.

Arthur: Você nunca vai me perder. Porque agora eu sou seu namorado. - Seu enfâse no "seu", faz escapar um leve sorriso de meus lábios.

Bella: Só me promete que nunca mais vai me assustar dessa forma.

Arthur: Eu prometo.

O puxei pelo colarinho da camisa para um outro beijo, só que dessa vez com mais intensidade.
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>> 𝗘𝗹𝗲𝗮𝗻𝗼𝗿 𝗖𝗼𝘂𝗹𝘁𝗵𝘆, 𝗠𝗮𝗱𝘀𝗼𝗻 𝗖𝗮𝗿𝘀𝗼𝗻 𝗲 𝗟𝗶𝗹𝘆 𝗛𝗼𝗳𝗳𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻 <<

4. >> 𝗘𝗹𝗲𝗮𝗻𝗼𝗿 𝗖𝗼𝘂𝗹𝘁𝗵𝘆, 𝗠𝗮𝗱𝘀𝗼𝗻 𝗖𝗮𝗿𝘀𝗼𝗻 𝗲 𝗟𝗶𝗹𝘆 𝗛𝗼𝗳𝗳𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻 <<
Ajudei Arthur a levantar-se da cama e descemos juntos para o andar de baixo. Deparei-me com Chris sentado sofá. Assim como Arthur, ele detinha de uma fisionomia cansada e pálida.

Arthur: E ai, cara. Você tá pessímo.

Chris: Não tão horrível quanto você. - Chris levanta-se e eu me aproximo dele o abrançando fortemente.

Bella: Estou tão feliz de ver que está bem.

Chris: B-Bella... Não dá pra respirar.

Afastei-me cuidadosamente de Chris para evitar machuca-lo ainda mais.

Bella: Desculpe.

Chris: Estão com fome?

Arthur: Óbvio.

Chris: Vou pegar uns salgadinhos pra gente.

Os dois garotos adentram na cozinha e simplesmente desaparecem de minha visão. Observei por aguns segundos o Sr. Carson que falava com alguém ao telefone, antes de voltar minha atenção para a porta de entrada, pois dela atravessam minha mãe, madrasta e mais três mulheres.

Uma das mulheres e que aparentava ser a mais alta, era loira e tinha olhos azuis. Trajava um vestido longo social branco e um sobretudo preto. A segunda mulher tinha cabelos e olhos castanhos e trajava uma roupa social típica de uma advogada. A terceira mulher tibha cabelos castanhos, olhos verdes e uma pele mais parda do que as das outras duas. Assim como a segunda, também estava usando uma roupa de escritório.

Bella: Mãe? Melissa?

As duas caminham em minha direção e sinto meu sangue gelar ao observar o olhar duro e gelído de minha mãe.

Maryse: Isabella. - Seu tom ríspido e cortante fazem uma onda de arrepios percorrer todo o meu corpo.

Bell: O que fazem aqui?

Melissa: Engraçado você perguntar. Já que eu tive de fazer um retorno premeditado ao descobrir que minha filha estava envolvida em um tiroteio.

Maryse: E imagine a minha surpresa ao saber que você também estava envolvida. E que ainda está namorando o seu primo.

Bella: Só pra constar, ele não é meu primo. E estamos namorando a tipo... Dois dias.

Jack: Mary... Não seja tão dura. Deixa eles namorarem. São apenas adolescentes.

O Sr. Peterson saí em minha defesa e aproxima-se de uma das três mulheres até então desconhecidas. Os dois trocam um selinho e eu rapidamente deduzo que são casados. Se essa for a questão, então essa mulher era Sra. Coulthy e mãe da Maria.

Eleanor: Oi. Eleanor Coulthy. Madrasta do Arthur e mãe da Maria.

Bella: É um prazer, Sra. Coulthy.

Uma das outras duas mulheres que tinha cabelo e olhos castanhos e trajava uma roupa casual porém refinada, vem em minha direção e estende sua mão para que eu a comprimente.

Madson: Isabella, não é? Sou a Madson. Mãe do Chris e irmã da Melissa.

Meu olhar repemtinamente recaí sobre a mulher loira de olhos azuis que analisando agora, era incrivelmente semelhante a Melissa e me lembrava de Courtney.

Bella: Então, você é...

Lily: Lily Hofferson. - Seus lábios curvam-se em um sorriso gentil enquanto a mesma aperta minha mão.

Nesse momento, Chris e Arthur retornam da cozinha e param instantaneamente ao depararem-se com as novas convidadas.

Melissa: É bom poder finalmente conhecê-lo. - Melissa aproxima-se de Chris e o abraça afetuosamente.

Chris: Oi, tia.

Arthur engole em seco ao observar minha mãe que o analisava minuciosamente.

Maryse: Arthur, certo?

Arthur: S-Sim. - Ele pigarreia e engrossa sua voz. - Sim. É um prazer conhecê-la, Srta. Haddock.

Maryse: Maryse está bom. Afinal você é o namorado da minha filha e filho do meu irmão.

Richard: Acabei de falar com Robert. O deixei informado da situação.

Melissa: Obrigada, Richard.

Eleanor: Bom, agora que as identidas já não são mais um segredo de nossos filhos, o que acham de fazermos um jantar em família?

Melissa e suas duas irmãs entreolham-se de forma hesitante. Havia algo entre as três que as distanciava. Talvez não se dessem bem.

Madson: Vamos fazer isso dar certo. Pelos meninos.

Melissa: Tudo bem. Vou falar com o Robert. Na nossa casa hoje à noite?

Eleanor: Estaremos lá.

Richard: Nós também.

Maryse: Vamos, Bella?

Concordei com a cabeça e dei um selinho rápido em Arthur antes de caminhar até a porta de entrada.
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>> 𝗪𝗶𝗹𝗵𝗲𝗹𝗺 𝗟𝗲𝗯𝗹𝗮𝗻𝗰 <<

5. >> 𝗪𝗶𝗹𝗵𝗲𝗹𝗺 𝗟𝗲𝗯𝗹𝗮𝗻𝗰 <<
— 🆀🆄🅴🅱🆁🅰 🅳🅴 🆃🅴🅼🅿🅾 —

O trajeto até a mansão foi silêncioso. Mamãe e Melissa pareciam furiosas, mas não comigo. Estava me perguntando o que havia acontecido.

Ao chegarmos em casa, fui guiada por minha mãe e madrasta até a sala de estar, onde meus irmãos encontravam-se todos reunidos.

Sentei-me ao lado de Layla no sofá, ao lado da lareira. Permaneci em silêncio total, assim como o resto de minha família.

Finalmente, meu pai adentra na sala juntamente a meu tio Logan e a última pessoa que eu esperava ver... Meu avô. Wilhelm Leblanc.

Olhei ao redor e percebi que cada um de meus irmãos estavam tão plerperxos quanto eu. Nosso avô não era exatamente o pai ou avô do ano, muito pelo contrário. Nos intimidava e nos obrigava a treinarmos até o limite. Isso enquanto ainda éramos crianças.

Wilhelm: Meninos. Meninas. Norinhas. - Mamãe e Melissa permaneceram caladas mas retorciam seus lábios de forma incomoda. - É tão bom estar em casa.

Fred: O que ele faz aqui?

Robert: Ele veio ajudar.

Fred: Dúvido muito. - Max sussurra e revira seus olhos.

Wilhelm: Frederick. Está bem mehor desde a última vez em que o vi.

Meu irmão o fuzila com os olhos e com razão. Ele o estava provocando sobre a morte de Delphin para irrita-lo. Era esse o tipo de manipulação distorcida que ele usava.

Logan: Pai, já chega! Não foi pra isso que você veio.

Robert: Muito bem. - Meu pai senta-se em uma poltrona na frente da lareira. - Precisamos ter uma conversa séria. A começar com vocês duas. - Seu olhar recaí sobre mim e Layla. - O que estavam pensando? Eu deixo vocês fazerem o que bem entenderem e só o que eu peço é que não chamem atenção. Se envolver em um tiroteio de gangue não é bem ser discreta. - Minha irmã e eu nos entreolhamos.

Layla e Bella: Desculpa, pai.

Layla: Eu prometo que isso não vai mais acontecer.

Melissa: Tem razão. Não vai mesmo. Porque vocês duas estão fora dessa gangue.

Layla e Bella: O quê? - Ambas exclamamos em sinal de protesto.

Robert: E é agora que chegamos na segunda questão. Vocês todos, são oficialmente os principais suspeitos no assassinato do seu irmão. Sabemos que isso não é verdade, mas a polícia não sabe. Além disso, a nóticia já se espalhou e graças a esse infortunio, nossos aliados pensam que somos fracos. Já que não conseguimos defender nossa própria família.

Luna: E o que faremos?

Logan: O que fazemos de melhor... Uma festa. Na verdade, um baile.

Maryse: Será em duas semanas, logo após os quadrigêmeos fazerem dezesseis.

Melissa: Vai ser também a apresentação de vocês quatro na sociedade.

Robert: E agora chegamos a outra questão. Sobre os nossos... Familiares. Antes de se zangarem por não termos contando antes, precisam primeiro entender que eles decidiram isso.

Harry: Por quê? O que aconteceu? - Os quatro adultos trocam olhares hesitantes e receosos. Não precisaria ser um gênio para saber que estavam escondendo algo.

Logan: É complicado. Tudo o que precisam saber, é que eles todos estavam fazendo o melhor para suas famílias. Assim como nós.

Wilhelm: Isso é tudo. Podem ir agora. Eu preciso ter uma conversa à sós com meus filhos e noras.

Meus irmãos e eu nos entreolhamos desconfiados mas decidimos ceder e nos retirar da sala.
6

>> 𝗔𝗽𝗿𝗲𝘀𝗲𝗻𝘁𝗮çō𝗲𝘀 <<

6. >> 𝗔𝗽𝗿𝗲𝘀𝗲𝗻𝘁𝗮çō𝗲𝘀 <<
— 𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

| 𝟎𝟕:𝟑𝟎 𝐩𝐦 |

Já estava na hora do jantar com os Carson, Hofferson, Peterson e Coulthy, e eu não poderia estar mais ansioso para finalmente conhecer o mais próximo que poderia chegar de um "irmão" ou velho amigo dos meus pais.

Max e eu cansamos de esperar por Bella então resolvemos descer apenas nós dois. Foi possível ouvir vozes vindas do hall de entrada assim que nos aproximamos da escada principal.

Logo, pude perceber que todos os convidados já haviam chegado e encontravam-se entretidos conversando com meus pais, madrasta, tio e irmãos, com exceção de Jerry e Bella.

Aproximei-me de Chris e o comprimentei com um aperto de mão que ele logo retribuiu.

Chris: E aí.

Robin: E aí, cara.

Um dos homens que encontrava-se ao lado de Arthur e uma mulher que não precisaria ser gênio para saber que era a mãe de Maria, virou-se na direção de Max e lhe recebeu calorosamente com um sorriso.

Jack: Bella. É bom vê-la de novo. Só quero que saiba que não importa a sua relação com o Arthur, pode me chamar do que quiser.

Tive de me segurar muito para não rir, ainda mais quando olhei para minha irmã mais nova que apenas observava o homem e esperava educadamente que ele terminasse de falar.

Arthur: Pai...

Jack: Sim?

Arthur: Essa não é a Bella.

Jack: Como é que é? É claro que é.

Arthur: Não. Aquela é a Bella.

O olhar do homem, bem como o de todos os outros convidados, recaí sobre minha outra irmã e Jeremy que aproximam-se de Max com um sorriso nos lábios.

Richard: São... Duas?

Madson: Gêmeas, querido. Gêmeas idênticas.

Jack: Me desculpe. Eu realmente pensei que...

Max: Que eu fosse ela?

Jack: É.

Robert: Bem, esses são os quadrigêmeos. Jeremy, o mais velho do quarteto. Robin. Bella. E a caçula da família, Max. Meninos, esses são Richard, Jack, Madson, Lily e Eleanor.

Melissa: Agora que todos já se conhecem, vamos comer?

Papai guiou nossos convidados até a sala de jantar, onde todos nos reunimos em volta de uma mesa imensa com trinta lugares. Detinhamos várias mesas diferentes para diversas ocasiōes, mas nossa família preservava a antiga tradição de mantér todos reunidos em uma única mesa.
7

>> 𝗢 𝗷𝗮𝗻𝘁𝗮𝗿 <<

7. >> 𝗢 𝗷𝗮𝗻𝘁𝗮𝗿 <<
— 𝐈𝐒𝐀𝐁𝐄𝐋𝐋𝐀 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

— 🆀🆄🅴🅱🆁🅰 🅳🅴 🆃🅴🅼🅿🅾 —

Aquele jantar por incrível que pareça não poderia estar indo melhor. Apesar do clima tenso entre Melissa, Lily e Madson, todos a mesa estavam se divertindo. Me perguntava o que teria acontecido entre as três para causar tanta discórdia.

Resolvi deixar meus pensamentos de lado e passei a prestar atenção na conversa direcionada a meus irmãos mais velhos.

Eleanor: Então, meninos, estão ansiosos com o último ano de faculdade? - Fred e Alec entreolham-se com sorrisos de canto.

Fred: Dizer que estamos mais felizes do que uma mãe quando leva seu filho ao altar, seria um eufemismo.

Richard: Mas ainda sim, devem estar pelo menos um pouco receosos com o fato de estarem caminhando para a a idade adulta. Logo em seguida vem o casamento e os filhos.

Logan: Eu posso garantir que pelo menos a esperiência com relação a filhos, esses dois já tem. Agora, com esposas... Isso eles vão descobrir sozinhos o quão desafiante pode ser.

Alec: Mais desafiante do que ser o irmão mais velho é quase impossível.

Os quatro homens casados trocam olhares culposos e soltam risadas abafadas.

Logan: E você Kate? Está se formando em quê?

Kate: Administração.

Lily: Ela vai assumir o Jitter's assim que se formar. - A mulher loura lança um sorriso orgulhoso para a filha mais velha que retribui.

Maryse: Eleanor, você não tem um outro filho?

Eleanor: Sim, o Dylan. Ele está fazendo um estágio em Sabastopol. Só volta no final dessa semana.

Madson: Tem quanto tempo que saíram da cidade mesmo?

Maryse: Dez anos. Londres é magnífica sim mas nada se compara a nossa cidade natal.

Courtney: E por que voltaram?

O silêncio pairou sobre a mesa e inevitavelmente todos olhamos para minha mãe e meu pai que não sabiam ao certo o que responder.

Robert: Eu pedi que voltassem. Alec e Fred estão no último ano de faculdade e quero que eles assumam uma parte da Leblanc's Enterprise assim que se formarem. Além disso, já perdi toda a infância dos mais novos, não queria perder a adolescência também.

A atmosfera mudou a partir daí. Foi percepítivel que havia algo mais escondido e que nos incomodava, mas nossos convidados resolveram esquecer e permanecer em silêncio.
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>> 𝗠á𝘀 𝗻ó𝘁𝗶𝗰𝗶𝗮𝘀 <<

8. >> 𝗠á𝘀 𝗻ó𝘁𝗶𝗰𝗶𝗮𝘀 <<
— 𝐈𝐒𝐀𝐁𝐄𝐋𝐋𝐀 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

— 𝗦𝘁𝗮𝘃𝗿𝗼𝗽𝗼𝗹, 𝗥ú𝘀𝘀𝗶𝗮. 𝟭𝟭 𝗱𝗲 𝗼𝘂𝘁𝘂𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟭𝟳. 𝗤𝘂𝗮𝗿𝘁𝗮-𝗳𝗲𝗶𝗿𝗮.

| 𝟎𝟗:𝟒𝟎 𝐚𝐦 |

Estava em um aula de educação física substuindo Max, já que a mesma estava fazendo o mesmo por mim em uma aula de química.

Apenas Layla e Ruby faziam essa mesma aula neste horário e ao contrário de mim que gostava de esportes, a Hofferson fazia tudo a pulso e olhava toda hora para a arquibancada na esperança de sentar.

Observei que Arthur e Chris haviam entrado no gínasio e agora estavam sentados na arquibancada nos observando. Arthur estava com um cigarro nas mãos e Chris para a minha surpresa também.

Assim que o treinador apitou indicando um intervalo rápido de dez minutos, caminhei até os dois rapazes e fui recebida por um imenso sorriso estonteante daquele que agora eu posso chamar de namorado.

Arthur: Oi, linda.

Bella: Oi. - Senti meu rosto inteiro se derreter em um sorriso bobo antes de voltar minha atenção para o Carson. - Desde quando você fuma?

Arthur: Ele só fuma quando tem algum problema.

Chris: Também conhecido como o impressionante Clyde Carson.

O tom sarcástico de Chris mascárava sua aparente antipatia pelo que eu acredito ser o seu irmão mais velho. Ainda não tive a chance de vê-lo e pelo pouco que sei dificilmente terie essa chance, já que ele prefere morar distante com a família.

Alisa era um amor e parecia se dar muito bem com Chris. Não ouvi nada a respeito da cunhada dele, mas pelo jeito o único problema é entre ele e o irmão. Tentei não tocar no assunto pois sei como ele é reservado com os próprios problemas e raramente se abre sobre eles.

Bella: Viram o Vitor hoje?

Arthur: Ah, droga! Você ainda não sabe.

Seu olhar agora continha um pouco de tristeza e Chris havia mudado sua feição recontorcida ao pensar no irmão para uma expressão mais melancólica.

Bella: O que aconteceu?

Chris: A mãe dele morreu hoje de madrugada. Não resistiu ao câncer.

Fui invadida por uma tristeza imensa ao pensar na situação em que Vitor se encontrava. Havia perdido dois irmãos de forma drástica, mas ainda tinha a minha mãe e não me imaginava sem ela em minha vida.

Bella: Nossa. Coitado do Vitor.

Arthur: Chris, Maria e eu vamos fazer uma visita para ele depois da aula.

Bella: Eu também vou. Vou falar com meus irmãos depois.

O apito tocou e olhei para trás e vi o professor chamar por todas as meninas novamente. Despedi-me então dos meninos e voltei a dar voltas ao redor da quadra.
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>> "𝗘𝘀𝘁𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗳𝗼𝗿𝗮 𝗱𝗮 𝗴𝗮𝗻𝗴𝘂𝗲..." <<

9. >> "𝗘𝘀𝘁𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗳𝗼𝗿𝗮 𝗱𝗮 𝗴𝗮𝗻𝗴𝘂𝗲..." <<
| 𝟎𝟐:𝟏𝟎 𝐩𝐦 |

Assim que as aulas acabaram, Layla, Luna, Greg, Robin, Max e eu apenas ligamos para Alec dizendo que iriamos na casa do Vitor e depois iriamos para casa.

Layla nos levou em seu carro e assim que descemos do carro, comecei a sentir calafrios pelo clima frio que fazia. Havia neve por quase todo o quarteirão e as folhas do outono caíam aos montes das árvores.

Aproximamo-nos da porta de entrada e Greg tocou a campanhia. Não demorou e logo Vitor abriu a porta. Seus olhos e nariz estavam vermelhos e profundos, indicando que ele chorou e muito. Luna foi a primeira a abraça-lo logo seguida por Greg e Robin. Vitor então olhou para mim e Max que nos aproximamos dele e o abraçamos fortemente. Após separar-se de nós, Vitor abraçou Layla brevemente que foi mais por educação, já que o clima entre os dois não estava dos melhores.

O Ackles nos guiou para dentro da casa até a sala de estar. Sentei-me no sofá com Layla, Max e Robin, enquanto Luna e Greg sentaram em um segundo sofá. Vitor por fim sentou-se em uma das poltronas que ficava ao lado do sofá em que eu estava com minhas irmãs e irmão.

Vitor: Vocês querem alguma coisa?

Luna: Não, obrigada.

Layla: Cadê o seu pai?

Vitor: No hospital. Ele... está resolvendo algumas coisas antes que possamos dar entrada no funeral.

Robin: Quando vai ser? É só falar o dia que iremos na mesma hora.

Greg: Pode contar com a gente, cara.

Vitor: Obrigado mesmo.

O silêncio pairou sobre a sala. Vi Layla abrir sua boca para falar algo mas antes que pudesse faze-lo, a campanhia tocou. Vitor se levantou e caminhou até a porta. Não demorou nem dois minutos e ele estava de volta com Arthur, Maria, Chris e Ruby.

Arthur sentou-se no braço do ofá ao meu lado e colocou seu braço em torno de meus ombros. Já os outros três se setntaram junto a Greg e Luna no outro sofá.

Ruby: Seu pai tá em casa?

Vitor: Não. Olhem, eu agradeço de verdade o que estão fazendo por mim, mas se quiserem mesmo me ajudar, só não me perguntem nada relacionado a ela. É só isso que eu peço.

Ele esfrega suas mãos no rosto antea de sentar-se novamente na poltrona em que estava. Todos nos entreolhamos e decidimos por atender o seu pedido.

Maria: Então, vamos falar de outra coisa.

Ruby: Que tal sobre a saída da Layla e da Bella da gangue?

Vitor, Arthur, Maria e Chris: O quê?

Layla: Pois é. Nossos pais não gostaram muito da ideia de estarmos em um tiroteio. Então, estamos fora da gangue.

Maria: E a Caytlin agora faz parte oficialmente da gangue do Jasper.

Chris: Eu não sei de quem eu sinto pena, dele ou dela.

Ruby: Pois eu não. Aqueles dois se merecem. Eu ainda acho que batemos pouco nela. Deveriamos ter batido mais. - Vitor deixa escapar uma risada genuína.

Vitor: Vocês são doidas.
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>> 𝗢 𝘁𝗿𝗮𝗯𝗮𝗹𝗵𝗼 <<

10. >> 𝗢 𝘁𝗿𝗮𝗯𝗮𝗹𝗵𝗼 <<
— 𝗦𝘁𝗮𝘃𝗿𝗼𝗽𝗼𝗹, 𝗥ú𝘀𝘀𝗶𝗮. 𝟮𝟯 𝗱𝗲 𝗼𝘂𝘁𝘂𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟭𝟳. 𝗦𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗮-𝗳𝗲𝗶𝗿𝗮.

| 𝟎𝟗:𝟐𝟎 𝐚𝐦 |

Estava na aula de literatura e enquanto a professora explicava as informaçōes sobre um trabalho que valia 20% da nota, não pude evitar de pensar na enignimática mensagem que recebi a algumas semanas atrás.

Havia conseguido esquece-la mas agora de repente tudo veio a tona de novo. Me peguei questionando sobre quem a teria enviado e porquê. Teria algo haver com a morte de Delphin?

Interrompi meus pensamentos ao escutar meu nome ser pronunciado pela mulher carrancuda de uns cinquenta e poucos anos.

Professora: O próximo grupo: Isabella Leblanc, Maria Coulthy e Vitor Ackles.

Olhei para o lado e vi que Maria estava tão atenta quanto eu. Admito que minha curiosidade se atiçou ao ver a quantidade de papeis que ela estava guandando na bolsa, mas resolvi ignorar.

Olhei ao redor e vi que Vitor tinha faltado. Ele ainda estava cuidando de algumas coisas em casa como a doação de algumas roupas e objetos da mãe.

Maria inclinou-se para o lado e cochicou baixo para que somente eu escutasse.

Maria: Podemos fazer hoje a noite na minha casa.

Bella: Tá bom. Você avisa o Vitor?

Maria: Claro, pode deixar.

A Coulthy reencostou-se novamente em sua cadeira assim como eu e esperou que a aula acabasse.
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>> 𝗡𝗼𝘃𝗮𝘀 𝗲𝘃𝗶𝗱ê𝗻𝗰𝗶𝗮𝘀 <<

11. >> 𝗡𝗼𝘃𝗮𝘀 𝗲𝘃𝗶𝗱ê𝗻𝗰𝗶𝗮𝘀 <<
— 𝐇𝐀𝐑𝐑𝐘𝐒𝐎𝐍 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 –

| 𝟏𝟐:𝟏𝟎 𝐩𝐦 |

Devido a uma mensagem de Maria dizendo que precisava me encontrar o quanto antes para revelar algo que descobriu, resolvi não almoçar no campus e marquei um encontro com a mesma no campo de futebol da escola.

Ao passar pelo gramado, logo pude observa-la sentada no tronco de uma àrvore enquanto folheava alguns papeis.

Harry: Oi. - Lancei-lhe um sorriso simpático enquanto sentava-me ao seu lado.

Maria: Oi. A quanto tempo conhece a família Bass?

Harry: Ah... Desde que eu nasci. Meu pai e Bart Bass são grandes amigos desde a infância. Minha família praticamente o acolheu depois que o pai dele morreu quando ele era bebê. Por quê? - Observei seus olhos distantes imersos em pensamentos e seu lábio inferior se retarir enquanto a mesma o mordia.

Maria: Olha isso. - Ela me entrega uma planilha de folhas com artigos da polícia com o codinome "O. Leblanc". - De acordo com as camêras de segurança do bar em que o seu irmão estava, ele saiu de lá às 16:50 da tarde. O laudo do legista aponta a morte entre 18:00 e 20:00 da noite. O corpo só foi encontrado as 22:00, o que deixa um marco enorme de tempo para o assassino limpar seus rastros e sair da casa. Bom, não se sabe exatamente a que horas o Oliver chegou em casa, mas tem um último vislumbre dele com vida.

Harry: No bar, você quer dizer.

Maria: Não, na saída do bar.

Harry: Mas na rua não tinha câmeras.

Maria: Foi o que todos pensaram e tecnicamente é verdade. Havia apenas um lugar com uma câmera de segurança que conseguiu flagrar o exato momento em que ele saiu do bar e entrou no carro.

Maria retirou uma foto impressa de sua bolsa e me entregou. Fiquei pasmo e chocado com o que vi. Não podia ser.

Harry: Esse é...

Maria: Jason Bass.

Continei olhando para a fotografia em que mostra meu irmão e Jason discutindo na frente do bar. A qualidade estava meio nebulosa devido a distância em que foi filmada mas eram com certeza Oliver e Jason. Isso só podia significar...

Harry: Quer dizer que o Jason foi a última pessoa a vê-lo vivo?

Maria: Até onde se sabe, sim.

Senti o sangue se esvair de meu corpo aos poucos e pude observar minhas mãos ficarem tremulas. Não pode ser verdade. Jason era em todos os sentidos como um irmão. Ele nunca machucaria o Oliver. Ou será que sim?

Harry: Eu preciso ir. - Levantei-me apressadamente e quase não prestei atenção ao olhar surpreso de Maria. - Obrigado pela informação. Eu acho.

Maria: Espera, você não quer a minha ajuda.

Harry: Eu falo com você depois.

Comecei a andar rapidamente até a saída mais próxima sem olhar para trás.

Fui consumido por meus pensamentos mais profundos e minhas dúvidas tomaram conta de minha mente.

Será mesmo capaz que Jason Bass possa ter matado meu irmão?
12

| 𝗝𝗲𝘀𝘀𝗶𝗰𝗮 𝗕𝗮𝘀𝘀 |

12. | 𝗝𝗲𝘀𝘀𝗶𝗰𝗮 𝗕𝗮𝘀𝘀 |
— 𝐅𝐑𝐄𝐃𝐄𝐑𝐈𝐂𝐊 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

| 𝟎𝟐:𝟑𝟎 𝐩𝐦 |

Assim que as aulas acabaram, acompanhei Carter e Jason até a casa Bass a convite dos dois.

Chegando lá as meninas já estavam de saída paro o shopping e Nate e Chuck estavam jogando vídeo game.

Chuck: Frederick. É bom te ver.

Chuck tinha o costume de sempre chamar a mim, meus irmãos e os seus próprios irmãos pelo nome completo e não apenas pelo apelido.

Fred: E aí, Chuck. Nate.

Nate: Oi, Fred. Senta ai.

Sentei-me no sofá que ficava ao lado do que os dois irmãos estavam e obsevei a partida acerrada.

Jason me trouxe uma lata de refrigerante enquanto Carter já vinha devorando os salgadinhos.

Carter: Olha só, já vou logo avisando, quem quiser é melhor pegar logo.

Começei a me servir com os salgadinhos e o refrigerante enquanto observava Carter provocar Nate para que perdesse a partida para Chuck.

Carter era dois anos mais velho do que eu e já estava formado na universidade e trabalhava com o pai no hotel. Mesmo assim, ainda se comportava como um moleque.

Ouvi uma porta se abrir e rapidamente me levantei ao ver a Sra. Bass entrar na sala. Ela parecia surpresa ao me ver mas não deixou de esboçar um grande sorriso. A mulher veio até mim e me comprimentou com um abraço.

Jessica: Fred. Que boa surpresa. Não esperava vê-lo aqui.

Fred: Oi, Sra. Bass. Lamento informar mas estou apenas de passagem. Tenho algumas coisas para fazer.

Jessica: É claro. Seu tio está em casa?

Fred: Não, ele tá na empresa. Se quiser eu posso deixar um recado.

Jessica: Não é necessário. Eu falo com ele pessoalmente. Mande lembranças ao seus pais por mim.

Fred: E o Sr. Bass?

Jessica: Ele está no hotel. Só chega à noite. Bom, eu tenho que ir resolver algumas coisas mas fique à vontade. Tchau.

Fred: Tchau.

Me sentei novamente no sofá assim que a Sra. Bass saiu. Poderia estar sendo um pouco paranóico mas eu a achei um pouco estranha.

Resolvi deixar minhas inquietudes de lado e me diverti o tempo em que passei na casa na companhia dos meninos.
13

>> 𝗖𝗹𝗶𝗺𝗮 𝘁𝗲𝗻𝘀𝗼 <<

13. >> 𝗖𝗹𝗶𝗺𝗮 𝘁𝗲𝗻𝘀𝗼 <<
— 𝐈𝐒𝐀𝐁𝐄𝐋𝐋𝐀 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

| 𝟎𝟒:𝟎𝟎 𝐩𝐦 |

Ao chegar em casa apenas avisei Melissa de que iria na casa de Maria fazer um trabalho e então subi para tomar um banho.

Para a minha surpresa, Layla quis ir junto pois estava entediada, mesmo eu a avisando de que Vitor estaria lá.

Assim que chegamos na residência Peterson-Coulthy, tocamos a campanhia e Maria logo apareceu para atender a porta.

Maria: Oi. - Ela esboçava um imenso sorriso enquanto abraçava a mim e minha irmã.

Layla e Bella: Oi.

Maria: Entrem. Vamos para o meu quarto.

A Coulthy nos guiou escadas acima e entramos no quarto que fica entre o do Arthur e um terceiro que eu presumi ser do desconhecido irmão da Maria que está fazendo um estágio em outra cidade.

Sentei-me no tapete que cobria o chão e escorei minhas costas na borda da cama. Layla como a folgada que é rapidamente jogou-se na cama e esticou as pernas.

Layla: Seus pais estão trabalhando?

Maria: Sim. - Todas ouvimos a campanhia tocar da porta de entrada. - Deve ser o Vitor. Eu já volto.

Assim que a Coulthy passou pela porta recebi o olhar insubordinado de minha meia-irmã mais velha. Era segunda-feira e meu aniversário de dezesseis seria na sexta, por isso Layla estava euforica e tentava a todo custo saber o que me daria de presente.

Layla: O que você acha de nós duas irmos a uma festa hoje?

Bella: É segunda-feira.

Layla: Idai?

Antes que eu pudesse responder algo Maria volta para o quarto acompanhada de Vitor.

Bella: Oi, Vitor.

Vitor: Oi, Bella.

Seu sorriso simpático rapidamente se desmancha ao ver Layla o qual ele apenas comprimenta com um leve aceno de cabeça. O Ackles senta em um pufe de frente para mim e tenta ao máximo desviar seu olhar de Layla que estava visivelmente envergonhada. Maria e eu notamos o clima tenso entre ambos então a mesma decidiu se pronunciar.

Maria: Tá bem. Nós vamos a uma festa hoje. Você vai?

Vitor: Acho que não. Preciso ficar com o meu pai. Ainda temos muito o que empacotar para doaçōes - Inevitavelmente seu olhar recaí sobre Layla que apenas desvia sua atenção para o celular.

Bella: Então, temos que decidir alguns temas e entrar em concensso.

Maria: Eu espero que não se importem de eu ter feito alguns rascunhos.

Maria nos entregou os rascunhos de duas estórias diferentes e ambas estavam ótimas. Debatemos por alguns bons minutos e decidimos usar a que mais nos agradou.

Quando terminamos, Vitor foi o primeiro a ir embora, enquanto Layla e eu ainda permanecemos alguns minutos enquanto Maria e Layla combinavam algo sobre a tal festa.
14

>> "𝗠𝗲 𝗽𝗲𝗿𝗴𝘂𝗻𝘁𝗼 𝗼 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂ê 𝗲𝗹𝗲..." <<

14. >> "𝗠𝗲 𝗽𝗲𝗿𝗴𝘂𝗻𝘁𝗼 𝗼 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂ê 𝗲𝗹𝗲..." <<
— 𝐅𝐑𝐄𝐃𝐄𝐑𝐈𝐂𝐊 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

A mansão havia sido tomada por um silêncio reconfortante. Mais da metade dos meus irmãos haviam saído assim como meu pai e madrasta. Logan estava treinando com Greg e Max. Robin estava na sala assistindo alguma coisa. Travis estava pintado e quanto ao restante haviam saído.

Estava sozinho na área externa enquanto lia um livro de Stephen King. Ouvi passos se aproximarem e logo pude notar que se tratava de Casey.

Casey: Perdão por incomoda-lo, senhor. Sua mãe pediu para que vá a casa dela amanhã bem cedo e leve alguns doculmentos que seu pai irá mandar.

Fred: Tudo bem. Obrigado, Casey.

Casey: Por nada.

Fred: Case, posso fazer uma pergunta?

Casey: Claro.

Fred: Você nunca sentiu vontade de nos deixar e viver a sua vida? Digo, se casar e construir uma família.

Casey: Eu nunca tive uma família. Então como alguém poderia me amar? Meu trabalho é aqui é servi-los e cuidar do bem estar de você e dos seus irmãos.

Fred: Nunca sentiu vontade de procurar o seu pai?

Casey: Seu pai me ofereceu isso a anos atrás. Mas eu disse a ele que não. Meu pai não quis saber de mim quando eu era bebê e fui separado da minha mãe que está onde está. Como eu disse, minha vida é trabalhar para vocês. Não se preocupe comigo, Frederick. - Concordei com a cabeça e mantive silêncio, mas por dentro não conseguia acreditar que ele estava bem com essa situação. - Sempre gostei do jeito como você e seus irmãos se tratam. Foi um dos motivos para que eu aceitasse esse emprego. Mesmo durante o momento mais díficil de suas vidas vocês permaneceram unidos.

Fred: Você acha que um dia vamos saber a verdade?

Casey: Eu espero que sim. Oliver merece descansar em paz.

Fred: As vezes eu me pergunto o porquê ele. Por que não outro de nós? O que ele sabia que não sabíamos?

Casey: Todos temos segredos e, as vezes os guardamos para proteger aqueles que amamos.

Max: Casey? Preciso de você. - A voz da minha irmã ecoou de dentro da casa seguida pelos burburinhos de Greg.

Casey: Já estou indo. - Casey gritou para minha irmã antes de voltar sua atenção para mim. - Precisa de mais alguma coisa?

Fed: Não, obrigado.

Então, em uma fração de segundos ele desapareceu e foi atender ao pedido de Max.

A vida de Casey poderia não ser fácil, mas saber que ele estava bem com tudo isso me trazia conforto.
15

>> "𝗝á 𝘀𝗲 𝗮𝗽𝗮𝗶𝘅𝗼𝗻𝗼𝘂..." <<

15. >> "𝗝á 𝘀𝗲 𝗮𝗽𝗮𝗶𝘅𝗼𝗻𝗼𝘂..." <<
— 𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

| 𝟎𝟔:𝟑𝟒 𝐩𝐦 |

A casa estava praticamente vazia. Alguns membros da minha família haviam saído e os outros que se encontravam na casa estavam ocupados fazendo alguma coisa.

Entediado e sem nada para fazer, coloquei um filme para assistir. Mais ou menos na metade do filme, meu irmão Fred juntou-se a mim e me ofereceu um pacote de salgadinho.

Fred: Tá vendo o quê?

Robin: Simplesmente acontece. - Fred rapidamente me encarou com uma sombrancelha arqueada e um ar de desconfiança. - Eu sei. Mas não julgue um filme de romance até assistir.

Fred: Tem algo que eu precise saber?

Neguei com cabeça mas não pude evitar de observar meu irmão. Fred era quase oito anos mais velho do que eu, e apesar de nunca tê-lo visto namorando, ele já teve a minha idade e talvez tenha sentido por alguém o que eu sinto pela Sam.

Robin: Fred, posso te fazer uma pergunta?

Fred: É claro, maninho.

Robin: Você já se apaixonou? - Fred estreitou as sombrancelhas quase que imediatamente.

Fred: Como assim?

Robin: Só... Se apaixonou? Tipo, sentiu um frio na barriga só de olhar para uma garota. Ou se pegou sorrindo só de ouvir a voz dela.

Minha mente vagou longe e só o que eu pude pensar foi no rosto da dona dos meus sonhos, Samantha Bass. Devo ter ficado assim por alguns minutos já que Fred me encarava com as sombrancelhas arqueadas.

Fred: Ainda não. Mas eu espero que aconteça. - Então um leve sorriso de canto formou-se em seu rosto. - Mas fique sabendo que você ainda é muito novo pra se apaixonar. Apesar de eu ter que admitir que a Sam é um grande partido. - Inevitalvemte olhei atônito para Fred.

Robin: Como sabe que eu gosto da Sam? - Fred soltou uma risada nasalada.

Fred: Robin, eu sou seu irmão mais velho. Sei tudo sobre você.

Meu irmão por fim levantou-se e dirigiu-se até a cozinha, já que seu salgadinho havia acabado.

Peguei-me então imerso em pensamentos. Será que a Sam sentia o mesmo que eu? Eu sempre tive medo de me declarar, em parte por saber que meus pais não aprovam, mas também sei que as coisas entre nós não mudariam muito com uma rejeição.

Será possível que ela também passa noites a fio relembrando do nosso primeiro beijo? Isso foi a oito anos mas para mim parece que foi ontem.

Beijei muitas garotas depois da Sam mas nemhum deles foi especial quanto o dela. Talvez seja porque tenha sido o primeiro mas pra mim significou algo mais.
16

>> "𝗢 𝗻𝗼𝗺𝗲 𝗱𝗶𝘀𝘀𝗼 é 𝗽𝗮𝗶𝘅ã𝗼..." <<

16. >> "𝗢 𝗻𝗼𝗺𝗲 𝗱𝗶𝘀𝘀𝗼 é 𝗽𝗮𝗶𝘅ã𝗼..." <<
— 𝐅𝐑𝐄𝐃𝐄𝐑𝐈𝐂𝐊 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

Após minha conversa com Robin, fui até a cozinhar pegar mais salgadinhos e um refrigerante para acompanhar.

Deparei-me com um Travis confuso e meio melancólico sentado na bancada com um caderno e um lápis próximos ao seu peito e logo abaixo de sua mão.

Fred: Tudo bem, maninho?

Travis: Não. - Sua resposta sai rápida e é seguida de chaqualar de cabeça. - Não consigo desenhar nada. Está tudo horrível. As linhas não estão saindo como deveriam.

Fred: Posso ver? - Travis me passou o caderno que continha um belíssimo desenho da nossa casa de campo. - Se é isso é horrível pra você então eu só imagino como sejam os bons. - Meu comentário sarcástico não conseguiu anima-lo.

Travis: Recebi uma proposta para entrar na Acadamia de Artes.

Fred: Travis, isso é muito bom. Meus parabéns, irmão. - Não pude conter um sorriso orgulhoso.

Travis: Eu ainda não me inscrevi.

Fred: Por que não?

Travis: Não sei. Não sei se tenho o talênto necessário.

Fred: Olha, eu sei que não entendo tanto de arte como você, mas eu posso garantir que pelo pouco que eu vi, você tem talênto. Devia arriscar. Tem alguma outra coisa que eu possa fazer?

Travis: Na verdade, sim. Acho que você entende mais de garotas do que eu. É a Courtney. Nós nos aproximamos muito desde que nos conhecemos e eu tenho sentido umas coisas estranhas.

Fred: Tipo o quê?

Travis: Formigamentos ou um agito no estômago.

Fred: É bem simples. O nome disso é paixão, meu irmão. - Travis gaguejou um pouco e me olhou receoso.

Travis: Você acha mesmo?

Fred: Eu não acho. Eu tenho certeza.

Travis: E como eu posso saber se ela se sente da mesma forma?

Fred: Fala com ela úe. Vocês complicam tanto que chega dá agonia.

Peguei meu alimento e retirei-me do recinto, deixando Travis sozinho imerso em seus pensamentos.
17

>> 𝗔 𝗳𝗲𝘀𝘁𝗮 <<

17. >> 𝗔 𝗳𝗲𝘀𝘁𝗮 <<
— 𝐋𝐀𝐘𝐋𝐀 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

| 𝟎𝟖:𝟎𝟎 𝐩𝐦 |

A festa anual organizada pelas líderes de torcida era um dos convites mais cobiçados da escola. Começava cedo e terminava apenas no outro dia.

Convenci alguns de meus irmãos a irem comigo. Seria bom desfrutar da companhia deles, especialmente agora que Vitor e eu terminamos.

Meu coração ainda estava despedaçado e por mais que eu me forçasse a tentar disfarçar, ainda era díficil manter as aparências.

Eu sentia um constante vazio em meu estômago e toda vez em que me pegava pensando nele sentia uma fisgada em meu peito.

Ao menos hoje teria uma boa consolação. Alcócol se torna o melhor amigo de uma garota depois de um termino com o seu primeiro namorado.

Rapidamente me dirigi ao bar improvisado e pedi uma garrafa de vodka. Robin que estava por perto rapidamente olhou para a garrafa em minha mão enquanto eu enchia um copo bem cheio com o conteúdo da garrafa.

Robin: Não vai querer comer primeiro?

Layla: Não. Porque aí não vai ter o efeito que eu desejo.

Rapidamente virei a bebida guela abaixo e não demorou para que sentisse uma ardência em minha garganta. Mas não me importei. Em algumas horas nada disso mais iria importar.

Robin: Acho que vou ficar com você pelo resto da noite, caso precise de ajudar. - Não pude evitar de apertar gentilmente sua bochecha.

Layla: Robie, você é tão fofo. Mas não preciso de babá. Pode curtir a festa. Só te deu um concelho que será muito valioso. Nunca se apaixone. Isso só vai te magoar e você é novo demais pra essa merd@.

Beberiquei minha bebida mais uma vez enquanto tentava conter meus pensamentos e mante-los distantes do Vitor.

Robin: Acho que é um pouco terde pra isso.

Sua voz saiu quase como um sussurro e eu pude observa-lo vagar os olhos até uma direção em específico. Era uma garota ruiva para a qual ele estava olhando? Será mesmo que meu irmãonzinho estava apaixonado?

Não sei se o alcóol já estava começando a fazer efeito mas o fato é que Robin virou um copo quase tão rápido quanto eu. Foi nesse exato momento em que eu pude ver a garota. Era a Sam?

Olhei para Robin que encheu mais um copo para mim e rapidamente deu um grande gole em sua bebida. Fiz o mesmo e assim que nossos copos estavam vazios, ambos suspiramos ao mesmo tempo. Eu sabia que estava suspirando por Vitor mas não imaginava que Robin estava suspirando por Samantha Bass.

Gostaria muito de por ajuda-lo, mas ele estava em uma situação talvez até mais estreita do que a minha.
18

>> "𝗘𝗹𝗲 𝗺𝗲 𝗱𝗲𝘃𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘀𝗮..."<<

18. >> "𝗘𝗹𝗲 𝗺𝗲 𝗱𝗲𝘃𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘀𝗮..."<<
— 𝐇𝐀𝐑𝐑𝐘𝐒𝐎𝐍 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

Perambulei um pouco pela casa lotada de adolescentes com os hormonios a flor da pele enquanto tentava espairecer e raciocinar novamente.

Meus pensamentos estavam a mil desde que conversei com Maria. Eu poderia imaginar em várias possibilidades do que teria acontecido naquela noite entre Oliver e Jason, mas nemhuma delas era boa.

Teria de tirar essa história a limpo e só havia um jeito de fazer isso, teria de confrontar Jason. Ele poderia ser um assassino em potêncial mas nunca foi dos melhores mentirosos.

Para a minha sorte o encontrei sentado em um sofá em um canto mais afastado, dedicado a casais ou pessoas que não querem dançar.

Harry: Oi.

Jason: Harry. E aí?

Harry: Podemos conversar?

Jason assentiu com a cabeça e levantou-se de seu assento. Saimos de dentro da casa e até pude sentir um alívio ao me distanciar da música alta. Não haviam muitas pessoas nos fundos da casa devido as baixas temperaturas e a neve que caia.

Jason: O que foi? - Soltei um suspiro e respirei fundo.

Harry: Eu sei que conversou com o Oliver antes dele morrer. - O rosto do Bass empalideceu quase que instantaneamente. - Você quer se explicar ou eu devo tirar minhas próprias conclusōes?

Jason: Eu sei o que parece. E eu queria muito te dar os detalhes do que aconteceu naquela noite mas eu não me lembro.

Harry: Como assim não se lembra?

Jason: Eu passei aquele verão inteiro chapado. Naquela noite não foi diferente. A diferença é que eu tinha usado algo mais forte.

Harry: O quê?

Jason: Narcósticos. Tudo o que eu lembro é de que o Oliver descobriu e discutimos sobre isso. Ele me pediu pra parar e eu ignorei. Eu me lembro dele entrar no carro e ir pra casa. Então eu entrei de volta no bar e pedi ao Carter que me levasse pra casa. Quando acordei estava no sofá daquele mesmo bar e não me lembrava de nada. - Analisei atentamente cada traço de seu rosto para detectar se ele estava mentindo, mas havia verdade em cada palavra. - Eu sei o que pensou. Também pensei a mesma coisa na manhã seguinte.

Harry: Você achou que tinha matado ele?

Jason: Achei. Realmente achei. Depois daquela noite eu larguei todas as drogas e o alcóol e me internei.

Harry: Você disse que "achou", como sabe que não o matou?

Jason: Seu pai conseguiu as filmagens da câmera de segurança de dentro do bar. Aparentemente Carter me levou até o sofá onde eu adormeci. Depois eles continuaram bebendo até as gêmeas ligarem.

Harry: Então não foi você.

Soltei um suspiro aliviado e pude sentir meu coracão bater de novo, era reconfortante saber que Jason não o havia matado.

Jason: Olha, se precisar de alguma ajuda, pode contar comigo. Eu não pude ajudar o Oliver e isso me assombra até hoje, mas eu sei que ele iria querer que eu te ajudasse.

Harry: Obrigado, cara. Só tem uma coisa, por que meu pai pediu as filmagens e não o Bart? - O olhar de Jason mudou completamente e pude observar suas mãos tremerem ligeiramente.

Jason: Digamos que ele me devia essa. - Senti minhas sombrancelhas retrairem-se mas antes que pudesse perguntar mais alguma coisa, a porta dos fundos foi aberta revelando a Sam.

Sam: Jason? Ah! Oi, Harry. Pode me levar pra casa?

Jason: Claro. Até mais, Harry.

Harry: Tchau. Boa noite, Sam.

Sam: Boa noite, Harry.

Observei a distância os dois irmãos sairem pelo gramado e caminharem até a entrada da casa.

O que Jason queria dizer com "ele me devia essa"? E por quê meu pai o ajudou? Esse não deveria ser trabalho do Bart?

Os Bass podiam até não ter envolvivemento com a morte de Oliver, mas com certeza estavam escondendo algo.
19

>> 𝗗𝘆𝗹𝗮𝗻 𝗖𝗼𝘂𝗹𝘁𝗵𝘆 <<

19. >> 𝗗𝘆𝗹𝗮𝗻 𝗖𝗼𝘂𝗹𝘁𝗵𝘆 <<
— 𝐋𝐔𝐌𝐈𝐍𝐀 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

| 𝟎𝟗:𝟎𝟓 𝐩𝐦 |

Com o passar do tempo a casa só ficava mais cheia. Haviam jovens para todo lado. Alguns bebiam, outros dançavam, outros conversavam e outros que não tinham um pingo de vergonha estavam se pegando no sofá.

Em determinado momento avistei Nate a distância conversando com uma garota. Era uma garota loura e líder de torcida. Decidi então ir a procura de uma bebida antes que o mesmo pudesse tentar se aproximar.

Servi-me com uma dose de vodka e rapidamente senti o alcóol descendo por minha garganta. Mal pude perceber quando um dos membros mai deploraveis da máfia, Nigel Berbrooke, aproximou-se de mim. Nigel andava sempre que podia com Carter pois sua família também era uma família antiga no ramo. Apesar de não terem os contatos e o dinheiro que tanto almejam, os Berbrook com toda certeza não escondem sua ganância. Nigel era pelo menos uns dez anos mais velho do que eu e nunca deixou de ser detestável.

Nigel: Copos pequenos?

Luna: Berbrook. - O comprimentei educadamente.

Nigel: São bem pequenos, não é?

Luna: Os copos? Acho que sim.

Nigel: Então está decidido. - Não pude eviatr de franzir minhas sombrancelhas levemente confusa.

Luna: Eu não sei se entendi bem do que estamos falando.

Nigel: Admito que você sempre me imprecionou. Desde que eu era apenas um moleque de escola e você...

Luna: Tinha... Cinco anos? - Nigel toma um gole de sua bebida e não tira os olhos de mim nem por um segundo. Para a minha sorte, avistei Harry a alguns poucos metros de distância. Meus irmãos metiam medo em qualquer um, talvez até mais do que o meu pai se duvidar, então se ele tem amor a própria vida iria se distânciar. - Meu irmão está me chamando. Tchau.

Passei pelo homem sem olhar para trás e não só pude ouvi-lo como senti seu olhar em minha nuca enquanto me seguia.

Nigel: Srta. Leblanc? Espere! Srta. Leblanc? Espere um momento!

Continuei caminhado com passos firmes sem olhar para trás enquanto o homem gritava meu nome.

Olhei de relance rapidamente e o vi ser intersepitado por Chuck e Carter, o que me fez suspirar aliviada. Logo senti meu corpo se chocar com o de outra pessoa.

Luna: Me perdoe.

Dylan: Desculpe. - Olhei para trás e vi Nigel voltar a se aproximar, então teria que ser rápida.

Luna: Qual é o seu nome? - Perguntei ao garoto a minha frente que me olhou com uma sombrancelha arqueada. - Seu nome senhor.

Dylan: Quer mesmo que eu acredite que ainda não sabe o meu nome? - Olhei pelo canto do olho e pude ver o garoto a alguns passos de distância, então forçei uma risada que para o meu alívio funcionou perfeitamente. - Se quer ser apresentada, me abordar não é o jeito mais civilizado.

Luna: Abordar você? - Arquei minhas sombrancelhas inevitavelmente.

Dylan: É... Vocês tentam de tudo mesmo.

Luna: Olha, não é isso. Isso não... Qual é o seu nome?

Layla: Dylan! - Layla apareceu de repente visivelmente bebâda acompanhada de Maria. - É tão bom ver você.

Dylan: É bom ver você também, Layla. - O olhar de minha irmã agora recaí sobre mim.

Layla: Luninha. - Minha irmã sai dos braços de Maria e envolve seus braços em torno do meu pescoço. - Dylan, essa é a minha irmã. Quer dizer, meia-irmã.

Dylan: Sua irmã?

O olhar antes arrogante do garoto chamado Dylan agora mudou para uma expressão levemente curiosa.

Maria: Dylan é meu irmão. - A Coulthy apoiou o braço direito no ombro do mais velho.

Luna: Sei... Bom, como conheço suas companhias, mana, tenho certeza de que os seus dias com o Coulthy foram um tanto quanto civilizados.

Lancei-lhe um olhar arrogante e um sorriso presunçoso que foi recebido por um olhar levemente arrependido.

Harry: E aí, meninas. - Harry aproxima-se de nós.

Maria: Harry, esse é o meu irmão Dylan. Dylan, esse é o Harry. Irmão da Luna e meio-irmão da Layla.

Dylan: Oi.

Harry: E aí. - O olhar de meu irmão recaí totalmente sobre mim. - Vi você com o Berbrook, tá tudo bem?

Luna: Tá. Não foi nada demais.

Harry: Ahram. - O tom desconfiado de Harry me preocupou um pouco.

Luna: Deixa isso queito, tá bom? - Lancei um olhar sério em sua direção e ele apenas concordou com a cabeça.

Maria nos guiou até um sofá para que Layla pudesse descansar. Harry foi a procura de Robin que ele logo descobriu estar vomitando no banheiro e eu deixei Layla com os dois irmãos Coulthy e fui a procura de Greg.
20

>> 𝗢 𝗯𝗲𝗶𝗷𝗼 <<

20. >> 𝗢 𝗯𝗲𝗶𝗷𝗼 <<
— 𝐓𝐑𝐀𝐕𝐈𝐒 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

| 𝟎𝟗:𝟒𝟎 𝐩𝐦 |

Enquanto alguns de meus irmãos mais novos desfrutavam de suas adolescências em uma festa um tanto quanto peculiar, reuni coragem para ir até o Jitter's ver a Courtney.

Ainda não conseguia compreender que batida era essa em meu coração que ela me causava, só sei que depois daquela noite em que andamos de moto, só aumentou...

De repente ela começou a me evitar. Nossas conversas se resumiam ao nosso trabalho em que ela passava a maior parte do tempo calada e distante. Isso me fazia sentir uma pontada no peito e um sentimento de vazio. Era como se eu precisasse dela.

Perguntei a Kate onde ela estava e recebi a informação de que no armázem. Desci então para o local indicado e logo pude avista-la enquanto anotava algo em uma prancheta.

O lugar estava tomado de caixas e não tinha uma iluminação das melhores, na verdade o ambiênte escuro só aumentou o meu calor corporal que vibrava em meu corpo desde o momento em que vi a Hofferson.

Na medida em que me aproximei, seu olhar rapidamente recaiu sobre mim. Minha nossa! Não imaginva que seria capaz de me perder naquele tom de azul com tanta facilidade.

Courtney: Travis? O que faz aqui?

Travis: Sua irmã me disse que estava aqui.

Courtney: Aconteceu alguma coisa?

Travis: Não. Quer dizer sim. Eu... Entreguei o nosso trabalho e eu achei que você ia gostar de saber que tiramos um A. - Um lindo sorriso iluminou todo o seu rosto.

Courtney: Não brinca? É sério?

Travis: É. Ela até disse que foi um dos melhores trabalhos já feitos sobre a mitólogia grega.

Courtney: Isso é ótimo. Veio aqui só pra me contar isso?

Travis: Na verdade, não. Por que tem me evitado nas últimas semanas?

Courtney: Eu não tô.

Travis: Tá sim. E tá fazendo isso desde aquela manhã ao dia seguinte naquela festa na casa dos Bass. - Courtney rapidamente desvincilou seu olhar.

Courtney: Aconteçe que eu acabei me lembrando de algumas coisas daquela noite. Algumas coisas que eu disse...

Travis: Se refere a flertar comigo? - Tentei em vão aliviar seu humor pesado. - Não liga pra isso. Eu sei que você não tava em perfeito juízo.

Antes que ela pudesse dizer alguma foisa, ouvi alguns passos vindos da escada seguidos de uma voz feminina que eu logo pude reconhecer ser da mais velha das Hofferson.

Kate: Court? Preciso de você aqui em cima.

Courtney: Já vou! - Os passos se distanciaram e recebi a atenção da loura novamente. - Eu tenho que ir.

No instante em que ela passou por mim e inalei a fragância de seu perfume, eu soube que deveria agir. Segurei seu pulso e a girei em minha direção. Courtney me olhou um pouco surpresa mas logo seus olhos invadiram a minha alma com tanta intensidade quanto os meus invadiam a sua.

Seus olhos desceram até os meus lábios e antes que eu pudesse puxa-la para um beijo, a mesma se adiantou.

Sentir seus lábios contra os meus foi melhor do que qualquer sonho ou fantasia. Foi melhor do que qualquer outro beijo que eu tivesse dado.

Seus lábios se abriram voluntariamente e eu tirei proveito disso, enquanto explorava sua boca com minha língua.

Ela tinha um gosto incrível. Podia sentir o gosto e o aroma de cereja que ela provavelmente havia comido a pouco.

As batidas eletrizantes em meu peito só aumentaram e se aglomeraram por todo o meu corpo rapidamente. O que era isso que ela estava causando em mim? Seriam borboletas no estomâgo?
21

>> "𝗣𝗼𝗱𝗲𝗺 𝘀𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗮𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝗮 𝗴𝗲𝗻𝘁𝗲..." <<

21. >> "𝗣𝗼𝗱𝗲𝗺 𝘀𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗮𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝗮 𝗴𝗲𝗻𝘁𝗲..." <<
— 𝐅𝐑𝐄𝐃𝐄𝐑𝐈𝐂𝐊 𝐋𝐄𝐁𝐋𝐀𝐍𝐂 —

| 𝟏𝟎:𝟐𝟑 𝐩𝐦 |

Quanto mais tarde ficava mais a casa enchia de jovens. Uns já se encontravam completamente bebâdos e outros tão energizados que poderiam até mesmo correr uma maratona.

Rapidamente perdi todos os meus irmãos de vista. Passei um tempo na companhia de Nate e Carter antes de avistar Daphne sentada em um sofá.

Seus lindos olhos escuros estavam fixos na pista de dança, quase como se ela também estivesse lá entre as garotas de sua idade. Segurei firmemente meu copo de cerveja em uma das mãos enquanto me desvinciliava da multidão para ir até ela.

Fred: Boa noite, milady. - Seus olhos encontraram os meus e um sorriso largo iluminou seu rosto. - Será que esse jovem camponez poderia ter o prazer de desfrutar a sua companhia?

Daphne: Deixe me ver. Eu acho que posso abrir uma exceção.

Sentei-me ao seu lado e minhas narinas rapidamente foram invadidas pelo doce aroma de seu perfume. Me peguei analisando cada centímetro de seu rosto e antes que ela pudesse se dar conta disso, tomei um gole de minha cerveja.

Fred: Esperando alguém em específico. Quem sabe um atleta de muscúlos definidos.

Daphne: Ah, não. Eu já tive a minha cota com jogadores. Mas e você? Alguma líder de torcida o aguarda para uma dança. - Soltei uma risada nasalada com seu sorriso malicioso.

Fred: Se quer saber, não. Eu tô... dando um tempo de tudo isso. Quero focar em mim e na minha família por enquanto.

Daphne: Eu sei como é. A minha família no entanto tem sido mais complicada do que a sua.

Observei a ruiva ao meu lado reencostar-se no couro do sofá, enquanto mantinha os olhos fixos na pista de dança.

Fred: Tem algo que eu possa fazer?

Daphne: Acho que dessa vez, Freddie. Meus pais sempre discutiram muito, mas ultimamente têm sido pior. Acho que vão se separar. Carter tem se tornado cada vez mais babaca e agora ele, Chuck e Nate passam o tempo inteiro juntos. Jason passa horas trancado no quarto ou andando sorrateiro pela casa. Alison está saindo as escondidas para se encontrar e pensa que ninguém sabe. E então só ficamos eu e a Sam. Sozinhas e perdidas nesse furacão que tomou conta da casa Bass.

Fred: Eu lamento muito, Daph. Mas você tá errada em uma coisa. - Seus olhos escuros e cintilantes encontram os meus e me olharam atentamente. - Você e a Sam não estão sozinhas. Eu tô aqui e meus irmãos também. Podem sempre contar com a gente.

Daphne: Valeu, Fred. - Seus olhos vagaram até uma mesa de beer pong e a ruiva rapidamente levantou-se e se pôs a minha frente. - O que me diz, Leblanc? Topa uma rodada?

Fred: Daphne Bass, você cometeu um grande erro.

Um sorriso iluminou seu rosto enquanto ela se dirigia a mesa de jogos. Senti meu celular vibrar em meu bolso com a notificação de uma nova mensagem e o peguei para ver do que se tratava.

_ 𝗠𝗘𝗡𝗦𝗔𝗚𝗘𝗡𝗦 𝗢𝗡 _

D/C: Faça-a sorrir mas nunca se esqueça de que jamais poderá tê-la.

Fred: Quem é e o que quer dizer?

D/C: Lembre-se do que aconteceu com o seu irmão.

_ 𝗠𝗘𝗡𝗦𝗔𝗚𝗘𝗡𝗦 𝗢𝗙𝗙 _

Olhei ao redor a procura de quem quer que tivesse me enviado aquilo e senti um arrepio em minha espinha com a sensação de estar sendo observado.

Só o que vi foram jovens dançando, bebendo, se beijando ou conversando. A música alta tomou conta de meus pensamentos e só fui retirado do meu transe por Daphne que me chamava.

Poderia muito bem ser apenas uma brincadeira. Mas de uma coisa eu tenho certeza, quem quer que fosse, estava querendo brincar com a minha cabeça tocando exatamente na ferida. E eu vou descobrir quem é.
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