EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E EDUCAÇÃO DO CAMPO: Desafios e possibilidades de uma articulação

EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E EDUCAÇÃO DO CAMPO: Desafios e possibilidades de uma articulação

Perguntas sobre o texto

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josias pedro
1

"[...] critica o projeto de campo amplamente adotado no país e ancora-se na concepção de campo como lugar de pertencimento, produção de cultura e de trabalho do povo camponês. Este trecho refere-se a:

Educação Rural
Educação do Campo
Se aplica as duas
Não se aplica a nenhuma das suas
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Segundo Ribeiro (2012), o ruralismo pedagógico, que teve seu apogeu na década de 1930, ainda impera nas escolas sediadas na área rural e é retomado por programas do governo federal. Segundo o texto, o ruralismo pedagógico:

Buscou atender interesses dos trabalhadores do campo por meio de um ensino ancorado nas suas realidade
Foi completamente superado e não se faz mais presente em escolas do campo
Fundamenta práticas de ensino ancoraras em uma concepção de campo que reconhece a diversidade e respeita a natureza
Atende interesses do agronegócio, uma vez que não proporciona a discussão sobre o projeto de Campo e de sociedade que se pretende construir, além de objetivar a fixação dos sujeitos no campo.
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O texto destaca que “as ideias de Educação Rural e Educação do Campo ainda são confundidas por muitos atores educacionais que desconsideram as concepções e proposições contraditórias subjacentes a cada uma delas. Considere as seguintes afirmações sobre a Educação do Campo e a Educação Rural. I - A Educação Rural se ancora na concepção de Campo como “lugar do atraso” com necessidades de “modernização” para atender aos interesses do agronegócio; II - A Educação do Campo reconhece a diversidade produtiva e cultural do campo, ao passo que critica o projeto de campo amplamente adotado no país; III- A Educação Rural foi proposta em resposta às demandas dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e busca dialogar com os sujeitos em seus diferentes contextos; IV - A Educação do Campo ancora-se na concepção de campo como lugar de pertencimento, produção de cultura e de trabalho do povo camponês. A respeito das afirmações acima, podemos considerar que são verdadeiras:

Todas as afirmações
As afirmações I, II e III
As afirmações I, II, e IV
Apenas a afirmação III
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Considere o seguinte extrato do textos: “A Educação do Campo nomeia um fenômeno da realidade brasileira atual, protagonizado pelos trabalhadores do campo e suas organizações, que visa incidir sobre a política de educação desde os interesses sociais das comunidades camponesas. Objetivo e sujeitos a remetem às questões do trabalho, da cultura, do conhecimento e das lutas sociais dos camponeses e ao embate (de classe) entre projetos de campo e entre lógicas de agricultura que têm implicações no projeto de país e de sociedade e nas concepções de política pública, de educação e formação humana (CALDART, 2012, p. 259).”. Com base no extrato, NÃO é correto afirmar que afirmar que:

O protagonismo dos trabalhadores do campo e suas organizações sempre fez parte da luta por educação de qualidade socialmente referenciada e específica para o campo que resultou no que atualmente se nomeia por Educação do Campo
A Educação do Campo defende uma lógica produtiva que se baseia na diversidade de culturas, no acesso democrática à terra e na soberania alimentar
A Educação do Campo resulta de iniciativas governamentais desenvolvidas principalmente a partir da década de 1990 que tem por objetivo a diminuição dos índices de analfabetismo no campo
A Educação do Campo defende uma concepção de educação que vai além da formação profissional e envolve também as dimensões política cultural e social, uma perspectiva humanizadora
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Um dos grandes desafios do ensino de matemática em contextos camponeses está em relacionar os conteúdos matemáticos escolares as realidades dos alunos. De acordo com o texto, “não se trata simplesmente de propor outro tipo de atividade, diferente daquelas comumente trabalhadas nas salas de aula, inserindo algumas referências do Campo, por vezes até equivocadas. A transformação precisa ser orgânica e profunda.” Para desenvolver uma prática de ensino de matemática na perspectiva da educação, é necessário:

Priorizar o diálogo dos saberes escolares com a cultura, com o modo de vida do camponês e suas atividades produtivas, problematizando a realidade
Uma concepção de ensino fundada na emancipação humana, rompendo com a dicotomia campo/cidade que considera a cidade superior ao campo e o urbano melhor que o rural
Uma concepção de Campo que valoriza os saberes e os projetos de vida dos educandos e educandas
Cada vez mais ênfase em atividades matemáticas com referência ao urbano, a fim de proporcionar aos alunos igualdade de condições nas disputas por vagas de emprego ou nos exames de seleção para o ensino superior e, com isto, possibilitar que o aluno melhore de vida e possa sair do campo
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O texto, a partir de Ribeiro (2013), evidencia alguns desafios para que a Educação do Campo chegue ao chão da escola, ou seja, para que ela se materialize nas práticas educativas em sala de aula. Não faz parte destes desafios:

Descontinuidade no ensino acusada pela rotatividade de professores nas escolas do campo em função do vínculo empregatício instável ou de terem sido alocados em escola do campo como um tipo de “castigo” por divergências políticas
A formação dos educadores que, de modo geral, ainda não contempla a Educação do Campo, salvo para os poucos cursos do PRONERA
A fragmentação das políticas públicas nacionais em programas e projetos: historicamente, as iniciativas educacionais propostas para os povos do campo aconteciam em forma de projetos temporários
A multisseriação que é uma realidade na escolas do campo, cuja configuração permite abrigar alunos em diferentes níveis de desenvolvimento, dificultando, assim, o trabalho dos professores de implementar um ensino homogêneo
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Além do desafios para implementação da Educação do Campo, Lima e Lima (2013) apresentam três desafios especificamente relacionados ao ensino de matemática na perspectiva da Educação do Campo. Não faz parte dos desafios citados pelas autoras:

A dificuldade de implementar uma educação emancipatória em um sistema educacional fundado em bases universalistas, que dificulta a adequação da escola às especificidades da comunidade, fazendo com que os ciclos produtivos sejam ignorados na elaboração do calendário escolar
A não politização ou falta de criticidade do cenário no qual se inserem as escolas do campo e o esforço para esvaziar o debate sobre as relações intrínsecas ao binômio campo/cidade
A ausência de materiais didáticos específicos com referência aos contextos camponeses, capazes de apoiar o a atividade de ensino do professor referente a relação entre conteúdos matemáticos e educação do campo
A formação inicial e continuada dos professores de Matemática que, na maioria esmagadora dos casos, parece ignorar as dimensões política e social do ensino dessa disciplina
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O texto aponta, também, algumas possibilidades de superação do modelo tradicional de ensino e relacionar a educação matemática com educação do campo. I - Reconhecimento do debate político e cultural inerente aos direitos dos povos do Campo como parte da função social do ensino de matemática; II - O conhecimento e reconhecimento por parte das instituições de ensino superior acerca do papel sociopolítico do ensino da matemática na construção da cidadania dos alunos; III - Construção de mais escola do campo como meio de garantir o acesso dos estudantes camponeses em todas as fases da educação básica. IV - Compreensão acerca do papel da Matemática para a formação humana dos camponeses e dos conhecimentos matemáticos como ferramenta de intervenção social. V - Ensino pautado no diálogo entre o universal e o local, entre campo e cidade, além do conhecimento do professor sobre os sujeitos sociais em formação; Analise as afirmações e indique quais são as que as autoras apontam.

Todas, com exceção da afirmação IV
Todas as afirmações
As afirmações I, II, IV e V
Somente as afirmações I, II e III
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