Teste direito, concurso procurador TO 2018
Teste seus conhecimentos em algumas áreas do direito. as perguntas foram retiradas da prova A01, 001 do III Concurso Público para o Provimento de Cargos na Carreira de Procurador do Estado de Tocantins 2018
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O Governo do Estado pretende instituir uma entidade dedicada a prestar serviços relacionados ao turismo no Estado e encaminha à Assembleia Legislativa o respectivo projeto de lei autorizativa. Sabe-se que tal entidade terá capital social dividido em quotas. O Governo estadual criará uma
fundação de direito privado
autarquia
associação pública
sociedade de economia mista
empresa pública
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Uma gleba de terras devolutas estaduais foi arrecadada por ação discriminatória e o Governo do Estado, por meio de lei, declarou-a como indispensável à proteção de um relevante ecossistema local, incluindo-a na área de parque estadual já constituído para esse fim. Tal gleba deve ser considerada bem
público dominical
público de uso especial
público de uso comum do povo
privado sob domínio estatal
privado sob regime especial de proteção
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O Governo do Estado pretende que a iniciativa privada administre, mediante contrato, os terminais de ônibus intermunicipais existentes no Estado, sendo que, em contrapartida dos gastos de manutenção, os empresários possam explorar, por prazo determinado, a área dos terminais com a construção de lojas, escritórios, hotéis etc. Pelas características anunciadas, o negócio deve ser enquadrado como
concessão de uso de bem público
outorga onerosa de potencial construtivo
autorização de uso de bem público
permissão de uso de bem público
direito de superfície
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Em relação à ação rescisória:
seu rol é meramente elucidativo, abrangendo na atual sistemática processual os atos homologatórios praticados no curso da execução
seu objeto deve abranger necessariamente a decisão meritória em sua integralidade
o Ministério Público pode ajuizá-la apenas se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção
somente a decisão de mérito é rescindível
sua propositura não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória
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A extinção da punibilidade pode ser compreendida como sendo a perda do direito do Estado de impor sanção penal ao autor de fato típico e ilícito. É possível, assim, encontrar hipóteses de extinção da punibilidade no Código Penal, bem como nas legislações extravagantes. Acerca do tema, é correto afirmar:
Na hipótese de abolitio criminis (abolição do crime) permanece a reincidência como efeito secundário da infração penal.
Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão.
A anistia, graça ou indulto não são hipóteses de extinção da punibilidade, por serem atos concedidos pelo chefe do Poder Executivo, e não pelo Judiciário.
As causas de extinção de punibilidade sempre se comunicam aos coautores e partícipes, em razão de se tratar de matéria de ordem pública.
A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.
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O crime de estupro de vulnerável, tipificado no art. 217-A, do Código Penal, prevê a pena em abstrato de oito a quinze anos de reclusão para aquele que tiver conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de catorze anos. De acordo com o entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, bem como pelo que estabelece a legislação,
o consentimento da vítima para a prática do ato afasta o caráter delitivo do crime, constituindo causa de excludente de ilicitude
a experiência sexual anterior da vítima é relevante para a tipificação do delito.
o referido crime não está elencado na Lei no 8.072/1990 como hediondo.
a existência de relacionamento amoroso da vítima com o agente é hipótese de excludente de antijuridicidade do crime em questão.
incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput do art. 217-A com alguém que, por enfermidade, não tem o necessário discernimento para a prática do ato.
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A Constituição Federal estabelece, em seu art. 5o, inciso XXXV, que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. No Direito Processual Penal, o dispositivo constitucional refere-se ao princípio da
indeclinabilidade
improrrogabilidade
inevitabilidade
indelegabilidade
investidura
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Determinados contratos de prestação de serviços que trazem subjacente uma relação de consumo protegida pelo Código de Defesa do Consumidor são apontados pela doutrina como de natureza relacional, na medida em que traduzem um vínculo continuado, que se protrai no tempo, com potenciais mudanças do cenário econômico e mercadológico original. Uma importante inovação trazida pelo Código de Defesa do Consumidor, especialmente vocacionada para aplicação em contratos dessa natureza, consiste na
previsão de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato, assim caracterizado pela taxa de retorno incialmente avençada.
revisão de cláusulas contratuais em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas.
modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais, sendo assim presumidas aquelas que estabelecem reajustes automáticos por índices inflacionários.
aplicação automática da redução constante de preços em função da presunção de economias de escala.
obrigatoriedade de apropriação, de forma automática no preço contratado, de ganhos de produtividade e de inovação tecnológica.
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Em razão de fortes chuvas que ocasionaram inundação, os habitantes de certa área ribeirinha tiveram de depositar seus móveis e utensílios nos armazéns e galpões particulares que se situavam em lugares não atingidos pela calamidade. Esse depósito qualifica-se como
miserável, mas não se presume gratuito.
voluntário e se presume gratuito, exceto se houver convenção em contrário.
necessário e se presume gratuito.
legal e sujeita o depositário que se recusar a devolver os bens, cessados os efeitos da calamidade, à prisão e ao ressarcimento dos prejuízos.
contrato inominado, por faltar disposição legal sobre ele, podendo ser gratuito ou oneroso.
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Em relação aos prazos, é correto afirmar:
Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de cinco dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
Será considerado intempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
Tanto os prazos processuais como os de direito material são, no atual ordenamento jurídico, computados em dias úteis.
Quando houver suspensão do prazo processual, este será restituído a partir de seu início.
Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos de acordo com a lei processual civil, ou seja, em quinze dias.